sábado, 31 de outubro de 2015

OUTUBRO, ADEUS. É NOVEMBRO OUTRA VEZ

OUTUBRO, ADEUS – O mesmo mês de outubro que todos os anos chega para me deixar com mais idade, é o mesmo que ora se despede do calendário de 2015 para me deixar mais sábio. E porque outubro agoniza, é época do meu pé de acácias amarelas desnudar-se, dar adeus ao verde-esperança para se vestir de amarelo-felicidade. Enquanto alguns galhos sonhadores tentam alcançar o céu, outros se curvam para beijar o chão com humildade. Outubro, adeus, até logo, muito obrigado. – Daslan Melo Lima.
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É NOVEMBRO OUTRA VEZ – “E se as pétalas das minhas acácias fossem de ouro?” Pergunto a mim mesmo, mas é o vento quem responde: “Você estaria milionário, sem dúvida alguma, mas seria escravo do Ter e não valorizaria o Ser.” ***** Anjos alagoanos invisíveis, vindos das pedras do Rio Canhoto de São José da Laje, aproximam-se e sussurram: “Tal como no seu tempo de menino, você é milionário. A poesia supre todas as suas fantasias.” ****** É novembro outra vez. Obrigado, Senhor! – Daslan Melo Lima.

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Usina Cruangi, Fogo Vivo

   
      Em “Fogo Morto”, romance regionalista do escritor paraibano José Lins do Rêgo (1901-1957), publicado em 1943, o declínio dos engenhos de cana-de-açúcar e suas personagens  dão uma ideia  do  drama que a  extinção de uma atividade econômica  pode provocar na história de um povo.   Ontem como hoje, homens choram pela falta de oportunidades no mercado de trabalho. Como na canção de Gonzaguinha (1945-1991), “um homem se humilha / se castram seu sonho. / Seu sonho é sua vida / e vida é trabalho. / E sem o seu trabalho / o homem não tem honra. / E sem a sua honra / se morre, se mata.”
        “Fogo Morto” foi adaptado para o cinema e virou filme em 1976, dirigido pelo catarinense  Marcos Farias (1932-1985), disponível no  Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=Y-gAypkpXYc . Enquanto isso,  “Fogo Vivo”, título desta crônica, uma realidade a poucos minutos dos nossos olhos, poderá ser celebrada a qualquer hora do dia, basta dar as mãos ao vento e passar rapidamente pela Usina Cruangi, que estava fechada desde 2011 e foi reativada no dia 15 de setembro.
         Vale a pena se emocionar diante do bueiro em atividade, conforme mostra a foto do Leoncio Francisco. Vale a pena fazer uma oração de agradecimento a DEUS e pedir que Ele abençoe todas as pessoas que, direta ou indiretamente, independente das divergências político-partidárias, contribuíram para que a fé e a esperança fossem novamente  semeadas na  história de um povo.
           A Usina Cruangi está funcionando em regime de cooperativismo, graças ao investimento de R$ 3 milhões da COAF -  Cooperativa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco.  A previsão é de que sejam moídas, na primeira safra, cerca de 500 mil toneladas de cana-de-açúcar proveniente das cidades de Vicência, Buenos Aires, Nazaré da Mata, Aliança, Condado, Goiana, Macaparana, Itambé, Ferreiros e Carpina.  A Usina Cruangi está  produzindo Etanol, mas poderá  também  fabricar açúcar e outros derivados da cana.
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 A poesia dos trabalhadores da Usina Cruangi




O verde da esperança
renasce nas suas roupas
como num sonho de criança.
É tempo de transformação.
E cada jornada de trabalho
É uma forma de oração.
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Versos de Daslan Melo Lima / Foto: Leoncio Francisco

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SESSÃO NOSTALGIA - Josenira, minha professora Miss, inusitadas e sábias lições de Vida

Daslan Melo Lima  


           Você, leitor, leitora, já deve conhecer parte desta história, contada aqui, nesta secção, em 24/02/2008. Mas antes de agregar fatos novos a esta Sessão Nostalgia, preciso retornar ao túnel do tempo. Ano de 1964, Ginásio São José, São José da Laje, a cidadezinha alagoana onde nasci. Quando Josenira de Albuquerque Silva, carinhosamente conhecida como Nirinha, a nova professora de Português, entrou na sala para dar aula, um silêncio tomou conta do ambiente. Ela era linda, simpática, elegante e extrovertida. Foi complicado prestar atenção ao que ensinava, pois sua beleza tirava a atenção de todos.
           No ano seguinte, no dia 12/06/1965, no Jaraguá Tênis Clube, em Maceió, minha professora era uma das quatro jovens concorrentes ao título de Miss Alagoas. Tinha sido preparada por um ícone da beleza alagoana, Bertini Motta, Miss Alagoas 1955, e suas concorrentes eram Mary Grace Oiticica Bandeira, Miss Iate Clube Pajuçara, primeira colocada; Maria Conceição de Alencastro, Miss Jaraguá Tênis Clube, segundo lugar;  e Maria José Gomes,  Miss Rio Largo. Nirinha deu um show de simpatia e comunicação, foi aplaudidíssima na entrevista e voltou para São José da Laje com o terceiro lugar.
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          Algumas rainhas da beleza não gostam de falar do passado, talvez porque suas vidas tomaram um rumo diferente e elas vejam as passarelas como algo menor. Bobagem. Muitas alcançaram um status surpreendente exatamente por causa da visibilidade e das oportunidades que tiveram pelo fato de terem sido eleitas misses. Entendo que outras não gostam de relembrar o tempo da fama pelo fato de não mais  se sentirem belas e atraentes como outrora. Ora, a sabedoria deixada pelos encontros e desencontros da caminhada tem suas vantagens. Miss para sempre Miss. 
       Em 2009, quando soube da matéria que lhe dediquei, telefonou agradecendo a homenagem. Na época, ela vivia alheia ao mundo virtual, diferente de hoje, quando no dia 17 do mês passado, em sua página no Facebook, ao me desejar feliz aniversário, escreveu  “... Um abraço forte e carinhoso da Josenira. Esta Josenira que você fez glamourosamente entrar no mundo virtual. Foi sem dúvida um belo presente. Sem ele, eu não teria despertado para este mundo novo, moderno, colorido e cheio de uma nova aprendizagem. “
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O BEIJO DA MISS - “Quem está aqui na festa é o menino, o poeta, o amigo ou o homem?” Antes que eu esboçasse a resposta, Josenira deu-me um beijo cinematográfico. Ela beijou o homem-poeta-amigo, mas quem recebeu o beijo foi o menino que passou quase meio século sem se encontrar com a sua professora. ***** Eu e ela, durante o 14º Encontro de Lajenses, em São José da Laje, AL, 11/01/2014.
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MINHA TERRA, MINHA GENTE - Quando o conjunto musical começou a tocar os grandes sucessos dos anos 60, não me contive e caí na pista de dança. “Menina linda eu lhe adoro / Menina pura como a flor / Sua boneca vai quebrar / Mas viverá o nosso amor...” ***** Por um momento, desejei que o pessoal tocasse Os Estados brasileiros se apresentam / nesta festa de alegria e esplendor. / Jovens misses seus Estados representam, / seus costumes, seus encantos, seu valor. / Em desfile nossa terra, nossa gente...” Motivo do meu desejo: quem estava dançando ao meu lado era a Miss São José da Laje 1965. *****Eu e ela, durante o 14º Encontro de Lajenses, em São José da Laje, AL, 11/01/2014.
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OUTRO BEIJO DA MISS - Em janeiro de 2015, no 15º Encontro de Lajenses, um beijo intenso, inconcebível nos anos 60.  
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WHISKY A GO-GO – Na minha memória, sons, cores, imagens e sabores desfilam em câmara lenta e em nostálgico branco e preto, quando o assunto é anos 60. Os valores eram outros, o mundo era outro, os objetivos eram outros... E já que agora é tudo tão rápido e colorido, um vento hedonista declama aos meus ouvidos um pensamento de Georges Moustaki (1934-2013), cantor e compositor francês nascido no Egito: “Temos a vida toda para divertir e toda a morte para repousar.” ***** Eu e ela no 15º Encontro de Lajenses, São José da Laje, AL, 10/01/2015, pausa para um flash, ao som de “Whisky a go-go”. "... Senti na pele a tua energia / quando peguei de leve a tua mão. / A noite inteira passa num segundo. / O tempo voa mais do que a canção." ***** Disse-me Josenira: "Ficar ao seu lado, Daslan, é viver e reviver uma vida de glórias. Obrigada, querido Daslan."
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      O vestido que Josenira usava naquela noite de 1964, no Ginásio São José, era um traje sóbrio que condizia com sua função e com a condição de moça de família tradicional, ex-aluna interna do educandário católico Santíssimo Sacramento, em Maceió. No entanto, ao se sentar e cruzar as pernas, deixou à mostra, involuntariamente, uma pequena parte de suas coxas. Uma cena inesquecível que, guardando as devidas proporções, remeteria anos e anos depois àquela de Sharon Stone (foto acima) no filme “Instinto Selvagem".
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            Josenira assina hoje o nome como Josenira Degroot  (o Degroot por conta do seu casamento com um belga, falecido). Aposentada, sem filhos, vive em Maceió. Recentemente, passou vários dias na Europa e esteve em Paris, onde pousou para as lentes do cineasta Joaquim Alves, nosso conterrâneo- contemporâneo. Nos jardins do Louvre, ela se deixou fotografar descontraidamente mostrando as pernas, aquelas mesmas pernas que nos anos 60 encantaram os alunos da quarta série ginasial do Ginásio São José. 

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         Em nome das pernas de Josenira, minha professora Miss, saúdo todas as rainhas da beleza que são gratas aos fãs por serem lembradas tantos anos depois de terem sido eleitas. Em nome das pernas de Josenira, minha professora Miss, desejo vida longa a todas as Misses que, no outono das suas vidas, vivem de bem com a vida. 


          Nesta crônica, eu poderia ter usado o termo "minha ex-professora Miss", mas preferi escrever "minha professora Miss", pois ela ainda continua ministrando aulas para mim, não mais de Português, mas de vida, inusitadas e sábias lições de Vida. 

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Crédito das imagens: Arquivo Pessoal/Facebook, Ladorvane Cabral e Joaquim Alves. 
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Para rever a primeira Sessão Nostalgia dedicada a Josenira. basta um clique neste link http://passarelacultural.blogspot.com.br/2008/02/sesso-nostalgia-josenira-de-albuquerque.html
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sábado, 24 de outubro de 2015

TODO DIA É DIA DE CELEBRAR A VIDA

IDADE NOVA – Foi diante da tranquilidade do mar de Ponta dos Coqueiros, em Pitimbu, litoral da Paraíba, que curti no domingo, 18, o meu primeiro dia pós-aniversário.  Corpo e alma se envolveram com a brisa, o mar e a simplicidade do lugar, sem maiores questionamentos sobre os mistérios da vida e da morte que outrora semearam cinza em meus outubros.

      Carpe diem! Aproveite o dia! Gritavam em silêncio mil anjos invisíveis. Obrigado, DEUS! Na impossibilidade de agradecer a cada um dos meus amigos e amigas, leitores e leitoras,  pelas mensagens enviadas, registro aqui a minha gratidão. Aos que se esqueceram de me parabenizar, alerto que todo dia é dia de celebrar a Vida. Aceito os parabéns atrasados em qualquer época do ano. ***** Daslan Melo Lima.

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REFLEXÃO
"Não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano."
- Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta (1923-1968), escritor carioca. 
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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Aurineide Marques de Lima, tudo por causa de uma boneca


      Aurineide Marques de Lima, uma das personalidades mais estimadas de Timbaúba,  postou um texto emocionante em seu Facebook, um depoimento corajoso abaixo transcrito como lição de humildade, coragem, determinação e fé.
         Não costumo falar da minha vida pessoal no Face. Hoje abro uma exceção porque sinto a necessidade de falar de um fato da minha infância  que teve um efeito funesto na minha vida e só falando para um grande número de pessoas posso dizer que estou livre de um medo irracional e ilógico. Um fato em si não tem importância e sim os efeitos que ele causa no nosso inconsciente, nos nossos sentimentos. Quem tiver paciência de ler, leia, mas sabendo que as opiniões e  os julgamentos não me importam.
        Até 8 anos a vida para mim era uma festa. Apesar de ter nascido com 850 gramas, isso não me causou lesão cerebral ou déficit de inteligência, o que era de se esperar. Ao contrário, era uma criança muito inteligente. Foi aí que minha mãe adoeceu gravemente,  o que não permitia que ela me controlasse como fizera com os outros filhos. Vivia brincando com os moleques, amigos do meu irmão, fato que o desagradava. A tarde estudava no Grupo Escolar, que ficava no centro, perto da Igreja Matriz, como era comum nas cidades do interior. 




          Não lembro quando, mas o fato é que comecei a observar as crianças ricas, que moravam no centro, filhas de médicos, dentistas, senhores de engenho,  etc. Todas tinham lindas bonecas. Comecei a desejar uma, cheguei a pedir a minha mãe, que me explicou que éramos muito pobres e ela não podia comprar. Entendi, mas o desejo permaneceu, transformando-se, diria, em obsessão. Então tive uma ideia que logo coloquei em prática. Procurei meu cunhado e disse que minha mãe mandara pedir uma quantia emprestado. Ele me deu o dinheiro e fui correndo para a loja onde comprei a boneca de cabelos e que chorava. Ora, uma rua pequena onde todos se conheciam não poderia esse fato passar desapercebido. 


Escola Santa Maria - 1º ano Pedagógico - 1960
Aurineide está em pé, na extrema esquerda.
Não cheguei a curtir a boneca dois dias. Na noite do segundo dia, deitei-me numa poltrona e adormeci. Acordei sentindo dores lancinantes em todo o corpo. Quando meus olhos conseguiram focalizar, vi minha irmã, no auge dos seus 24 anos, me espancando.  Inútil me debater, não sei quem me segurava.  Desesperada, olhei para a porta. Fechada. Janela, cheia de cabeças curiosas. Creio que eram os vizinhos que vinham apreciar um espetáculo tão edificante. Uma mulher adulta no auge de sua força física espancando uma criança pequena e desnutrida.  Não sei quanto tempo durou o espancamento, mas no final meu corpo estava todo ferido e cheio de hematomas. Mas o pior estava por vir. Fui submetida à execração pública/privada.  A família foi devidamente notificada de que eu era um monstro que furtava minha própria mãe e todos deviam se afastar.

          Os dias passaram, as feridas sararam, os hematomas desapareceram.  Morria a criança e nascia nela um porco espinho. Fiquei com medo de tudo e de todos. Quando a noite caía, uma angústia tremenda tomava conta de mim. Tinha medo de dormir e até hoje sofro de distúrbios do sono. Outra irmã que ficara como minha tutora resolveu apostar em mim, pagando com a pensão que meu pai deixou os dois melhores colégios de Timbaúba. Primeiro o Timbaubense e depois o Santa Maria. Sabe aquela vontade que dá de cometer suicídio? Nunca tive! Meti a cara nos livros e sempre fui uma das melhores alunas de minha classe. Mas não era por amor aos estudos, era por raiva. 


Aurineide e o filho Vinicius

          Terminei o curso de professora, tive uma educação de primeiro mundo com freiras alemãs, o que me facilitou passar nos vestibulares que fiz.  Primeiro Odontologia, profissão que exerci com muito amor. Depois fiz Direito na UFPE porque era uma faculdade de ricos e eu precisava me autoafirmar. Não exerci, embora tenha a carteira da OAB. Mas o medo racional e ilógico me perseguia. Fiz análise duas vezes com o melhor psiquiatra da época e não tive coragem de narrar esse fato. Até que uma anciã me falou que eu queria "luxar" e que minha mãe não podia bancar esse "luxo”.  Não me defendi, até porque ela é totalmente surda,  mas absurdamente lúcida. Alguns dias depois, passando pela Matriz, resolvi entrar e conversar com Deus. Acho que foi Ele que me fez ver que uma criança de 8 anos, no século  passado, não tinha discernimento sobre as consequências de seus atos e que já passara do tempo de me libertar. Deus me perdoou e eu também me perdoei.


Hoje, tenho uma boa reputação tanto pessoal como profissional e enfim estou livre. "Liberdade ainda que tardia". Meus lábios sorriem, um sorriso convincente, mas minha alma chora. Chora pela vida interrompida, pelos amores não vividos,  pelos amigos que não tive, pois não é fácil se relacionar com um "porco espinho". O que resta da minha vida é muito menos do que os anos que já vivi ou sobrevivi. E tudo isso por quê? Porque a criança de 8 anos (eu) queria uma boneca.
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O texto Aurineide Marques de Lima, tudo por causa de uma boneca foi postado na página Comportamento, na revista TIMBAÚBA EM FOCO, edição  de setembro/2015.

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LUTO


Timbaúba, PE, sábado, 24/10/2015 - A cidade amanheceu de luto neste sábado, 24. Enquanto dormia, faleceu o Sr. Garibaldi Maranhão, filho de  Elvira Maranhão (in memorian), autora do desenho da bandeira de Timbaúba. Casado, três filhos, funcionário aposentado do INSS, Garibaldi adorava Carnaval e era torcedor apaixonado do Santa Cruz Futebol Clube. O corpo será sepultado amanhã, domingo, às 10 horas, saindo o féretro da sua residência, localizada na Praça do Centenário, para o Cemitério de Santa Cruz. À família enlutada, as condolências de PASSARELA CULTURAL
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DEUS chamou nosso amigo Gariba para se encontrar com Sr.João e D. Elvira; na sua chegada à casa do PAI, sua mãe lhe recebeu com aquele sorriso tímido dizendo MEU SANTO, VOCÊ CHEGOU ! Seu pai deu uma risada gostosa e lhe perguntou: Trouxe o meu dicionário? 
Timbaúba perde um grande cidadão, o marido de Maria César, o pai de Saulo e dos gêmeos Diogo e Rafael, o irmão de José de Arimateia, Joel (seu irmão gêmeo) e Terezinha.
Timbaúba não será mais a mesma nos três dias de Carnaval e nos dias dos jogos do Santa Cruz e da Seleção Brasileira.
Vá em PAZ, amigo Gariba, sua alegria e humildade será sempre lembrada por todos nós! 
Ana Lygia Bezerra
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Timbaúba, PE, domingo, 25/10/2015 -    José  Garibaldi de Albuquerque Maranhão, gêmeo com Joel de Albuquerque Maranhão, filho  de João  José  de Albuquerque  e Elvira  de  Albuquerque  Maranhão, nasceu em 08/06/1947,  em Timbaúba, PE, na  Rua Marçal  Emiliano  Sobrinho, mais  conhecida  como Rua  Nova, na casa onde  hoje funciona a loja "Cuscuz  Motos". 
      Seus outros irmãos chamavam-se José  de Arimateia  e Terezinha  de Jesus. Era casado com Maria  César  da Costa  Maranhão, mãe dos seus filhos Saulo e dos gêmeos Diogo  e RafaelGaribaldi adorava  esportes e Carnaval. Estudou nos Colégios Timbaubense e Cenecista. Era funcionário público federal  aposentado do INSS.  Deixou três netos. Causa da morte: infarto fulminante. Seu corpo estava coberto  com  as bandeiras  do  Santa  Cruz Futebol Clube  e de Timbaúba.

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SESSÃO NOSTALGIA – Quando maio também era o mês das misses

Daslan Melo Lima

    

  Ainda faltava mais de um mês para a eleição da Miss Brasil 1957, mas o Brasil inteiro já corria para as bancas de revistas em busca da O Cruzeiro. Mesmo que não houvesse chamadas nas capas sobre misses, sabia-se que em suas páginas poderiam estar desfilando garotas que sonhavam com o título de Miss Brasil e com a fama que tinham Martha Rocha, Miss Bahia, vencedora de 1954; Emília Corrêa Lima, Miss Ceará, vitoriosa em 1955; e Maria José Cardoso, Miss Rio Grande do Sul, vencedora em 1956.

        Na capa da revista O Cruzeiro de 18/05/1957, ano XXIX, número 31, estava a atriz mexicana Ana Luis Peluffo, mas nada de alusão às misses, mas ao folhear a famosa publicação, os leitores encontravam duas páginas sob o título A 15 de junho, no Maracanãzinho (Rio): Noite de Long Beach , com texto de Mauro Regis e fotos de Indalécio Wanderley, Antônio Ronek, Badaró Braga e Rubens Américo.
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Detalhe: Na matéria, abaixo reproduzida, há um lapso, citando Maria José Cardoso como vencedora do Miss Brasil em 1955, quando o  correto seria 1956;  e Sandra Hervé como candidata a Miss Rio Grande do Sul em 1956, quando o certo seria 1957. No entanto, digitei  o texto tal como aparece na citada O Cruzeiro.
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Na eleição de Miss Distrito Federal, uma “avant-première” das candidatas a Miss Brasil, reproduzindo o colorido das festas de Miss Universo.

      Maria José Cardoso, em 1955, foi sucessivamente Miss Clube do Comércio, Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil. Sandra Hervé, em 1956, foi Miss Clube do Comércio, Miss Porto Alegre, e, no momento em que escrevíamos esta reportagem era uma das mais fortes candidatas a Miss Rio Grande do Sul. Ninguém se admire, portanto, se for novamente uma gaúcha a detentora do título máximo da beleza feminina nacional. Nos Pampas, o concurso promovido pelos Diários Associados conquistou, este ano, um êxito jamais alcançado, reunindo representantes dos grandes clubes e dos principais municípios. Em Minas Gerais, o sucesso não foi menor. No Estado do Rio, em São Paulo, em Pernambuco, no Ceará, em Goiás, no Brasil todo, a sociedade mobilizou-se para selecionar as suas mais belas jovens.

Na fila de cima, da esquerda para a direita, candidatas ao Miss Distrito Federal 1957: M. de Lourdes (Clube da Aeronáutica); Cléia Pietro (Associação Vila Isabel); e Shirley Velasco (Associação Portuguesa). Abaixo,  na mesma ordem, Olyani Braga (Clube Municipal); Norma Leitão (Escola de Belas Artes); e Wanilda Melo (AABB). ***** A jovem de maiô na ilustração anterior é Nelice Pereira, Miss Clube Leblon.
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Na foto maior, Sandra Hervê, Miss Porto Alegre. Na imagem menor, Maria Dorotéia Antunes Neto, Miss Juiz de Fora. 

No Distrito Federal, diretórios acadêmicos e clubes da zona norte e da zona sul aderiram entusiasticamente à mais importante promoção do ano. E, agora, o concurso de Miss Brasil 1957 aproxima-se dos seus momentos mais sensacionais. Até o fim desta semana, todas as misses estaduais serão eleitas. E, a 15 de junho, comparecerão ao Ginásio Gilberto Cardoso (Maracanãzinho), no Rio, para fazer uma “avant-première” do desfile do dia 22, no Quitandinha, em Petrópolis. Essa “avant-première” terá seu ponto alto na eleição de Miss Distrito Federal. O carioca verá, no Maracanãzinho, uma autêntica “Noite de Long Beach”.  
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       Naquele 1957, o título de Miss Distrito Federal foi conquistado por   Eloísa Oliveira de Menezes, do Clube Caiçaras, e o de Miss Brasil por Terezinha Morango, Miss Amazonas, que não apareceram na reportagem.  Sandrá Hervé foi eleita Miss Rio Grande do Sul e ficou em terceiro lugar no Miss Brasil, enquanto Maria Dorotéia Antunes, campeã em Minas Gerais, obteve o segundo. 
       Tantos anos depois, o calendário atual dos concursos de beleza mudou completamente. O Miss Brasil 2015 está agendado para o dia 19 do próximo mês, enquanto  o Miss Universo deverá acontecer no dia 20 de dezembro. Milhares de pessoas já não correm para as bancas de revistas em busca de publicações com notícias sobre misses. O Cruzeiro faz parte de um tempo que se foi, quando maio era o mês das mães, das noivas e também das misses.
    Ainda bem que temos a Internet com missólogos interagindo nas redes sociais e sites especializados com  generosas reportagens  ilustradas sobre concursos de beleza. Centenas  de jovens sonhadoras ainda  aspiram o título de Miss Brasil. Milhares de pessoas continuam apaixonadas por Misses. Por isso vivo a repetir que paixões são paixões, simplesmente paixões, não se explicam.
       
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sábado, 17 de outubro de 2015

ADEUS ÀS ILUSÕES, ADEUS. TUDO JÁ PASSOU

          

      O Cine Sesi Cultural, em sua volta ao interior de Pernambuco, esteve recentemente em Timbaúba, na praça do meu bairro, durante três noites. Foi um sucesso de público (500 pessoas sentadas) e quem foi assistir adorou o nível dos filmes. 
      Aproximei-me do local apenas na última noite, no momento em que a logomarca da 20th Century Fox apareceu na tela imensa (12 metros de comprimento por 5 metros de largura). Fiquei emocionado, tal como no dia em que assisti ao meu primeiro filme em São José da Laje, a cidadezinha alagoana onde nasci. Mas logo em seguida voltei para casa, pois sabia que seria um sonho impossível rever no telão filmes iguais aos que encantaram a primavera da minha vida. 
        Voltei para casa cantarolando em silêncio o tema de “Adeus às Ilusões”, um grande sucesso do cinema protagonizado por Richard Burton e Elizabeth Taylor. “ ... À sombra do sorriso teu, fiquei, / até que um dia mau me despertou. / Adeus às ilusões, adeus, / tudo já passou, morreu, / guardo na lembrança o amor, / do sorriso teu.” – Daslan Melo Lima.

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REFLEXÃO
"Nunca é cedo para uma gentileza, porque nunca se sabe quando poderá ser tarde demais. " Ralph Waldo Emerson  (1803-1882 ), poeta americano.

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

CORREIO DE NOTÍCIAS




Já está circulando a nova edição do jornal CORREIO  DE NOTÍCIAS, trazendo em destaque as matérias abaixo. A versão online da publicação poderá ser conferida neste link http://www.jcnoticias.net/edicao/atual/caderno_a.htm

Paulo Dutra na EREMJJA, dialogando com os estudantes;
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Bruno Caetano, campeão de Jiu Jitsu: disciplina e humildade são fundamentais;
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Eleição do Conselho Tutelar foi bastante concorrida em Timbaúba;
Ivelise, um fato em foco;
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Rua Dr. Alcebíades, a via pública central de Timbaúba;
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Guadalupe, o amor timbaubense do inesquecível Dominguinhos;
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E mais... Muito mais....

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SESSÃO NOSTALGIA – O primeiro concurso de beleza negra do Brasil

Daslan Melo Lima

      Era maio de 1957. Em cinco páginas, a revista O Cruzeiro (Ano XXIX, nº 31, Rio de Janeiro, 18/05/1957) com texto de Neil Ferreira e fotos de George Torok, dava destaque ao concurso de beleza Pérola Negra, realizado nos salões do Teatro Municipal de Campinas.  
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Pérola Negra
 
O vice-governador de São Paulo, General Porfírio da Paz, coloca a faixa simbólica em Marcília Gama, a “Pérola Negra de Campinas".

         
Pela primeira vez no Brasil, a sociedade negra de uma cidade realizou um baile de gala e escolheu a sua rainha no ambiente suntuoso de um Teatro Municipal, congraçando-se numa festa que alcançou o mais amplo sucesso. Foi em Campinas (no Estado de São Paulo) que o jornal Diário do Povo resolveu concretizar um dos velhos sonhos da numerosa família negra, organizando e levando a efeito o concurso que escolheria a “Pérola Negra de Campinas”. A vencedora seria a jovem de cor que reunisse maiores predicados em elegância, graça, beleza, cultura e simpatia, e seria apontada num baile cuja renda reverteria em benefício do Posto de Puericultura Beatriz Helena e Corporação Musical dos Homens de Cor. Bastou que a ideia fosse anunciada para receber o integral apoio da Associação Cultural dos Negros do Estado de São Paulo e, imediatamente, vinte jovens foram inscritas. Escolheu-se, então, um júri que, durante um coquetel no Lo Schiavo (um dos lugares mais finos da cidade), levando em conta a formação moral e o grau intelectual, deveria selecionar nove entre as vinte concorrentes. Apontadas as nove semifinalistas, procedeu-se à eleição pública que apontaria as cinco finalistas. Durante três meses enorme movimento marcou o concurso e o baile final era esperado com grande expectativa.


Uma semana antes do baile, esgotaram-se as lantejoulas e os enfeites, nas lojas de Campinas. **** Elas chegavam elegantes e “coquettes”. Eles abriam alas.  ***** Pérola Negra em vestido branco. Marcília faz jus ao título.

À medida que os resultados iam aparecendo, delineando as posições, verdadeiras torcidas das candidatas procuravam angariar votos para as suas preferidas. Quando ia se aproximando a data do baile, foram confeccionados convites que se esgotaram em tempo quase recorde, prevendo grande afluência de púbico para a grande noite. Foi aí que surgiu o problema. Onde realizar o bale? A sociedade negra de Campinas não possui salão de festas e, dada a grande procura de ingressos, somente um local bastante amplo serviria. O Tênis Clube não poderia ceder o seu local porque já havia marcado o baile da “Glamour Girl”. A única solução seria o velho e austero Teatro Municipal. Mas esse teatro já possuía uma tradição bastante antiga. Ali havia somente um baile por ano. Era a apresentação das debutantes da Sociedade Hípica, nada mais nada menos do que a fina flor da sociedade da terra.
     A sociedade apelou para o prefeito e este cedeu, excepcionalmente, o Teatro. A sociedade rejubilou-se com a concessão: faria o seu baile e fecharia a época social do vetusto casarão da terra de Carlos Gomes. O concurso tomou novo impulso e pessoas de São Paulo, Rio, Americana, São Carlos, Franca e representantes da sociedade de cor de todas as cidades vizinhas reservaram seus ingressos, prepararam os vestidos e “smokings” para a grande noite.     

     Em conversa com três comerciantes, o repórter ficou sabendo que, na semana que antecedeu  o baile, o estoque de lantejoulas e demais enfeites para vestidos esgotou-se completamente da praça. Mas enquanto estes preparativos eram feitos, surgiu um problema. O tablado montado para as festas do Municipal era de propriedade da Sociedade Hípica. A solução seria aluga-lo. A proposta dos promotores do concurso “Pérola Negra de Campinas” foi estudada pelos diretores da Sociedade Hípica e aprovada por um voto de diferença. O tablado seria cedido por Cr$ 80.000,00. Houve quem discordasse e alguns diretores renunciaram aos cargos. Mas encontrou-se uma forma conciliatória, a paz voltou a reinar na Hípica e o tablado foi alugado. Decoradores foram postos em ação, concederam-se férias aos cenários de Rigoletto e quejandos e uma orquestra foi contratada. Tudo pronto, chegou o dia D.

Ela chegou cedo. Olhou para tudo, fez um ar de aprovação, e iniciou-se a festa.
      Desde as nove horas da noite começou a afluir gente à porta do Teatro, aguardando o momento em que entrariam as candidatas. E aqueles lustres, que há cinquenta anos iluminam o que há de mais fino na sociedade campineira, não foram decepcionados.  Iluminaram também desta vez  “smokings” do mais puro corte inglês, modelos de Dior, Fath e Givenchy e “visons” legítimos. As candidatas chegaram, o júri presidido pelo vice-governador Porfírio da Paz e composto por dez elementos (com representantes da Associação Cultural dos Negros do Estado de São Paulo e da Difusão Cultural da Prefeitura) tomou assento à mesa enquanto a a orquestra gemia um “blue”. O salão repleto, com os assistentes aplaudindo as concorrentes.    
        Após longos debates, o júri chegou a uma definição. Apontou a Srta. Marcília Gama a “Peróla Negra de Campinas”. A faixa simbólica e a clássica valsa ficaram a cargo do vice-governador. O sucesso da festa animou os seus organizadores, que irão agora construir a sede da sociedade negra e inaugurá-la com o baile das Debutantes, semelhantes ao que se realiza anualmente no Hotel dos Presidentes dos Estados Unidos, e único no gênero na América do Sul.
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     Uma pena que a revista não mostre imagens de todas as concorrentes, por isso vamos concluir que a legenda que O Cruzeiro deu a esta foto tinha razão: Pérola Negra em vestido branco. Marcília faz jus ao título.   

     Depois daquele maio de 1957, Vera Lúcia Couto Santos, Miss Guanabara, 
vice-Miss Brasil, conquistou o terceiro lugar no  Miss Beleza Internacional 1964; Deise Nunes, Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, foi semifinalista no Miss Universo 1986; e Janelle Penny Commissiong, Miss Trinidad-Tobago,  foi eleita Miss Universo 1977. Eu poderia acrescentar  aqui que essas misses tinham algo em comum com Marcília Gama, "Pérola Negra de Campinas 1957",  eram de cor, ou mulatas, ou negras, ou afrodescendentes. Ora, todos nós somos integrantes da raça humana, com sua diversidade fantástica.
Finalizando, cito o dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616), neste sábado, 17 de outubro de 2015,  onde celebro idade nova, embora todo dia, com a graça de Deus,  seja dia de celebrar a vida:  “Se outro nome tivesse a rosa, deixaria ela de ser perfumada?"

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sábado, 10 de outubro de 2015

FELIZ DIA DA CRIANÇA, QUALQUER QUE SEJA A SUA IDADE


ADULTO FELIZ -  Ao término da minha atividade física (Treinamento Funcional) de quinta-feira, 08, na AABB, senti uma compulsão para ser fotografado diante de um painel produzido para uma festa da garotada, a um passo do Dia da Criança. 
Cronologicamente falando havia apenas um menino na turma, o filho de um colega. No entanto, espiritualmente falando, havia mais de um, quiçá a turma toda.
Não pergunte ao homem que sou se tive uma infância feliz. Pergunte ao menino introvertido que um dia eu fui. Ele dirá que, após ter passado por tantos outubros não vividos, acredita que hoje é um adulto feliz. 
– Daslan Melo Lima


Aplausos para os professores Theo Henrique (de blusa verde, na extrema esquerda, na fila de trás) e Ezequias Lima Kiko Maciel (terceiro da esquerda para a direita, na fila da frente), pela paciência com a "creche".

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EM NOME DE DUAS MAJESTADES




A timbaubense Maria da Glória Ferreira de Araújo, dona Glorinha,viúva de Joel Monteiro de Araújo, mãe de Antonio (in memorian), Joel, Tranquelino, Teotônio, Ana Glória e Carlos Eduardo, trás no semblante as marcas de 90 anos de caminhada no Planeta Terra, a completar nesta terça-feira, 13.


Um pouco da menina  que um dia posou para uma fotografia em preto e branco existe na sua bisneta Sofia, cujo aniversário de cinco meses de vida foi celebrado no dia 03.
Glorinha e Sofia, duas majestades. Rainha Maria da Glória, uma estrada longa percorrida. Princesa Sofia, uma estrada longa a percorrer. 
Em nome dessas duas majestades, PASSARELA CULTURAL deseja Feliz Dia da Criança a você, leitor, leitora, qualquer que seja a sua idade.

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