sábado, 11 de novembro de 2017

MEMÓRIAS DE SÃO JOSÉ DA LAJE - Onde eu nasci passa um rio


O RIO DA MINHA TERRA 

      “Onde eu nasci passa um rio, que passa no igual sem fim. / Igual, sem fim, minha terra passava dentro de mim." Assim começa "Onde eu nasci passa um rio", música do Caetano Veloso. “Passava como se o tempo nada pudesse mudar. / Passava como se o rio não desaguasse no mar.”
        Durante minha infância vivida às margens do rio Canhoto, eu não me dava conta que aprendia sábias e eternas lições. ”O rio deságua no mar. / Já tanta coisa aprendi. / Mas o que é mais meu cantar / é isso que eu canto aqui.” Vê-lo caudaloso ou tímido, mas determinado em sua eterna caminhada para o mar, foi a maior lição de perseverança que aprendi.
      "Hoje eu sei que o mundo é grande / e o mar de ondas se faz. / Mas nasceu junto com o rio, / o canto que eu canto mais. / O rio só chega no mar / depois de andar pelo chão. / O rio da minha terra / deságua em meu coração. ”
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– Daslan Melo Lima, janeiro de 2017, em São José da Laje, Alagoas.
Maria Bethânia canta "Onde eu nasci passa um rio", https://www.youtube.com/watch?v=mfwsJ8PxJFw
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ATRASADO PARA O BANHO


           E agora que não há pai, mãe e avô, proibindo o garoto que fui a tomar banho no rio Canhoto, o cenário espalha desgosto. 
         Um fio tímido d'água segue para o mar sobre um leito de pedras carente de peixes e meninos travessos. 
         Cheguei atrasado para tomar banho.
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 - Daslan Melo Lima, janeiro de 2017, em São José da Laje, Alagoas.

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