domingo, 26 de maio de 2019

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - João Cunha, um nome para a história da música timbaubense


>>>>> Ele partiu no dia 28 de abril, deixando seu Piston, saudade e um legado precioso



         José Firmino da Silva, timbaubense nascido no dia 12 de agosto de 1932, herdou o apelido “João Cunha”  de João Trajano Cunha, oficial da Polícia Militar, seu ex-mestre em música e na arte de sapateiro. Foi aluno do célebre regente Amaro Jorge, de 1943 a 1946. Era casado com Cremilda Francisca da Silva, mãe dos seus cinco filhos: Maria José (falecida), José Eraldo, Maria Cristina, José Efigênio e Cristiane Maria. João Cunha nunca fumou e nunca ingeriu nenhuma bebida alcoólica.  Chegou a morar vinte anos no Rio de Janeiro e tocou na Banda Comercial de Petrópolis.
     Em depoimento à TIMBAÚBA EM FOCO, sua filha Cristiane Maria, professora, disse:  “Meu pai era um homem vaidoso. Adorava samba e carnaval. Era um homem moderno, acompanhava a evolução do tempo. Tinha um espírito muito jovem. Curtia as músicas de Maurício Reis, Bezerra da Silva, Nelson Gonçalves e Ângela Maria. Amava tocar hinos esportivos e popularizou o hino da Escola Municipal Dr. Antônio Galvão Cavalcante (Ginásio Municipal).  Gostava muito de andar de bicicleta, só parando depois que passou a sofrer de labirintite. Vermelha era sua cor favorita. Torcia pelo Sport Club do Recife e Fluminense Futebol Clube. Jogou muito nas peladas dos bairros de Timbaúba. Acordava as quatro horas da manhã para jogar bola em Catucá e Limoeirinho. Morava na rua da Mangueira e viveu a maior parte da sua vida na Travessa do Índio. Humilde, não gostava de se envolver em política- partidária, mas fazia questão de exercer a cidadania. Perdeu a batalha para um câncer de próstata, doença diagnosticada em 29 de abril do ano passado.”
   Em sua página no Facebook, a Sociedade de Cultura e Musical 1º de Novembro, a popular Pé de Cará, onde o corpo foi velado, assim se manifestou: “ ... Ele sempre inspirou e inspira até hoje cada músico e aluno a chegar na idade que chegou servindo à 1° de novembro e à música. O Sr. Cunha falava a todos de seus feitos (...)  e alegrava cada companheiro de banda tocando as suas interpretações de Na Glória e Piston de Gafieira, que, de certa forma, ficarão sempre associadas em nossas memórias a ele. Um exemplo para nós como músico dedicado e motivador...  Deixou na Santa Cruzada um exemplo melhor de ideal e está na história! ”
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Agradecimento: professora Cristiane Maria.  ***** Referências para pesquisa no Google: 1) Sr. Cunha - trompete - Banda Pé de Cará, Timbaúba/PE *** 2) Hino da Escola Dr. Antônio G. Cavalcanti.
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Matéria publicada na página de História da revista TIMBAÚBA EM FOCO, Abril/2019, Edição 96.

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