Daslan Melo Lima
Ana Cristina Ridzi, Miss Guanabara, Miss Brasil 1966. |
Retiro
de uma estante a revista Manchete, ano 14, nº 755, de 08/10/1966, e encontro
Ana Cristina Ridzi (1947-2015) vestida num maiô azul da marca Catalina, exibindo
seu porte de rainha e seu belo sorriso ornamentados
pelo cetro, faixa e coroa de Miss Brasil
1966. Na mesma publicação, em página dupla, ela e Elisabete Santos, Miss
Renascença, terceira colocada no Miss
Guanabara 1966, vestem biquínis, uma
ousadia para a época.
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Assim é se lhe parece – O duelo do umbigo
A loura e a mulata estão de volta. Ana Cristina Ridzi, Miss Brasil, e
Elisabete Santos (princesa nº 3 no concurso Miss Guanabara), decidiram reaparecer juntas numa passarela improvisada. Enquanto disputavam os títulos de
beleza, não podiam usar maiô de duas peças. Isso deu margem a uma pequena controvérsia no Maracanãzinho. Uns diziam que, se o maiô não fosse inteiriço, Ana
perderia para Elisabete. Outros afirmavam justamente o contrário. Então elas,
que se tornaram grandes amigas, resolveram que só juntas apareceriam pela primeira vez com o umbigo de fora. Agora que se aproxima o verão, convocaram os
fotógrafos e travaram esse bonito (e amistoso) duelo. Resultado, visíviel na
foto: o violão da mulata é mais afinado do que o de Miss Brasil. Mas Ana Cristina,
na solidez de seu corpo, constitui um páreo duro para as deusas da fama, tais
como Úrsula Andress e Sofia Loren.
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Na capa da revista Manchete, Patrícia Brito e Cunha Engelke, Glamour Girl 1966, e Roberto Carlos. Ao fundo, "Rock and Roll", meu cachorro. |
Largo a revista Manchete
numa cadeira do terraço e tento dissipar a nostalgia. Julho logo mais morrerá nos braços de agosto,
o mês que rima com gosto, mas também com desgosto.
O céu azul que a natureza
oferta de graça, na frente da minha casa, neutraliza qualquer superstição. Os
ventos de agosto se aproximam soprando uma certeza: forte continuará minh’alma para admirar o que é belo, embora o mundo hoje
seja outro, os valores sejam outros e as anas e elisabetes sejam outras.
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Minha tia tinha uma revista igual a essa. Fui no Google e pesquisei o nome da jovem que aparece na capa ao lado de Roberto Carlos, Patrícia de Brito e Cunha Engelke. Ela nasceu no Rio de Janeiro, em 26.07.1947, e morreu no Rio de Janeiro, aos 07.10.1996.
ResponderExcluirUm abraço.
C. Rocha de Floripa
ResponderExcluirDaslan,
o Miss Guanabara de 1966 ficou marcado eternamente pela participação das irmãs gêmeas Ana Cristina e Elizabeth Ridzi. Todavia houve outras disputas acirradas entre as oito finalistas, a exemplo dos clubes de futebol Flamengo e Fluminense, cujas misses ficaram em quinto e no quarto lugar.
Também pela presença, pela primeira vez no concurso, de duas mulatas espetaculares. Elisabete Santos, do Clube Renascença, e Maria da Conceição, que adotou o nome artístico de Marina Montini, do Grêmio Recreativo e Social Cacique de Ramos. Foi o ano das melhores candidatas do certame carioca. Porque caíria muito bem a faixa de Miss Guanabara em qualquer uma das oito finalistas.
Uma ótima semana.
Muciolo Ferreira