Daslan Melo Lima
“Botei meu sapatinho na janela do quintal. / Papai Noel deixou meu presente de Natal. / Como é que Papai Noel não se esquece de ninguém, / seja rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem.“ A velha canção natalina ainda emociona muito o menino que um dia eu fui. Naqueles dezembros alagoanos de São José da Laje, eu não entendia porque Papai Noel não deixava nenhum presente para mim. Todos os garotos e garotas da minha rua ganhavam brinquedos dele, mesmo os colegas mais travessos, menos eu, que fazia por onde ser um poço de virtudes.
Cresci, aprendi a administrar as recordações de uma infância carente e há anos fiz as pazes com Papai Noel. O homem que sou coloca em primeiro plano a imagem do humilde menino Jesus Cristo como símbolo do Natal, mas o garoto que fui não tem vergonha de abraçar a figura do Papai Noel e perdoá-lo por todos os brinquedos que nunca me deu.
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