sábado, 24 de janeiro de 2015

VAI COM DEUS, ETERNO MENINO DE ÁGUA BRANCA


         
             
          Morreu na madrugada deste sábado, no Hospital Santa Joana, no Recife, o jornalista e escritor José de Sousa Alencar, o Alex, natural de Água Branca Alagoas, 89 anos a completar em 05 de agosto.  Menino de origem muito humilde, o filho de Dona Sinhá, uma guerreira alagoana na melhor acepção da palavra, Alex formou-se em Direito; foi crítico de cinema; assistente do filme “O Canto do Mar”, de Alberto Cavalcanti; marcou época como colunista social; coordenou concursos de Miss Pernambuco; escreveu vários livros de crônicas e tornou-se imortal da Academia Pernambucana de Letras.  
        Quando eu nem sonhava me tornar colunista sociocultural, já lia religiosamente sua coluna dominical no Jornal do Commercio, quando aprendia a refletir mais sobre a condição humana ao mergulhar em suas sábias crônicas. 
          Tenho num álbum de recortes uma crônica de Alex, onde ele afirma:
 “É tão estranha a vida, tão curiosa. E a morte, com sua realidade imponderável, deve ser, será sem nenhuma dúvida, um momento de mais absoluta solidão. Sim, será a morte um momento de solidão, do homem sozinho consigo mesmo, se não tiver fé, se não tiver o conforto e o consolo subjetivo de que existe algo mais além da vida.” 
         Alex sabia que existe algo além da vida.  Vai com Deus, eterno menino de Água Branca. 
Daslan Melo Lima. (Crédito da foto: Alexandre Belém/JC Imagem)

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TAÇA ARIANO SUASSUNA, MISSÃO VOCAÇÃO E FESTA – Ao vencer pelo placar de 2 x 1 o Nacional do Uruguai, durante amistoso internacional realizado na Arena Pernambuco, o meu Sport Club do Recife conquistou a taça que tem o nome do seu mais famoso torcedor, Ariano Suassuna (1927-2014). 
      O objeto foi feito pelo artista plástico Dantas Suassuna, filho de Ariano, que usou madeira e latão e explicou o sentido da sua bela obra de arte: 
“Peguei símbolos do que meu pai desenhou ao longo da vida. A taça está dividida em quatro partes: a divindade representada pelo gavião, o universo representado pelo sol, a terra representada pela onça e, acima disso, o candelabro da verdade”. 
         A propósito de arte, Ariano Suassuna dizia: “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa." 
- Daslan Melo Lima, em Timbaúba, PE, na 25ª noite de 2015. (Crédito da imagem: Matheus Albino / Blog do Torcedor).

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Um comentário:

  1. Jeová Barboza de Lira Cavalcanti27 de janeiro de 2015 às 07:16

    ALEX MARCOU ÉPOCA NA CRÔNICA SOCIAL DE PERNAMBUCO. HOMEM DE UMA INTELIGÊNCIA PRIVILEGIADA, MAS DIZIA QUE CARREGAVA COM ELE UMA FRUSTRAÇÃO: "ESCREVER APENAS EM PROSA E NÃO SER CAPAZ DE COMPOR UM POEMA".
    É, GRANDE ALEX, DEUS DESIGNA A CADA UM O TALENTO QUE DEVE DESENVOLVER. O SEU ERA SER CRONISTA PROSADOR.
    QUE O MESTRE DOS MESTRES O RECEBA DE BRAÇOS ABERTOS NA MANSÃO CELESTE!

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