Era uma vez uma adolescente que adorava jogar peladas com os três irmãos. Chamava-se Ieda Maria Vargas e estava destinada a ser um dos maiores ícones brasileiros. Um dia, aceitou concorrer ao título de Miss Capão da Canoa, um balneário distante 132 km de Porto Alegre. Caso ganhasse, iria disputar o cobiçado título de Rainha do Atlântico Sul. O pai da garota achava que ela iria fazer um papelão, classificando-se em último lugar, mas enganou-se e ela foi a segunda colocada.
A jovem ganhou gosto pelas passarelas e deixou de lado as brincadeiras de bola com os irmãos. Representando o Cantegril Clube , foi eleita Rainha das Piscinas do Rio Grande do Sul 1962. No ano seguinte, representando o mesmo clube, venceu o Miss Porto Alegre, e em Novo Hamburgo, derrotando 17 candidatas, foi coroada Miss Rio Grande do Sul. No Maracanãzinho, conquistou o júri e o público e foi eleita Miss Brasil. Seguiu pra Miami Beach e trouxe o título de Miss Universo 1963.
Um velho ditado do Rio Grande do Sul diz que Tudo aquilo que começa bem em Capão da Canoa termina - e bem –lá mesmo. Foi em Capão da Canoa que Ieda Maria Vargas conheceu José Carlos Athanásio, o grande amor da sua vida.
Seus longos cabelos negros já receberam a consagração máxima à beleza da mulher brasileira: a coroa de Miss Universo. Para Ieda Maria Vagas, contudo, sonho maior é aquele de toda miss, de toda moça: usar, um dia, a grinalda de noiva. Namorada do Brasil, ela elegeu José Carlos, estudante de Direito, como o feliz jovem que a levará ao altar. Agora ele é seu namorado, logo mais será seu noivo. E o casamento ainda este ano.
Ieda Maria revela a notícia com olhar alegre, radiante. José Carlos abraça-a docemente e sorri. O cenário é belo e adequado para um romance de amor. Na ampla e ensolarada areia de Capão da Canoa, um dos mais bonitos recantos praianos do Sul, eles passeiam de mãos dadas, e são reconhecidos pelos freqüentadores do balneário, que os saúdam com alegria. Alguns tentam, a um primeiro instante, aproximar-se do parzinho para saciar a curiosidade. Mas Ieda Maria e José Carlos, como todo casal que se ama, formam para si uma muralha de ventura que mesmo os fãs mais afoitos não ousam perturbar.
Ieda Maria revela a notícia com olhar alegre, radiante. José Carlos abraça-a docemente e sorri. O cenário é belo e adequado para um romance de amor. Na ampla e ensolarada areia de Capão da Canoa, um dos mais bonitos recantos praianos do Sul, eles passeiam de mãos dadas, e são reconhecidos pelos freqüentadores do balneário, que os saúdam com alegria. Alguns tentam, a um primeiro instante, aproximar-se do parzinho para saciar a curiosidade. Mas Ieda Maria e José Carlos, como todo casal que se ama, formam para si uma muralha de ventura que mesmo os fãs mais afoitos não ousam perturbar.
Dos tempos de Miss Universo, diz ela que tem boas recordações. Mas também lembranças de atribulações, pequenas tristezas, que agora são superadas pela realização de suas esperanças. Encontrou seu príncipe encantado – é o que lhe basta para ser feliz. E quando as perguntas se tornam mais insistentes sobre seus planos de vida, onde pretende casar, passar a lua-de-mel, morar futuramente, ela prefere olhar para José Carlos e sorrir:
- Vamos correr na areia?
E saem os dois, levando em suas mãos enlaçadas a afetividade que, mesmo à moça mais bela do mundo, o mundo não poderia dar. Para José Carlos, que reparte seus estudos com a vida rotineira de funcionário público, não é Miss Brasil nem Miss Universo que está a seu lado: é apenas a sua Ieda Maria. E fica no ar uma frase dela:
-Melhor que ser miss, é ser Ieda, namorada de José Carlos.
(Texto da reportagem Ieda, meu reino por um lar, de Jairo Brandebursky, revista MANCHETE- 29/01/1966, de onde foram reproduzidas as fotos de Ieda e José Carlos. A imagem de Ieda em traje de banho é de o jornal A TARDE).
Observem bem aquela garotinha perto do barco. A imagem passa um momento de curiosidade infantil diante do casal de namorados. Aquele verão em Capão da Canoa foi inesquecível para ela e seus amiguinhos, pois conheceram de perto uma das mulheres mais belas do mundo.
Acredito que a garotinha e seus amiguinhos tornaram-se adultos tão felizes como Ieda Maria Vargas e José Carlos Athanásio, afinal, Tudo aquilo que começa bem em Capão da Canoa termina - e bem –lá mesmo.
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Sou jornalista diplomado pela PUC-RS e atuei na antiga TV Difusora, numa época em que Ieda Maria Vargas atuava no Departamento de Telejornalismo daquela emissora de TV. Hoje, sou comentarista esportivo do Terceiro Tempo (Band SP) e, paralelamente, assino colunas e realizo entrevistas em veículos impressos e virtuais. Gostaria muito de fazer uma entrevista com a Ieda Maria Vargas, abordando aspectos de sua trajetória de Miss e da vida atual. Por isso, peço a quem puder e quiser me informar o endereço eletrônico dela, para eu encaminhar esse convite especial. Sou gaúcho, como ela, e conterrâneo, de São jerônimo, do seu marido José Carlos Athanásio. Meu e-mail é jornalino@gmail.com
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