sábado, 19 de janeiro de 2013

CANTO DE VERÃO

Daslan Melo Lima



Vem e vomita, 
a lágrima contida, 
o gesto mutilado, 
a carícia perdida, 
o grito anulado... 

E de costas para o que já não é, 
abraça toda esta claridade.

          Escrevi Canto de Verão, o poema acima, há muitos anos, um conselho do Silêncio e do Vento para mim que permanece atual no contexto ímpar dos meus sentimentos. 
       Vem e vomita as emoções inacabadas, dizia o Vento e o Silêncio aos meus ouvidos naquele dezembro de 1984. 
        E desde então, quando canto o meu Canto de Verão,  ouço os aplausos da claridade que lá fora me espera.  

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Timbaúba-PE, no 19º dia de 2013.

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Um comentário:

  1. Este é, dos poemas de Daslan, o meu favorito, deveria ser tão famoso quanto os poemas dos maiores poetas que a humanidade já conheceu.

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