Daslan Melo Lima
Rua da Esperança,
conhecida como Rua do Cego. Assim se chamava a ruazinha transversal da Rua Passagem
de Maceió, na frente da casa do meu avô materno, no meu tempo de criança. De vez
em quando, eu tinha de subir os degraus da Esperança para buscar água numa
cacimba das redondezas. Na volta,
tentava me equilibrar com a lata d’água na cabeça achando que os degraus eram mais
de mil, intermináveis.
Surpreendo-me quando retorno ao cenário da
minha infância e constato que aqueles degraus são apenas dez, sempre foram dez, e não mais de mil.
Quantas
vezes perdemos a esperança achando que os degraus das dificuldades são mais de mil e
não apenas dez? Sorrio e pergunto
isso ao vento que sopra nas margens do Rio Canhoto. Nem ele sabe a resposta.
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São José da Laje-AL, marcas de um tempo que se
foi, no antepenúltimo dia do ano de 2012.
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Viajo sempre na imeginação dessas lembranças. Pois também nascir e morei na Passagem de maceió. Sempre que vou a Laje, visito-a.
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