sábado, 31 de agosto de 2013

CADÊ SONO PRA DORMIR ?

Daslan Melo Lima
 
           

      Eu me lembro daquela madrugada de um tempo que se foi, para sempre se foi. A juventude e a imaturidade de mãos dadas colocando em meus sonhos o mel de impossíveis amores. Na radiola, através de um disco de vinil, Nelson Gonçalves cantava “Cadê sono pra dormir”, de Anício Bichara e José Messias, uma deliciosa música romântica que dizia:



Já vai alta madrugada. / O sereno está caindo. / Eu espero minha amada / e a cidade está dormindo. / E o silêncio grita alto, seu amor não vai mais vir. / Eu invento o pensamento, cadê sono pra dormir?
  Não há lua nem estrelas, tudo é escuridão, / lá fora faz tristeza, aqui dentro escuridão. / E o silêncio grita alto, seu amor não vai mais vir. / Eu invento o pensamento, cadê sono pra dormir?
E o galo amiudou o seu tempo de cantar. / Madrugada vai embora, novo dia vai raiar. / E o silencio grita alto, seu amor não vai mais vir. / Eu invento o pensamento, cadê sono pra dormir?

         Hoje, tanto tempo depois, a idade da razão e a maturidade dão as mãos e levam minhas emoções inacabadas para fantasiar o mel de impossíveis amores ouvindo aquele mesmo disco de vinil. É quando “... o silencio grita alto, seu amor não vai mais vir. / Eu invento o pensamento, cadê sono pra dormir? / Cadê sono pra dormir?/Cadê sono pra dormir?
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Timbaúba-PE, na 28ª madrugada de agosto de 2013, ouvindo Nelson Gonçalves, http://www.youtube.com/watch?v=2ApFKMaLccM .

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PAUSAS NA PASSARELA - De Alagoas para o Mundo


APOLÔNIO PEREIRA CARDOSO, ASSIM É A VIDA  - Perdas e desilusões acontecem todos os meses, independente de agosto, mas quando ocorrem no oitavo mês do ano não há como jamais deixar de atrelar agosto a desgosto. Na manhã de hoje, em Maceió, um colapso cardíaco fulminante tirou a vida do meu amigo Apolônio Pereira Cardoso, conterrâneo-contemporâneo.
      Não o verei mais em janeiro, em São José da Laje, no tradicional Encontro de Lajenses, e nem nos janeiros e encontros que virão. Choro nesta manhã de agosto, a rimar com desgosto.
      O que fazer diante dos mistérios da vida e da morte? Tento repetir como um mantra o que dizem os franceses: "Cést la vie", assim é a vida, mas não me controlo e choro neste agosto que rima com desgosto.
_____Daslan Melo Lima, em Timbaúba-PE, na manhã chuvosa de 31/08/2013.
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ZITA DE ARAÚJO PEREIRA, UM ORGULHO LAJENSE - Zita se foi no penúltimo dia deste agosto que rima com desgosto. De repente,um vendaval de recordações de São José da Laje emergem do túnel do tempo: Zita tranquila, Zita elegante, Zita secretária do Ginásio São José,  onde estudei todo o curso ginasial.
      Copiei do Facebook da minha amiga Angélica Lyra uma foto antiga onde Zita aparece, assim como uma reportagem publicada no “Correio Lagense”, ano I, nº 4, segunda-feira, 15/01/1951. A matéria fala sobre a cerimônia de entrega dos certificados aos concluintes da primeira série ginasial, realizada na noite de 20/12/1950, no Clube Gente Nossa. João Pinheiro de Andrade Lyra (1912-1955), professor de Matemática do Ginsásio São José, disse no seu discurso:
“... Provarão estes documentos que vós, alunos e alunas, iniciastes a conquista do Saber, a única riqueza que está segurada, pela sua própria natureza, contra furto e contra confisco, a única riqueza que, se vo-la tomarem, não servirá ao tomador, e se acabará com o seu dono, sendo portanto, a única riqueza totalmente fiel ao seu possuidor. Cultivai, com zelo e carinho, e enriquecei a vossa caixa-forte que não pode ser roubada, o vosso cérebro, com os grandes elementos de que dispondes para tal: dedicação aos livros, assiduidade às aulas, atenção aos ensinamentos dos vossos mestres. E não esqueçais uma outra considerável, enorme vantagem do Bem que estais adquirindo: gastai dele à vontade, passando-o aos outras, e, ao contrário do que acontece com outros bens, ele não diminuirá. A vós todos eu quero desejar que na segunda série, no ano vindouro, estudeis mais, muito mais ainda, para mais e melhor, muito melhor, ajudardes os vossos mestres; e que nunca deixeis que vos fuja da memória o provérbio citado, lembrando-vos de observar quanto o mesmo é aplicável na vida diária: acendei, diante de um espelho, a vela de um sorriso se a escuridão do desânimo ameaçar vosso horizonte íntimo, e vereis como essa mágica luz exterior penetrará os vossos “eus”, vos clareando por dentro.’
            Estas palavras devem ter calado fundo nos corações dos concluintes da primeira série do curso ginasial da terra que me viu nascer. Zita de Araújo Pereira, um orgulho lajense, tinha obtido a média geral de nove e sete décimos e estava destinada a marcar época na história da “Princesa das Fronteiras”.
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Daslan Melo Lima, na noite chuvosa de 30/08/2013, em Timbaúba, Pernambuco.

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Valmor e Zarinha, uma história de amor - Anatilde Macêdo, os 90 anos de uma mulher feliz


VALMOR BARRETO E ZARINHA COUTINHO, UMA HISTÓRIA DE AMOR CHEGA AOS 50 ANOS


Timbaúba-PE, 24/08/2013 - A história de amor de Maria do Rosário Coutinho (Zarinha), fina flor da alta sociedade timbaubense, e de Valmor Barreto, um sergipano que chegou em Timbaúba nos anos 60 para trabalhar no Banco do Brasil, completa 50 anos.


Tudo começou no dia 1º de julho de 1961, quando chegou a Timbaúba um belo rapaz chamado Valmor Barreto, sergipano de Itaporanga d’Ajuda, onde nasceu em 08/06/1941. Ele chegava para trabalhar na agência do Banco do Brasil sem saber que estava predestinado a criar raízes fecundas em Timbaúba. ***** Maria do Rosário Coutinho nasceu em 12/02/1944, na localidade conhecida como Serrinha, em Juripiranga, Paraíba. Primogênita do renomado médico João Gomes Coutinho e de Maria de Lourdes Jacques Coutinho, veio morar em Timbaúba ainda bebê e aqui nasceram seus 13 irmãos. ***** Valmor e Zarinha se conheceram e começaram a namorar em outubro de 1961. Casaram em 20/08/1963. Ele estava com vinte e dois anos de idade e ela com dezenove. Zarinha conta que foi amor à primeira vista e que superou os cuidados esmerados dos pais, próprios dos anos 60, quando os valores eram outros, o mundo era outro. “Somos almas gêmeas. Adoramos viajar pelo mundo e gostamos muito de música romântica. Eu tenho todos os discos de vinis e cds do Agnaldo Timóteo e ele tem todos os do Roberto Carlos”, confessa com lágrimas nos olhos.

O casal, acima nas Bodas de Prata, tem cinco filhos: Carlos Augusto, Cláudio José, Clóvis Eduardo, Carmem de Lourdes e João Francisco, treze netos e dois bisnetos. ***** Qual o segredo de uma longa e feliz vida conjugal? Resposta de Zarinha: “Temos muita fé em Deus. O amor e a compreensão são os segredos da nossa felicidade há 50 anos”.


A celebração das Bodas de Ouro de Valmor Barreto e Zarinha Coutinho teve início com a Santa Missa na capela da Escola Santa Maria. Em seguida, o casal, familiares e convidados seguiram para a AABB, local da recepção. A chuva fez uma pausa e a Lua apareceu para adornar o céu e aguardar a chegada de Valmor e Zarinha. Parecia um cenário de novela onde se desenrolaria mais um capítulo de uma ficção, mas era a realidade de uma história de amor timbaubense.


O casal entrou no salão de festas da AABB ao som do conjunto musical cantando "Esse cara sou eu". Os olhos de Valmor e Zarinha brilhavam de felicidade e ele renovou os votos de amor à amada.
Valmor-Zarinha e seus descendentes (filhos, acima, netos e bisnetos, abaixo).


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ANATILDE, 90 ANOS,UMA MULHER FELIZ
    

      Quando os primeiros raios de sol começavam a aquecer a bela manhã do dia 07/09/1923, em Barra de Guabiraba, na época povoado de Bonito-PE, nascia no lar de João Augusto Barbosa e de Ana Cavalcante Barbosa, o oitavo fruto do casal: Anatilde Cavalcante Barbosa.
       A menina cresceu no seio de uma família simples e rica em virtudes, onde a boa educação, os bons costumes e o respeito a Deus e ao próximo eram valores que estavam acima de tudo. Em 1936, aos 13 anos de idade, morando em Malhada, atual Passira, naquela época distrito de Limoeiro-PE,  e cursando a quinta série  primária,  foi avaliada por uma banca examinadora e habilitada para exercer o cargo de professora primária municipal. Em 1943, durante as festas juninas, encontrou Levino Braz de Macêdo, pecuarista paraibano da Fazenda Tatu, em Serra Branca. Quatro anos depois, em 03/07/1947, casaram em Moreno-PE. Daí, agora senhora Anatilde Cavalcante de Macêdo,  foi morar com o seu amado em Limoeiro-PE, por curto tempo ,indo depois  para a Fazenda Tatu. Após dois anos, o casal retornou para Limoeiro, a fim de lidar com o comércio de vendas de roupas e tecidos. O espírito de luta sempre levou  Levino e Anatilde para situações  melhores, tanto que, em 13/12/1955,  migraram para Timbaúba.  Aqui chegando, alugaram a Padaria Nabuco e se tornaram conhecidos e respeitados. Progrediram na atividade e compraram um terreno onde construíram um imóvel para residência e comércio,  local onde funciona até hoje a Padaria Santa Izabel.
    No dia 25/01/1983, quando se encontrava em Juazeiro do Norte-CE em visita ao Padre Emerson, seu sobrinho, uma nuvem de tristeza tomou conta da vida de Anatilde, ao saber da morte do seu esposo, que perdeu a vida num acidente de carro. Com fé e resignação, encarou a realidade e conseguiu aos poucos superar a tragédia. Em maio de 1997, com mais de 70 anos, ao lado da irmã mais velha Maria Augusta e da cunhada Josefina, fez as malas e rumou para sua primeira grande viagem-aventura da sua vida, foi à  Europa e fez um roteiro inesquecível por Lisboa, Paris e outras cidades.
     Lúcida, tranquila, de bem com a vida, Anatilde Cavalcante de Macêdo  desempenha suas atividades do lar, costura, borda, ajuda na criação do netos e participa de atividades de um grupo da terceira idade e atua como missionária da missão da  Mãe Rainha. Para os filhos, Maria José (Zélia), Izabel Cristina, Ana Glória, Sérgio e Sílvio, que já  lhe deram dez netos (Ana Cristina, Elias Neto, Alberto Junior, Elaine Cristina, Aline Caroline, Levino Neto, Isabela Silvana, Rafael, Raquel e Gabriel) e seis bisnetos (Mariana, Felipe, Letícia, Mateo, Dana e Camila). Todos são unânimes quando afirmam:  Nós que a conhecemos e com ela convivemos temos o dever de, não só seguir seu exemplo, como transmiti-lo às gerações futuras para que a nossa família continue unida e solidária . Cremos que e aí onde mora da felicidade. Nossa mãe é, sem sombra de dúvida, uma mulher feliz.  
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SESSÃO NOSTALGIA - AS DEZ MAIS BELAS MISSES PERNAMBUCO DE TODOS OS TEMPOS

Daslan Melo Lima
          No dia 10, o jornalista pernambucano Fernando  Machado solicitou que enviasse para ele a minha lista das 10 maiores misses Pernambuco de todos os tempos. Tarefa complicada escolher apenas 10, mas aceitei o desafio. A mesma solicitação ele fez para outros experts no assunto Miss: Almir José  da Paixão, coiffeur; Carmen Towar, ex-apresentadora de vários concursos de misses Pernambuco;  João Alberto Sobral, jornalista, colunista social do Diário de Pernambuco e coordenador de vários concursos de Miss PE;  Moacir Freire, coiffeur;   Muciolo  Ferreira, jornalista; Paulo Carvalho, estilista  que vestiu muitas candidatas ao Miss Pernambuco; Paulo D’Arce, executivo; e Roberto Macêdo, jornalista e arquiteto baiano e um dos maiores conhecedores do assunto. Detalhe: Fernando Machado,  coordenador ao lado do Muciolo Ferreira dos Miss PE 1988 e 1989, também se incluiu na lista dos votantes. No dia 25,  o resultado foi postado em seu blog.
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         Estas misses foram ungidas. Acho que, por decreto das alturas. Elas não precisaram procurar um cirurgião plástico para ficar mais bonitas. E quem não gostaria de vê-las novamente nas passarelas passeando seus portes deslumbrantes. E o blog convidou para escolher as 10 Miss Pernambuco mais importantes de todos os tempos 10 pessoas que sabem o que é Miss. 
          Apenas duas misses, Sonia Maria Campos e Ângela Agra Galvão, figuraram nas 10 listas. Uma morena e uma loura. As mais votadas foram Miss Pernambuco de 1958, Sônia Maria Campos, segunda colocada no Miss Brasil de 1958 e depois com a renuncia de Adalgisa Colombo assumiu o título, e a Miss Pernambuco de 1978, Ângela Agra Galvão quarta colocada no Miss Brasil de 1978. Uma somou nove votos, a Miss Pernambuco de 1964, Ana Maria Costa. Três somaram oito votos: Dione Oliveira, Miss Pernambuco de 1959, segundo lugar no Miss Brasil de 1959 e que representou o Brasil no Miss Mundo de 1959; Maria Edilene Torreão, terceira colocada no Brasil de 1960 e que representou o Brasil, no Miss Mundo de 1960, onde faturou o sexto lugar, e a primeira Miss Pernambuco negra, Ana Maria Guimarães. A Miss Pernambuco de 2012, Paula Lück Peres, conseguiu sete votos. Miss Pernambuco de 1957, Zayra Pimentel, e Miss Pernambuco de 1984, Suzy Sheila Rego,  foram contempladas com seis votos. E completando o timaço, temos Miss Pernambuco de 1985, Simone Augusto da Silva, com cinco votos. Também foram lembradas as Miss Pernambuco de 1968,  Maria Eunice Mergulhão , com quatro votos, a Miss Pernambuco de 1965,  Alda Maria Simonete Maia , e a Miss Pernambuco de 2001,  Débora Daggy com três votos, e a Miss Pernambuco de 1957,  Nelbe Souza com dois votos.
     E ganharam votos Miss Pernambuco de 1969,  Jerusa Farias;, Miss Pernambuco de 1971, Dilene Roberto Araujo;  Miss Pernambuco de 1972,  Madalena Jácome; Miss Pernambuco de 1973,  Enilda Sá Barreto; Miss Pernambuco de 1974,  Cilene Aubry;  Miss Pernambuco de 1986, Flávia Guimarães;  Miss Pernambuco de 1989,  Ana Cristina Medeiros;  e Miss Pernambuco de 2003, Meyrielle Abrantes.   Fonte:  www.fernandomachado.blog.brFern , 25/08/2013.
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      Eis a listas das 10 mais do concurso Miss Pernambuco em todos os tempos:

Sônia Maria Campos - 1958
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 Ângela Agra - 1978
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 Ana Maria Caldas - 1964
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Edilene Torreão - 1960
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Dione Oliveira - 1959
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Ana Maria Guimarães - 1988
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Paula Luck - 2012
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Zayra Pimentel -1957
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Suzy Rêgo - 1984
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Simone Augusto - 1985
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          Nove misses da minha lista conseguiram aparecer entre as 10 mais, apenas uma ficou de fora. Vocês devem estar curiosos para saber quem foi. Não direi. Melhor conservar o mistério, mais um deste agosto que hoje se despede da passarela de 2013.

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sábado, 24 de agosto de 2013

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

A LUA NUA E O DOMINGO CINZA
 

A LUA,  LINDA, FOTOGÊNICA, MAJESTOSA E NUA - Posiciono-me para fotografar o melhor ângulo de uma deusa, a Lua, linda, fotogênica, majestosa e nua. Entre o telhado da minha casa e o meu pé de acácias, ela se insinua tímida e vez por outra se esconde entre as nuvens, mas logo retorna ainda mais linda, fotogênica, majestosa e nua. 
Daslan Melo Lima, na 20ª noite pernambucana de agosto de 2013, em Timbaúba, PE.
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O CANTO DE UM DOMINGO CINZA - Domingo cinza, domingo frio, domingo de chuva. Capto na câmara fotográfica, no corpo, na pele e na minh’alma a textura do terceiro domingo pernambucano de agosto de 2013. Tento armazenar nos olhos e na mente todo este clima como se quisesse guardar provisões de cinza, frio e chuva para quando a realidade da região voltar, trazendo o sol causticante, a estiagem e suas consequências. ***** Um ramo de flores do meu pé de acácias amarelas faz com que me sinta, guardando as devidas proporções, em Gramado ou Campos do Jordão, mas é melhor que eu esteja em Timbaúba, grita em silêncio meu coração. ***** E em sintonia com a poesia de Cecília Meireles, ao lado do Vento e dos Anjos invisíveis, “Eu canto porque o instante existe / E a minha vida está completa. / Não sou alegre nem sou triste: / Sou poeta.”
Daslan Melo Lima, na tarde do terceiro domingo de agosto de 2013, em Timbaúba, PE.


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SESSÃO NOSTALGIA – Laurineide Coutinho Ferreira, Miss Timbaúba 1974

Daslan Melo Lima

        


       No ano de 1974, uma jovem timbaubense chamada Laurineide Coutinho Ferreira recebeu os aplausos de um público estimado em 25 mil pessoas que estavam no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães Melo, o Geraldão, no Recife. Foi na noite de 24 de maio, quando da eleição da Miss Pernambuco, título conquistado por Cilene Aubry Bezerra da Costa, Miss Serra Talhada. Entre as 29 concorrentes ao título máximo da beleza pernambucana, Laurineide Coutinho Ferreira conquistou um lugar entre as 10 semifinalistas. Sua volta à Timbaúba foi uma apoteose, tendo sido recebida como uma verdadeira celebridade e alvo de inúmeras homenagens.
        Filha de Bianor Ferreira e Laura Coutinho, Laurineide passou a infância e adolescência na Av. Belarmino  de Souza Rodrigues, 231,  perto  da Praça Jáder de Andrade, centro de Timbaúba. Estudou na Escola Santa Maria, tradicional educandário timbaubense, e formou-se em Secretariado, na Esurp,  Escola Superior de Relações  Públicas, no Recife  A Miss Timbaúba 1974  está radicada há muito tempo no Recife, mas não esquece suas origens e delas tem muito orgulho.  Aposentada, continua na ativa como secretária executiva da empresa Grande Recife Consórcio de Transporte. Divorciada, tem dois filhos, Izabel e Dimas, frutos do seu casamento com José de Arimatéia de Albuquerque Maranhão.   É integrante do Coral Canto no Ponto, sob a regência do maestro Jackson Oliveira, que “canta frevo, xote, ciranda, xaxado e baião, levando cultura em forma de canção.”


LAURINEIDE, 
VALEU A PENA TER SIDO MISS


          Calma, com um olhar brilhante e um sorriso doce, de bem com a vida, ela concordou mergulhar no túnel do tempo ao lado de PASSARELA CULTURAL.  
"A indicação do meu nome para representar Timbaúba no Miss Pernambuco começou como uma brincadeira do meu amigo  Toinho Monteiro. A Prefeitura patrocinou todas as despesas e tive como acompanhante D. Emília Ferreira Lim"a, primeira-dama. Adorei a experiência. Meu pai e minha mãe me incentivaram, principalmente o meu pai, que ficou muito orgulhoso por ter mais uma Miss na família. A irmã dele,  minha tia Beatriz Ferreira, no ano de 1922, foi candidata a Miss Timbaúba.  Fiz novas amizades e aprendi mais como me comportar em sociedade. Achei merecida a vitória de Cilene Aubry, Miss Serra Talhada, assim como o segundo lugar conquistado por Angélica  Moura Lins, Miss Gravatá, e o terceiro dado a Isolda Lira Cabral, Miss Caruaru.  Cilene Aubry era mesmo muito bonita. Um detalhe precisa ser lembrado:  houve uma festa de apresentação das candidatas no Cube Internacional do Recife e naquela ocasião sentimos que a candidata que venceria estava sendo escolhida, restando apenas “bater o martelo”. Realmente, Cilene estava linda. O título de Miss melhorou a minha autoestima e abriu muitas portas. Eu não hesitaria em momento algum dar apoio a uma jovem da minha família que desejasse participar de um concurso de Miss.  Jamais esquecerei o carinho da organização, as festas, o calor da torcida no Geraldão. Fui tratada como uma  rainha. Valeu a pena ter sido Miss e de ter sido considerada umas das 10 mulheres mais belas de Pernambuco de 1974. "

  PING-PONG COM LAURINEIDE

A beleza permanece na alegria de viver.
       
Uma Miss Timbaúba
Eu não posso esquecer de mim mesma (risos). 
Uma Miss Pernambuco: Suzy Rêgo, Miss Pernambuco 1984
Uma Miss Brasil: Martha Rocha, Miss Bahia e vice-Miss Universo 1954.
Uma Miss Universo: A gaúcha  Ieda Maria Vargas, Miss Brasil 1963
Um motivo de arrependimento: Nenhum
Um motivo de orgulho: Ter sido escolhida pra representar a minha terra no Miss Pernambuco 1974


Laurineide mostra seu traje de gala de 1974.

O maior diferencial dos concursos de Misses do passado para os atuais: Naquele tempo, as garotas possuíam uma beleza mais natural.  Não gosto de candidatas com "cara de boneca fabricada em série", com intervenções plásticas em excesso.  Gosto de individualidades. Cada uma com a sua beleza particular.
Comida preferida: Massas
Bebida: Caipifruta de morango.
Sobremesa: Sorvete.  
Cor: Vermelha.  
Clube esportivo: Sport Club do Recife
Um jogador de futebol do passado e um do presente
Garrincha e  Fred
Religião: Espiritualista
Santos de devoção: Jesus Cristo.
Superstição: Não tenho.
Viver é... Aproveitar cada momento.  
Envelhecer é... Aceitar suas próprias limitações.  
Morrer é... Voltar para casa do Pai
Um filme: Dr. Jivago.  
Um programa de TV: Globo Rural. 
Um livro: Operação Cavalo de Tróia, de J. J. Benitez
Uma canção: Con Te Partiro.   
Um frevo: Último Regresso, frevo de bloco de Getúlio Cavalcanti.  
Um cantor: Andrea Bocelli
Uma cantora: Elis Regina.  
Um ator: Al Pacino.  
Uma atriz: Laura Cardoso.  
Uma saudade: Minha mãe.  
Um ponto turístico de Timbaúba: Praça Jáder de Andrade
Um ponto turístico de Pernambuco:  Marco Zero.   
Dia ou noite? Dia
Samba ou Frevo?  Frevo.  
A cidade dos seus sonhos: Roma
Sonho de consumo: Viajar.  
O maior sonho da sua vida: Ver meus filhos estabilizados
Um traço característico de sua personalidade: Acreditar nas pessoas.  
O que mais admira em um ser humano: Sua capacidade de amar.  
O que não suporta em um ser humano: Traição
Se o mundo fosse acabar amanhã... Viveria o dia de hoje
Se fosse Presidente da República... Tentaria mudar as leis deste país.
     LAURINEIDE NO CORDÃO DA SAIDEIRA


          
          Alunas do primeiro ano pedagógico da Escola Santa Maria, em Timbaúba. Laurineide é a sexta garota na fila da frente, sentada, da esquerda para a direita. A foto leva a Miss Timbaúba 1974  a cantarolar uma música de Edu Lobo, “No Cordão da Saideira”: 


Hoje não tem dança, 
não tem mais menina de trança, 
nem cheiro de lança no ar.
Hoje não tem frevo, 
tem gente que passa com medo
 e na praça ninguém pra cantar. 
Me lembro tanto
e é tão grande a saudade
que até parece verdade
que o tempo inda pode voltar... 
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Edu Lobo canta "No Cordão da Saideira"
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Eu e Laurineide  Coutinho Ferreira. Crédito desta imagem: PASSARELA CULTURAL. Demais fotos, Arquivo Pessoal-LCF.

       Eu estava no Geraldão naquela noite do  concurso Miss Pernambuco 1974. Guardo mágicas recordações, de garotas lindas e das atrações musicais,  MPB-4Ronnie Von e Rosemary. Jamais imaginaria que um dia o destino me levaria para morar numa cidade da mata norte pernambucana,  na terra natal de uma daquelas 29 belas garotas, pois só chegaria em Timbaúba no dia 25/11/1985, para trabalhar na agência local do BNB, Banco do Nordeste do Brasil. 
       Um resumo desta matéria foi postado na edição deste mês, agosto/2013, na revista Timbaúba em  Foco, onde assino uma coluna sociocultural.  Anteontem, quinta-feira, 22, fui ao Recife e passei na empresa Grande Recife Consórcio de Veículos para entregar a Laurineide exemplares da publicação. 
     Um titulo de beleza é para toda vida. Trinta e nove anos depois, Laurineide  Coutinho Ferreira ainda é Miss Timbaúba 1974. Será sempre, que o diga a brisa saudosa que desfila dia e noite nas ruas e ladeiras timbaubenses.
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sábado, 17 de agosto de 2013

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - A polêmica do Case - Pizzas em Sampa

DE OLHO NA CONSTRUÇÃO DO CASE
 

        Na terça-feira, 13, na Câmara Municipal de Vereadores, foi realizada uma reunião onde o assunto primordial girou em torno da construção de um CASE, Centro de Atendimento Socioeducacional,   em Timbaúba. O Dr. Marcos Vasconcelos esteve presente e relatou para PASSARELA CULTURAL, através de e-mail, o que se segue: 
          Infelizmente não pude enviar o e-mail ontem porque a reunião (e o pós) só terminou por volta das 23h30min e hoje, dia 14, logo cedo, 06h30min, 06h30 min,  vim para Recife com Luciano Lyra, a fim de cumprir compromisso na Assembleia Legislativa com o Secretário de Ressocialização Pedro Eurico, mentor da instalação do CASE em Timbaúba,  e seu staff, incluindo o Secretário Executivo de Coordenação Geral Albézio de Melo Farias e o diretor responsável pela construção do CASE sob a supervisão do Presidente da ALEPE deputado Guilherme Uchôa. Esse encontro-reunião foi agendado pelo Prefeito Marinaldo Rosendo para que essas autoridades explicassem o que será/seria o CASE.
          Ontem, na Câmara de Vereadores, no espaço denominado TRIBUNA DO POVO, a Maçonaria se fez presente com 16 integrantes, incluindo o Venerável Luciano. Todos os 13 vereadores estavam presentes à sessão. Tivemos oportunidade de expor os motivos pelos quais a Maçonaria estava lutando, esclarecendo que não somos contra o projeto. Somos contra o local - no centro da cidade - onde ele está sendo construído, pelos prejuízos que causarão a nossa cidade e principalmente à população das áreas adjacentes (Loteamentos César Augusto e Ozanam, Jardim Guarani, Três Cocos e Sapucaia). Falaram pela Maçonaria Luciano Lira (Venerável) e Marcos Vasconcelos.
         Na ocasião, o vereador Guel apoiou a iniciativa da Maçonaria dizendo que a câmara tinha perdido uma grande oportunidade  de sair na frente dessa luta e havia pecado por isso, mas que se engajava na luta em defesa do que a Maçonaria estava pretendendo. Felipe Vasconcelos também falou sobre o assunto e deu os parabéns aos maçons pela iniciativa. Falaram ainda em apoio os vereadores Josinaldo, Ulisses, Jurandir, Bernardo(Zé da Rua e  Paulo de Genésio. Após os debates foi entregue aos referidos vereadores cópias das LISTAS DE ASSINATURAS que estão sendo coletadas para serem entregues ao Promotor de Justiça Dr. Alexandre Saraiva, responsável pela área de defesa dos interesses da cidadania juntamente com o MEMORIAL em que a Maçonaria pede que o DD. Promotor  aja no sentido de barrar a construção ingressando, se for o caso, com ação civil pública. Os vereadores declararam que também irão coletar assinaturas e se engajarão nessa luta.
          Ficou combinado que após a reunião na ALEPE informaremos ao Presidente da Câmara, vereador João Tubarão, o que soubermos acerca do projeto e quais as medidas que serão adotadas pelas autoridades acima referidas em relação à construção do CASE.
          Consideramos que as duas reuniões, tanto na câmara de vereadores quanto na assembléia legislativa,  foram produtivas , pois o secretário Pedro Eurico comprometeu-se a vir em Timbaúba explicar para a comunidade, em reuniões diversas a serem agendadas, o que é o CASE e tentar justificar a construção desse centro em nossa cidade. Vamos informar aos vereadores e à população o que obtivemos como notícias e aguardar o momento certo para agirmos dentro da legalidade.
Abraços.
Marcos Vasconcelos
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ENTENDA O PORQUÊ DA CELEUMA SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CASE
MANIFESTO OFICIAL DA MAÇONARA
 
Local onde está sendo construído o CASE, vizinho ao cemitério de Santa Cruz, próximo ao centro da cidade e dos bairros Jardim Guarani, Três Cocos, Ozanan, César Augusto e Três Cocos. ***** Foto/fonte: timbaubaagora.com.br/2013/07/maconaria-de-timbauba-declara-repudio.html

MEMORIAL DE PROTESTO - À POPULAÇÃO DE TIMBAÚBA
Timbaubenses,

          Dirigimo-nos a todos vocês, em nome da LOJA MAÇÔNICA OBREIROS DO NORTE Nº 07, para apresentar de forma unanime, nosso mais veemente protesto e repúdio à construção de uma unidade do CASE – CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO EDUCATIVO destinado à internação de menores apreendidos em toda a região da Mata Norte. Nossa rejeição à construção desse centro (que, na verdade, se trata de uma espécie de presídio destinado à internação de menores infratores) está refletida nos incontáveis danos que advirão para a população de Timbaúba quando esse centro estiver em funcionamento, não só porque para nossa cidade serão trazidos menores infratores de toda a região, o que aumentará, sem sombra de dúvidas, os índices de criminalidade, como também pelos exemplos que temos tido de outras unidades dessa espécie certamente seremos vítimas de novas formas de delitos. Além dessas péssimas qualidades, o local escolhido para a construção desse tipo de “presídio”, quase no centro da cidade e em área urbana privilegiada acarretará sérios transtornos à população de toda a área circunvizinha.
         Assim, ao levar nosso descontentamento, nosso protesto e nosso repúdio ao conhecimento da população, estamos, também, expressando toda a angústia, a revolta e toda a apreensão de todos os timbaubenses que, em momento algum, foram consultados sobre a construção desse centro que, diga-se de passagem, não trará nenhum, benefício a nossa gente. É preciso que levemos nosso inconformismo às ruas, às praças, às escolas, ao comércio, às entidades representativas, às igrejas, às redes sociais, enfim, a todos as pessoas que realmente vivem e amam nossa cidade para barrar essa monstruosidade que o governo do estado está construindo em Timbaúba.
 NÃO VAMOS FICAR CALADOS -VAMOS NOS MOVIMENTAR - VAMOS FAZER UM PROTESTO PELAS RUAS DA CIDADE. 
 LOJA MAÇÔNICA OBREIROS DO NORTE Nº 07

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UMA CONFERÊNCIA, QUATRO EIXOS E OITO DELEGADOS CULTURAIS

Nos dias 8 e 9 de agosto aconteceu a II Conferência Municipal de Cultura, uma realização da Secretaria de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer e Prefeitura Municipal. Tema: ''Uma política de estado para a cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura''. ***** Quatro eixos foram discutidos:Implementação do Sistema Nacional de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais e Cultura e Desenvolvimento. ***** Também foi realizada a eleição para escolha dos oito delegados municipais que irão representar o município na Conferência Estadual, agendada para o final do próximo mês, no Recife, cinco titulares da sociedade civil e três da sociedade governamental. Para alguma eventualidade que se fizer necessária, cada um tem o seu suplente. ***** Os delegados culturais da sociedade civil são Daniel Oliveira, Daslan Melo Lima, Edvaldo Melo, RômuloRibeiro e Dona Vera do artesanato.
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PIZZAS EM SAMPA
Dezenas de timbaubenses ganham a vida trabalhando em pizzarias paulistas. Jarbas Dias é um deles. Nosso amigo trabalha na L'Osteria do Piero , localizada na Alameda Franca, 1509, esquina com a  Rua da Consolação,  www.losteriadopiero.com.br/

Dilson e Nilza Simões, quando estiveram em  São Paulo na última vez,  saborearam  uma pizza na Pizzaria Dona Veridiana, em Higienópolis, www.veridiana.com.br/ , onde encontraram um timbaubense que residiu no  bairro de Timbaubinha.   
          Fica a dica para quem for a São Paulo: ao chegar numa pizzaria perguntar se ali trabalha algum pernambucano de Timbaúba. Para quem vive longe dos seus referenciais,  o sotaque  de um conterrâneo é uma oportunidade de matar um pouco as saudades da amada terra natal.
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MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Na semana passada PASSARELA CULTURAL perguntou  quem era a garotinha acima, que também aparecia em outra foto ao lado de uma amiga. Mais de 150 pessoas enviaram sugestões. Apenas uma acertou. A garotinha é Paula Francinete e sua amiga é Sofia Crescêncio.  A pessoa que deu a resposta correta foi Maria do Rosário Dutra de Morais (Professora Zarinha).
Paula Francinete, filha de um casal que marcou época em Timbaúba, Mário Cruz e Zezita Bordadeira. Ele era sócio da Fábrica de Calçados Mascote e músico da Euterpina.

Paula Francinete e Sofia Crescêncio.
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
 
AO SABOR DO PENSAMENTO - Na tarde ensolarada, o marrom dos telhados das casas do Alto da Independência  contrasta com o branco das nuvens. O  Vento sopra lento e a inspiração flui ao sabor do pensamento. 
- Daslan Melo Lima.
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