>>>>>>>>>> Os escravos e os trabalhadores pobres da região já consideravam Feliciana Moraes Corrêa, Chaninha, uma santa em vida
Próximo aos limites que separam os
municípios de Goiana e Condado está localizado um antigo engenho denominado
Miranda, hoje cortado pela rodovia PE 62. É um local que deve ser visitado para aulas sobre a história regional. Do outro lado da rodagem está a
imponente capela dedicada à Senhora Sant’Ana. Desde o século XIX o engenho
pertence à família Corrêa. As pessoas
que atualmente frequentam a capela do antigo Engenho Miranda viajam de várias
cidades de Pernambuco e da Paraíba. Elas chegam para agradecer a interseção de
Feliciana Moraes Corrêa teria realizado junto a Deus. Elas vêm agradecer a
Chaninha, nome carinhoso que recebeu ainda em vida, antes de morrer em 1877,
aos 15 anos de idade. Pelo que se sabe é que teria morrido de febre tifoide,
doença tropical muito comum naqueles anos.
Nascida em Timbaúba, no Engenho Pindoba,
passou a infância no Engenho Merepes e, vitimada pelo tifo, foi morar no
Engenho Miranda para curar da doença, uma vez que seu tio Ludovico Corrêa era
médico. Evidente que se sabe pouco de Chaninha e a tradição conta que, em vida,
ela era preocupada com o sofrimento dos escravos da família e com os moradores
do engenho. Dizem que ela cuidava das feridas dos escravos surrados e que
distribuía, escondido, alimentos para os filhos dos moradores. Por isso, ainda
viva a chamavam de Santinha. Seus pais teriam proibido Chaninha de ajudar os
escravos e isso teria feito ela sofrer de uma febre alta. Quando ela ficou
doente, dizem, uma tristeza tomou conta dos moradores e dos escravos do
engenho. Seu corpo foi enterrado no piso da capela. Logo seus amigos, escravos
e não escravos passaram a ter uma apreciação particular no local de sua
sepultura, ali acendendo velas.
Alguns anos após a sua morte, em 1906,
quando foram retirar os restos mortais descobriram que seu corpo estava
intacto. A fama de que havia uma santa na região correu. Nos anos de 1940,
abriram seu túmulo e, mais uma vez viram o seu corpo intacto. Entretanto a
Igreja jamais reconheceu a santidade de Chaninha. Desde que, cumprindo uma
promessa José Machado Corrêa fez a restauração da Capela de Sant’Ana,
agradecendo a graça obtida pela intercessão de Chaninha, tem aumentado o número
de pessoas que para lá se dirigem.
As missas na capela acontecem nos segundos
e últimos domingos do mês, às 09 horas. Perto do altar lateral mostrando Chaninha
fazendo sua primeira comunhão há um recanto onde são vendidos livretos e
cordéis sobre sua biografia.
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Fotos: DML/Passarela Cultural
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ResponderExcluirComentário de Rosário Dutra de Morais, via e-mail
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Fiquei feliz e maravilhada com seu relato sobre Chaninha, nossa santinha que não está nos altares mas em nossos corações! Com certeza ela agradecida, vai interceder por você! Parabéns Daslan Melo.