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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

sábado, 31 de março de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

GINÁSIO MUNICIPAL, OS 40 ANOS DE UM TEMPLO DO SABER

          A noite da quinta-feira, 29 de março, foi de festa na Escola Municipal Dr. Antonio Galvão Cavalcanti. O conhecido Ginásio Municipal, um dos maiores educandários da região, com 1.355 alunos, celebrou 40 anos de fundação. Passei no educandário e fiz algumas fotos. Não permaneci mais tempo no local devido a um compromisso anteriormente agendado, mas captei estas significativas imagens para PASSARELA CULTURAL. 
Alunos se posicionaram na entrada da quadra esportiva para dar as boas vindas aos convidados.
 Um grupo de 10 dos 1.355 alunos do Municipal.
 Integrantes da Banda do Municipal
 Ex-professores posam com a atual diretoria.
Arleide Guerra, Secretária de Educação de Timbaúba, ladeada pelas gestoras Rosimere Silveira de Lima Gouveia e Janeide Tavares Guerra.
Na sala da Diretoria, uma reflexão e uma foto em preto e branco do Dr. Antonio Galvão Cavalcanti (1907-1973), ex-prefeito de Timbaúba, pai do Dr. Antônio Galvão Cavalcanti Filho, o Galvãozinho (1945-2007), também ex-prefeito de Timbaúba. Na segunda das três gestões de Galvãozinho, em 1972, foi construído o Ginásio Municipal. 
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MEMÓRIA TIMBAUBENSE - 40 ANOS DO MUNICIPAL
 
Na festa do Municipal, uma das salas exibia uma exposição de fotos mostrando acontecimentos de quatro décadas. Acima, Maria das Neves Dias Pachêco, a inesquecível Professora Nevinha (1937-2011), ex-diretora da escola, e a educadora Janeide Tavares Guerra. 
O advogado Fernando Andrade marcou presença nos 40 anos do Municipal e visitou a sala de exposição de fotos, onde posou ao lado de uma imagem sua em preto e branco do início dos anos 70.
Fernando Andrade no início dos anos 70, rigorosamenete na moda, blazer xadrez e calça boca de sino.
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA 
 
No primeiro andar do Ginásio Municipal podemos ver as luzes das casinhas do Morro da República (Alto Santa Terezinha) e  Morro da Independência (Alto da Independência). Parecem estrelinhas descendo do céu.
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INTERNACIONAL 
João Arruda Melo, empresário timbaubense radicado nos Estados Unidos, onde fundou a CDL-USA, está na disputa para figurar na lista dos brasileiros mais notáveis dos Estados Unidos. Vamos colaborar para que isso aconteça ! Basta clicar neste link e seguir as orientações,
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SESSÃO NOSTALGIA - Concurso Miss Brasil 1949

 Daslan Melo Lima




 
           No dia 14/03/2009, dediquei este espaço a Jussara Marques, Miss Brasil 1949, conforme consta neste link   http://passarelacultural.blogspot.com.br/2009/03/de-alagoas-para-o-mundo_14.html
                Estou reeditando a Sessão Nostalgia daquela data com alguns ajustes, inclusive com fotografias de todas as concorrentes ao título de Miss Brasil 1949, reproduzidas da revista Vida Doméstica, de julho de 1949. 
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O CONCURSO MISS BRASIL 1949

..........Nestas páginas encontram nossos leitores os retratos das jovens que concorreram ao título de "MISS BRASIL". Concurso patrocinado pelo "Comité Internacional pour L'Election de Miss Universo", todo o Brasil tomou parte ativa no pleito organizado, em nosso país, pelo vespertino o "O GLOBO".  
       O júri integrado pelos srs. Alfredo Nasser, senador pelo Estado de Góias; Herbert Moses, presidente da A.B.I.; Bruno  Giorgi; Flavio Castrioto, Prefeito de Petrópolis; Cel. Mario Gomes da Silva, diretor da Companhia Siderúrgica Nacional; Rogério Marinho, diretor de "O Globo"; Murilo Nery; Levi Neves, vereador do Distrito Federal; e os fotógrafos Themistocles Halfeld e Jean Manzon, depois de longa deliberação fêz conhecer seu veredito, concedendo à srta. Jussara Marques, representante do Estado de Goiás, o título de "Miss Brasil". 
(Vida Doméstica, julho-1949)

..........O Miss Brasil 1949 foi realizado no Hotel Quitandinha, Petrópolis, Rio de Janeiro, no dia 12/06/1949, e dele participaram as seguintes misses:


Miss Amazonas - Maria Amália Ferreira
Miss Espírito Santo - Yeda Finamore
Miss Estado do Rio de Janeiro – Cora Laterça
Miss Distrito Federal - Marina Cunha
Miss Goiás – Jussara Marques
Miss Maranhão - Norma Guedes
Miss Minas Gerais – Maria da Glória Drumond
Miss Pará - Brigitte Riebisch
Miss Paraná – Josemary Caldeira
Miss Pernambuco – Maria Auxiliadora Manguinho
Miss Rio Grande do Sul - Miriam Hartz
Miss São Paulo – Margarida Frussa
Miss Território do Acre - Risoleta Queiroz Costa
Miss Território do Rio Branco - Glória Blenner

          A favorita era a carioca Marina Cunha, Miss Distrito Federal, mas a vencedora foi Jussara Marques, Miss Goiás, e assim ficou o resultado:

1º Lugar: Miss Goiás, Jussara Marques
2º Lugar: Miss Distrito Federal, Marina Cunha
3º Lugar: Miss São Paulo, Margarida Frussa
4º Lugar: Miss Amazonas, Maria Amália Ferreira

 Jussara Marques, Miss Góias, 1º lugar.
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Marina Cunha, Miss Distrito Federal, 2º lugar, e Margarida Frussa, Miss São Paulo, 3º lugar.
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Maria Amália Ferreira, Miss Amazonas, 4º lugar, e Maria Auxiliadora Manguinho, Miss Pernambuco.
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Miriam Hartz, Miss Rio Grande do Sul, e Yeda Finamore, Miss Espírito Santo.
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Brigitte Riebisch, Miss Pará.
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Glória Blenner, Miss Território do Rio Branco, e Maria da Glória Drumond, Miss Minas Gerais.
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Risoleta Queiroz Costa, Miss Território do Acre.
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Norma Guedes, Miss Maranhão.
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Cora Laterça, Miss Estado do Rio de Janeiro, e Josemary Caldeira, Miss Paraná.
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..........Detalhe: Maria da Glória Drummond, Miss Minas Gerais, casou com o famoso colunista social Ibrahim Sued (1924-1995), e se tornou grande figura de destaque da sociedade carioca com o nome de Glorinha Sued.

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 RECEPÇÃO NO PALÁCIO GUANABARA


          O Prefeito do Distrito Federal e sra. Deborá Mendes de Morais abriram os salões do Palácio Guanabara para uma esplêndida recepção, em que foram apresentadas as jovens que disputaram o título de Miss Brasil, para o concurso Internacional, organizado no Brasil pelo "O GLOBO", em que a nossa patrícia deverá comparecer.
          Festa de beleza e de inteligência,. de elegância e distinção, onde compareceram o sr. Presidente da República, Ministros de Estado e altas autoridades federais e municipais. Durante recepção fizeram-se ouvir os irmãos Lourival e Otacílio Batista, cantores nordestinos, que alegraram o ambiente com seus desafios.
          E enquanto a numerosa assistência se deliciava com os cânticos nordestinos dos irmãos Batista, as horas passavam rápidas. O sr. General Angelo Mendes de Morais e sua senhora Dona Debora Mendes de Morais, foram de cativante gentileza para com seus convidados, que encheram o salão nobre do Palácio Guanabara e o jardim de inverno, onde a orquestra de Xavier Cugat executou vários números de seu repertório.
(Revista Vida Doméstica, julho de 1949)


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JUSSARA, UM BROTINHO GOIANO



Jussara Marques, Miss Brasil 1949, na capa de uma das mais prestigiadas revistas brasileiras da época, Vida Doméstica, Ano XXX - Nº 377, Agosto de 1949.

         Jussara Marques, cujo nome às vezes aparece escrito nos meios de comunicação da época como Jussara Marquez, com “z” no final, era filha do casal Ormides Martins de Souza e Isaura de Souza Martins, nasceu em Itumbiara, Goiás, e foi morar em Goiânia em 1941, na Rua 02. Ela foi Rainha dos Estudantes, vice-Rainha da Primavera, Glamour Girl e Miss Goiás representando o Goiás Esporte Clube, patrocinada pelo jornal “A Folha de Goiaz”.
       No mesmo ano em que Jussara foi eleita Miss Brasil, sua família comemorou outro importante título de beleza: Jurema, a irmã caçula, foi eleita Rainha dos Esportes do Brasil.
          O reinado de Jussara Marques durou cinco anos, pois os brasileiros só conheceram outra Miss Brasil em 1954, quando houve novo concurso e a eleita foi a baiana Marta Rocha.

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          Todos se recordam do concurso de Miss Brasil de 1949, que polarizou as atenções de todo mundo, que escolhia sua candidata, fincava pé e fazia inimizades se aparecia um impertinente para dizer que fulana era a melhor do que beltrana. Marina Cunha, Miss Distrito Federal, era a candidata mais cotada para o título, inclusive pelos promotores do concurso e pelo Sr.Raul Guastini, seu cabo eleitoral nº 1. Mas houve um desentendimento entre Guastini e Marina. Os promotores do concurso ficaram aturdidos. Já se tinha como certa a escolha de Marina, como Miss Brasil. Mas Raul Guastini estava queimado e fez uma intervenção espetacular. Proibiu os mentores do Miss Brasil de eleger Marina. Se o fizessem...
         - Quem pode ser Miss Brasil, meu Deus? - Esta era a pergunta dos promotores do concurso, quando alguém teve um estalo e gritou: - Jussara.
         - Sim, Jussara!
       Jussara Marques era exatamente um brotinho goiano, de 18 anos, de longos cabelos e beleza suave, ao mesmo tempo que exótica. O brotinho goiano recebeu faixa, título, presentes, propostas para o cinema, pedidos de casamento. Podia integrar-se na metrópole, casar com alguém bem posto na vida, ser estrela de filme de Lima Barreto. Não fez nada disso. Voltou à província. E há seis anos joga tênis, dá entrevistas e dirige seu Vanguard


(Texto de Antônio Rocha, fotos de Gervásio Batista, revista Manchete,12/06/1954)
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JUSSARA, NOME DE CIDADE EM GÓIAS

      A cidade goiana de Jussara, a 240 km de Goiânia, tem esse nome em homenagem à Miss Brasil 1949, sugestão de Orozimbo Coimbra Bueno, pai de Jerônimo Coimbra Bueno, então Governador de Góias.
       A cidade de Jussara está localizada no oeste goiano e é um dos principais municípios da região. Tudo começou com a fundação da Colônia Agrícola Água Limpa, em terras do município da cidade de Goiás. Os primeiros colonos, Estevão Fernandes Rebouças e Limírio Neves de Mota, ergueram uma capela em louvor do Senhor Bom Jesus da Lapa, dando início ao povoado chamado de Água Limpa. Em 1950, o nome mudou para Jussara. No dia 12/11/1953, Jussara foi elevada a distrito. Emancipou-se em 14/11/1958. A agropecuária é a sua maior fonte de economia e a terra fértil propicia o cultivo da lavoura com grande êxito.
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JUSSARA, 
UMA DAS GRANDES DAMAS DA SOCIEDADE DE BRASÍLIA

         No segundo semestre de 1954, Jussara Marques casou-se na Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Belo Horizonte, com o bancário Marcelino Champagnat de Amorim, seu primeiro e único namorado, natural de Patos de Minas.


Nos anos 70, morando em Brasília e gozando do imenso prestígio de ser uma das grandes damas da capital do país, Jussara posou para esta foto ao lado de três dos seus quatro filhos. Mulher ativa, elegante e inteligente, a Miss Brasil 1949 dividia o tempo com o lar, o tênis e a vice-presidência da Casa do Candango. (Foto: Revista FATOS & FOTOS,17/06/1974)

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JUSSARA, A MORTE DE UMA MISS

 ..........Jussara Marques morreu no dia 24/02/2006 e no dia seguinte o Diário de Goiás assim destacou o seu falecimento:

          Mulher apaixonada pelas artes, atenciosa com a família e sem nenhuma vaidade. Apesar de ter entrado para a história do estado como a primeira e única goiana a ser eleita Miss Brasil, em março de 1949, Jussara Souza Marquez de Amorim era simples, não se apegava a bens materiais. Os sentimentos eram mais importantes. Ontem, aos 74 anos, morreu e deixou filhos, netos e parentes conscientes desses valores.

          Jussara vivia no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. A sua companhia era o filho Vinícius Marquez, 40. Ele era motivo de orgulho por se tornar teatrólogo. Assistir às peças dele era como um presente para a Miss Brasil. Desde jovem, ver as cortinas se abrirem a encantava. “Minha mãe era uma artista. Sempre gostou de tudo relacionado a área cultural. Artesanato era um de seus dons”, descreveu a jornalista Paula Marquez, 42, por telefone, durante o velório no Cemitério do Caju.

          O último pedido de Jussara foi para que os familiares jogassem suas cinzas no mar carioca. A cremação seria hoje de manhã. A cerimônia de despedida não tem data marcada por causa do carnaval. “Nessa época o Rio de Janeiro pára”, justificou Paula, que se consolou logo em seguida. “Pelo menos minha mãe não sofreu”, disse. A Miss Brasil morreu de câncer. A doença, descoberta no final do ano passado, se espalhou do pulmão para outros órgãos em pouco mais de um mês.

          .Após se emocionar outra vez, Paula lembrou das atividades de Jussara. “Ela viajava o País inteiro para negociar obras de artes”, disse. Era fã de Van Gogh. Na literatura, se deliciava com o chileno Pablo Neruda. O verso “Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza”, do poema Walking Around, pode ser usado para traduzir o pensamento da filha ao se recordar da mãe e do pai, Marcelino de Amorim, que morreu há 13 anos.


            A única Miss Brasil por Goiás deu nome ao município de Jussara (a 223 km de Goiânia). Na época, era o povoado de Água Limpa. “Ela ficou muito agradecida, disse que foi maravilhoso”, conta Paula. A filha lembrou que a mãe ganhou uma fazenda na região, mas nunca tomou posse da terra. “Não importava o dinheiro. O carinho recebido nas homenagens a emocionava.

          Paula disse que Jussara aproveitou o período em que foi eleita Miss Brasil, mas que não serviu de pretexto para alimentar o ego. “O que passou, passou. Depois foi cuidar da vida, teve quatro filhos”, contou. Gostava de preparar comidas típicas de Goiás, como arroz com pequi e empadão goiano. Os netos eram muito paparicados. Ao se casar em 1954, mudou-se para Belo Horizonte (MG). Depois, morou no Rio e Distrito Federal. O marido era bancário. A paixão pelas terras cariocas falou mais alto e por lá ficou até a morte. “Mas sempre visitava Goiânia, onde tem parentes”, ressaltou. 

Jussara Marques
Foto: revista Manchete, 04/07/1959

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       V Jussara tinha orgulho de suas raízes e em entrevista ao repórter Antônio Rocha (Manchete, 12/06/1954) declarou: 

          Tenho raiva de quem fala mal de Goiás. Logo que eu cheguei ao Rio briguei com Halfed – o fotógrafo, sabe? - porque ele me perguntou se era verdade que uma onça comera o porteiro do cinema. Respondi-lhe que em Goiás os cinemas não tinham mais porteiros. Tantos botassem tantas as onças comiam.

        Imagino o orgulho de quem nasce na cidade de Jussara explicando a origem do nome da sua cidade natal. Deve ser mais ou menos assim:
        Sou de Jussara, com dois “s”. Juçara com “ç” é nome de palmeira. O nome da minha cidade homenageia Jussara Marques, uma jovem linda que foi eleita Miss Brasil 1949.

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sábado, 24 de março de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

CÂMARA DE CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 

.....Na quinta-feira, 22 , foi inaugurada a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem de Timbaúba, uma extensão do Tribunal de Justiça de Pernambuco. O espaço funcionará na Av. Almirante Barroso, 72, no bairro de Três Cocos, local onde já existe o Procon
.....A existência de uma Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem em Timbaúba vai ao encontro de quem deseja, por livre e espontânea vontade, solucionar conflitos. A sentença emitida pelo  árbitro escolhido pelas partes tem a mesma força de um título executivo judicial, contra a qual não caberá qualquer recurso, exceto embargos de declaração.
.....A solenidade teve início às 16 horas e em seguida foi servido um coquetel às autoridades e convidados na Faculdade de Timbaúba. 

Momento histórico. Da esquerda para a direita:  Luiz Artur Guedes Marques (Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Timbaúba), Ruy Trezena Patu (Coordenador Geral Adjunto das Câmaras de Conciliação) e   Jovaldo Nunes Gomes (Desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco). .....
Av. Almirante Barroso, 72, Três Cocos, Timbaúba-PE
    
Dr. Luiz Rodrigues de Sousa (Diretor da Faculdade de Timbaúba) e Marinaldo Rosendo de Albuquerque (Prefeito de Timbaúba)
Maria Helena, Ana Alice Rosendo, Lúcia Tavares e Martina Natasha.

Prof.Érico, Desembargador Jovaldo Nunes, Prefeito Marinaldo Rosendo e Dr. Luiz Rodrigues.
Desembargador Jovaldo Nunes e Luciana Queiroz, secretária do Núcleo de Prática Jurídica da Facet.
Luciana Queiroz, Mikaella Dassyane, Dr. João Elias (Promotor de Justica de Timbaúba)  e Eliane Nakagaki.
Luciana Queiroz e Capitão Spínola.
Prof. Gutemberg, Dr. Manoel Jerônimo (Defensor Público das Comarcas de Ferreiros e Timbaúba) e Dr. André Rafael Elihimas (Juiz de Direito de Ferreiros).

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.,,ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA

No bairro de Três Cocos, no imóvel onde funcionou a APA, Associação Paroquial de Assistência, o tempo é testemunha de outras ações: oficinas de capacitação para futuros profissionais da fábrica da Fiat, a ser instalada em Goiana-PE. Enquanto isso, por trás, no Morro da República (Alto Santa Terezinha), as casinhas continuam sendo musas da Esperança e da Poesia. 
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.....MEMÓRIA TIMBAUBENSE
O ano era o de.... Quem saberá responder? "Ciganas Revoltosas" estava em evidência. Qual a razão desse nome? Antes que o Sr. Tempo decrete que não há mais tempo, vamos resgatar a memória fotográfica de Timbaúba!  Contatos: daslan@terra.com.br 
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UM CARNAVAL PARA RECORDAR
CACAU, SEMIFINALISTA NO MISS PIRUA 2012
José Claudio Brandão, o Cacau Brandão, vestiu-se de bat-girl para o desfile das Piruas. Fez sucesso e acabou sendo semifinalista do concurso Miss Pirua 2012. Na hora da premiação, ele não estava mais na folia, tinha se recolhido para recuperar as energias. Cacau Brandão só recebeu a sua Medalha de Ouro Taywan 2012 dias depois, na sede do Elas Por Elas. Estava febril, mas logo se animou e fez pose de campeão olímpico.
 
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UM FATO EM FOCO
 
Rua Sotero Caio, centro, quase 18 horas do sábado, 24, em frente a um semáforo. Um ônibus ia e um fusca vinha. Barulho. Correria. O lado direito  do fusca  sofreu danos. O fato, comum na cidade grande, incomum na pequena, ficou parecendo cena de novela, com direito a figurantes, digo, curiosos.    
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SESSÃO NOSTALGIA - Maria Lúcia Alexandrino dos Santos, Miss São Paulo 1969, a musa da novela Estúpido Cupido

Daslan Melo Lima


     
Maria Lúcia Alexandrino dos Santos, Miss São Paulo 1969, paulista da cidade de Lins, 21 anos, aluna do quarto ano do curso de História, conseguiu o segundo lugar no concurso Miss Brasil 1969, perdendo apenas para Vera Fischer, Miss Santa Catarina. Como vice-Miss Brasil, ganhou o direito de representar nosso país no Miss Beleza Internacional, realizado no Japão, onde foi semifinalista, no ano em que a vencedora foi a inglesa Valerie Susan Holmes. Esta Sessão Nostalgia é dedicada a ela, Maria Lúcia Alexandrino dos Santos, um dos ícones dos mágicos anos 60.
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       A SUAVE GUERRA DA BELEZA

     Logo ao chegar ao Rio, Maria Lúcia, Miss São Paulo, disse que “não tinha esperanças de ganhar”. Das outras 25 moças concorrentes ao título de Miss Brasil 69 foram ouvidas declarações mais ou menos iguais a esta. Como de hábito, nos bastidores do Maracanãzinho, a agradável guerra da beleza foi precedida de gentilezas e de emoções. A filha de um dono de fazendas, em Lins, ganhou fácil a faixa de a mais bela paulista de 69. No Miss São Paulo, Maria  Lúcia dos Santos conquistou a unanimidade do público, No Miss Brasil, ela despontou como favorita. (Revista Fatos & Fotos, 10/07/1969)
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MISS BRASIL 69, 
A NOITE DAS QUATRO GARÇAS

Da esquerda para a direita: Ana Cristina Rodrigues, Miss Rio Grande do Sul, terceiro lugar, representante do Brasil no Miss Mundo; Vera Fischer, Miss Santa Catarina, primeiro lugar, representante brasileira no Miss Universo; Maria Lúcia Alexandrino dos Santos, Miss São Paulo, segundo lugar, representante do país no Miss Beleza Internacional; e Mara do Carvalho Ferro, Miss Guanabara, quarto lugar. 

     A expectativa de sempre, o entusiasmo de todos os anos e a vibração dos grandes dias acompanharam a eleição de Miss Brasil 1969, no Maracanãzinho, onde o público e o júri estiveram praticamente de acordo na hora do resultado final. O rosto da catarinense, a classe da paulista e o corpo da gaúcha garantiram uma unanimidade de votos e de aplausos que só revelava alguma discordância diante da ausência da amazonense no quarteto vitorioso. Mas, afinal, ficou provado que o público carioca não se engana: o seu veredicto foi dado antes dos votos dos jurados, e, para alegria das duas partes, acabou confirmado. (Revista Manchete)
A suprema elegância de Miss São Paulo foi decisiva para que ela obtivesse o segundo lugar e ganhasse uma viagem a Tóquio para o Miss Beleza Internacional 69(Manchete). 
O vestido era uma obra-prima de Clodovil (1937-2009). Também saiu na Manchete uma expressão de Maria Augusta Nielsen, a Maria Augusta da Socila (1923-2009), que dava aulas de postura, etiqueta e passarela às Misses: "A Miss São Paulo é muito racée e daria um excelente manequim".
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Na troca para o maiô, eu disse para a Elenita: - Miss São Paulo vai ganhar. – Ela tinha desfilado com um vestido branco com uma capa de plumas e era muito glamourosa. Elenita respondeu: - Tu vais entrar e vais ganhar !  Lembro-me da Maria Augusta chegar para mim e dizer: - Você já ganhou. É a Miss Brasil. – Como? – perguntei. Ela disse que já tinham o resultado do júri que me dava como vencedora. Eu não sei se registrei direito, mas só acreditava vendo. Engraçado que eu achei que a Miss São Paulo ia ganhar e ela falou numa entrevista que achava que quem ia ganhar era eu. (Trecho do livro “Um Leão Por Dia”, de Vera Fischer.)
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"(...) já foram me dando a dica: a quente é  Miss Santa Catarina. E foi um tal de Santa Catarina pra cá. Santa Catarina pra lá. E a moça acabou ganhando. Aqui pra nós, eu estava fazendo muita fé mesmo era na Miss Ceará." - Depoimento de Maria Lúcia Alexandrino dos Santos à revista Manchete, conforme recorte acima, onde também afirma que ficou satisfeita  com o prêmio. "Porque ir ao Japão, francamente, é muito mais importante que ir ao Estados Unidos, que fica logo ali e todo mundo já conhece”.
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MARIA LÚCIA, 
A MUSA DA NOVELA ESTÚPIDO CUPIDO

     A novela Estúpido Cupido, de 1976,  ainda em preto e branco, marcou época na Rede Globo, no horário das 19 horas. Escrita por Mário Prata e dirigida por Régis Cardoso (1934-2005), sua trama foi ambientada   nos anos 60.
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Mário Prata, escritor
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          A  novela começa mostrando o comportamento da juventude de uma pequena cidade do interior e, como o autor Mario Prata era um jovem de 15 anos em 1961, era de se esperar que a ficção por ele mostrada tivesse muito parentesco com o real. E tem mesmo. Em Lins, uma cidade de pouco mais de 70 mil habitantes, a 450 Km de São.Paulo, as pessoas têm absoluta certeza de que tudo o que está acontecendo na novela, ali aconteceu de verdade.
         Foi em Lins que Mario Prata, mineiro de Uberaba, viveu sua infância e adolescência. Nada mais normal, portanto, que ele tivesse buscado inspiração em sua realidade. As pessoas de Lins também acham isso muito normal. E uma senhora da sociedade local, que, indiretamente, também pode ser considerada fonte de inspiração para a criação de um dos personagens, tem absoluta certeza de que a Albuquerque da novela é a Lins dos anos 60. "Eu acho que a cidade é Lins porque foi escrita pelo Pratinha, porque Lins também se chamou Albuquerque e porque a novela fala de petróleo, um fato que também ocorreu em Lins". A opinião é de D. Conceição Alexandrino Santos, mãe de Maria Lúcia Alexandrino Santos, a garota que foi Miss Lins em 1969 (e também Miss São Paulo e segunda no Miss Brasil).
        Por ter sido mãe de Miss, D. Conceição poderia ser considerada como a personagem interpretada por Maria Della Costa na novela, uma personagem que é mãe de Miss. D. Conceição não concorda. "Não acho que essa personagem seja um retrato meu. Ela é desquitada e eu sou muito bem casada. E minha filha tinha apenas 11 anos em 1961, portanto não poderia ter sido Miss". Mas ela admite que, possivelmente, Mario Prata tenha se inspirado na eleição de sua filha para compor sua personagem. Cylmar Machado dos Santos, dono da rádio Alvorada de Lins, também admite essa hipótese. Ele lembra que Mario Prata, ao iniciar a novela, foi até a rádio pesquisar as músicas que faziam sucesso no começo dos anos 60 e acabou revirando o arquivo para encontrar as fitas gravadas em 1969, durante a eleição da Miss Lins.
          Na novela, a candidata a Miss Albuquerque interpretada por Françoise Fourton é namorada de João, um outro personagem que também tem bases reais. Ele tanto pode ser autobiográfico, e representar o próprio Mario Prata, como ser uma soma de conhecidos, com reflexos maior de Sérgio Antunes Filho, o melhor amigo que o autor tem em Lins. As pessoas preferem acreditar que seja um personagem autobiográfico. O pai de João (interpretado por Leonardo Vilar) quer que o filho faça o concurso para o Banco do Brasil. Mario Prata ''fez" o concurso para o Banco do Brasil. A namorada de João é candidata a Miss. Mario Prata também teve um namoro com uma garota que depois foi ser Miss. Pura coincidência? Pura realidade.
          O Pratinha bem que tentou namorar minha filha – lembrou d. Conceição – mas ela era muito jovem e eu não deixava. Quando estava fazendo levantamento das fitas da rádio – lembra Cylmar – o Prata disse que sua primeira namorada era uma garota que depois foi Miss. Na novela o Prata conta histórias que nós vivemos ou de pessoas que nós conhecemos Isso não quer dizer que todas as histórias e todas as personagens tenham existido ao mesmo tempo". O que o Prata faz – conta o seu melhor amigo, Sérgio – é narrar a história sem uma seqüência cronológica.
     Identificando ou não os personagens, as pessoas de Lins estão muito satisfeitas por ver a promoção de sua cidade numa novela. Só lamentam duas coisas: que Lins esteja sendo retratada por uma cidade tão pequena; quanto Albuquerque e que as filmagens não estejam sendo realizadas nos cenários originais. Até o quarto capítulo, ninguém tinha queixas contra a fidelidade histórica de Mario Prata. Todos sabem também que o horário da novela impõe uma certa restrição a revelação de verdades escondidas. Por isso mesmo, "Estúpido Cupido" não poderá se converter numa espécie de Peyton Place paulistana
("No Verdadeiro Cenário de Estúpido Cupido", Jornal da Tarde 03/09/1976, Wladimir Soares,  http://www.marioprataonline.com.br )

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Françoise Fourton na capa da revista Amiga, na pele da personagem eleita Miss Brasil, ladeada pelas "finalistas".
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Leonardo Villar, Maria Della Costa e Françoise Fourton.
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"As cenas do evento foram gravadas no Maracanãzinho, com um público de dez mil pessoas e os apresentadores do concurso real, Hilton Gomes e Marly Bueno."  (http://www.mundonovelas.com.br)

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       Tenho um exemplar do livro “O Museu Lasar Segall na Década de 70”, editado pela EDUSP, Editora da Universidade de São Paulo, escrito por Maria Lúcia Alexandrino Segall, esposa de Oskar Klabin Segall, filho do famoso pintor Lasar Segall (1891-1957). 
      O livro expõe as atividades realizadas pelo museu e descreve a vida de Lasar Segall. Em uma das orelhas do livro, a Miss São Paulo 1969 aparece numa linda foto acompanhada de um histórico de suas atividades culturais e profissionais. Formou-se em História  pela Faculdade Auxilium de Filosofia, Ciências e Letras, de Lins. Durante a década de 70, especializou-se em História da Arte, participando de cursos, palestras e congressos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Nos anos 80, dedicou-se a atividades didáticas lecionando História da Arte no Colégio Lourenço Castanho, em São Paulo. Em 1984, iniciou o curso de Mestrado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) na área de Artes. Sua dissertação de Mestrado, "O Museu Lasar Segall na Década de 70: Da Contemplação Estética à Casa de Cultura e Resistência", resultou na publicação do livro "O Museu Lasar Segall na Década de 70".
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      Feliz com a trajetória da vida de Maria Lúcia Alexandrino dos Santos, digo, Maria Lúcia Alexandrino Segall, dou por encerrada esta matéria, mas  vou continuar a me embriagar de nostalgia. Vou pegar aquele meu velho LP, colocá-lo na minha velha e preciosa radiola e ouvir a trilha sonora da novela Estúpido Cupido.
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