sábado, 28 de abril de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

CONCURSO MISTER E MISS EREMT 2012
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      A tarde da sexta-feira 27 de abril, pertenceu à juventude timbaubense. Centenas de jovens se dirigiram para a quadra da EREMT, Escola de Referência em Ensino Médio de Timbaúba, palco mais uma vez da quinta edição do concurso Mister e Miss Eremt. O cinema foi a fonte de inspiração para o tema da decoração do imenso espaço onde funcionou o Sesi. A organização esteve sob a responsabilidade dos concluintes da escola sob a supervisão geral dos gestores do educandário.  Os concorrentes aos títulos de Mister e Miss desfilaram em roupas que evocavam personagens populares do cinema e trajes esportivas.

 Parte da equipe dos educadores da EREMT.
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  Plateia atenta a todos os detalhes.
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Os apresentadores do evento personificaram Marilin Monroe e Charles Chaplin, o Carlitos.
Durante os intervalos, dois grupos de dança se apresentaram,  a Companhia de Arte Cacareco, acima,  e o Slaves to the Music, abaixo, ambos aplaudidíssimos.
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      A comissão julgadora que teve a responsabilidade de eleger os soberanos da beleza da Eremt foi formada pelas seguintes personalidades, da esquerda para a direita, Prof. Nino, Professora Ana Geni, Fátima Cavalcanti (Fátima Alugueis de Roupas), Cláudia Oliveira (Miss Timbaúba 2000), Raniere Martins (Loja Etiqueta), Gilberto Correia (Loja Elegance), Edmara Barbosa (Noivas & Festas) e Daniel Oliveira (editor da revista Timbaúba em Foco).
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     Os candidatos ao título de Mister Eremt 2012 foram: Anselmo José Ferreira Júnior, Christian Marinho Xavier, Danilo Targino, Edney Kayk da Silva Bandeira, Gilderson Alexandre da Silva, Jhonathan Marinho da Silva, José Luciano Bezerra Matias Junior, Kalécio Fernando Xavier Pereira Santana, Luiz Eduardo Gomes da Cruz, Luiz Fernando Borges e   Severino Bernardino dos Ramos Neto.
Da esquerda para a direita: Kalécio Fernando, segundo lugar; Christian Marinho, primeiro; e Luiz Fernando Borges, terceiro lugar.
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O momento de maior suspense e emoção da festa. Kerolainy Norrainy e Darla Dayana de mãos dadas aguardando o anúncio do resultado. 

     As candidatas ao título de Miss Eremt 2012 foram:  Darla Dayane Ferreira de Melo, Dayara de Souza Andrade Cabral, Fernanda Apolinário de Albuquerque, Kerolainy Norrainy da Silva Lopes, Marcília de Lima Freitas, Mickaella Costa Ferreira, Paloma Duarte da Silva e Thaynã Rostania Alves da Silva.
Da esquerda para a direita: Kerolainy Norrainy, segundo lugar; Dayara de Souza e Thaynã Rostania, empatadas em terceiro lugar; e Darla Dayane,  primeiro lugar.
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Darla Dayane e Christian Marinho, os novos soberanos da EREMT.

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MEMÓRIA TIMBAUBENSE
Assim ficou a Ponte de Mocós no ano de 1974, devido aos estragos provocados pela inundação do Rio Capibaribe-Mirim. 
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
Os paineis da Praça de Timbaubinha evocam casarios, bois de carnaval e o cultivo da cana de açúcar.Três renomados artistas plásticos timbaubenses criaram com as mãos e o coração três referencias singulares da Princesa Serrana: Casario (Teotônio Monteiro), Bois (João Neto) e Cultivo da Cana (Nem).
As obras de arte estão carentes de uma restauração urgente, mas fui informado por um assessor do governo municipal que falta pouco tempo para o início da execução desse trabalho.
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SESSÃO NOSTALGIA - CONCURSO MISS PERNAMBUCO 1962

Daslan Melo Lima
 
PRÓLOGO


     Na manhã deste último sábado de 2012, ao ler no prestigiado blog do jornalista pernambucano Fernando Machado, www.fernandomachado.blog.br , o que ele escreveu sobre a eleição da Miss Pernambuco 1962, vi que ali estava a fonte principal para a Sessão Nostalgia desta semana. Tenho um interesse sentimental muito especial por todas as Misses do ano de 1962 , época em que, quase ainda um menino, despertei para o assunto ao ver a minha  Tia Soledade lendo a revista O Cruzeiro sobre a eleição da Miss Brasil 1962, a baiana Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, minha Miss inesquecível. 
    

 MISS PERNAMBUCO 1962


     No dia 28/04/1962, nos salões do Clube Internacional do Recife, seis jovens disputaram o título de Miss Pernambuco 1962: Terezinha de Castro Frazão (Miss Clube Português do Recife), Eutália Figueiredo (Miss Clube Líbano), Vera Lucia Bezerra (Miss Clube Náutico Capibaribe), Lucilde Carlos Mendonça (Miss Clube Internacional do Recife); Marly dos Santos Alexandre (Miss Atlético Clube de Amadores) e Francy França (Miss Monte Real). Amélia Reis (Miss América Futebol Clube)  e Eneida Costa tinham se inscrito mas desistiram de participar do concurso. O primeiro lugar foi para Terezinha Frazão, o segundo para Eutália Figueiredo e o terceiro para Vera Lucia Bezerra.

Da esquerda para a direita, Lucilde Carlos Mendonça, Miss Clube Internacional do Recife;  Eutália Figueiredo, Miss Clube Líbano, Marly dos Santos Alexandre, Miss Atlético Clube de Amadores; Terezinha Frazão, Miss Clube Português do Recife; Vera Lúcia Bezerra, Miss Clube Náutico Capíbaribe; Eneida Costa (que desistiu de participar do certame) e  Francy França, Miss Monte Real. 
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Da esquerda para a direita: Eutalia Figueiredo, Miss Clube Líbano, segunda colocada no Miss PE 1962; Maria Lúcia Santa Cruz, Miss Pernambuco 1961; Terezinha Frazão, eleita Miss Pernambuco 1962;  Francy França, Miss Monte Real, e Vera Lúcia Bezerra, Miss Clube Náutico Capibaribe, terceira colocada.
Maria Lúcia Santa Cruz, Miss Pernambuco 1961, sétima colocada no Miss Brasil 1961, e Terezinha Frazão, Miss Pernambuco 1962.
       Os apresentadores do evento foram Hilton Gomes e Heloisa Helena. A comissão julgadora foi formada por Iolanda Costa e Silva (esposa do general Arthur da Costa e Silva que depois se tornaria primeira dama do Brasil), Lotinha Pessoa de Queiroz, Roberto Pessoa, Nelson Dias, Jordão Emerenciano, Álvaro Ferraz, os cônsules Eugene Areas (Estados Unidos) e Yoshito Saito (Japão). O estilista Marcilio Campos vestiu Terezinha Frazão, Eutália Figueiredo (Miss Clube Líbano) e Francy França (Miss Monte Real). Victor Moreira grifou os modelos de Lucilde Carlos Mendonça (Miss Clube Internacional do Recife)  e Vera Lucia Bezerra (Miss Clube Náutico Capibaribe).  
     Detalhes:  A Miss Brasil 1955, Emilia Corrêa Lima, ao lado do esposo , o Coronel do Exército  Wilson Santa Cruz Caldas, foi  presença de destaque na noite da beleza pernambucana, assim como a Miss Paraíba 1962, Eneida Vieira. Terezinha Frazão não conseguiu classificação entre as finalistas do Miss Brasil 1962. Vera Lúcia Bezerra, Miss Clube Náutico Capibaribe, terceira colocada, voltou a disputar o título no ano seguinte e foi  eleita Miss Pernambuco 1963. 

Lucilde Carlos Mendonça, Miss Clube Internacional do Recife - Foto: Diario de Pernambuco
      Lucilde Carlos Mendonça, Miss Clube Internacional do Recife, suicidou-se com um tiro no dia 29/02/1968, na frente do altar da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, em Jaboatão dos Guararapes-PE, tragédia atribuída ao fim do seu noivado.
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EPÍLOGO


     Agradeço ao Fernando Machado por sua atenção para comigo ao nos comunicarmos hoje por e-mail. Eu nem sabia que Terezinha Frazão tinha nascido no mesmo Estado que eu, Alagoas. Fiquei sabendo através da matéria do blog do Fernando. 
      Nas minhas férias escolares do final do ano de 1962, viajei de São José da Laje-AL para o Recife, de trem. Um tio me esperava na estação central e a primeira pergunta que lhe fiz foi esta: “Onde será que mora Terezinha Frazão, a Miss Pernambuco?” Meu tio olhou-me de forma estranha, sem entender o porquê da minha paixão por Misses. Eu também não entendia, mas há muito tempo deixei de perder tempo buscando entender os mistérios da vida, da morte e das paixões. Paixões são paixões, não se explicam, são simplesmente paixões, paixões e nada mais.

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sábado, 21 de abril de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Luismar Melo, um orgulho timbaubense


LUISMAR MELO, UM ORGULHO TIMBAUBENSE

 Daslan Melo Lima

Luismar Melo (25/08/1944 - 20/04/2012) -  Foto:jornalcana.com.br

      Eu tive pouco contato com o Dr. Luismar Melo, porém o suficiente para captar a grandeza do seu caráter. Lembro-me dele tratando de negócios na Agência do BNB, Banco do Nordeste do Brasil. Eu trabalhava no setor operacional e ficava impressionado com a sua simplicidade. Em algumas ocasiões, deparei-me com ele  no Timbaúba Tênis Club e sua presença irradiava classe, educação, energia positiva. Aqui, rendo o meu tributo a um timbaubense cujo nome a história vai guardar.
 
       O industrial timbaubense Luismar Melo morreu no dia 20/04/2012, no Hospital Santa Joana, no Recife, PE, devido a complicações de saúde decorrentes de câncer no pâncreas. Filho de José Bolivar e Otília Maria de Araújo, nasceu em Timbaúba, PE, no dia 25/08/1944. 
       Após concluir o curso de Engenharia Civil na UFPE, Universidade Federal de Pernambuco, e trabalhar no DER, Departamento de Estradas e Rodagem, comprou o Engenho Cangaú, em Aliança, PE,  com dinheiro emprestado pelo pai, dando início a uma trajetória que fez dele um dos maiores fornecedores de cana de Pernambuco. No início do Proálcool, foi para a Paraíba para começar a plantar cana como fornecedor. 
      Em 1989, em sociedade com Paulo Fernando Cavalcanti de Moraes e José Ivanildo Cavalcanti de Moraes, adquiriu a Usina Japungu. Na safra de 1991/1992, um total de 260.000 toneladas de cana foi produzido nos engenhos Cangaú, Poço Mazagão II, Carnaúba, Miriri, Babilônia, Nossa Senhora da Guia, Bela Vista, Santa Emília e Rio Claro. 
      Em 1996, ele e os seus sócios fundaram a Agroval, arrendando o parque industrial da antiga Usina Santana. Em 2001, partiram para a região de Goiás, adquirindo a CRV, e em 2003, a Cooper-Rubi. 

Dr. Luismar Melo, (Foto extraída do livro “Timbaúba Ontem e Hoje”, Volume II, de Lusivan Suna, Edições A Província, Timbaúba, PE, 1996.

LUISMAR, UM MAR DE FLORES PARA UM HOMEM QUE TINHA O MAR NO NOME

      O corpo do Dr. Luismar Melo foi velado em sua residência, na Rua Dr. Alcebíades, centro, Timbaúba, de onde saiu às 16 horas, para sepultamento no Cemitério de Santa Cruz, acompanhado por centenas de pessoas. Sua esposa D. Milinha e os filhos Bolivar Neto, Luciana, Milene e Bruna acompanharam o cortejo até o último minuto, quando os aplausos dos presentes ecoaram no final da tarde que morria. 
     Durante o trajeto do centro da cidade para o cemitério, ouvi uma senhora com lágrimas nos olhos tecendo o seguinte comentário: “Ele era o homem mais generoso que conheci na minha vida, uma espécie de pai para todos os seus funcionários”.

       
      Todo o espaço do jazigo da família foi tomado por centenas de grinaldas, uma cena jamais vista em Timbaúba, algo em torno de 500 grinaldas. Um mar de flores para um homem que tinha o mar no nome. Detalhe: no  ataúde ele estava de terno azul, sapatos pretos e nenhuma flor como decoração, a não ser um ramo de orquídeas. 


     O relógio marcava mais de 18 horas e as pessoas já tinham saído do cemitério, porém um caminhão de flores ainda estava sendo descarregado. Vários homens retiravam as grinaldas para deixá-las na última morada terrena de Luismar Melo

                   JUNTO A TI, BUSCAREI OUTRO MAR


      A Missa de sétimo dia em Timbaúba foi realizada na Capela da Escola Santa Maria, que se tornou pequena para a quantidade de pessoas que foram levar as condolências aos familiares. O livreto da cerimônia, simples e discreto, com capa prateada, não trazia imagens do Dr. Luismar Melo, apenas o roteiro da celebração eucarística e um pequeno encarte com mensagens da viúva, filhos e netos. A Barca, do Padre Zezinho, foi o canto de entrada.

Tu te abeiraste na praia / Não buscaste nem sábios, nem ricos / Somente queres que eu te siga...
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(Coro) Senhor, Tu me olhaste nos olhos / A sorrir, pronunciaste meu nome / Lá na praia, eu larguei o meu barco / Junto a Ti, buscarei outro mar.
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Tu sabes bem que em meu barco / Eu não tenho nem ouro nem espadas / Somente redes e o meu trabalho...
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Tu minhas mãos solicitas / Meu cansaço, que a outros descansem / Amor que almeja seguir amando...
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Tu, pescador de outros lagos / Ânsia eterna de almas que esperam / Bondoso amigo, assim me chamas...

LUISMAR MELO, A SIMPLICIDADE DE UMA PERSONALIDADE

     Luismar Melo era um homem simples, apesar da fortuna que conseguiu acumular durante sua vida laboriosa. 
Comidas preferidas: Cuscuz com leite de coco , macaxeira, inhame, pamonha, queijo de manteiga, galinha de capoeira, feijão verde, feijoada, pirão de carne de boi, sopa de feijão e carne, cuscuz de massa de mandioca... 
Bebidas: Um bom uísque acompanhado de caldinho de feijão e queijo. Sobremesas: Goiabada, queijo de manteiga, doce de caju. 
Músicas: Bossa Nova, Seresta e Marchinhas de Carnaval.  
Visual: Seu cabeleireiro durante muitos anos foi o sempre lembrado Gerson, amigo de longas datas.  
Esporte preferido: Trilhas de jeep e quadriciclo.  
Seu lema: Ajudar sempre, sem olhar a quem. Ele dizia o seguinte: "Mais difícil do que tirar do bolso para dar é a pessoa arrumar coragem para pedir". Hábitos: Só gostava de comer depois que os empregados fizessem suas refeições. Tinha que haver muita comida em seus pratos.

                                                LUISMAR, UMA ESPÉCIE DE PAI

      Entre as diversas premiações recebidas por Dr. Luismar Melo, destaque para o Prêmio MasterCana, em 2007, um reconhecimento por sua  atuação como diretor do Sindálcool, Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba. 
   Mas agora que DEUS o convocou para uma nova missão em outra dimensão, acredito que não existe melhor homenagem do que os comentários que ouço das pessoas humildes que tiveram o privilégio de trabalhar ao seu lado. Comentários como aquele envolvido em lágrimas que escutei  de uma  senhora que acompanhava o enterro:
 Ele era o homem mais generoso que conheci na minha vida, uma espécie de pai para todos os seus funcionários”.

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Daniel Lima (1916-2012), "Viver é estar sempre dando adeus"


Daslan Melo Lima

 Daniel Lima (02/05/1916 - 15/04/2012)
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    O padre e poeta Daniel Lima morreu no dia 14 de abril, no Recife, aos 95 anos de idade, por complicações decorrentes de uma pneumonia. Ele ganhou projeção nacional ao conquistar, em dezembro do ano passado, o prêmio literário da Fundação Biblioteca Nacional na categoria poesia, pela obra "Poemas", editado pela CEPE - Companhia Editora de Pernambuco, seu primeiro livro publicado.
            Nascido em Timbaúba, PE, em 02/05/1916, Daniel dos Santos Lima foi pároco em Nazaré da Mata, PE e depois de se mudar para o Recife lecionou Filosofia em instituições de ensino superior da capital. Ligado a correntes progressitas da Igreja, atuou nas Ligas Camponesas de Francisco Julião. Figura célebre em rodas acadêmicas e literárias pernambucanas, deixou mais de 20 obras inéditas. Escreveu durante toda a vida, mas nunca quis publicar seu trabalhos. "Poesias" só foi editado em 2011 por insistência da escritora e professora universitária Luzilá Ferreira, ex-aluna de Daniel Lima que "roubou" os originais e depois o convenceu a publicá-los.
          Abaixo, alguns dos seus sábios textos místicos-poéticos.   
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...Se a vida não se detém em momento algum, então viver é estar sempre dando adeus. 
     A alguém, a alguma coisa; e não só exteriores a nós - amizades, lugares, objetos - mas adeus a nós mesmos, sobretudo. 
          Pois se alguém nos deixa, ainda que só nos tenha encontrado em rápido instante, alguma coisa de nós, de nosso sentimento pessoal do mundo, de nosso ser, se perde quando esse se afasta. 
      Sem que o queira, ou pense, o mais futuroso homem vai, a cada momento, se desmanchando um pouco no que passa.
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Eu sou a metáfora de mim.
Por isso, quando eu morrer morrerá meu poema.
Restarão apenas palavras sem sentido,
formas tornadas vãs de um mistério
Cuja chave perdida para sempre
No silêncio de morte
Ninguém encontrará.
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Sou o intervalo
            entre a palavra e o gesto.
E amar a vida,
            senti-la e consenti-la
                        é meu protesto.

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                                                          Vale a pena ser eu, mesmo perdido.
                                                          Um dia, hei de encontrar-me não sei onde,
                                                          numa esquina talvez ou na soleira
                                                          da casa de um amigo ou num presídio.

                                                          Já muito chão andei, sempre à procura
                                                          do que, não sei; de quem, pior ainda.
                                                          O endereço perdi de toda gente:
                                                          será que vou saindo, ou vou chegando?

                                                          No leste nasce o sol, mas é ao oeste
                                                          que coração e pés me vão levando,
                                                          eu, tão norte que sou, que o sul quem há de?

                                                          Perdido estou, sem referência alguma
                                                          do espaço e tempo, mas confuso embora,
                                                          sei que sou o perdido. E vale a pena.

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Antes, vivia na certeza,
como uma águia aprisionada na gaiola.
                        A dúvida me libertou
deixando-me voar no espaço livre,
                        não mais certo de nada
senão da importância do voo.
   

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SESSÃO NOSTALGIA – OS TRAJES EVOCATIVOS DA MODA CARIOCA NO CONCURSO MISS GUANABARA 1965


Daslan Melo Lima


      Maracanãzinho, Rio de Janeiro, junho de 1965. A tradicional passarela em forma de ferradura do famoso ginásio de esportes tinha sido substituída por outra que reproduzia o símbolo do IV Centenário da fundação do Rio de Janeiro. Antes dos desfiles de traje de gala e maiô, as 30 candidatas ao título de Miss Guanabara 1965 desfilaram em trajes evocativos da moda carioca. 

Vinte e cinco mil pessoas aplaudiram as misses que desfilaram numa feérica passarela reproduzindo o símbolo do IV Centenário. (Revista Manchete, 03/07/1965)


Por causa das comemorações do IV Centenário, o concurso do Maracanãzinho apresentou uma novidade este ano: o desfile das candidatas em trajes de época. Trinta luxosíssimos vestidos, reconstituindo eras de esplendor e beleza da História,  cruzaram a passarela. Havia de tudo: o traje Império da vencedora, o autêntico iaiá boneca da segunda colocada, Sônia Regine Schuller, e outros. (Revista Fatos & Fotos  03/07/1965). 

A história do Rio de Janeiro foi contada através da evolução da moda, em vestidos desenhados pelos costureiros Evandro Castro Lima e Carlos Gil. (Manchete, 03/07/1965) 


Abaixo, os  trajes publicados na revista Fatos & Fotos, de 03/07/1965, uma visão histórica e inesquecível da fase de ouro dos concursos de beleza no Brasil.  
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Maria Raquel Helena de Andrade, Miss Botafogo, eleita Miss Guanabara 1965, desfilou com traje Império, de 1805, confeccionado em gaze musseline lilás, capa em cetim.
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Sônia Regine Schuller, Miss Caça e Pesca, segunda colocada, modelo de 1780, Iaiá Boneca, de organza e tafetá.
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Maria de Fátima, Miss Círculo dos Oficiais da PM. Vestido de 1909, com cintura marcada.
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Vera Lúcia, Miss Sumaré CC, traje de 1829, de influência espanhola e decote em V, bordado com rosas brancas.
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Margareth Bulcão, Miss Bangu, vestido no estilo de “...E O Vento Levou.”
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Sheila Chaves, Miss Fluminense, traje de 1820, marca a tendência da cintura baixa.
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      Faz 47 anos que tudo isso aconteceu. As Misses continuam desfilando em seus trajes de época nas revistas que guardo com tanto carinho. Parece até que foi ontem.  Vou guardar minhas revistas e imaginar que faz apenas 47 dias. Quero esquecer que envelheço,  enquanto aquelas jovens lindas do IV Centenário do Rio de Janeiro  permanecem jovens nas revistas daquele 1965.

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sábado, 14 de abril de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

 UM MASCOTE PARA O TIMBAÚBA FUTEBOL CLUBE

Uma das figuras abaixo, o Boi, o Mocó ou o Morcego, poderá ser escolhida para mascote do Timbaúba Futebol Clube.  Cada uma tem o seu significado cultural para o municípío. Esta campanha foi idealizada pelo publicitário Jorge Moura, criador das imagens, e conta com o apoio de PASSARELA CULTURAL.

BOI - É grande o número do folguedo denominado Boi de Carnaval, tanto que, oficialmente, Timbaúba é a terra do boi de carnaval.

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MOCÓ - Esse roedor é abundante nos canaviais da mata norte pernambucana. Existe o bairro timbaubense de Mocós e as gerações antigas costumavam chamar a  cidade de Timbaúba dos Mocós.
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MORCEGO - Morcego é a denominação de um dos mais tradicionais blocos de carnaval da cidade e o seu hino é um dos frevos mais famosos da região.
 
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 MEMÓRIA TIMBAUBENSE
Ginásio Timbaubense, 1954, primeira turma do curso ginasial. De terno e gravata, um ícone da educação em Timbaúba, Prof. José Mendes da Silva.  
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA

Dia e noite, noite e dia, o Rio Capibaribe-Mirim mansamente corre para o mar. Enquanto isso, as "baronesas" desfilam tranquilas pelas suas águas, antes que algum inverno diga ao vento que o rio é um mar.   
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ANNIELE ALBUQUERQUE, MENINA FANTÁSTICA
Anniele Albuquerque, 18 anos, 1 metro e 80 de altura, já perdeu a conta das propostas que recebeu para ser modelo. Recusou todas. Focada nos estudos, concluiu o Ensino Médio na EREMT, Escola de Referência em Ensimo Médio de Timbaúba, onde foi eleita Miss EREMT 2010. Aprovada no vestibular de Serviço Social da Universidade Federal de Campina Grande, durante os próximos quatro anos vai dividir seu tempo entre as cidades de Sousa-PB, onde existe um campus da UFCG, e sua amada Timbaúba.
Durante a tarde descontraída do domingo de Páscoa, Anniele Albuquerque posou especialmente para PASSARELA CULTURAL ao lado de sua mãe e tias. Da esquerda para a direita, Paula, Patrícia (mãe), Anniele, Pollyanna e Poline.
Por insistência de parentes e amigos, Anniele Albuquerque  participou da seleção pernambucana do último concurso Menina Fantástica, da Rede Globo. Seu tipo impressionou, mas não  conseguiu  um lugar entre as semifinalistas. Não se sentiu frustrada, e nem poderia. Para Timbaúba, ela é muito mais que uma Menina Fantástica.  
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