A notícia da sua partida semeou cinza na ensolarada manhã da primavera timbaubense, 26 de setembro de 2014. A voz que marcou época em Timbáuba foi cantar e encantar em um dos muitos mundos abençoados de Deus.
Os dados biográficos abaixo foram colhidos por Jeová Barboza de Lira Cavalcanti durante um visita a Jurandir Xavier de Sá, meses antes de sua morte.
Os dados biográficos abaixo foram colhidos por Jeová Barboza de Lira Cavalcanti durante um visita a Jurandir Xavier de Sá, meses antes de sua morte.
JURANDIR XAVIER DE SÁ – Nasceu em Timbaúba em 29/07/1940, filho de Luiz Xavier de Sá e Sebastiana Xavier de Sá. Ainda pequeno, perdeu a mãe, passando a morar na companhia da Srª. Jovita Barros (conhecida como Dona Du), juntamente com os irmãos Jacirema e Itamar, a qual os criou como verdadeiros filhos. Iniciou seus estudos no Colégio Timbaubense, onde frequentou os antigos cursos primário e ginasial, concluindo-os em 1961; no ano seguinte, matriculou-se no Curso Técnico em Contabilidade, diplomando-se na turma de 1964. Posteriormente ingressou no curso Científico no Colégio Cenecista, concluído em 1967. No ano seguinte, passou a estudar na UEPA de Aliança, PE, ingressando no curso de Técnico Agrícola, fazendo parte da turma de concluintes de 1972, após cinco anos de estudos teóricos e práticos na área, como exigia o currículo escolar. Em 18/10/1978, casou com Cristina Maria Jacques Coutinho de Sá, que lhe deu dois filhos, Christopher Luiz Coutinho de Sá e Cristiano Coutinho de Sá.
Profissionalmente, Jurandir exerceu várias atividades, dentre elas foi funcionário do Banorte, Banco Nacional do Norte, e do Bandepe, Banco do Estado de Pernambuco; por alguns anos, desempenhou as funções de vendedor de fertilizantes, produtos esses das empresas Maanah, Agrofértil e Profértil, deixando tais afazeres para tentar estabelecer-se como produtor rural dedicando-se ao plantio de cana-de-açúcar, atividade da qual desistiu na segunda safra, em face de baixa produtividade da lavoura, em vista da má qualidade das terras arrendadas.
Sua trajetória como cantor iniciou-se entre o ocaso dos anos cinquenta e o limiar da década de sessenta, quando se tornou crooner do grupo musical Carlos Mendonça e os 10 do Ritmo, que era exclusivo da Liga Lítero Atlética, onde permaneceu por cinco anos. Com o surgimento do conjunto Os Líderes, passou a integrar esse grupo formado pelos músicos Delmon Vieira, (baixo), José Mário Carvalho (guitarra-solo), Franklin Queiroz (guitarra-base), José Arnaldo Menezes (piston), Antônio Vieira (órgão), Marcos de Andrade Lima (bateria) e Antônio Coutinho (vocalista). Em determinado momento, por questões de incompatibilidade para conciliar estudo e música, os componentes de os Líderes optaram pelo fim do conjunto deixando tão-somente entre os fãs recordações que o tempo não apaga.
Na carreira solo, Jurandir lançou dois cd's com músicas de grandes mestres da MPB, dentre elas Meu Velho, de Altemar Dutra; o primeiro trabalho o fez em parceria com Antônio Coutinho e o segundo, individualmente. Em ambos contou com a participação de Jeófanes Ferreira de Sena (Geo Sena), fazendo os solos de órgão. Participou da edição do lp/cd Timbaúba este é o seu Carnaval, produzido por Vital Bertino e Artur de Moura Apolinário (Dr. Mourinha), cantando as músicas Arrastão, composta por Jaceguay Marinho; Guarany, hino do bloco O Guarany, de autoria do maestro Paulo Ramos; e Morcego, letra de João Feliciano, música de Zito Damião e arranjo do Maestro Duda.
Sempre atuou como intérprete, não havendo se dedicado à composição. Um sério problema de saúde o afastou das atividades profissionais e artísticas, mas manteve o gosto pela música, que segundo dizia “estava no sangue”. É uma pena que Timbaúba tenha sido privada de uma das vozes mais bonitas e que acalentou muitos sonhos.
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Qualquer assunto relevante sobre a biografia de Jurandir Xavier de Sá deverá ser enviado para o autor da matéria, Jeová Barboza de Lira Cacalcanti, através do e-mail barbozalira68@hotmail.com
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O pai de Jurandir Sá, tinha aparencia do comediante de filmes chanchada chamado Zé Trindade.
ResponderExcluirA voz de Jurandir era inigualavel, segundo comentário de também uma das melhores vozes timbaubense, Rogério falcão.
Eterna saudade.
Lendo o comentário de Tranquilino, lembrei-me de pedir-lhe mais uma vez a força de seu carisma, no sentido de incentivar os matutos de Timbaúba a participarem das festividades dos 80 anos de nosso Colégio Timbaubense, dias 15 e 16 de novembro de 2014, conforme programação divulgada nesse blog.
ResponderExcluirUm abraço.Jeová Barboza de Lira Cavalcanti
Qualquer assunto relevante sobre a biografia de Jurandir Xavier de Sá deverá ser enviado para o autor da matéria, Jeová Barboza de Lira Cavalcanti, através do e-mail barbozalira68@hotmail.com
ResponderExcluirQue pena que não o conheci fui esposa do irmão dele Tabira o qual não foi citado no comentário que ele tinha esse irmão que mora em São Paulo Falecido à 45 anos
ResponderExcluirDeichou 3 maravilhoso filhos Hélio Hermes e Adriana lindos e que tem vontade de conhecer os familiares do pai sua cunhada Irai