segunda-feira, 8 de abril de 2019

Timbaúba, 140 anos, “aureolada de luz sobre-humana”

>>>>> No seu aniversário de Emancipação Política, 08 de abril, Timbaúba encanta a todos que seus encantos cantam


“Salve ó terra dos morros querida / Tu que brilhas, heril, soberana / De teus filhos mostrando a grandeza / Aureolada de luz sobre-humana! ”
O belo Hino de Timbaúba, letra e música de José Pedro Damião Irmão, o Zito Damião (1934-1973), ao falar de sobre-humana (aquilo que ultrapassa os limites impostos pela natureza humana) não está exagerando. Cento e quarenta anos não são cento e quarenta dias. Uma cidade tem alma, e ri, e chora. É feita de gente, por isso as pessoas de fé cantam:
“Timbaúba altaneira /   És formosa e varonil / Segue à frente, terra amada / para a glória do Brasil! ”

           Se o rio Capibaribe-Mirim sente saudade de suas águas outrora límpidas, românticos e sonhadores não desanimam e cantam: 
“Tuas pontes teu rio perene / Dos teus montes a doce verdura / Nos transfundem nas almas serenas / Todo o encanto e fulgor da natura! ”

        Se os fantasmas do Cine Teatro Recreios Benjamin imploram por sua restauração, anjos invisíveis não desanimam e cantam: 
“Sob o pálio de Deus, protetor / Deslumbrando, com luzes e glória / És, nas lides ideias da cultura, / Timbaúba, um cantar de vitória.”

       E se alguém, desiludido pelos sonhos não realizados, tenta esmorecer, outro alguém, confiante no amanhã, canta:
“ Nobre gleba, onde o povo não teme / Qualquer luta que se lhe apresente, / Da nobreza és escudo bem forte, / consagrado ao amor, permanente! ”

         Parabéns, Timbaúba, 140 anos, “aureolada de luz sobre-humana.
--------
Hino de Timbaúba,
 https://www.youtube.com/watch?v=RArKIMN8LUs


----------

POR UMA PRINCESA


Uma cidade é feita de gente, por isso tem alma, e ri, e chora. Timbaúba, a "Princesa Serrana", minha pernambucana terra adotiva, celebra 140 anos de Emancipação Política encantando a todos que seus encantos cantam. 




          Entre as colunas de ferro do monumento erigido em homenagem a José Bonifácio de Andrada e Silva, inaugurado no dia 07/09/1922, centenário da Independência do Brasil, faço pausa para uma foto e busco ouvir a melhor música: a do silêncio. Por uma princesa.

----------
PELAS PEDRAS DO CAPIBARIBE-MIRIM



O que faz uma pessoa ser considerada nativa de um lugar? Ter nascido no torrão onde vive ou se apegar à terra que o destino a adotou? Cheguei aqui para trabalhar no BNB, Banco do Nordeste do Brasil, e fui ficando na cidade que lembra a alagoana São José da Laje, onde nasci. 
          Há uma relação mistica e mágica entre minha terra natal, a "Princesa das Fronteiras", e Timbaúba, a "Princesa Serrana", minha pernambucana terra adotiva. Dois ícones lajenses nasceram aqui e seus corpos físicos lá repousam: o industrial Coronel Carlos Lyra, fundador da Usina Serra Grande, e o poeta João Pinheiro de Andrade Lyra.
        E enquanto o tempo passa, com o coração dividido entre duas "princesas", juro que as pedras do Capibaribe-Mirim escutam minhas ilusões e desilusões, tal como me ouviam no passado as pedras do rio Canhoto. 
------------
LUZ SOBRE-HUMANA


"Salve oh terra dos morros querida, / Tu que brilhas heril, soberana / Dos teus filhos mostrando a grandeza / Aureolada de luz sobre-humana."  Enquanto faço uma pausa na minha caminhada matinal, a fim de fotografar o cenário, começa a tocar o Hino de Timbaúba.
        Impressão de que as casinhas do Alto do Cruzeiro, as nuvens e a borboleta que baila entre as flores aplaudem o hino da minha pernambucana terra adotiva.
     Sou parte do cenário e, por alguns instantes, sinto-me maestro de um concerto invisível, enaltecendo os encantos de Timbaúba, aureolada de luz sobre-humana.

-----------
Textos de Daslan Melo Lima
Imagem da primeira crônica: copiada do Facebook de Jorge do Pitako.
Demais imagens: Melo Lima/Passarela Cultural 

Um comentário:

  1. Não sabia da existência desse monumento em comemoração ao centenário da Independência... Onde fica? William Duarte

    ResponderExcluir