>>>>> O namorado viúvo tinha dez filhos, mas
o amor falou mais alto e hoje ela conta o que a vida lhe ensinou.
A vida de Célia daria um musical no
estilo de “A Noviça Rebelde”, filme inesquecível dos anos sessenta, com Julie
Andrews no papel principal. Na tela, uma noviça deixa de lado a vida religiosa
e casa com um milionário viúvo, pai de sete filhos. Com Maria Célia Cavalcanti de Araújo, a
história foi parecida. Muito católica, devota de Mãe Rainha, Célia casou aos 21
anos com Severino Hybernon de Mello Cavalcanti, de São Vicente Férrer, trinta e
seis anos mais velho do que ela, pai de dez filhos: Joaquim Francisco, Tereza
de Jesus, Emília Lenita, Mariza, Romildo, Tamara, Maria Emília, Marcelo,
Marília e Clélia. Embora cinco já fossem casados, outros cinco eram solteiros e
a enteada Clélia era uma adolescente de dezesseis anos de idade. A convivência
foi muito pacífica. “Meus enteados foram
meus grandes amigos”, confessa emocionada. Da sua união com Severino Hybernon,
falecido em 1980, nasceram Morgana Célia, Trícia Célia, Severino Hybernon e
Juscelino Hybernon. Ainda teve Flávio, falecido antes de completar dois anos. Os
frutos da sua união de catorze anos já lhe deram dez netos e dois bisnetos.
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Severino Hybernon de Mello Cavalcanti e Maria Célia Cavalcanti de Araújo
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Nascida em Limoeiro, PE, em
06/06/1945, Célia veio morar em Timbaúba após o casamento. Quarta filha de uma
prole de seis, foi criada com muita disciplina. Extrovertida, gostava de voleibol
e estudou nos educandários Regina Coeli, Ginásio de Limoeiro e Escola Santa
Maria. Formou-se em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade de
Pernambuco.
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Pingue-pongue com Célia
de Hybernon
Cantor: Roberto Carlos.
Programa de TV: Sílvio Santos.
Comida: Culinária nordestina.
Bebida: Uma caninha.
Motivo de orgulho:
Minhas duas filhas e meus dois filhos.
Passatempo: Jogar carteado e dominó
com meus familiares e amigos.
Uma música: “Mãe, um pedaço do céu”, na voz de Leonardo Sullivan, e “Sonda-me”.
Estilo: Roupa preta.
Cidade
dos seus sonhos: Gramado.
Uma
paixão: Carnaval.
Um frevo: “Último Regresso”, de Getúlio Cavalcanti.
Viver é... Uma dádiva de Deus.
O que a vida lhe
ensinou: A amar, perdoar e conviver. Deus
é o centro de tudo.
Célia, que produz com muita habilidade
trabalhos em crochê e bordados, ao encerrar nossa entrevista, concluiu: ”Daslan, eu começaria tudo outra vez, se
preciso fosse.” A tarde caía às margens do Rio Capibaribe-Mirim. Tive a
impressão de ouvir Gonzaguinha ajudando nossa entrevistada a cantar, como na
sua canção: “A chama em meu peito / Ainda
queima, saiba / Nada foi em vão. ”
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Por Daslan Melo Lima
Página de COMPORTAMENTO da revista TIMBAÚBA EM FOCO, maio/2018, Edição 84
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ResponderExcluirMorei em Timbaúba na década de 1990 e conheci dona Célia. Gente muito boa.
Parabéns pela matéria!
Maria Anunciada (de Caruaru-PE)
Estudamos juntas no Colégio Santa Maria, terminamos o magistério em 1973
ResponderExcluir.Maria do Carmo irma dela também terminou junto conosco. Célia sempre foi assim, não mudou nada! Parabéns amiga.
Essa prima é nota 1.000 sempre foi familia presente. Para ela eu tiro meu chapéu quantas vezes for necessario.
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