Daslan Melo Lima
Entre as minhas namoradas impossíveis, inacessíveis,
verdadeiras paixões platônicas da adolescência, consta o nome de uma loura finlandesa
chamada Virpi Liisa Miettinen, cujo rosto descobri nas páginas das revistas O
Cruzeiro, Manchete e Fatos & Fotos naquele distante
1965, ano em que ela foi Miss Finlândia, vice-Miss Europa, segunda colocada no concurso Miss Internacional do IV
Centenário do Rio de Janeiro e Vice-Miss Universo. No ano seguinte, também disputou o título de Miss
Escandinávia e ficou em terceiro lugar. Recentemente, pesquisando na Internet, descobri
o rumo que o destino deu à sua vida.
MISS EUROPA 1965 - Da esquerda para a direita, Alicia Borrás, Miss Espanha, quarto lugar; Virpi Miettinen, Miss Finlândia, segundo lugar; Juliana Herm, Miss Alemanha, primeiro lugar; Elly Koot, da Holanda, Miss Europa 1964; Ingrid Norman, Miss Suécia, terceira colocada; e Yvonne Hanne Ekman, Miss Dinamarca, quinto lugar. ***** Imagem: Pageantopolis.
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MISS INTERNACIONAL DO IV CENTENÁRIO DO RIO DE JANEIRO - Em 1965, ano do IV
Centenário do Rio de Janeiro, o Maracanãzinho foi palco do concurso que elegeu
a Miss Internacional do IV Centenário. O certame contou com a participação de
21 concorrentes que vieram de várias partes do mundo para o evento, antes de
seguirem para Miami Beach, onde foi realizado o Miss Universo.
A grande noite da beleza aconteceu numa quarta-feira, 30 de junho, dias antes da eleição de Miss Brasil, realizada no sábado, 03 de julho, no mesmo Maracanãzinho.
Na foto acima, as cinco finalistas. Da esquerda para a direita: Miss Alemanha, Ingrid Bethke, terceiro lugar; Miss Estados Unidos, Sue Ann Downey, primeiro; Miss Finlândia, Virpi Miettinen, segundo; Miss Grécia, Aspa Theologitou, quarto; e Miss Israel, Aliza Sadeh, quinto lugar.
***** Imagem: Fatos & Fotos.
A grande noite da beleza aconteceu numa quarta-feira, 30 de junho, dias antes da eleição de Miss Brasil, realizada no sábado, 03 de julho, no mesmo Maracanãzinho.
Na foto acima, as cinco finalistas. Da esquerda para a direita: Miss Alemanha, Ingrid Bethke, terceiro lugar; Miss Estados Unidos, Sue Ann Downey, primeiro; Miss Finlândia, Virpi Miettinen, segundo; Miss Grécia, Aspa Theologitou, quarto; e Miss Israel, Aliza Sadeh, quinto lugar.
***** Imagem: Fatos & Fotos.
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MISS UNIVERSO 1965 - Da esquerda para a direita, Virpi Mietntien, segundo lugar; Sue Ann Downey, Miss Estados Unidos, terceira colocada; Apassara Hongsakula, Miss Taillândia, primeiro lugar; Ingrid Norrman, Miss Suécia, quarta colocada; e Anja Christina Maria Schuit, Miss Holanda, terceiro lugar. ***** Foto: Manchete.
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MISS ESCANDINÁVIA 1966 - Norway Elsa Brun, Miss Noruega, eleita Miss Europa 1966, ladeada pelas duas representantes da Finlândia, Eija Häkkinen (à esquerda), segundo lugar, e Virpi Miettinen, terceira colocada. ***** Imagem: Pageantopolis.
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Virpi na Seura, 13/09/1974, nove anos após ter sido eleita a segunda mulher mais bela do Universo. Uma das várias capas que a revista fez em sua homenagem.
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Virpi Miettinen, a beleza madura da Miss Finlândia 1965 ao lado de uma das suas obras - Foto: Juha Peramaki.
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Nossa terra, Finlândia, nossa pátria,
ecoa alto, oh nome
valoroso!
Não há vale ou colina que chegue aos céus,
nem lago que chegue à
costa lavada pelas ondas,
que seja mais adorado
que nossa terra do Norte,
amada
terra de antepassados.
Um dia tua
flor vai amadurecer,
para então desabrochar.
E tua esperança e teu gáudio
nosso amor levará às distâncias.
E um dia, terra-mãe, tua canção
será ainda
mais enaltecida.
Porvoo é a segunda cidade mais antiga da Finlândia, um belo lugar de quase 50 mil habitantes que atrai visitantes de todo o mundo, a 50 km de distância de Helsínque.
Virpi deu o primeiro passo para a fama em 1963, aos 16 anos de idade, quando uma vendedora de uma loja de roupas pediu para ela exibir um casaco num desfile promovido pela Cruz Vermelha. Dois anos depois, sua mãe permitiu que ela aceitasse o convite de Sanelma Vuorre (1919-2009), diretora de uma escola de manequins, para participar do Miss Finlândia. Virpi tornou-se modelo internacional, casou, descasou, tornou-se dependente química devido ao uso prolongado de medicamentos para não engordar, passou por dificuldades financeiras e superou um câncer de mama.
Somos levados a crer, na maioria das
vezes, que as mulheres lindas não sofrem e que um título de beleza só contribui
para uma existência de glamour, fama e felicidade, um verdadeiro conto de fadas. Engano. A adversidade atinge
a todos nós, passageiros da Terra, ainda um planeta de provas e expiações. Mas voltando para minha
deusa, ela conseguiu, felizmente, reverter seus problemas, levando hoje uma vida tranquila, dedicando-se à pintura e ao seu trabalho de
evangelização como membro da Igreja Luterana. Disse ela no ano passado:
“Eu tenho paz no meu coração. Eu me sinto competente para fazer o trabalho
de Deus. Eu vi coisas sobrenaturais
acontecerem. Deus criou um homem que está vindo para mim, mas eu não o encontrei.
Agora, quando eu fiz 67 anos, já não tem
tanto significado também. Aprendi a viver comigo muito bem. O melhor
tempo é agora. Não me arrependo de nada
na vida. Toda a triste fase da minha vida se transformou em vitória. Eu não
olho para baixo. Além disso, a maior
parte da minha vida foi boa. Meu sonho é um dia alugar
uma bela casa na Itália e pintar na Toscana.”
Virpi Miettinen, um ícone dos anos sessenta - Foto: Kari Laakso
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Esta Sessão Nostalgia chega ao fim e outras virão nas próximas semanas, se o Arquiteto do Universo permitir. Final de mais um sábado em Timbaúba, Pernambuco, nordeste do Brasil, quase meia-noite do antepenúltimo dia do mês de São José, um mês que logo mais será parte de um
passado. Vejo as imagens antigas e atuais de Virpi Miettinen e faço uma pausa para
agradecer a Deus por Ele ter colocado a Vice-Miss Universo 1965 entre as deusas dos sonhos do adolescente que um dia eu
fui.
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Comentário de Romeu Goes, de Salvador, BA, via Facebook
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Talvez a mais bela finlandesa, numa época em que a Finlândia era uma fábrica de apresentar misses, ficou em segundo lugar, não sabia de sua história Daslan, li seu blogger, sempre interessante.
Um abraço.
She was and still is a charming lady. After Miss Universe 1965 pageant she worked as a succesful fashion model mainly in Europe among other things for Chanel couture house and Pierre Balmain in Paris.
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