APOLÔNIO PEREIRA CARDOSO, ASSIM É A VIDA - Perdas e desilusões acontecem todos os meses, independente de agosto, mas quando ocorrem no oitavo mês do ano não há como jamais deixar de atrelar agosto a desgosto. Na manhã de hoje, em Maceió, um colapso cardíaco fulminante tirou a vida do meu amigo Apolônio Pereira Cardoso, conterrâneo-contemporâneo.
Não o verei mais em janeiro, em São José da Laje, no tradicional Encontro de Lajenses, e nem nos janeiros e encontros que virão. Choro nesta manhã de agosto, a rimar com desgosto.
O que fazer diante dos mistérios da vida e da morte? Tento repetir como um mantra o que dizem os franceses: "Cést la vie", assim é a vida, mas não me controlo e choro neste agosto que rima com desgosto.
_____Daslan Melo Lima, em Timbaúba-PE, na manhã chuvosa de 31/08/2013.
Não o verei mais em janeiro, em São José da Laje, no tradicional Encontro de Lajenses, e nem nos janeiros e encontros que virão. Choro nesta manhã de agosto, a rimar com desgosto.
O que fazer diante dos mistérios da vida e da morte? Tento repetir como um mantra o que dizem os franceses: "Cést la vie", assim é a vida, mas não me controlo e choro neste agosto que rima com desgosto.
_____Daslan Melo Lima, em Timbaúba-PE, na manhã chuvosa de 31/08/2013.
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ZITA DE ARAÚJO
PEREIRA, UM ORGULHO LAJENSE - Zita se foi no penúltimo dia deste
agosto que rima com desgosto. De repente,um vendaval de recordações de São José da Laje emergem do
túnel do tempo: Zita tranquila, Zita elegante, Zita secretária do Ginásio São
José, onde estudei todo o curso
ginasial.
Copiei do Facebook da minha amiga Angélica
Lyra uma foto antiga onde Zita aparece, assim como uma reportagem publicada no
“Correio Lagense”, ano I, nº 4, segunda-feira, 15/01/1951. A matéria fala sobre
a cerimônia de entrega dos certificados aos concluintes da primeira série
ginasial, realizada na noite de 20/12/1950, no Clube Gente Nossa. João Pinheiro
de Andrade Lyra (1912-1955), professor de Matemática do Ginsásio São José, disse
no seu discurso:
“... Provarão estes
documentos que vós, alunos e alunas, iniciastes a conquista do Saber, a única
riqueza que está segurada, pela sua própria natureza, contra furto e contra
confisco, a única riqueza que, se vo-la tomarem, não servirá ao tomador, e se
acabará com o seu dono, sendo portanto, a única riqueza totalmente fiel ao seu
possuidor. Cultivai, com zelo e carinho, e enriquecei a vossa caixa-forte que
não pode ser roubada, o vosso cérebro, com os grandes elementos de que dispondes
para tal: dedicação aos livros, assiduidade às aulas, atenção aos ensinamentos
dos vossos mestres. E não esqueçais uma outra considerável, enorme vantagem do
Bem que estais adquirindo: gastai dele à vontade, passando-o aos outras, e, ao
contrário do que acontece com outros bens, ele não diminuirá. A vós todos eu
quero desejar que na segunda série, no ano vindouro, estudeis mais, muito mais
ainda, para mais e melhor, muito melhor, ajudardes os vossos mestres; e que
nunca deixeis que vos fuja da memória o provérbio citado, lembrando-vos de
observar quanto o mesmo é aplicável na vida diária: acendei, diante de um
espelho, a vela de um sorriso se a escuridão do desânimo ameaçar vosso
horizonte íntimo, e vereis como essa mágica luz exterior penetrará os vossos “eus”,
vos clareando por dentro.’
Estas palavras devem ter calado
fundo nos corações dos concluintes da primeira série do curso ginasial da terra
que me viu nascer. Zita de Araújo Pereira, um orgulho lajense, tinha obtido a média
geral de nove e sete décimos e estava destinada a marcar época na história da
“Princesa das Fronteiras”.
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Daslan
Melo Lima, na noite chuvosa de 30/08/2013, em Timbaúba, Pernambuco.
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