sábado, 2 de março de 2013

SEM PRAZO DE VIM EMBORA


Daslan Melo Lima
          Numa daquelas noites de um tempo que se foi, quando a Lua Cheia derramava prata sobre as pedras do Rio Canhoto, meu coração mergulhou numa linda e melancólica canção. A voz de Dick Farney, vindo da Amplificadora Municipal, interpretando “A saudade mata a gente”, de João de Barro (Braguinha) e Antônio Almeida, dava vida às minhas fantasias de adolescente romântico e sonhador. 
 Fiz meu rancho na beira do rio / Meu amor foi comigo morar / E na rede nas noites de frio / Meu bem me abraçava pra me agasalhar.
 Mas agora, meu Deus, vou-me embora / Vou-me embora e não sei se vou voltar / A saudade nas noites de frio / Em meu peito vazio virá se aninhar. 
 A saudade é dor pungente, morena / A saudade mata a gente, morena / A saudade é dor pungente, morena / A saudade mata a gente. 
          Acesso o Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=JHW4-trW2po, volto a ouvir Dick Farney, fecho os olhos e os meus pensamentos se vingam ao permitir que a minha alma faça um rancho na beira do rio e fique lá com aquele amor impossível, sem prazo de vim embora.
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Timbaúba-PE, na tarde do primeiro domingo de março de 2013, com o corpo convalescendo de uma crise de enxaqueca e a alma curtindo marcas de um tempo que se foi em São José da Laje-AL
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