sábado, 28 de novembro de 2015

" QUANTAS LÁGRIMAS DISFARÇAMOS SEM BERRO ? "

       O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) jamais imaginaria que o seu poema “Lira Itabirana” seria profético. O rompimento das barragens da empresa Vale-Samacro, em Minas Gerais, é uma tragédia sem precedentes na história do meio ambiente brasileiro. O quadro é sombrio e pode resultar no fim do Rio Doce.  
      Quantas lágrimas disfarçamos sem berro? Nem o vento sabe a resposta.



O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.

Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!

A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.

Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro? 



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"Só há felicidade se não exigirmos nada do amanhã e aceitarmos do hoje, com gratidão, o que nos trouxer. A hora mágica chega sempre."
- Herman Hesse (1877-1962), escritor alemão naturalizado suiço.

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Um comentário:

  1. O descaso do Governo...Samarco envolvida com propina,lama como sustentáculo...é Brasil.Ninguém vai trazer de volta,as vidas que a ganância tirou.O rio é doce,o brasileiro egoísta o tornou amargo.Abraços,Jap

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