Morreu na madrugada deste sábado, no Hospital Santa Joana, no Recife,
o jornalista e escritor José de Sousa Alencar, o Alex, natural de Água Branca Alagoas,
89 anos a completar em 05 de agosto. Menino de origem muito humilde, o filho de
Dona Sinhá, uma guerreira alagoana na melhor acepção da palavra, Alex formou-se
em Direito; foi crítico de cinema; assistente do filme “O Canto do Mar”, de Alberto
Cavalcanti; marcou época como colunista social; coordenou concursos de Miss
Pernambuco; escreveu vários livros de crônicas e tornou-se imortal da Academia
Pernambucana de Letras.
Quando eu
nem sonhava me tornar colunista sociocultural, já lia religiosamente sua coluna
dominical no Jornal do Commercio, quando aprendia a refletir mais sobre a
condição humana ao mergulhar em suas sábias crônicas.
Tenho num álbum de
recortes uma crônica de Alex, onde ele afirma:
“É tão estranha a vida, tão
curiosa. E a morte, com sua realidade imponderável, deve ser, será sem nenhuma dúvida,
um momento de mais absoluta solidão. Sim, será a morte um momento de solidão,
do homem sozinho consigo mesmo, se não tiver fé, se não tiver o conforto e o
consolo subjetivo de que existe algo mais além da vida.”
Alex sabia que existe algo além da vida. Vai com Deus, eterno menino de Água Branca.
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Daslan Melo Lima. (Crédito da foto: Alexandre Belém/JC Imagem)
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TAÇA ARIANO SUASSUNA, MISSÃO VOCAÇÃO E FESTA – Ao vencer pelo placar de 2 x 1 o Nacional do Uruguai, durante amistoso internacional realizado na Arena Pernambuco, o meu Sport Club do Recife conquistou a taça que tem o nome do seu mais famoso torcedor, Ariano Suassuna (1927-2014).
O objeto foi feito pelo artista plástico Dantas Suassuna, filho de Ariano, que usou madeira e latão e explicou o sentido da sua bela obra de arte:
“Peguei símbolos do que meu pai desenhou ao longo da vida. A taça está dividida em quatro partes: a divindade representada pelo gavião, o universo representado pelo sol, a terra representada pela onça e, acima disso, o candelabro da verdade”.
A propósito de arte, Ariano Suassuna dizia: “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa."
- Daslan Melo Lima, em Timbaúba, PE, na 25ª noite de 2015. (Crédito da imagem: Matheus Albino / Blog do Torcedor).
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ALEX MARCOU ÉPOCA NA CRÔNICA SOCIAL DE PERNAMBUCO. HOMEM DE UMA INTELIGÊNCIA PRIVILEGIADA, MAS DIZIA QUE CARREGAVA COM ELE UMA FRUSTRAÇÃO: "ESCREVER APENAS EM PROSA E NÃO SER CAPAZ DE COMPOR UM POEMA".
ResponderExcluirÉ, GRANDE ALEX, DEUS DESIGNA A CADA UM O TALENTO QUE DEVE DESENVOLVER. O SEU ERA SER CRONISTA PROSADOR.
QUE O MESTRE DOS MESTRES O RECEBA DE BRAÇOS ABERTOS NA MANSÃO CELESTE!