sábado, 28 de dezembro de 2013

RECEITA DE ANO NOVO - "É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

_______Receita de Ano Novo, poema de Carlos Drummond de Andrade.

O TEMPO PASSA

Daslan Melo Lima

        No especial de Natal do Roberto Carlos, ele declamou o poema “O Tempo Passa? Não Passa”, de Carlos Drummond de Andrade, que começa assim:

. “O tempo passa? Não passa / no abismo do coração. /Lá dentro, perdura a graça / do amor, florindo em canção...” 

     Todos os anos, assisto ao especial do Roberto Carlos na ilusão de que verei uma edição do programa “Jovem Guarda”, com todos aqueles ídolos da minha adolescência, alegres, joviais.... Pura ilusão, bem sei. 

     Diante de um painel que montei na minha adolescência, repleto de imagens dos ídolos da Jovem Guarda, as minhas recordações perguntam com ironia: “O tempo passa?” Fecho os olhos, discordo de Drummond e grito em silêncio: PASSA! 

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PAUSAS NA PASSARELA

PASSARELA ANIMAL - A CADELA DO PRESÉPIO
      
Cadela e seus filhotes estão abrigados atrás do berço do menino Jesus. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

      Um presépio montado na entrada da Igreja de Santa Elizabeth Regina, em Paulista, região metropolitana do Recife, virou o centro das atenções na cidade depois que uma cadela pariu seus filhotes atrás da manjedoura, entre as imagens de Maria e José. A fêmea e seus sete cachorrinhos, que nasceram em plena véspera de Natal, agora passam o dia todo sendo fotografados pelos visitantes. “Isso é uma coisa divina. Justamente na época do Natal ela escolhe esse local para ter os seus filhos. É uma coisa linda. Estava passando por aqui agora e parei para olhar”, contou a coordenadora Cláudia Maria Alves, 35 anos. Maria Angélica dos Santos, 31, foi visitar o presépio por três dias seguidos. Ontem, ela levou os dois filhos para olhar os filhotinhos que não paravam de “brigar” por um espaço pertinho do peito da mãe. “Eles são muito lindos e trouxe meus filhos para verem também”, alegrou-se Angélica.
      O presépio onde os sete filhotes estão com a mãe fica perto da calçada da igreja. Isso faz com que muitas pessoas também parem ao lado da grade para olhar a ninhada. “A cachorra estava com fome e até chegou a sair um pouco para procurar comida. Mas um rapaz colocou ração e água para ela se alimentar e matar a sede”, disse o comerciário Luiz Galdino, que trabalha ao lado do templo.
      A aposentada Elza Oliveira, 81, estava emocionada observando os filhotinhos mamando e a cadela dormindo. “Eu gosto muito de animais e tenho cachorro também. Isso é uma coisa linda de se ver. A cachorrinha procurou um lugar muito especial para ter os seus filhotes. Tomara que eles cresçam todos saudáveis”, falou a aposentada.


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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - As 10 imagens timbaubenses mais populares de 2013

AS 10 IMAGENS TIMBAUBENSES MAIS POPULARES DE 2013

Estas foram as 10 imagens postadas aqui no blog, envolvendo cenários e personalidades timbaubenses, que mais chamaram a atenção dos leitores durante o ano de 2013, provocando centenas de comentários, telefonemas, e-mails...



ENSINA-ME A VIVER – A foto lembra uma cena do filme “Ensina-me a Viver” (Harold and Maude), de 1971, de Hal Ashby, que fala do amor entre um jovem e uma octogenária. Na realidade, a imagem mostra Clarice Araújo Ribeiro, 81 anos, uma das grandes damas da sociedade timbaubense, e Ribeiro Neto, 26 anos, neto de Clarice. ***** No filme, Maude diz para Harold: "Arrisque-se e faça o seu melhor possível". ***** “Neto, este troço vai virar”, disse Clarice para o neto na hora em que sentia o vento beijando seu rosto. Mesmo assim, deu um passeio básico na garupa da moto e desceu energizada para continuar sua caminhada. 
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NEM MINHA E NEM TUA - Novamente, eis a Lua, desfilando soberana, fotogênica, solitária, majestosa e nua. As folhagens do pé de manga rosa do meu quintal, ajudadas pelo vento, estão aplaudindo o desfile da eterna musa. De todas as minhas paixões, impossíveis e proibidas, a Lua é a única de quem não tenho ciúmes. Pode aplaudi-la também, em seu desfile na rua, feminina e nua. Ela não é minha e jamais será tua.
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A POESIA DAS LADEIRAS DO ALTO DA INDEPENDÊNCIA - – Ladeiras abaixo, ladeiras acima, a vida segue seu curso, com altos e baixos. / Pra baixo, pra cima, pra cima, pra baixo. / É nas ladeiras que o vento indiscreto revela um segredo: As nuvens pensam que as roupas no varal são bandeirinhas decorando a manhã ensolarada, por isso esquecem de fabricar chuva. / Ladeiras abaixo, ladeiras acima, homens, mulheres e crianças nem se dão conta que a caminhada lá em baixo também é feita de altos e baixos. / Pra baixo, pra cima, pra cima, pra baixo. 
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AINDA HÁ ANJOS NO MÊS DE MAIO - Neste nosso imenso país-continente, ainda há cidades que preservam singelas tradições. No mês de Maio, Maio das Mães, Maio de Maria e Maio das Noivas, crianças vestidas de anjos e de sentimentos puros dão um toque de ternura às noites marianas, como estas meninas que inundaram de esperança a noite mariana do educandário timbaubense Escola Santa Maria, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores. ***** Nem precisava ninguém rezar. Bastava olhar para elas e num mundo melhor acreditar. Ainda há Anjos no mês de Maio. Amém ! 
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NO TEMPO DAS CARTAS E TELEGRAMAS - Houve um tempo em que a comunicação entre as pessoas, principalmente se vivessem em cidades distantes umas das outras, era através de cartas e telegramas, motivo de inspiração de românticas canções. ***** “Quando o carteiro chegou e meu nome gritou com uma carta na mão, / ante surpresa tão rude, nem sei como pude chegar ao portão...” ***** “Rasgue as minhas cartas e não me procure mais, / assim será melhor, meu bem...” ***** “Mande nem que seja um telegrama, dizendo que me ama e que um dia vai voltar, / basta escrever uma palavra fazendo uma promessa pra que eu possa lhe esperar...” ***** “Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor, / porque veio a saudade visitar meu coração...“ ***** Quando passo pela agência dos correios de Timbaúba, paro um pouco e prossigo em frente lentamente, como se fosse o último sobrevivente de um tempo que conheci um dia. Um tempo menos competitivo, sem celular, sem computador, sem Internet, sem Facebook...Lento, romanticamente lento. 

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LAURINEIDE – Eu estava no Ginásio de Esportes Geraldo de Magalhães Melo, o Geraldão, no Recife, na noite da eleição da Miss Pernambuco 1974. Naquela época, jamais imaginaria que o destino me levaria um dia para morar em Timbaúba, terra natal de Laurineide Coutinho Ferreira, semifinalista do Miss PE 1974. ***** A revista Timbaúba em Foco de agosto circulou  com uma matéria que fiz sobre a trajetória de Laurineide. ***** Um titulo de beleza é para toda vida. Trinta e nove anos depois, Laurineide Coutinho Ferreira ainda é Miss Timbaúba 1974. Será sempre, que o diga a brisa saudosa que desfila dia e noite nas ruas e ladeiras de Timbaúba. ***** Vide http://passarelacultural.blogspot.com.br/2013/08/sessao-nostalgia_24.html?showComment=1377405846548


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A POESIA DO BOULEVARD - Rua Marçal Emiliano Sobrinho, eterna Rua Nova, à margem da estrada de ferro, lembrando um "boulevard", que em francês significa avenida arborizada. ***** Há charme e romantismo em certos termos franceses, mas pelo que já li, a palavra não tem nenhum pano de fundo romântico. Sua origem vem do dinamarquês "bulwoerk", obstáculo feito com troncos de árvores ou pedaços de madeira. Tudo teve início com os povos nórdicos que costumavam armar suas defesas com troncos de madeira. ***** Passo na tarde dominical pela Rua Nova certo de que, na minha fantasia, Paris é aqui e o Rio Sena está bem ali. ***** “Mas que bobagem...”, diz o Vento, e concordo com o seu raciocínio: “...quando um dia você estiver em Paris haverá de dizer o contrário: Timbaúba é aqui e o Rio Capibaribe-mirim está bem ali.” 


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EM NOME DO PATRIARCA RAMIRO BRANDÃO – Nesta foto, estou ao lado de duas personalidades da sociedade pernambucana de Timbaúba: Ramiro Brandão, 90 anos,  e Josefa de Oliveira Carolino (D.Dezinha), 100 anos.  A foto foi feita no dia 24 de março, no bar e restaurante A Praça, quando da celebração dos 90 anos  de Ramiro Brandão. ***** Em 1923, o Brasil tinha pouco mais de 32 milhões de habitantes, dos quais 2 milhões moravam em Pernambuco. O Presidente da República era Artur Bernardes; o governador de Pernambuco, Sérgio Loreto; e Urbano Borba, prefeito de Timbaúba. Nos Estados Unidos surgia a revista Time e no Rio era fundado o Copacabana Palace, a Escola de Samba Portela e a primeira estação de rádio. Mas para o bebê Ramiro Brandão isso pouco importava, assim como para outras crianças famosas nascidas naquele ano: Maria Callas, Rainier de Mônaco, Zuzu Angel, Millor Fernandes, Emilinha Borba e Fernando Sabino.
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UM TELEFONEMA DE SÃO PEDRO - Festa num trecho de uma das ruas mais simples e tranquilas do meu bairro. Na noite da sexta-feira, 28/06, véspera de São Pedro, o pessoal celebrou a data do chaveiro do céu com muita animação. ***** No mesmo cenário que serviu para os festejos de São João, a lenha já estava separada para a fogueira, onde ao seu redor uma quadrilha matuta improvisada dançou ao som de um autêntico  forró pé de serra. ***** O Vento me disse que não seria surpresa se o velho orelhão tocasse em silêncio para não interromper a magia. São Pedro deveria telefonar para agradecer a noite de poesia. 
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UM BANCO, ALGUÉM E NINGUÉM – Na Rua Maciel Pinheiro, a  tarde morre e a noite nasce. Um banco espera alguém que espera alguém. Um banco espera alguém que não espera ninguém. A noite morre e a manhã nasce. Um banco sorriu por alguém que encontrou alguém. Um banco chorou por alguém que voltou sem ninguém.


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SESSÃO NOSTALGIA - Adeus, Rejane Goulart, Miss Brasil 1972. Adeus, menina do bairro do Areal

Daslan Melo Lima

Rejane Vieira Costa (Rejane Goulart), Miss Brasil 1972 - Manchete, 15/07/1972.
    
     Na quinta-feira, 26, no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, morreu uma das minhas deusas, a gaúcha Rejane Vieira Costa (Rejane Goulart), Miss Brasil e vice-Miss Universo 1972, vítima de um AVC sofrido no dia 24.  A família só confirmou a morte de Rejane na manhã do sábado, 28/12. Embora o seu coração tenha deixado de bater na noite de sexta-feira, 27, os médicos tinham atestado sua morte cerebral desde o dia anterior. Rejane tomava remédios para hipertensão arterial e ainda se recuperava de um tombo que lhe causou em abril uma cirurgia e placas e pinos nas pernas. Rejane atuou no cinema e na televisão. 

      
      Rejane foi estrela do filme Negrinho do Pastoreio, dirigido por Antonio A.Fagundes, atuando ao lado de Grande Otelo e Brenno Melo, e trabalhou  em várias novelas, tais como  Felicidade, A Viagem e Era Uma Vez, na Rede Globo, e Ribeirão do Tempo, na TV Record. Ela tinha dois filhos: Rodrigo Goulart, fruto do seu  casamento com o engenheiro Rubens Andrade Goulart, e Júlia Granato, da sua união com  Ítalo Granato, diretor de produção da Rede Globo. 

     Aqui, uma ligeira observação: o nome de Rejane Goulart (nome artístico, manteve o Goulart depois do fim do seu casamento com Rubens) aparece às vezes na mídia como Rejane Vieira da Costa e não Rejane Vieira Costa, como consta nas revistas que fizeram a cobertura do Miss Brasil 1972, mas na revista Manchete sobre as reportagens do Miss Universo 1972, o seu nome foi escrito como Rejane Vieira Couto

Em abril, Rejane sofreu um tombo e teve de fazer uma cirurgia para colocação de placas e pinos nas pernas. No dia 7 daquele mês, ela postou estas imagens no seu Facebook com o seguinte comentário:  Ficarei com elas para sempre!!! Horrível não é mesmo??

       Nascida em 15/11/1954, em Cachoeira do Sul, e criada em Pelotas, Rejane era uma moça de família humilde que trabalhava de dia, como vendedora numa loja de calçados, e estudava de noite. Moradora de uma rua sem calçamento do bairro do Areal, a jovem viu a sua vida mudar totalmente quando foi convidada para participar do concurso de Miss da sua cidade. Em 06/06/2009, dediquei a ela a SESSÃO NOSTALGIA, "A Cinderela dos anos setenta",  http://passarelacultural.blogspot.com.br/2009/06/sessao-nostalgia.html

Rejane Vieira Costa, Miss Brasil 1972 ***** Manchete, 08/07/1972

Top 3 do Miss Brasil 1972 - Ângela Maria Favi, Miss São Paulo, segundo lugar; Rejane Vieira Costa, Miss Rio Grande do Sul, primeiro,  e Jane Macambira, Miss Guanabara, terceiro lugar. ***** Foto: Manchete, 08/07/1972. ***** Detalhe: Ângela Maria Favi faleceu no dia 28/06/2003, aos 49 anos de idade, em sua cidade natal, Araçatuba, SP, vítima de câncer nos pulmões. Era casada com o empresário Hélio Fogolin e deixou dois filhos,Hélio Fogolin JR e Karina Fogolin.

Uma foto histórica - Da esquerda para a direita, Maria da Glória Carvalho, Miss Guanabara/ terceira colocada no Miss Brasil/Miss Beleza Internacional 1968;  Rejane Vieira Costa, Miss Rio Grande do Sul/Miss Brasil/vice-Miss Universo 1972; e Lúcia Tavares Petterle, Miss Guanabara/vice-Miss Brasil/Miss Mundo 1971. ***** (Manchete, 08/07/1972).



Top 5 do Miss Universo 1972 - Da esquerda para a direita, Jennifer Mary McAdam, Miss Inglaterra, quinto lugar; Rejane Vieira Costa, Miss Brasil, segundo; Kerry Annes Wells, Miss Austrália, primeiro; Maria Antonieta Cámpoli Prisco, terceiro; e Ilana Goren, Miss Israel, quarto lugar. ***** Foto: O Cruzeiro.***** Confira neste link a chamada do Top 5 e as perguntas feitas às finalistas, http://www.youtube.com/watch?v=5XR4SHWmnO8

Rejane Vieira Costa e Kerry Anne Wells
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Como vendedora de calçados da empresa Casas Procópio, em Pelotas, RS, Rejane ganhava, em moeda da época, trezentos cruzeiros por mês. Ao posar com o noivo Rubens Andrade Goulart, estudante de engenharia,  para O Cruzeiro, de 18/07/1973, a revista informava aos leitores que "Beleza que só fez ser apurada nesse ano de reinado, Rejane Vieira Costa não é apenas o manequim requsitado pelos grandes acontecimentos do Sul. Moça dinâmica, ela é hoje diretora executiva da imobiliária Princesa do Lar, de Porto Alegre, recebendo do presidente da empresa, sr. Nelson Luís da Silveira, total apoio em todas as suas atividades, que lhe rendem um salário de cinco mil cruzeiros."  
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Sua atitivade de modelo rendeu várias capas de revistas, mostrando uma mulher segura de si, confiante, diferente da garota tímida que foi eleita Miss Brasil 1972. 

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Da esquerda para a direita, Júlia Granato e Rodrigo Goulart (filhos de Rejane), Rejane Goulart e sua irmã Janice Vieira Costa, em 31/05/2010. ***** Foto: Facebook. 

"Eu, meu irmão Rodrigo Goulart, minha tia Janice Vieira Costa, meu tio Jefferson Vieira Costa, minha avó Iracy Vieira e toda a família agradecemos o apoio, carinho e orações recebidas, que nos impulsionam a ainda ter forças para enfrentar este momento. Venho informar que a cremação da minha querida Mãe ocorrerá na data de hoje, às 15:00h, no Crematório do Caju. Não haverá velório, apenas uma curta cerimônia com duração aproximada de 1 hora. Obrigada, mais uma vez. Julia Granato " *****  (Mensagem de Julia Granato, Facebook, manhã de 28/12/2013).
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"Mesmo após a morte, Rejane vai continuar ajudando pessoas. É que a família optou pela doação de órgãos e agora aguarda a avaliação de que órgãos poderão ser doados." ***** Fonte: http://entretenimento.r7.com , 27/12/2013.

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      Perdoe-me Senhor, mas acho que ninguém deveria partir para a Grande Viagem nesta época do ano. Permita-me, Senhor, imaginar que uma faixa diferente, um manto especial, uma coroa singular e um cetro iluminado estão revestidos de eternidade para adornar nossa Miss Brasil 1972. Permita-me, Senhor, cantar o meu canto de nostalgia banhado de esperança, enquanto o ano de 2013 vai se despedindo da passarela das nossas vidas.

     Adeus, Rejane Goulart! Adeus, Rejane Vieira Costa, Miss Pelotas/Miss Rio Grande do Sul/Miss Brasil/vice-Miss Universo 1972! Adeus, menina do bairro do Areal.
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___Leia também 

SESSÃO NOSTALGIA - Rejane Vieira Costa (Rejane Goulart), a cinderela dos anos setenta


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sábado, 21 de dezembro de 2013

REGINALDO ROSSI, A MESMA DOR

     

      Há três anos, eu e ele nos abraçamos nos bastidores de um show no Clube Português do Recife. Eu, menino-grande, aprendendo no dia a dia a espalhar sentimentos ao vento. Ele, o cantor e compositor de canções que focalizavam o amor e o desamor, as ilusões e desilusões, de forma simples e direta, e que partiu para a Grande Viagem na manhã de ontem, sexta-feira, 20/12, a um passo do Natal, época em que ninguém deveria morrer.

      A minha música preferida do seu repertório chama-se “Era domingo”, que diz assim: "Essa história se passou / quando eu deixei o meu grande amor / naquela estação sorrindo. /... /  E se você já teve amor, que um certo dia lhe deixou, / deve sentir no coração / a mesma mágoa e a mesma dor / do autor que fez esta canção..."

      E se você, amado leitor, amada leitora,  já teve grandes amores, possíveis e impossíveis, permitidos e proibidos, deve estar sentindo a mesma dor que estou sentindo agora, a mesma melancolia, pela partida de Reginaldo Rossi.
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- Daslan Melo Lima, na chuvosa manhã pernambucana de Timbaúba, sábado, 21/12/2013, ouvindo “Era domingo”, http://www.youtube.com/watch?v=mM4Ch_bryxA

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UM PRESENTE DE NATAL EM CÂMERA LENTA

Daslan Melo Lima



EM CÂMERA LENTA

     Terça-feira pernambucana cinza, de céu permanentemente nublado. No ar, ameaça de temporal, enquanto tímidos pingos de chuva caem de vez em quando. 
    Terça-feira com cara daquelas tardes melancólicas de domingo, quando os relógios passam horas para marcar os segundos. Minh’alma e meu corpo estão em câmara lenta, em sintonia com a natureza. 
   Agarro-me às lembranças das terças-feiras ensolaradas que se foram, fecho os olhos e ao lado da esperança aguardo que o clima tome uma decisão: mandar uma chuva generosa para colocar Vida na minha canção. 
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Engenho Santa Fé, Nazaré da Mata, PE, terça-feira, 17/12/2013

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UM PRESENTE DE NATAL

   Chove torrencialmente em Timbaúba. A natureza oferta à Princesa Serrana um presente de Natal antecipado para compensar os últimos dias quentes, intensamente quentes. Um vento frio desfila pelos quatro cantos da cidade, de Mocós à Queimadas, de Sapucaia à Santa Ana. 
       Enquanto tomo um cappucinno no meu terraço, o menino que fui entende que o cenário estaria perfeito se de repente as montanhas ao longe ficassem cobertas de neve. Mas logo ele reflete: para quem é do nordeste, uma chuva assim, a um passo do verão, é o melhor presente de Natal. 
      E feliz da vida esvazio meu copo de cappuccino
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Timbaúba, PE, na quinta-feira, 19/12/2013.


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PAUSAS NA PASSARELA - "Eu tenho certeza que a gente podia fazer com que fosse Natal todo dia!"

NATAL TODO  DIA

Um clima de sonho se espalha no ar,
pessoas se olham com brilho no olhar,
a gente já sente chegando o Natal.
É tempo de amor, todo mundo é igual.

Os velhos amigos irão se abraçar,
os desconhecidos irão se falar.
E quem for criança vai olhar pro céu
fazendo pedido pro velho Noel.

Se a gente é capaz de espalhar alegria,
se a gente é capaz de toda essa magia,
eu tenho certeza que a gente podia
fazer com que fosse Natal todo dia!

Um jeito mais manso de ser e falar,
mais calma, mais tempo pra gente se dar.
Me diz porque só no Natal é assim?
Que bom se ele nunca tivesse mais fim!

Que o Natal comece no seu coração,
que seja pra todos, sem ter distinção.
Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for,
o melhor presente é sempre o amor.

Se a gente é capaz de espalhar alegria,
se a gente é capaz de toda essa magia,
eu tenho certeza que a gente podia
fazer com que fosse Natal todo dia!

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NATAL TODO DIA é uma canção de Mauricio Gaetani. Ouça essa pérola na interpretação do conjunto Roupa Nova,
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PASSARELA ANIMAL


ABENÇOADOS ANJOS -  O suave e doce perfume das minhas acácias amarelas acalma a mim, ao meu cachorro Rock and Roll e a minha gata Miss Terra. Enquanto tiro esta foto, eles me observam com seus olhares que falam. Daqui a pouco vou sair com Rock para nossa caminhada diária, mas antes tenho que deixar Miss Terra trancada dentro de casa, pois ela teima em nos acompanhar. ***** "Árvores são poemas que a terra escreve para o céu", afirmou o escritor libanês Gibran Khalil Gibran (1883-1931), ***** "As histórias têm muito mais exemplos da fidelidade dos cães que dos amigos", disse o poeta britânico  Alexander Pope (1688-1744). ***** "De todas as criaturas de Deus, somente uma não pode ser castigada. Essa é o gato. Se fosse possível cruzar o homem com o gato, melhoraria o homem, mas pioraria o gato", revelou  o escritor americano Mark Twain (1835-1910). *****  Árvores, cachorros e gatos, abençoados anjos. Uma árvore não é apenas uma árvoreUm cachoro não e apenas um cachorro. Uma gata não é apenas uma gata.  - Daslan Melo Lima.
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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Concluintes de Contabilidade do Colégio Timbaubense, cinquenta anos depois.

CINQUENTA ANOS DEPOIS



          No ano em que John Kennedy, presidente dos Estados Unidos, foi assassinado e a gaúcha Ieda Maria Vargas, Miss Brasil, foi eleita Miss Universo, dezenove jovens concluiram o curso Técnico em Contabilidade do Colégio Timbaubense. Seus nomes, pela sequência em que apareceram no convite de formatura, eram:  Maria Tereza Alves de Albuquerque, Cláudio José da Silva, Clarice Barbosa de Lira, Aluísio Alves Dias, José Cassiano de Souza, Ana Maria de Queiróz, Maria Auxiliadora Apolinário da Silva, Romeu Barbosa de Souza Leal, Berenice Ferreira da Silva, Francisco de Assis Borba, Helena Maria da Silva, Joselita Carneiro da Silva, Iracema Correia de Castro, Odi  Cândido de Farias, Edna  Cavalcanti de Mélo,  Maria José Rodrigues Moura, Valdira Gonçalves Ferreira, Orlandina Andrade Lima e Fernando Barnabé de Oliveira.
         Dessa turma, dois morreram:  o poeta José Cassiano de Souza e Maria Auxiliadora Apolinário da Silva; dez não poderam comparecer e sete se encontraram cinquenta anos depois para uma confraternização. 

Da esquerda para a direita, na fila de trás, Fernando Barnabé de Oliveira, Francisco de Assis Borba e Aluísio Alves Dias. À frente, na mesma ordem, Maria José Rodrigues de Moura (Zeinha), Maria Tereza Alves de Albuquerque, Orlandina Andrade Lima e Ana Maria de Queiroz. Na parede, o poster de um ícone da educação em Timbaúba, o Prof. José Mendes da Silva, fundador do Colégio Timbaubense. 

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      O encontro aconteceu no dia 1º deste mês. Tudo começou com uma Missa celebrada pelo Padre Antônio Inácio na Capela Mãe Rainha. Em seguida, o pessoal foi para o Colégio Timbaubense, onde relembrou histórias, cantou e dançou ao som de canções interpretadas por Egemilson. A emoção tomou conta daquela turma concluinte de 1963 quando todos começaram a cantar o hino do educandário, de Fernando Burlamarqui e José Wilson Gomes, "Dentro d'alma do jovem, da criança / Vibra, cresce e palpita louçã / Do saber a divina esperança / Para o grande Brasil de amanhã."




      O evento terminou com um almoço no restaurante A Praça, ocasião onde os sete ex-alunos selaram o compromisso de voltarem a se encontrar no próximo ano, no festejos dos 80 anos de fundação do Timbaubense.

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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
RUA DE SÃO PEDRO - Porque é dezembro e é verão, / o vento convida para ouvir a tarde do domingo. / São Pedro negou Cristo três vezes, / mas é porteiro do céu e tem bom coração. / Por isso nuvens desfilam no céu azul / e os sonhos se renovam de norte a sul. - Daslan Melo Lima.
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SESSÃO NOSTALGIA - AS MISSES PREFERIDAS DOS LEITORES ANÔNIMOS

Daslan Melo Lima

     Tenho a grata satisfação de ter muitos leitores espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Pena que nem todos deixam seus comentários aqui, mas muitos me mandam e-mail e telefonam. A maioria se diz tímida e afirma que não gosta de exposição.  Adoro quando o telefone toca e do outro lado alguém diz que é meu fã e começa a falar sobre Misses, principalmente as dos anos 50 e 60. Abaixo, resumos de depoimentos de alguns leitores que preferem o anonimato.

Aino Korwa, Miss Dinamarca, vice-Miss Universo 1963.
C. – Rio  Grande do Sul: “... adoro Ieda Maria Vargas, mas a minha Miss Brasil favorita é a baiana Maria Olivia Rebouças Cavalcanti. No ano de Ieda deveria ter havido duas coroas de Miss Universo, uma para ela e outra para a sua vice, a dinamarquesa Aino Korva, um dos rostos mais belos dos anos 60.”
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Lia Guimarães Pres de Castro, Miss Ceará 1957.
J.  - Ceará: ”... tenho 80 anos e morei um tempo nos Estados Unidos, na época da ditadura, onde assisti ao vivo quase todos os concursos de Miss Universo. Entrei no Google para pesquisar sobre um grande amigo e me deparei com uma Sessão Nostalgia dedicada  a uma filha dele que conheci quando criança. A menina era a criatura mais bela que já vi na minha vida e se tornou Miss Ceará 1957, Lia Guimarães Pires de Castro...”
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Solange Gusmão Ribeiro da Costa, vice-Miss Paraíba 1975 e vice-Miss Pernambuco 1975.
M. - Paraíba: “... Adoro duas pernambucanas que poderiam ter sido eleitas Miss Brasil, Ângela Agra Galvão, em 1978, e Ana Maria Guimarães, em 1988. Mas a Miss dos meus sonhos é Solange Gusmão. Ela tinha tudo para ser Miss Paraíba ou Miss Pernambuco e chegar ao Top 3 do Miss Brasil 1975. 
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Top 4 do Miss Brasil 1965. Da esquerda para a direita: Maria Raquel  Helena de Andrade, Miss Gunabara, primeiro lugar; Sandra Rosa, Miss São Paulo, segundo; Berenice Lunardi, Miss Minas Gerais, terceiro; e Marilena de Oliveira Lima, Miss Mato Grosso, quarto lugar.
P. - Rio de Janeiro: “... torci por Maria Raquel Helena de Andrade no Miss Guanabara 1965. Eu tinha 18 anos de idade e estava lá, no Maracanãzinho. Mas na noite do Miss Brasil, minha candidata predileta era Berenice Lunardi, de  Minas Gerais, embora milhares de pessoas gritassem pelo nome de Marilena de Oliveira Lima, Miss Mato Grosso. Sandra Rosa tinha um charme impressionante. De 1965 a 1972, assisti a todos os concursos de Miss Brasil, ao vivo, só deixando de ir para o evento em 1973, quando ele foi transferido para Brasília...”
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                                       Vanessa Magalhães, vice-Miss Brasil 1988

Z. - Bahia:  “... conheço as duas Marthas que foram Miss Brasil, a Rocha, vice-Miss Universo 1954,  e a  Vasconcellos, Miss Universo 1968, ambas belíssimas, mas sou da geração que jamais vai esquecer a  derrota da minha amiga Vanessa Magalhães no Miss Brasil 1988...”
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     Meus prezados C., J., M., P. e Z, vocês não imaginam como adorei o tempo que passamos conversando por  telefone. Aprendi muito com as histórias  que me contaram. Torço para que saiam um dia do anonimato, mostrem a cara no mundo miss e compartilhem suas histórias com todos os missólogos do planeta. Sugiro começarem por escrever textos para este espaço. Será um prazer divulgá-los.
      Aproveitando, desejo a todos os leitores e leitoras desta secção um Feliz Natal, hoje e sempre, pois Natal deveria ser um estado de espirito permanente. 


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