Daslan Melo Lima
O destino brinca a todo momento com as vidas das pessoas, gerando as mais diversas emoções e sentimentos. Numa dessas brincadeiras, ele fez de Timbaúba o capítulo final de uma bela história de amor.
Antônio José de Melo, pernambucano de Caueiras, Aliança, nasceu em 26/01/1949. Maria das Graças Virgínio de Melo, paraibana de Patos, nasceu em 09/04/1953. Das suas regiões de origem, sem que nenhum conhecesse o outro, migraram muito jovens para São Paulo e foram trabalhar na mesma empresa. Amor à primeira vista. Poderiam ter ficado por lá, mas seus valores eram outros e retornaram para o nordeste a fim de se tornaram marido e mulher, diante de Deus e dos homens. O casamento foi na catedral de Patos e tempo depois o casal optou fixar residência em Timbaúba.
Nem sempre a luta pela sobrevivência foi tranquila, inclusive com noites mal dormidas fabricando bolinhos que eram comercializados nas feiras livres e mercadinhos da região. Apesar dos sacrifícios, todos os filhos foram educados em escola particular, Marcelo (superintendente do IBGE no Maranhão), Alexandre (corretor de imóveis e cantor), Pedro Antônio (empresário) e Priscilla (concluinte do ensino médio).
Católico fervoroso, Antônio foi um dos fundadores da Pastoral Familiar em Timbaúba e adorava as manifestações culturais populares como caboclinhos e emboladores de coco. Ele faleceu no dia 27/10, vítima de complicações de saúde provenientes de diabetes. Para Maria das Graças, sua eterna namorada, a maior característica da personalidade do esposo era o romantismo. “Minha vida foi maravilhosa ao seu lado. Ele adorava músicas românticas e costumava dizer o seguinte: Roberto Carlos faz música para nós dois. Quem não gosta de Roberto Carlos não sabe o que é o amor.", confessa ela emocionada citando nomes de canções que fizeram parte da trilha sonora da vida do casal.
Maria das Graças destaca a música de Roberto Carlos que seu amado mais gostava, "Na paz do seu sorriso / meus sonhos realizo / e te beijo feliz. / E na ânsia mais louca, / no céu da sua boca, / no alto as estrelas me dizem, / meu bem, / que a vida é isso...”
O sorriso doce de D. Maria das Graças deu-me a certeza de que o destino quando quer sabe construir histórias de amor tão lindas como a que ela viveu ao lado do Sr. Antônio José de Melo.
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