sábado, 29 de março de 2014

SESSÃO NOSTALGIA – Virpi Miettinen, Vice-Miss Universo 1965: "O melhor tempo é agora"

Daslan Melo Lima


     Entre as minhas namoradas impossíveis, inacessíveis, verdadeiras paixões platônicas da adolescência, consta o nome de uma loura finlandesa chamada Virpi Liisa Miettinen, cujo rosto descobri nas páginas das revistas O Cruzeiro, Manchete e Fatos & Fotos naquele distante 1965, ano em que  ela  foi Miss Finlândia, vice-Miss Europa,  segunda colocada no concurso Miss Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro e Vice-Miss Universo.  No ano seguinte, também disputou o título de Miss Escandinávia e ficou em terceiro lugar. Recentemente, pesquisando na Internet, descobri o rumo que o destino deu à sua vida.


MISS EUROPA 1965 - Da esquerda para a direita, Alicia Borrás, Miss Espanha, quarto lugar; Virpi Miettinen, Miss Finlândia, segundo lugar; Juliana Herm, Miss Alemanha, primeiro lugar; Elly Koot, da Holanda, Miss Europa 1964; Ingrid Norman, Miss Suécia, terceira colocada; e Yvonne Hanne Ekman, Miss Dinamarca, quinto lugar. ***** Imagem: Pageantopolis.
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MISS INTERNACIONAL DO IV CENTENÁRIO DO RIO DE JANEIRO - Em 1965, ano do IV Centenário do Rio de Janeiro, o Maracanãzinho foi palco do concurso que elegeu a Miss Internacional do IV Centenário. O certame contou com a participação de 21 concorrentes que vieram de várias partes do mundo para o evento, antes de seguirem para Miami Beach, onde foi realizado o Miss Universo. 
A grande noite da beleza aconteceu numa quarta-feira, 30 de junho, dias antes da eleição de Miss Brasil, realizada no sábado, 03 de julho, no mesmo Maracanãzinho. 
Na foto acima, as cinco finalistas. Da esquerda para a direita: Miss Alemanha, Ingrid Bethke, terceiro lugar; Miss Estados Unidos, Sue Ann Downey, primeiro; Miss Finlândia, Virpi Miettinen, segundo; Miss Grécia, Aspa Theologitou, quarto; e Miss Israel, Aliza Sadeh, quinto lugar.  
***** Imagem: Fatos & Fotos.
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MISS UNIVERSO 1965 - Da esquerda para a direita, Virpi Mietntien, segundo lugar; Sue Ann Downey, Miss Estados Unidos, terceira colocada; Apassara Hongsakula, Miss Taillândia, primeiro lugar; Ingrid Norrman, Miss Suécia, quarta colocada; e Anja Christina Maria Schuit, Miss Holanda, terceiro lugar. ***** Foto: Manchete.
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MISS ESCANDINÁVIA 1966 - Norway  Elsa Brun, Miss Noruega, eleita Miss Europa 1966, ladeada pelas duas representantes da Finlândia, Eija Häkkinen (à esquerda), segundo lugar, e Virpi Miettinen, terceira colocada. ***** Imagem: Pageantopolis.
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Virpi na Seura, 13/09/1974, nove anos após ter sido eleita a segunda mulher mais bela do Universo. Uma das várias capas que a revista fez em sua homenagem.
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Virpi Miettinen, a beleza madura da Miss Finlândia 1965  ao lado de uma das suas obras - Foto: Juha Peramaki.

     
     Virpi Miettinen, nasceu em 10/04/1946, em Porvoo, terra natal do poeta Johan Ludvig Runeberg (1804-1877), autor de um poema que se tornou o hino nacional da Finlândia, Nossa Terra (Maamme), que diz:


Nossa terra, Finlândia, nossa pátria, 
ecoa alto, oh nome valoroso! 
Não há vale ou colina que chegue aos céus,
nem lago que chegue à costa lavada pelas ondas, 
que seja mais adorado
que nossa terra do Norte, 
amada terra de antepassados.  

Um dia tua flor vai amadurecer,
para então desabrochar. 
E tua esperança e teu gáudio
nosso amor levará às distâncias.
E um dia, terra-mãe, tua canção
será ainda mais enaltecida.

      Porvoo é a segunda cidade mais antiga da Finlândia, um belo lugar de quase 50 mil habitantes que atrai visitantes de todo o mundo, a 50 km de distância de Helsínque. 
          Virpi deu o primeiro passo para a fama em 1963, aos 16 anos de idade, quando uma vendedora de uma loja de roupas pediu para ela exibir um casaco num desfile promovido pela  Cruz Vermelha. Dois anos depois, sua mãe permitiu que ela aceitasse o convite de Sanelma Vuorre (1919-2009), diretora de uma escola de manequins, para participar do Miss Finlândia. Virpi tornou-se modelo internacional, casou, descasou, tornou-se dependente química devido ao uso prolongado de medicamentos para não engordar, passou por dificuldades financeiras  e superou um câncer de mama.
  
           Somos levados a crer, na maioria das vezes, que as mulheres lindas não sofrem e que um título de beleza só contribui para uma existência de glamour, fama e felicidade, um verdadeiro conto de fadas. Engano. A adversidade atinge a todos nós, passageiros da Terra, ainda um planeta de provas e expiações. Mas voltando para minha deusa, ela conseguiu, felizmente, reverter seus problemas, levando hoje uma vida tranquila,  dedicando-se à pintura e ao seu trabalho de evangelização como membro da Igreja Luterana. Disse ela no ano passado:  

“Eu tenho paz no meu coração. Eu me sinto competente para fazer o trabalho de Deus. Eu vi coisas  sobrenaturais acontecerem. Deus criou um homem que está vindo para mim, mas eu não o encontrei. Agora, quando eu fiz 67 anos, já não tem tanto significado também. Aprendi a viver comigo muito bem. O melhor tempo é agora.  Não me arrependo de nada na vida. Toda a triste fase da minha vida se transformou em vitória. Eu não olho para baixo. Além disso, a maior parte da minha vida foi boa. Meu sonho é um dia  alugar uma bela casa na Itália e pintar na Toscana.”

Virpi Miettinen, um ícone dos anos sessenta - Foto: Kari Laakso
      Esta Sessão Nostalgia chega ao fim e outras virão nas próximas semanas, se o Arquiteto do Universo permitir. Final de mais um sábado em Timbaúba, Pernambuco, nordeste do Brasil, quase meia-noite do antepenúltimo dia do mês de São José, um mês que logo mais será parte de um passado. Vejo as imagens antigas e atuais de Virpi Miettinen e faço uma pausa para agradecer a Deus  por Ele ter colocado a Vice-Miss Universo 1965 entre as deusas dos sonhos do adolescente que um dia eu fui.
     
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2 comentários:

  1. Comentário de Romeu Goes, de Salvador, BA, via Facebook
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    Talvez a mais bela finlandesa, numa época em que a Finlândia era uma fábrica de apresentar misses, ficou em segundo lugar, não sabia de sua história Daslan, li seu blogger, sempre interessante.

    Um abraço.

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  2. She was and still is a charming lady. After Miss Universe 1965 pageant she worked as a succesful fashion model mainly in Europe among other things for Chanel couture house and Pierre Balmain in Paris.

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