O RIO DA MINHA TERRA
“Onde eu nasci passa
um rio, que passa no igual sem fim. / Igual, sem fim, minha terra passava
dentro de mim." Assim começa "Onde eu nasci passa
um rio", música do Caetano Veloso. “Passava como se o tempo nada pudesse mudar. / Passava como se o rio não
desaguasse no mar.”
Durante minha infância vivida às
margens do rio Canhoto, eu não me dava conta que aprendia sábias e eternas
lições. ”O rio deságua no mar. / Já tanta
coisa aprendi. / Mas o que é mais meu cantar / é isso que eu canto aqui.” Vê-lo caudaloso ou tímido, mas
determinado em sua eterna caminhada para o mar, foi a maior lição de
perseverança que aprendi.
"Hoje eu sei que o mundo é grande / e
o mar de ondas se faz. / Mas nasceu junto com o rio, / o canto que eu canto mais.
/ O rio só chega no mar / depois de andar pelo chão. / O rio da minha terra / deságua em meu coração. ”
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– Daslan Melo Lima,
janeiro de 2017, em São José da Laje, Alagoas.
Maria Bethânia canta "Onde eu nasci passa um rio", https://www.youtube.com/watch?v=mfwsJ8PxJFw
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ATRASADO PARA O BANHO
E
agora que não há pai, mãe e avô, proibindo o garoto que fui a tomar banho no
rio Canhoto, o cenário espalha desgosto.
Um fio tímido d'água segue para o mar
sobre um leito de pedras carente de peixes e meninos travessos.
Cheguei
atrasado para tomar banho.
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- Daslan Melo Lima, janeiro de 2017, em São José da
Laje, Alagoas.
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