sábado, 25 de agosto de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

UM SÁBADO EM TIMBAÚBA 2012 

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OS 15 ANOS DO LUAR DE PRATA

O Clube Luar de Prata celebrou em grande estilo os 15 anos de sua fundação. A festa aconteceu no Clube Verde Campo, no sábado, 18.

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WELLINGTON, AQUELE GAROTO DE UMA  MANHÃ DE SOL


Daslan Melo Lima


      Neste agosto, o mês que, infelizmente, rima com desgosto, DEUS convocou Wellington Apolinário Borba, 32 anos, para uma nova missão em outra dimensão. Profissional do setor de transporte autônomo, rota Timbaúba X João Pessoa, ele morreu na manhã de quinta-feira, 23, quando sua moto colidiu com um caminhão num trecho da estrada que liga a zona urbana timbaubense ao distrito de Livramento do Tiúma. Wellington era casado com Cinthya Kalyne, mãe dos seus filhos Wellington Filho (12 anos) e Guilherme (8 anos).
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    Conheci Wellington Apolinário Borba numa ensolarada manhã de domingo, no Motor Clube de Timbaúba, no verão de um tempo que se foi.  Eu estava envolvido com a apresentação de um evento estudantil e ele liderava uma torcida. Quando passamos de certa faixa etária, temos a impressão de que esses garotos crescem rápido demais. De repente, Wellington  já não era mais um adolescente. Voltei a  vê-lo já como homem de responsabilidade, conduzindo passageiros para João Pessoa.


   Acompanhei o sepultamento do seu corpo com os meus pensamentos voltados para aquela manhã de sol de anos atrás.  Uma chuva fina caía, mas parou na hora em que seu corpo baixou à sepultura. Não consegui expressar meu sentimento diante da jovem viúva. Cinthya tinha celebrado o seu aniversário na noite anterior ao lado do esposo amado. Em seu rosto havia aquela expressão de perplexidade diante da fatalidade. 


   Olhei para os olhos bonitos do Wellington Filho, cuja fisionomia lembra muito a do pai, e em silêncio pedi a DEUS que ELE desse àquele menino e ao seu irmão milhares de manhãs de sol, para compensar a curta passagem do seu pai pelo planeta,  a curta passagem terrestre do Wellington Apolinário Borba, que ficou em minha memória como aquele garoto de uma manhã de sol.

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SESSÃO NOSTALGIA - Maria da Glória Drumond (Glorinha Sued), Miss Minas Gerais 1949, o adeus de um mito

Daslan Melo Lima

      Neste agosto que logo mais será passado, morreu uma mineira radicada no Rio de Janeiro que foi um dos ícones da beleza, do glamour e do high society  brasileiro, Maria da Glória Drumond, Miss Minas Gerais 1949, uma das mais belas candidatas ao título de Miss Brasil 1949, no ano em que a vencedora foi Jussara Marques, Miss Goiás. 
     Ao casar em 1958 com o jornalista e colunista social Ibrahim Sued (1924-1995), Maria da Glória Drumond passou a ser conhecida como Glorinha Sued. Ela tinha 82 anos de idade e morreu na segunda-feira , 20/08, na Clínica Pinheiro Guimarães, em Laranjeiras. Vinha  doente há alguns anos e  deixou dois filhos, Isabel Cristina e Eduardo, frutos do seu casamento com Ibrahim Sued. O corpo de Glorinha foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Na coluna de Hildegard Angel, a notícia postada às 18h15min do dia 20/08, no  http://noticias.r7.com, foi  divulgada na forma abaixo.

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                    Morreu Glorinha Sued, um dos mitos dos salões do high society!

    Morreu hoje Maria da Glória Drumond Sued, a Glorinha Sued, mulher do colunista social Ibrahim Sued nos áureos tempos de seu sucesso no jornalismo, quando ele comandava, ao lado dela, a alta sociedade brasileira...
   Glorinha também foi quem trouxe a Renovação Carismática para o Rio de Janeiro, católica fervorosa que era, comandando grupos de oração na Igreja da Ressurreição e também na Igreja Nossa Senhora de Copacabana, onde o movimento carismático teve início no país. Sua grande companheira nessa iniciativa religiosa foi Maria do Carmo de Abreu Sodré, em São Paulo...
   Glorinha teve muitas glórias sociais em sua vida de festas, viagens e celebrações. Foi Miss Minas Gerais e uma das mulheres mais lindas de nossos salões. E isso sem querer rasgar elogios. Seus olhos verdes jade eram de um brilho impressionante. E seu tom de pele moreno azeitona, como se diz em Minas, era um privilégio, pois realçava os cabelos louros. Antes de ser conquistada pelo Ibrahim, quase virou baronesa de Rothschild, pois provocou uma paixonite no barão Edmond...
   Causou furor no casamento da Farah Diba com o Xá da Pérsia, vestida peloGuilherme Guimarães, bem como nas faraônicas festas de Antenor Patiño. Enfim, seu porte e sua beleza foram um belo abre-alas para a carreira do marido colunista social...
   Recebia muito bem em casa, à melhor maneira mineira. Sabia cozinhar. Seus pães de queijo eram notáveis. Os paninhos bordados de organdi, sempre engomados. Uma dona de casa de primeira. Muito amiga de Marilu Pitanguy, com quem sempre passava as férias em Gstaad, na Suíça. Enfim, uma mineirona. Acabou afastando-se da convivência social, devido à opção religiosa muito acentuada. Nos últimos 20 anos, fez a escolha missionária. Passou a visitar os amigos doentes, os pobres, rezando por todos e fazendo a "imposição das mãos"...
  Estava doente já há algum tempo, em casa, dependendo de home care, providenciado por sua boa filha, Bebel. Deixou também um filho, Eduardo, que herdou seu tom de pele e os olhos verdes jade, tal e qual herdou Bebel...
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           Para minha surpresa, o texto de Hildegard Angel foi ilustrado pela única imagem até  o momento postada na Internet que mostra Maria da Gloria Drumond na época do título de Miss Minas Gerais 1949. Fiquei emocionado. A foto em preto e branco, reproduzida em outros  sites, foi capturada  por Hildegard da minha SESSÃO NOSTALGIA de  31/03/2012, quando resgatei aqui a memória do concurso  Miss Brasil 1949, http://www.passarelacultural.blogspot.com.br/search?q=Miss+Brasil+1949&submit=Busca
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Maria da Glória Drumond e Ibrahim Sued, casamento em 1958.
Acima, Glorinha Sued em uma de suas últimas fotos. Abaixo, ao lado dos filhos Isabel Cristina e Eduardo. 

      Neste último sábado de agosto de 2012, tento, mais uma vez,  não me aprofundar muito em decifrar os mistérios da vida e da morte, mas penso em Glorinha Sued, que há 63 anos disputou o titulo de Miss Brasil. E penso em todas as garotas lindas que no próximo mês vão disputar o títilo de Miss Brasil 2012.  Quantas Misses atuais daqui a 63 anos vão ser lembradas como mitos? Nem o vento, nem o silêncio e nem a chuva que lá fora cai sabem a resposta.
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sábado, 18 de agosto de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Ivana e José Ivanildo Cavalcanti de Morais. belos bravos brasileiros

IVANA E JOSÉ IVANILDO CAVALCANTI DE MORAIS, BELOS BRAVOS BRASILEIROS

          A tradicional família Cavalcanti de Morais, de expressiva atuação no contexto sociocultural e econômico das cidades de Timbaúba e Macaparana, sofreu neste mês de agosto, o mês que, infelizmente, rima com desgosto, duas grandes perdas: as mortes de Ivana Cavalcanti de Morais, no dia 07, e do seu pai José Ivanildo Cavalcanti de Morais, o Zé Ivanildo, no dia 08.


      

     José Ivanildo Cavalcanti de Morais nasceu no dia 19/01/1930, no Engenho Trás os Montes, em Timbaúba. Foi educado no Colégio Timbaubense e no Colégio Nóbrega, no Recife. Com seu espírito empreendedor, foi agropecuarista, usineiro, dono de siderúrgica e diretor do Grupo Miriri. Casou com Terezinha de Jesus, o grande amor da sua vida, que lhe deu uma dezena de frutos, seis filhas e quatro filhos. O bem sucedido homem de negócios não perdeu de vista o olhar para as coisas espirituais, tanto que o hino religioso Treze de Maio era uma das suas músicas preferidas. 

A treze de maio na cova da íria / No céu aparece a Virgem Maria /Ave, Ave, Ave Maria! / Ave, Ave, Ave Maria! / (...) / A mãe vem pedir constante oração / Pois só de Jesus vem a salvação/ Ave, Ave, Ave Maria! / Ave, Ave, Ave Maria!

     Ivana Cavalcanti de Morais nasceu no Recife, em 28/03/1966. Foi aluna da Escola Santa Maria , em Timbaúba, e do Colégio Salesiano, na capital. Formou-se em Agronomia pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989, e fez pós-graduação de três anos na Austrália. Bela e sensível, Ivana enveredou pelas artes plásticas e pela poesia. O poema Amar é um legado que retrata um pouco da sua personalidade.  

Não tenho medo de amar, / Mas pânico de ser / Amada, / Confundida, / Solicitada. / Cobrada, / Invadida, / Idealizada, / Responsabilizada / Por aquilo que se deixou cativar. /// A dependência assusta / Bilateralmente. /// Amo a maravilhosa sensação / De que ninguém depende de mim / para viver. /// Ninguém depende do meu amor, / de minha atenção / Mas usufrui plenamente / Sempre que / Possível. 

      Outro poema seu, Belos bravos brasileiros, diz: 
“Vivi, vivi e aí compreendi / Que a vida vivida / Tem que ser decidida. /// Idade, tempo, lentidão, /Beleza contando história / História  revelando ação. /// Velho, jovem, ancião, / Todos juntos formando a Nação. /// Beleza rara este tal camarada, / Cabra da peste / Jangada, caneta, serra, enxada / Belos; são homens guerreiros / aventureiros / Bravos; Bravos homens brasileiros. /// Peão, pescador, boiadeiro, usineiro, / Serralheiro, / Todos  / Formando o povo brasileiro." 


 O corpo de Ivana foi cremado e as cinzas jogadas no mar de Pontas de Pedra. 
O corpo de Ivanildo foi sepultado em Macaparana. 


      Belos bravos brasileiros, o título do poema de Ivana,  terminou sendo a melhor definição que encontrei para dar título a esta crônica. 
     O vento que sopra entre os canaviais neste mês de agosto concorda com a terra (túmulo de Zé Ivanildo)  e com o mar (túmulo de Ivana): ele e ela foram belos bravos brasileiros.

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O MINISTRO E O TIMBAUBENSE, ENCONTRO EM OLINDA
Em visita ao nordeste brasileiro, Celso Amorim, Ministro da Defesa, um dos homens mais cultos do Brasil, visitou o Seminário de Olinda. Ao seu lado, como cicerone do momento, Paulo Dutra de Morais, um timbaubense também culto, advogado e estudante de Teologia do Seminário.  Paulo é filho de Jailton e  Maria do Rosário Dutra (Professora Zarinha).A viagem de Celso Amorim não teve caráter oficial, uma vez que ele estava de férias.Nos diálogos, apesar do clima eleitoreiro que estamos vivendo atualmente, nada de política-partidária, apenas cultura, na melhor acepção da palavra 


O Seminário de Olinda é composto de edificações centenárias, constituindo-se da Capela Nossa Senhora da Graça, Instituto Filosófico-teológico e a residência seminarística. O Instituto Filosófico-teologico atual é o antigo Colégio Real de Olinda, fundado pelos padres jesuítas, a fim de catequizar e educar os índios e posteriormente as famílias nobres de Olinda e Região. (Fotos: Arquivo Pessoal e  flickriver.com).
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
A tarde de agosto morre na Ladeira dos Borge (não seria Ladeira dos Borges?). O que importa é mergulhar na beleza da tarde de agosto que morre na Ladeira dos Borges ou na Ladeira dos Borge.

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MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Jogos Colegiais de 1966 - Quadra do CENEC – Josafá de Freitas, Artur Ferreira, Lusiwalter, Lusivan, Nélson, Luiz Henrique (Lula), Renato (interno do timbaubense) João Hélio, Dilson (professor), João Arruda, Ivan, Gonzaga,  João Mário e José Mário Guerra. Um documento de um tempo que se foi, para sempre se foi, quando eles nem se davam conta de que eram parte de uma década que mudou a face do planeta Terra. (Foto: Acervo de Josafá de Freitas)

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SESSÃO NOSTALGIA - Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, minha Miss Brasil inesquecível


Daslan Melo Lima

             Parece até que o ano de 2004 foi ontem.  O telefone tocou numa manhã ensolarada. Era a voz do meu amigo Dido Borges dizendo: “Bom dia, Daslan! O Roberto Macêdo fez contato comigo. Ele vai reunir depoimentos de missólogos para postar no seu site Miss News, dentro das homenagens aos  50 anos do concurso Miss Brasil. Indiquei o seu nome.” Dias depois, Roberto Macêdo telefonou para mim e fiquei motivado a   elaborar uma crônica falando de como começou a minha paixão pelas Misses.  Dei a ela o título de MINHA MISS INESQUECÍVEL. A matéria foi postada no site do Roberto, fez sucesso, e outras se sucederam naquele 2004, todas veiculadas no Miss News e transcritas por missólogos para outros sites especializados.
              E agora, com vocês, com alguns ajustes, aquela que foi a minha primeira crônica sobre Misses. 
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   MINHA MISS INESQUECÍVEL


     São José da Laje, interior de Alagoas, nordeste do Brasil, 1961. “Este ano parece que não vai ter misses. O Presidente Jânio Quadros quer acabar com os concursos”, dizia desconsolada e revoltada uma vizinha. Pela primeira vez eu ouvia alguém pronunciar este nome mágico: miss.

      
      São José da Laje, interior de Alagoas, nordeste do Brasil, 1962. Estou no prédio comercial da Tia Soledade e ela está absorvida com a leitura da revista O Cruzeiro. Ao seu lado, outras pessoas observam. Minha tia diz: Não gostei muito dela”. Alguém comenta: “Eu gostei”. Outra opina: “A do ano passado era mais bonita”. Aproximei-me e quis saber que história era aquela. O assunto era a moça da capa, Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, Miss Brasil, baiana de Itabuna, 1m72cm de altura, 59 Kg, 91cm de busto e quadris, 60cm de cintura e 56cm de coxa, posando na escadaria da Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo e no Cais dos Saveiros.
 
      A partir daí, a imagem da bela Miss Brasil 1962 passou a ocupar todos os meus pensamentos. Com Maria Olívia, minha namorada inacessível, teve início minha compulsão para acompanhar os concursos e colecionar reportagens sobre as misses. Inexistiam aparelhos de televisão na minha pequena cidade natal.  O tempo corria lento. As notícias vinham pelo rádio como se fossem acontecimentos ocorridos em outras dimensões. Tudo tão longe...  Tudo tão devagar... Todo um clima predispondo à introspecção, ao sonho, à fantasia, à poesia e ao romantismo. E foi com muita ansiedade envolvida em sonho, fantasia, poesia e romantismo que fiquei aguardando chegar na casa da minha tia aquela preciosidade chamada O Cruzeiro com a cobertura completa do concurso Miss Universo. E ali estava minha deusa, quinta colocada em Miami Beach, entre as mulheres mais belas do mundo: Helen Lyu (Miss República da China, quarto lugar), Aulikki Jarvinen (Miss Finlândia, terceiro lugar), Ann Geirsdottir  (Miss Islândia, segundo lugar) e Norma Beatrice Nolan (Miss Argentina, primeiro lugar).


O Top 3 do Miss Brasil 1962. Da esquerda para a direita: Julieta Strauss, Miss São Paulo, 2º lugar; Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, Miss Bahia, 1º; e Vera Lúcia Saba, Miss Guanabara, 3º lugar.
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O Top 5 do Miss Universo 1962. Da esquerda para a direita: Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, Miss Brasil, 5º lugar; Aulikki Jarvinen, Miss Finlândia, 3º; Norma Nolan, Miss Argentina, 1º; Ann Geirsdottir, Miss Islândia, 2º; e Helen Lyu, Miss China, 4º lugar.

      No meu interesse compulsivo por tudo aquilo que se referia às misses, eu nem percebia que aquelas moças maravilhosas, de sorrisos lindos e plásticas harmoniosas emolduradas pelos maiôs Catalina, eram de carne e osso. Só caí na realidade quando despertei para três fatos envolvendo as três finalistas do Miss Brasil-62. Ei-los, pela ordem dos acontecimentos: 
1 - O casamento precipitado de Vera Lúcia Saba, Miss Guanabara, terceira colocada. Mineira de nascimento, após participar do concurso Miss Mundo em Londres (vencido por Catherine Lodders, Miss Holanda), Vera esteve no Líbano e, num típico caso de amor à primeira vista, casou-se com o cabeleireiro Georges Kour. O Brasil inteiro foi pego de surpresa com aquele repentino casamento. Ninguém conseguia entender como a Miss Brasil número 3, trocava seu cobiçado título por um estrangeiro desconhecido. 
– A notícia de que a minha paixão platônica, Maria Olívia, ia casar.Após passar a faixa de Miss Brasil para a gaúcha Ieda Maria Vargas, Olívia acompanhou sua sucessora a uma festa e lá conheceu o fazendeiro paulista Olavo de Almeida Pereira Cordis, que estudava Direito no Rio de Janeiro. Em pouco tempo, namorou e noivou. 

Maria Olívia e Olavo de Almeida Pereira Cordis
Ao casar no dia 04/12/1963, deixava para trás os assédios da mídia a fim de levar uma vida tranquila ao lado do seu amado, na Fazenda Morro Alto, Araraquara, interior de São Paulo. 
3 - O  acidente de automóvel sofrido por Julieta Strauss. Carioca de nascimento, Julieta Strauss, Miss São Paulo, que havia encantado os americanos com seu inglês no concurso Miss Beleza Internacional em Long Beach (vencido por Tânia Verstak, Miss Austrália), desconversava quando o assunto era amor. Ela dirigia seu próprio automóvel quando aconteceu o acidente, batendo em uma árvore. Machucou-se bastante, mas sua beleza não foi afetada. Com um certo ar de Romy Schneider (a “Sissi” do cinema) gostava de dizer: “Casar é fácil. Casar bem e por amor é que é difícil”





      Timbaúba, interior de Pernambuco, nordeste do Brasil, 2004. Reflexões sobre os anos 60, memórias da infância, quando eu não me dava conta de que estava sendo testemunha de uma década que deixou marcas inapagáveis: o muro de Berlim; a inauguração de Brasília; a renúncia de Jânio Quadros; o golpe militar; os títulos de Miss Universo conquistados por Ieda Maria Vargas e Martha Vasconcellos; o bicampeonato mundial de futebol; o movimento musical da Jovem Guarda; os festivais de música popular; a guerra do Vietnam; o assassinato de John Kennedy; a minissaia; o sucesso dos Beatles e dos Rolling Stones; a descoberta do vírus do câncer ;o suicídio de Marylin Monroe e os  filmes  “O Pagador de Promessas” e “A Noviça Rebelde”. 
    Nos anos 60, eu nem sonhava de que um dia estaria na frente de duas coisas fantásticas chamada computador e internet, evocando imagens tão distantes e tão presentes como a da Tia Soledade, uma missóloga que não sabia que o era, até porque naquele tempo ninguém ouvia pronunciar esta palavra. 


Maria Olívia na escadaria da Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo, Salvador-BA 

     Nos anos 60, eu nem tinha consciência da importância histórica de ser testemunha do tempo áureo dos concursos de misses e que daquela época conservaria como ícone a bela imagem de uma moça posando na escadaria da Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo e no Cais dos Saveiros. A bela imagem da Miss Brasil 1962, Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, minha primeira deusa, minha miss inesquecível, meu primeiro referencial de glamour de um planeta (e de um universo) cujas misses dão ao mesmo um sentido especial, muito especial.
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Crédito das imagens:revistas O Cruzeiro e Manchete
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Abaixo, os links de acesso a três Sessões Nostalgia dedicadas a Maria Olívia:


16/05/2009, Sessão Nostalgia-Maria Olívia, Vale a Pena Ser Miss,


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19/06/2010, Sessão Nostalgia, Maria Olivia Rebouças Cavalcanti e Gilmar dos Santos Neves, a Miss Brasil e a “Miss” Copa do Mundo 1962.


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22/10/2011, Sessão Nostalgia, Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, Miss Brasil 1962, e o carro mais antigo do Brasil,


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sábado, 11 de agosto de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

SUPER RESOLVE, A NOVA APOSTA DE WAL BOY

      Ele é uma das pessoas mais populares de Timbaúba. Carismático, dinâmico e comunicativo, com jeito de adolescente, poucos dão a idade que ele realmente tem, 31 anos a completar no dia 09 de dezembro. Seu nome: Walfredo José da Silva, ou simplesmente Wal Boy, ou ainda, Wal Show, filho de um dos mais antigos taxistas em atividade na cidade Seu Sibiu. Wal estudou no Colégio Cenecista até a 8ª série e concluiu o segundo grau no SESI. Começou a trabalhar com 12 anos de idade e já exerceu as atividades de serviços gerais, balconista, mototaxista, publicitário, promotor de eventos e vendedor.   Atualmente está focado na empresa que criou recentemente, a Super Resolve, de quem fala com muito entusiasmo mais adiante. É casado com a estudante do curso superior de enfermagem Janaína Cristina, grávida de 5 meses do seu primeiro filho..  

      Um pouco de Wal Boy no melhor estilo “entrevista ping-pong" : Comida preferida: Os pratos da cozinha japonesa. ***** Bebida: Uísque. ***** Sobremesa: Pavê de ameixa. Cor: Azul. ***** Um clube esportivo: Sport Club do Recife. ****** Esporte preferido: Adoro participar de trilhas de moto e já organizei várias delas. ***** Um jogador de futebol: Romário. ***** Cidade dos seus sonhos: Uma Timbaúba cada vez melhor. ***** Santo de devoção: Nossa Senhora Aparecida. ***** Um ator: Marcelo Novaes. ***** Uma atriz: Thais Araújo. ***** Uma festa: Adoro Carnaval. Todos os anos saio no bloco “As Piruas” e o meu frevo preferido é “Diabo Louro”, de Alceu Valença. ***** Um programa de TV: Globo Repórter. ***** Um livro: “Onze Minutos”, de Paulo Coelho. ***** Um filme: “O Nome da Rosa.” ***** Um sonho de consumo: Um carro Honda Civic zero quilometro. ***** O que mais admira em uma pessoa: A verdade. ***** O que não suporta numa pessoa: A inveja. ***** Um dia para esquecer: Quando saí com um carro do meu pai e sofri um acidente. Quando ele soube, correu para me encontrar e disse: “Meu filho, você está bem? Esqueça o carro. A gente trabalha e consegue outro". “***** Uma mulher bonita: Patríca Poeta. ***** Um homem bonito: Paulo Zulu. ***** Uma personalidade timbaubense que a história guardou: Albenes Albuquerque. ***** Uma personalidade timbaubense que a história vai guardar: Professor Zé da Silva.
     A Super Resolve na visão de Wal Boy: Eu estava estudando algo sobre franquias quando vi na televisão uma reportagem sobre o Dr. Resolve. Fiz contato, eles deram-me assessoria e assim nasceu a minha empresa Super Resolve. Trata-se de algo inédito por aqui, mas acredito e tenho fé em  DEUS que o meu negócio vai dar certo. Assuntos referentes a pinturas de casas, problemas hidráulicos, etc., basta uma ligação para (81) 9628.7800, (81) 9228.8605 ou (81) 3631.2349. Vejam o panfleto e nossa página no Facebook, http://www.facebook.com/superresolve . Tudo simples, prático , objetivo, livrando o contratante de desgastes que poderia ter com alguém. 
      E assim conhecemos um pouco de Wal Boy, uma pessoa esforçada, que acredita em DEUS acima de tudo e em seus sonhos. Finalizando, ele confessou que a música da sua vida  é  “Asas da Imaginação”, na interpretação da Banda Aquarius, cuja letra diz assim:  
Deve haver lugar / Onde o inacreditável sobrevive / Onde tudo é possível / Deixa a mente imaginar / Onde nosso pensamento faz viagem / E a mente sem bagagem/ Viaja pra encontrar /////  Pode ser na asa de um cometa / Ou mesmo outro planeta / Onde a mente nos levar / Num lugar que tudo é possível / Sem medo sem dor / Só falar de amor / Deixa a mente imaginar /////  Asas me diz onde é o lugar / Onde o vento faz a curva / O circuito onde Senna corre sobre a chuva / Asas será que é real / Onde cantam as sereias / Onde nasce a lua cheia / Me faz acreditar.
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FATOS EM FOCO
Já está circulando a nova edição do jornal CORREIO DE NOTÍCIAS, trazendo reportagens interessantes sobre Timbaúba e região. Você encontra exemplares à venda na banca de revistas de Julio Alfredo, no centro da cidade. Para conferir online as matérias na íntegra, clique : 
www.jcnoticias.net
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II ENCONTRO DAS TURMAS DO MAGISTÉRIO DA ESCOLA SANTA MARIA 1974/75, UM EVENTO PARA RECORDAR


      No bar e restaurante A Praça, no último domingo de julho, foi realizado o II Encontro das Turmas do Magistério da Escola Santa Maria 1974/1975. O encontro emocionante, que já  foi motivo de registro na edição anterior de PASSARELA CULTURAL, volta aqui a ser abordado com novas imagens e a publicação de uma mensagem especial enviada dos Estados Unidos  por Sônia Regis.

Um dos momentos mais significativos aconteceu quando Marta Vasconcelos, foto acima leu um trecho enviado dos Estados Unidos por Sônia Regis, foto abaixo. Ei-lo, na íntegra:
   
Prezadas amigas:

      Estávamos sentadas numa plena manhã de sol e falávamos sobre nossas vidas e nossos anseios quando veio a lembrança dos nossos belos tempos. Que gostoso! Que maravilhoso foram aqueles tempos! Que infância e adolescência bonita, pura e inocente!  Lembranças dos nossos passeios, primeiro para o Maristela, conhecer nossas amigas estudantes.
     Nosso Colégio Santa Maria era muito bonito e ainda continua. Lembro bem das aulas de trabalhos manuais, quando colocávamos a caixa com as agulhas e linhas no meio da passagem para quando passar e chutar fazer barulho. Nossas brincadeiras eram muito divertidas e  inocentes,  com a Irmã Boaventura “lavando as mãos”  pela turma. E vamos recordar a nossa querida Irmã... (não vou falar o nome dela, pois ela dirigia o grêmio no auditório, muito divertida). Vou entrar com a adivinhação feita a ela. Assim: “Quem é baixinha, gordinha e bem cabeludinha?”. Aí todas gritavam: “Irmã Geralda! Irmã Geralda !”
      Velhos tempos, belos dias. Puxa, tempos inesquecíveis! Citando nomes de amigas queridas, Áurea, Edileuza, Baixinha, Odilane, Vitória, Lucia Helena subindo as mesas e dançando... Sabe o que recordo bem? Quando a gente amarrava blusas e cantando e dançando la-la-la-la-la... Quando Irmã Clara entrava na sala. Tenho muitas lembranças das nossas deliciosas mangas e figos plantados. E na hora do recreio... Hum... Comia tudo!
     Posso não está aí em presença, mas meu espírito está presente. Amo todas vocês de todo meu coração. Sinto muitas saudades e adoro todas vocês. Foi uma época linda. Tudo foi perfeito e abençoado. E desejo tudo de bom para a vida de vocês e famílias, em nome de Jesus. Amém !
Sônia Regis.
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Tive a surpresa de receber das mãos de Paula Francinete, uma das organizadoras do II Encontro das Turmas do Magistério da Escola Santa Maria 1974/1975, uma homenagem especial  por minha  contribuição em divulgar a cena sociocultural timbaubense.  Guardarei o troféu e a toalha do Sport Club do Recife no meu coração e no espaço azul das coisas que me são caras. Muito grato a todas, meninas sonhadoras de ontem, mulheres maravilhosas de hoje!

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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
Os fantasmas do Cine Teatro Recreios Benjamin, inaugurado no dia 05/03/1916, continuam esperando a bendita restauração desse patrimônio histórico. Enquanto isso, com saudades de um tempo glorioso, declamam nas madrugadas frias uma quadrinha de Jader de Andrade: "O amargo da vida triste / Pode virar alfenin / Aquele que o belo assiste / Do Recreios Benjamin." 

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MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Timbaúba-1968 ***** Josafá de Freitas dirigia algumas produções do gênero teatro de variedades para a Banda Prof. José Mendes da Silva, do Colégio Timbaubense, sob o título de Miscelânea Show . À sua direita, Professora Otaviana, à sua esquerda, Professora Ceiça, assistentes de direção e produção.Atrás, da esquerda para a direita, Hiram Freire, João Hélio, Carlos Roberto e José Clóvis Queiroz que juntos com Cid Boquinha e Chacom foram os melhores instrumentistas de tarol de bandas marciais de Pernambuco.***** Foto: Acervo de Josafá de Freitas. 
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