>>>>> Ele partiu no dia 28 de abril, deixando
seu Piston, saudade e um legado precioso
José Firmino da Silva, timbaubense
nascido no dia 12 de agosto de 1932, herdou o apelido “João Cunha” de João Trajano Cunha, oficial da Polícia
Militar, seu ex-mestre em música e na arte de sapateiro. Foi aluno do célebre regente
Amaro Jorge, de 1943 a 1946. Era casado com Cremilda Francisca da Silva, mãe
dos seus cinco filhos: Maria José (falecida), José Eraldo, Maria Cristina, José
Efigênio e Cristiane Maria. João Cunha nunca fumou e nunca ingeriu nenhuma
bebida alcoólica. Chegou a morar vinte
anos no Rio de Janeiro e tocou na Banda Comercial de Petrópolis.
Em depoimento à TIMBAÚBA EM FOCO, sua filha
Cristiane Maria, professora, disse: “Meu pai era um homem vaidoso. Adorava samba e
carnaval. Era um homem moderno, acompanhava a evolução do tempo. Tinha um
espírito muito jovem. Curtia as músicas de Maurício Reis, Bezerra da Silva, Nelson
Gonçalves e Ângela Maria. Amava tocar hinos esportivos e popularizou o hino da
Escola Municipal Dr. Antônio Galvão Cavalcante (Ginásio Municipal). Gostava muito de andar de bicicleta, só
parando depois que passou a sofrer de labirintite. Vermelha era sua cor
favorita. Torcia pelo Sport Club do Recife e Fluminense Futebol Clube. Jogou
muito nas peladas dos bairros de Timbaúba. Acordava as quatro horas da manhã
para jogar bola em Catucá e Limoeirinho. Morava na rua da Mangueira e viveu a maior
parte da sua vida na Travessa do Índio. Humilde, não gostava de se envolver em política-
partidária, mas fazia questão de exercer a cidadania. Perdeu a batalha para um
câncer de próstata, doença diagnosticada em 29 de abril do ano passado.”
Em sua página no Facebook, a Sociedade de Cultura e Musical 1º de
Novembro, a popular Pé de Cará, onde o corpo foi velado, assim se manifestou: “ ... Ele sempre inspirou e inspira até
hoje cada músico e aluno a chegar na idade que chegou servindo à 1° de novembro
e à música. O Sr. Cunha falava a todos de seus feitos (...) e alegrava cada companheiro de banda tocando
as suas interpretações de Na Glória e Piston de Gafieira, que, de certa forma,
ficarão sempre associadas em nossas memórias a ele. Um exemplo para nós como músico
dedicado e motivador... Deixou na Santa
Cruzada um exemplo melhor de ideal e está na história! ”
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Agradecimento: professora
Cristiane Maria. ***** Referências para
pesquisa no Google: 1) Sr. Cunha - trompete - Banda Pé de Cará, Timbaúba/PE ***
2) Hino da Escola Dr. Antônio G. Cavalcanti.
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Matéria publicada na página de História da revista TIMBAÚBA EM FOCO, Abril/2019, Edição 96.
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