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Timbaúba começou em Mocós ou
em Nova Cintra? Talvez melhor dizer que houve um embrião e um berço.
NOVA
CINTRA, O EMBRIÃO
Por volta de 1750, começaram a fixar-se
nestas terras do atual engenho Nova Cintra, os primeiros colonizadores. Desse
núcleo inicial não se tem referências dos pioneiros, tão pouco o itinerário
utilizado para atingir a região, podem ter vindo de Tejucupapo/Olinda, como do
então núcleo habitacional de Igarassu. Das terras do engenho, o povoado
expandiu-se na direção das terras da atual Vila de Cruangi, mas com a criação
do município de Timbaúba (1879), passando, portanto, o povoado e a região a constituir-se
apenas no segundo distrito. Já, no início do século 20, seus habitantes vendo
que as perspectivas de desenvolvimento doravante estavam definitivamente
sepultadas, procuraram a sede do município ou outras plagas.
Os efeitos do êxodo não tardaram a aparecer,
as casas que estavam nas terras do engenho, ao ficarem desabitadas, foram aos
poucos demolidas, resultando consequentemente na redução gradativa da vila até
as dimensões atuais, como demonstram os dados do primeiro censo realizado no
Brasil (1890) e o ultimo (1991). Em 1890, Cruangi possuía 18.736 habitantes e
atualmente apenas a metade: 9.230.
MOCÓS, O BERÇO
Não havendo mais dúvidas
de que o primeiro núcleo habitacional do município foi Nova Cintra/Cruangi e, sabendo-se
que o homem por necessidade básica habita próximo a mananciais, à margem direita
do rio Capibaribe-Mirim, surge Mocós. Historicamente não se sabe a origem dos
primeirós habitantes, nas tudo leva a crer que vieram de Cruangi, pois Mocós é
posterior à vila de Cruangi, já que a primeira referência que se tem notícia
data de 1821, na revolução Goianense.
Uma das versões aceitas para o topônimo
do arruado é de que: circundando este núcleo populacional havia capinzais de
porte elevado onde se multiplicavam em grande quantidade ratos do mato ou
coelhos do mato, conhecidos popularmente por mocó ou mocós. Tinha a população,
como meio de subsistência, os citados mamíferos, pois ateavam fogo no capinzal
e assim os caçavam em grande quantidade. A outra versão é a de existir inúmeros
grupos em várias regiões do Brasil também denominados de mocos, não
constitui-se portanto privilégio do arruado. Designam todos aqueles que roubam
as lavouras, tal qual os coelhos do mato, ratos do mato e demais animais
silvestres.
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Fonte: Timbaúba Ontem e Hoje – Volume I,
Lusivan Suna, Edição do Autor-1992.
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