terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ESCUTA MINHA CANÇÃO


Cartazes de filmes antigos decoram o espaço onde acontece a vigésima edição do Encontro de Lajenses. De repente, fico encantado diante do cartaz de "Escuta Minha Canção", protagonizado pelo garoto espanhol Joselito.

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Emocionado, minhas recordações levam o garoto sonhador que um dia fui para as margens do rio Canhoto. Eu sonhava ser tão famoso quando Joselito, "o menino da voz de ouro", e tentava imitá-lo.

"Águas claras que caminham / entre juncos e canaviais, / onde estará minha vida? "
Cantava Joselito para o mundo e eu para as pedras do rio Canhoto.

Não me tornei ator e nem cantor.
O destino me fez poeta e, de alguma forma, escutou minha canção.
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Daslan Melo Lima
São José da Laje, AL
11.01.2020

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SESSÃO NOSTALGIA - A tradição da beleza baiana, antes e depois daquele pôster

Daslan Melo Lima




Um pôster que ganhei de presente há anos do meu amigo Roberto Macêdo, jornalista e missólogo baiano, evocando cinquenta anos de tradição da beleza baiana, traz numa face as belas imagens de Marta Rocha (Miss Brasil, Vice-Miss Universo 1954), Maria Olívia Rebouças Cavalcanti (Miss Brasil, quinto lugar no Miss Universo 1962), Martha Vasconcellos (Miss Brasil, Miss Universo 1968) e Karoline Araújo de Souza (semifinalista, Top 10, no Miss Brasil 2004). Na outra face, em traje de banho, Karoline Araújo. 


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ANTES DO PÔSTER

Faltou muito pouco para naquele pôster constar as imagens de duas baianas que quase foram eleitas Miss Brasil.


Laura Angélica Viana de Oliveira Pereira
Vice-Miss Brasil 1978
Representante brasileira no Miss Mundo
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Vanessa Blumenfeld Magalhães
Vice-Miss Brasil 1988 
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DEPOIS DO PÔSTER

Depois daquele pôster, duas baianas conseguiram o segundo lugar no Miss Brasil. 

Maria Isabel Santos
Vice-Miss Brasil 2018
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Vanessa Gabriella Marcolino Rocha
Vice-Miss Brasil 2011
Semifinalista (Top 15) no Miss Beleza Internacional 2011
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Detalhe: Um ano antes, Gabriella Rocha conquistou o título de Miss Brasil Latina 2010 e o terceiro lugar no Miss Latina Del Mundo.

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Afinal, o que é que a baiana tem? Com a resposta Dorival Caymmi (1914-2008): 
"Tem graça como ninguém / Como ela requebra bem..."

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

MEU PRIMEIRO PRESENTE DE 2020



Dayvid Lucas, sobrinho-neto, aproximou-se de mim com uma folha de papel e num segundo, com muita habilidade, construiu um barquinho, coisa que eu nunca aprendi a fazer. Foi meu primeiro presente de 2020. Adorei!
Agradecido, declamei para ele um soneto de Guilherme de Almeida que decorei no meu tempo de garoto, às margens do rio Canhoto, na minha alagoana São José da Laje.
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Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia de papel toda uma armada,
e estendendo meu braço pequenino,
eu lançava os barquinhos, sem destino,
ao longo da sarjeta na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...
- Que meus barquinhos lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
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Quero aprender a construir barquinhos de papel com o Dayvid Lucas.Tenho que aprender, preciso aprender, mesmo que, tentando administrar velhas emoções inacabadas,
venha a perder todos num dia de chuva.
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Daslan Melo Lima
Timbaúba, PE
07.01.2020

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

POR UMA NOITE, APENAS UMA NOITE


Ontem, em torno das 21 horas, uma flor desabrochou no meu pé de Mandacaru.
Linda, delicada e sutilmente perfumada, contrastando com o cacto, repleto de espinhos.



A flor do Mandacaru tem existência passageira.
Vive só o tempo de uma noite.
Amanheceu sem vida.

Acredito que os relógios e os calendários marquem diferente a duração dos
nossos desencantos e desilusões.
Tudo pode durar por uma noite, apenas uma noite, dentro dos planos de Deus
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Daslan Melo Lima
Timbaúba, PE
03.02.2020

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PARA UM DOMINGO


"Dia dois de fevereiro, dia de festa no mar, eu quero ser o primeiro a saudar Iemanjá." Enquanto cantarolo a canção de Dorival Caymmi, chove lá fora, copiosamente chove. Uma chuva abençoada para compensar o sol escaldante.
Uma postagem minha de cinco anos, com três reflexões, eis o que o Facebook traz do Túnel do Tempo.
1) - “Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.” - Alfred de Mussett, escritor e poeta francês.
2) – "Não é trágico não atingirmos o nosso objetivo, o que é trágico mesmo é não termos objetivo.” - Benjamin Mays, político, educador e escritor americano.
3) – "Uma pequena impaciência arruína um grande projeto.” - Confúcio, filósofo e político chinês.

Finalizando, uma foto da chuva, caindo no centro da cidade, enviada por um amigo pelo Whatsapp, inunda o meu domingo de poesia.
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Feliz mês de fevereiro, amigos, amigas, leitores, leitoras, em nome do domingo que se reinventa e ajuda a reinventarmo-nos.
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Daslan Melo Lima
Timbaúba, PE
02.02.2020
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Foto: Marcone Gomes Peixoto

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SESSÃO NOSTALGIA - Vera Ribeiro naquele 1959, "quero apenas cinco coisas"

Daslan Melo Lima
      


          Uma imagem de Vera Ribeiro, Miss Distrito Federal, Miss Brasil, quinta colocada no concurso Miss Universo 1959, publicada na página Bela Lages por Julio Vasco, no Facebook, desfilando no atual Calçadão João Costa, em Lajes, Santa Catarina,  faz qualquer romântico, incorrigível como eu, viajar ao Túnel do Tempo
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Naquele 1959, Celly Campelo (1942-2003), fazia a juventude brasileira cantar e dançar ao som da música Estúpido Cupido.
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Naquele 1959, o filme Quanto Mais Quente Melhor, de Billy Wilder (1906-2002), levava muita gente ao cinema. No elenco estavam Marilyn Monroe (1926-1962), Tony Curtis (1925-2010) e Jack Lemmon (1925-2001). 
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Naquele 1959, o poeta Pablo Neruda (1904-1973) lançava mais um livro de sucesso,  Cem Sonetos de Amor
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        Imagino Pablo Neruda lendo O Cruzeiro e Manchete naquele 1959. Imagino e penso que foi Vera Ribeiro a musa inspiradora dos versos abaixo. 


Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim

A segunda é ver o outono

A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

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