sábado, 25 de abril de 2015

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

MEMÓRIA TIMBAUBENSE


       Do professor Cláudio Roberto de Souza, timbaubense radicado em Paulista, PE, recebi a mensagem abaixo.
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         Prezadíssimo Daslan, gostaria que você me ajudasse com uma informação sobre Jáder. Trata-se de sua formação acadêmica, sobre a qual eu não encontrei referências. Ele chegou a cursar a faculdade, no caso, qual? Eu encontrei um exemplar do jornal A Província, do início de 1900, onde há o registro de um Jáder de Andrade aluno do Ginásio Pernambucano prestando exames para o curso de medicina. Vou enviar a imagem do jornal para você. Sobre o jornalismo, ele era tratado como tal, mas na época, a atividade era fruto da militância e atuação intelectual. Mas, sobre uma formação acadêmica específica, não tenho informações. Se puder me ajudar, fico grato. Em  janeiro/1902, um Jáder de Andrade aparece inscrito para as aulas de aritmética, história universal e do Brasil, preparatórias para o curso de Medicina.
     Encontrei referências ótimas sobre Jáder no Jornal do Recife, 1902, 1904.  Em uma, notícias sobre as atividades de uma filarmônica Carlos Gomes em Timbaúba e suas atividades com a colaboração do "talentoso estudante Jáder de Andrade". Em outra, a notícia de que Jáder chegava do Rio de Janeiro, onde estudava medicina, para visitar a família.A impressão que dá é que ele formou-se, mas enveredou pelas letras, assumindo-se como jornalista.
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Jáder de Andrade (1886-1931), jornalista, poeta, industrial, um ícone timbaubense. *****  http://www.funjader.org.br/


       No volume II do livro Timbaúba Ontem e Hoje, Edição do autor, 1992, do pesquisador Lusivan Suna, não há  referência alguma de Jáder de Andrade como médico. Em 1902, ele teria 16 anos de idade. Será mesmo que estudava medicina? Lusivan, no capítulo dedicado ao ícone cultural, não menciona as instituições onde Jáder estudou. 

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IMAGINANDO QUE É NATAL - Um parque de diversões, do qual ao longe se sobressai uma roda gigante, está dando um clima de festa de fim de ano ao meu bairro, Timbaubinha. O cenário tem um quê de Natal. Tenho vontade de levar o menino que um dia eu fui para a roda gigante, mas ele ainda tem receio de chegar ao alto e se assustar. Melhor ficarmos aqui, eu e ele, imaginando que é Natal. –  Daslan Melo Lima

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QUANDO MAIO CHEGAR

Contagem regressiva para o Encontro dos Matutos de Timbaúba do dia 30 de maio, último sábado do próximo mês, das 16h às 22h. Local: Restaurante Catamarã, Recife, com comanda individual. ***** Maiores informações com Tranquelino Monteiro, e-mail tranquelino@gmail.com


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SESSÃO NOSTALGIA - Por onde anda você, Ana Maria Guimarães, Miss Pernambuco 1988?

Daslan Melo Lima

         Cheguei cedo ao Clube Português do Recife naquela noite de 11 de março de 1989. Algo me dizia que seria por aquele portão que passaria uma deusa de ébano, Ana Maria Guimarães, que no ano anterior, no Clube Internacional do Recife, representando o Clube Rodoviário,  tinha sido eleita Miss Pernambuco 1988. O concurso Miss Pernambuco 1989 estava agendado para as 21 horas, mas duas horas antes eu já estava ali, com papel e caneta na mão, para pedir um autógrafo a Ana Maria Guimarães.

Jornal do Commercio, Recife, 27/03/1988

        E eis que de repente ela chega. Alta, elegante, linda, majestosa... Timidamente, estendi caneta e papel e lhe pedi um autógrafo. Ana perguntou meu nome, assinou, e abriu um sorriso encantador. Um momento real com sabor de sonho, inesquecível, instante perfeito para um selfie, caso existisse naquela época instrumentos que permitissem clicar um autorretrato ao lado de uma celebridade.  


        Quando o assunto é Miss Pernambuco, seu nome é citado com muito orgulho.  Comenta-se que a mãe de  Vanessa Blumenfeld Magalhães Victal, Miss Bahia, teria dito que só uma jovem poderia tirar o título de Miss Brasil 1988 de sua filha: Ana Maria Guimarães. Vanessa, no entanto, foi a segunda colocada, enquanto Ana ficou apenas entre as 12 semifinalistas. O título máximo da beleza brasileira acabou nas mãos de Isabel Cristina Beduschi, Miss Santa Catarina.
 
Jornal do Commercio, Recife, 05/06/1990, coluna de Alex

      Por onde anda Ana Maria Guimarães?   “Mora em Natal, Rio Grande do Norte, é psicóloga, está casada e prefere manter-se longe da mídia”, diz a maioria dos seus admiradores.  
        Por onde anda você, Ana Maria Guimarães, Miss Pernambuco 1988? 
       Responda por onde anda, pelo menos em segredo, para o jovem daquela noite de março de um tempo que se foi. Um sonhador que guarda  os recortes de jornais sobre você há 27 anos,  relíquias em preto e branco que estão ficando amareladas pelo tempo.  Juro que farei o possível para não espalhar nosso segredo ao vento.

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A SESSÃO NOSTALGIA de 08/11/2008, dedicada ao Miss Pernambuco 1988, poderá ser conferida neste link


sábado, 18 de abril de 2015

EU TAMBÉM SOU BAIANO



EU TAMBÉM SOU BAIANO - O colorido das letras contrasta com o dia nublado e contribui para espalhar uma sensação gostosa de energia positiva. Ufanismo por esse imenso país-continente chamado Brasil. Não sou apenas alagoano de nascimento e pernambucano de coração. O nosso chão vai além das fronteiras criadas pelas convenções. Eu também sou baiano. 
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DIANTE DO MAR SEM FIM DO SENHOR DO BONFIM - A tarde cinza não consegue anular lembranças ensolaradas. Tanto aqui em cima como lá embaixo, sob o sol ou sob a chuva, o vento perdeu a conta das pessoas que se encantaram pela Bahia. Diante do mar sem fim do Senhor do Bonfim, reduz-se a nada a chuva que cai sobre mim. 
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A PRAÇA É MINHA - “A praça, a praça é do Povo! / Como o céu é do Condor! / É antro onde a liberdade / Cria a águia ao seu calor!” Foi isso o que escreveu um dia o poeta baiano Castro Alves. Enquanto as pessoas fogem da chuva que cai, a praça está deserta e a brisa fria cumprimenta os pombos, o monumento e o meu momento. A praça é minha, dos pombos e do vento. 
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RENOVADO DE FÉ - O nome Pelourinho remete ao local onde os meus ancestrais africanos escravizados eram castigados. “Esqueça tudo isso. As dores deles alcançaram o céu e foram diluídas em louvores”, sussurram os anjos invisíveis ao meu redor. Por isso abro um sorriso renovado de fé. 
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O QUE HOJE NÃO É - A capela de Nossa Senhora da Saúde está fechada, mas a imagem de Santa Rita de Cássia, padroeira das causas impossíveis, está atenta à minha presença. ***** William Shakespeare afirmou que “há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar". Como sempre acreditei nisso, saio da Igreja de São Francisco leve, muito leve, certo de que amanhã poderá ser possível o que hoje não é. 
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A BAIXA DO SAPATEIRO É UM ESTADO DE ALMA – Meu pai era sapateiro e a simples menção dessa palavra desencadeia uma cascata de emoções inacabadas. Ir a Salvador e passar pelos arredores da localidade denominada Baixa do Sapateiro, também é tomar uma dose generosa de romantismo. ***** “Amor bobagem que a gente não explica, ai, ai / Prova um bocadinho, ô / Fica envenenado, ô / E pro resto da vida é um tal de sofrer / Ôlará, ôleré...” , diz a famosa canção de Ari Barroso. ***** “Toda cidade é um estado de alma”, afirmou o escritor belga Georges Rodenbach. Salvador é um estado de alma. A Baixa do Sapateiro é um estado de alma. 
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TARDE EM ITAPUÃ – A música de Vinicius de Moraes e Toquinho fala num velho calção de banho, num dia pra vadiar, num mar que não tem tamanho, num arco-íris no ar... A tarde, no entanto, é de muita chuva e estou diante do mar de Patamares. Itapuã fica bem mais adiante. Não tem problema. Vou ficar aqui e me embriagar de poesia. 
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É BOM A GENTE NÃO IR À BAHIA - No lugar do sol, chuva, muita chuva em Salvador, mas isso não é motivo para eu deixar de curtir a poesia e a magia dos locais por onde passeia meu corpo e meu espírito. Antes de subir pelo Elevador Lacerda, minha atenção desperta para uma loja fechada onde há uma frase que diz “Sorria você está na Bahia”. ***** Por isso, sorrio e dou razão a uma velha canção da dupla Tom & Dito que diz assim: “...é bom a gente não ir à Bahia, porque se for fica querendo ficar...” 
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Não sou apenas alagoano de nascimento e pernambucano de coração. 
O nosso chão vai além das fronteiras criadas pelas convenções. 
Eu também sou baiano. 
- Daslan Melo Lima
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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Em memória das palmeiras imperiais do Tênis Club

UM FATO EM FOCO


Esse era o cenário do Timbaúba Tênis Club com suas imponentes palmeiras imperiais.

Tudo ficou estranho depois que as árvores foram cortadas. 
Comenta-se que as palmeiras ofereciam risco porque ficavam sob a rede elétrica. "Será que não havia outra alternativa que impedisse seu sacrifício?" Isso é o que questiona muitos leitores de PASSARELA CULTURAL. Passo a palavra para a diretoria do Tênis Club e responsáveis pela companhia de eletricidade. As declarações das duas instituições serão postadas neste espaço. Contato através do e-mail daslan@terra.com.br 
Imagens: Jorge Moura.
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SESSÃO NOSTALGIA - Gessy Gesse, a morena flor de Vinícius de Moraes

Daslan Melo Lima

      Enquanto Roberto Macêdo nos conduzia em seu carro, da praia de Patamares para o centro de Salvador, na tarde chuvosa do dia 10, após termos almoçado com Martha Vasconcellos, Miss Bahia, Miss Brasil e Miss Universo 1968, o foco das nossas conversas era Misses. No veículo, eu,  Fernando  Machado (jornalista pernambucano, do Recife);  Genaro Oliveira Pires (educador baiano, de Paulo Afonso) e  Oscar Bastos Pereira (profissional da área de saúde, de Goiânia, GO), convidados para o lançamento da biografia de Martha, obra escrita pelo Roberto e lançada na noite anterior no Palácio da Associação Comercial da Bahia.
        “ A Miss Pernambuco Dione Oliveira foi injustiçada no Miss Brasil 1959”, afirmou Fernando. ***** “O que você achou de Larissa Costa, Miss Brasil 2009?”, perguntou Oscar ao Roberto, que não hesitou em responder: “Eu fui assistir ao Miss Universo 2009 e presenciei pessoas aplaudindo e pedindo autógrafos a Larissa. Muito linda!"  ***** Garantiu Oscar: “Eu vou estar com Ieda Maria Vargas em Gramado, na próxima semana. Ela está se recuperando de uma queda onde fraturou um braço”.  ***** De repente, perguntei ao Roberto: “Por onde anda Gessy Gesse?”  Bem humorado, Fernando interferiu: “Você quis dizer Jesse James, o cowboy americano?” Risos. Genaro contou que viu um dia Gessy Gesse no aeroporto, antes de embarcar num voo para Brasília, e que não se aproximou porque não quis interromper a conversa dela com o escritor Ariano Suassuna (1927-2014). ***** "Isso vai terminar numa Sessão Nostalgia", prometi ao pessoal.
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         Se pesquisarmos no Google o nome Gessy Gesse, vamos encontrar que se trata de uma atriz, produtora cultural, ex-esposa do poeta Vinicius de Moraes (1913-1980).  Não há nada fazendo alusão sobre seu passado de Miss, mas Gessy Gesse, nome artístico de Gessy Rozenda de Deus, foi terceira colocada no Miss Bahia 1956, ano em que o título ficou com Sônia Santiago Mamede, não confundir com a atriz, comediante e vedete Sônia Mamede (1936-1990).               


          Gessy Gesse nasceu em Salvador, no bairro de Santo Antonio Além do Carmo, em 16/01/1939, aparada no colo de sua avó materna, que era índia Tupinambá. O pai era um homem muito rígido. Gessy recebeu muitas punições por suas inúmeras travessuras, porém nunca chorou na frente dele. Compreendeu a dureza de seu pai como resultado da própria vida dele. Filho de uma índia Tupinambá que com duas irmãs tinham sido levadas para cortar cana em Santo Amaro da Purificação e foi estuprada aos 13 anos pelo "Senhor do Engenho". Faleceu de parto, no canavial. Suas duas irmãs (tias de seu pai) fugiram com a criança e vieram parar em Salvador. Com a vida dura que teve seu pai se tornou a pessoa rigorosa e intransigente que a educou com firmeza. Prometeu, quando crescesse, se permitir todo o tipo de liberdade.
      O amor de sua avó por um índio chamado Gesse, com quem nunca teve oportunidade de se relacionar, gerou o pedido de que a criança que estava por nascer tivesse esse nome. Quando seu pai a foi registrar, o escrivão grafou seu nome como Gessy. Era uma marca de sabonete e produtos de higiene famoso na época. Ela revela o quanto odiou esse nome, até que, quando iniciou sua vida artística, adotou o nome de Gessy Gesse que lhe pareceu mais sonoro e apropriado ao pedido original. Quando pequena, sofria bullying ao ser comparada, pelos seus colegas, ao sabonete Gessy. 
      Aos 16 anos casou com seu primeiro marido, que conheceu em um pronto socorro em um dia de carnaval por ter "cortado o pé" na avenida. Como passaram da hora de voltar para casa, ela e as irmãs sabiam que a surra era certa. Para se livrar da punição, provocou o corte no pé para que com a justificativa do atendimento no pronto socorro seu pai abrandasse o coração. De fato ela não apanhou, mas as irmãs foram punidas. Casou-se para se livrar das surras do pai e ter uma vida mais independente. No dia do casamento seu pai advertiu o marido: "Você vai levar uma Jararaca". Deste casamento, teve dois filhos.
      Resolveu ir conhecer o Rio de Janeiro onde dois amigos baianos moravam e seguidas vezes a convidavam para visitá-los. Era Maria Bethânia e Caetano Veloso. Bethânia a convidou para uma festa de homenagem à Vinicius de Morais. Gessy disse que não queria ir por que "festa de intelectual é coisa chata". Cedeu ao convite, resolvida a ficar por pouco tempo, mas ao ser percebida por Vinicius, ele fez de tudo para conhecê-la, iniciou-se um troca-troca de olhares, com direito a sinalizações com o copo de whisky na mão e bilhetinhos.
      Gessy e Vinicius casaram no Uruguai em 1970 e três anos depois na Bahia, no ritual cigano, com direito a corte no pulso (com muito cuidado pois Vinicius era diabético), troca de sangue e muitas margaridas brancas, a flor que ambos gostavam. Os padrinhos de Vinicius foram Jorge Amado (1912-2001) e Zélia Gattai (1916-2008). Os de Gessy foram Alta Rosa e o mestre Calá.
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Gessy Gesse trabalhou nos filmes Sol sobre a lama (1963), de Alex Viany (1918-1992); Senhor dos Navegantes (1963), de Aloiso T. de CarvalhoO Santo Módico (1964), de Robert Mazoyer (1929-1999); e  Caveira, my friend (1970) , de Álvaro Guimarães
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          Vinicius de Moraes compôs para ela as músicas Morena Flor, Samba de Gesse Regra Três, além do Soneto de Luz e Treva.


MORENA FLOR
Morena flor me dê um cheirinho / Cheinho de amor / Depois também me dê todo esse denguinho / Que só você tem /// Sem você o que ia ser de mim / Eu ia ficar tão triste / Tudo ia ser tão ruim / Acontece que a Bahia fez você todinha assim / Só para mim. ***** https://www.youtube.com/watch?v=pDTHCur2Euc
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SAMBA DE GESSE
Até parece / Que eu conhecia sempre você / Que me aparece / Quando eu não via jeito de ser  /// A gente esquece / Que a gente muda de bem-querer / Ah, se eu pudesse / Tinha esperado só por você  /// Quando amanhece / Eu ao meu lado vejo você / Eu digo em prece / Que a vida é linda como você  /// Eu que era louco / Eu que era triste / Deixei de ser / Até parece / Que só existe eu e você. ***** https://www.youtube.com/watch?v=k3emS9W5RDY
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REGRA TRÊS
Tantas você fez que ela cansou / Porque você, rapaz / Abusou da regra três / Onde menos vale mais /// Da primeira vez ela chorou / Mas resolveu ficar / É que os momentos felizes / Tinham deixado raízes no seu penar / Depois perdeu a esperança / Porque o perdão também cansa de perdoar /// Tem sempre o dia em que a casa cai / Pois vai curtir seu deserto, vai / Mas deixe a lâmpada acesa / Se algum dia a tristeza quiser entrar / E uma bebida por perto / Porque você pode estar certo que vai chorar.***** https://www.youtube.com/watch?v=dVO6ZOb45oA
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SONETO DE LUZ E TREVA
Itapuã. Para a minha Gesse, e para que ilumine sempre a minha noite  -

Ela tem uma graça de pantera
No andar bem-comportado de menina. 
No molejo em que vem sempre se espera
Que de repente ela lhe salte em cima. 

Mas súbito renega a bela e a fera
Prende o cabelo, vai para a cozinha
E de um ovo estrelado na panela
Ela com clara e gema faz o dia.

Ela é de capricórnio, eu sou de libra
Eu sou o Oxalá velho, ela é Inhansã
A mim me enerva o ardor com que ela vibra

 E que a motiva desde de manhã. 
- Como é que pode, digo-me com espanto 
A luz e a treva se quererem tanto...
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Dinâmica, de bem com a vida, a atriz vem se dedicando nos últimos anos à produções e coordenação de projetos sociais e culturais. 

      Não sei o lugar que as lembranças do Miss Bahia 1956 ocupam em seu coração, Gessy Gesse, mas de uma coisa tenho certeza, de que as recordações de sua vida  ao lado de Vinícus de Moraes estão em primeiro lugar, tanto que você escreveu um livro sobre o assunto.  Tanto que o título desta crônica não poderia ser outro, Gessy Gesse, a morena flor de Vinícius de Moraes.

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Saiba mais clicando nestes links: 
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Entrevista de Gessy Gesse no programa Perfil & Opinião, TVE, novembro de 2013.


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sábado, 11 de abril de 2015

AS CANÇÕES DE BABILÔNIA

            Não quero aqui discutir o enredo de Babilônia, de Gilberto Braga, a nova novela global que tanta polêmica tem gerado. Quero apenas elogiar duas composições que fazem parte da sua trilha sonora: Pra que Chorar, de Vinícius de Moraes (1913-1980) e Baden Powell (1937-2000), na voz de Mart’nália, e Sabe Você, também do Vinícius, em parceria com Carlos Lyra, interpretada por Leila Pinheiro. Na primeira, a poesia dá as mãos à Esperança e à Fé, sentimentos que devem nortear nossa caminhada no planeta.  Enquanto isso, a segunda fala de valores que colocam o Ser acima do Ter.

 PRA QUE CHORAR

Pra que chorar 
se o sol já vai raiar 
se o dia vai amanhecer. 
Pra que sofrer 
se a lua vai nascer. 
É só o sol se pôr. 

Pra que chorar 
se existe amor. 
A questão é só de dar, 
a questão é só de dor. 

Quem não chorou, 
quem não se lastimou, 
não pode nunca mais dizer. 

Pra que chorar. 
pra que sofrer,  
se é sempre um novo amor 
cada novo amanhecer.
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SABE VOCÊ



Você é muito mais que eu sou. 

Está bem mais rico do que eu estou. 

Mas o que eu sei você não sabe. 

E antes que o seu poder acabe,
eu vou mostrar como e por que, 
eu sei, eu sei mais que você. 

Sabe você o que é o amor? 
Não sabe, eu sei. 
Sabe o que é um trovador?
Não sabe, eu sei. 
Sabe andar de madrugada tendo a amada pela mão? 
Sabe gostar? 
Qual, sabe nada, sabe não. 
Você sabe o que é uma flor? 
Não sabe, eu sei. 
Você já chorou de dor? 
Pois eu chorei, já chorei de mal de amor, 
já chorei de compaixão.

Quanto a você meu camarada, 
qual o quê,  não sabe não. 
 ...  Você não tem alegria 
e nunca fez uma canção. 
Por isso a minha poesia 
 você não rouba não. 
Ah! Você não rouba não. 
Sabe você o que é o amor? 
Não sabe, eu sei.

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Confira as músicas no Youtube
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Sabe Você,


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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

CORREIO DE NOTÍCIAS, ABRIL-2015

J
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- O timbaubense Josinaldo Barbosa é eleito presidente da União de Vereadores de Pernambuco, 
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- Rua Marçal Emiliano Sobrinho, centro comercial de motos,
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SESSÃO NOSTALGIA - A biografia de Martha Vasconcellos escrita por Roberto Macêdo, o livro do ano

 Daslan Melo Lima

      
      Talvez você, leitor, leitora, esteja estranhando a expressão “o livro do ano”, já que faz apenas 100 dias que 2015 começou, mas a obra em evidência, revestida de magia, merece essa credencial. O livro fala de um ícone dos anos 60 e dos valores de um tempo que se foi.  A obra,  bem escrita,  não se trata de  ficção, e nela encontramos todos os instigantes ingredientes da vida real: sonhos, encantos, desencantos, ilusões, desilusões, amores, desamores... A protagonista é de carne e osso e levou o nome do nosso Brasil para todos os recantos do mundo.  Se levarmos em conta que a literatura brasileira tem uma divida imensa para com o resgate das trajetórias das nossas eternas rainhas da beleza, a biografia de Martha Vasconcellos, Miss Bahia, Miss Brasil e Miss Universo 1968, escrita pelo jornalista baiano Roberto Macêdo, é, sim, o livro do ano. Duvido que, dentro do seu estilo, outro possa, pelo menos no meu conceito, superar sua trama.


Roberto Macêdo e Martha Vasconcellos

       Na tarde da última quinta-feira, 09, a convite do deputado Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, estive no salão nobre do Palácio da Associação Comercial da Bahia para o lançamento da biografia de Martha Vasconcellos. A obra é o 42º livro lançado pela Assembleia Legislativa da Bahia, dentro do projeto Gente da Bahia, que homenageia personalidades baianas. São 698 páginas com quase 400 fotografias, a maioria inédita. O livro traz todos os principais acontecimentos da vida da miss, desde o seu nascimento até os dias atuais.

Pausa para um flash depois de Martha ter autografado o meu exemplar, sob os olhares de Fernando Machado e Roberto Macêdo. 

      A chuva forte que caiu sobre Salvador não tirou o brilho do evento, marcado para as 17h30min. Eu e o jornalista Fernando Machado, que viajou comigo no mesmo voo do Recife para a capital baiana, chegamos ao belo Palácio da Associação Comercial da Bahia em torno das 17 horas. Daí a pouco, outras pessoas foram chegando, inclusive missólogos que são amigos meus no Facebook e que eu não conhecia pessoalmente, Genaro Oliveira Pires (Paulo Afonso, BA), Heliana Tenuta  e Oscar Bastos Pereira (Goiana, GO), Romeu GoesWashington Wall Gomes (Salvador, BA). Mais de 500 pessoas prestigiaram a noite sociocultural. Presença de vários familiares de Martha, entre eles os filhos Leonardo e Leilane Vasconcellos Loureiro, frutos do seu casamento com Reinaldo Loureiro. Em torno das 19 horas, Renan Santana, o mestre de cerimônia, deu início à solenidade. 

Marcelo Nilo e Marcos Meirelles Fonseca
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Juliana Pina, Miss Bahia 2006 e Patrícia Godoi, Miss Brasil 1991. (Foto: Fernando Machado)
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Eu, Washington Wall Gomes, Oscar Bastos Pereira e Heliana Tenuta. (Foto: Fernando Machado)
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Romeu Goes e Genaro Oliveira Pires. (Foto: Fernando Machado)
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Irene e Beatriz, mãe e neta de Martha. Beatriz é filha de Leilane e Rodrigo.
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Karina e Leonardo Vasconcellos Loureiro e Leilane e Rodrigo Souza. (Foto: Fernando Machado). 
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     Usaram da palavra Roberto Macêdo, Martha Vasconcellos, Marcelo Nilo (presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia) e Marcos Meirelles da Fonseca (presidente da Associação Comercial da Bahia).  Logo após, começou a noite de autógrafos tendo como fundo musical a flauta de Helena Rodrigues e o violão de Cleudson Passos. Entre as iguarias servidas pelo buffet de Nalva Nascimento, destaque para uma combinação deliciosa que eu não conhecia, beiju com charque.

Eu, Heliana Tenuta, Martha Vasconcellos e Oscar Bastos Pereira

      Na tarde do dia seguinte, num restaurante típico em frente ao mar de Patamares, eu estava entre as pessoas convidadas para almoçar com Martha Vasconcellos e Roberto Macêdo.  Tratavam-se de Eliana Tenuta, Genaro Oliveira Pires, Oscar Bastos Pereira e o senador Fernando Ribeiro (PMDB-PA).
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       “O que desejam como sobremesa?” Perguntou a garçonete.   “Eu quero uma cocada”, respondeu Martha Vasconcellos. “Não tem”, afirmou a funcionária. “Um restaurante típico baiano não ter cocada? Não pode!”, disse Martha com sua voz doce e firme.  A Miss Bahia, Miss Brasil e Miss Universo 1968 não queria nenhuma guloseima sofisticada como sobremesa, apenas uma prosaica cocada.
        Como não admirar a simplicidade de uma rainha assim? Como não apontá-la com exemplo para as misses da atualidade? Como não endeusar a protagonista do livro do ano?

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sábado, 4 de abril de 2015

SESSÃO NOSTALGIA - Quinta-feira irei abraçar Martha Vasconcellos

Daslan Melo Lima

      Na manhã da próxima quinta-feira, 09, se Deus permitir, embarcarei no Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre com destino a Salvador, Bahia. A convite do deputado Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, estarei naquele dia, às 17h30min, no salão nobre da Associação Comercial da Bahia, para o lançamento da biografia de Martha Vasconcellos, Miss Bahia, Miss Brasil e Miss Universo 1968, escrita por Roberto Macêdo. Quem estará no mesmo voo seguindo para o evento é Fernando Machado. Outro jornalista pernambucano, o Muciolo Ferreira, também convidado, deveria seguir viagem conosco, mas está impossibilitado devido aos cuidados com o estado de saúde de sua mãe.


        A obra é o 42º livro lançado pela Assembleia Legislativa da Bahia, dentro do projeto Gente da Bahia, que homenageia personalidades baianas. São 698 páginas com quase 400 fotografias, a maioria inédita. O livro traz todos os principais acontecimentos da vida da miss, desde o seu nascimento até os dias atuais.

Martha Vasconcellos, Miss Bahia 1968
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Martha Vasconcellos, Miss Brasil 1968
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Martha Vasconcellos, Miss Universo 1968
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      Eu já escrevi aqui como se deu o meu primeiro encontro com Martha Vasconcellos, mas não resisto em tocar outra vez no assunto, diante da emoção e da magia que envolve minhas recordações.  Naquele 1968, Martha Vasconcellos veio ao Recife para um desfile no Clube Português. Eu morava no bairro de Afogados e estudava à noite no Ginásio Pernambucano, na rua da Aurora, centro da cidade. Saí de casa logo após o almoço e fui direto para a praça Maciel Pinheiro, onde posicionei-me na frente do Hotel São Domingos. Eu estava frustrado pelo fato de não ter assistido pela televisão a vitória de Martha como Miss Universo. Naquela época, nem todo mundo possuía televisão, tratava-se de uma coisa de luxo, um bem de consumo inacessível para a realidade econômica da maioria dos brasileiros, inclusive para minha família. No dia da transmissão do concurso Miss Universo, uma das poucas vizinhas que possuía televisão não tinha aberto a janela, chateada com as conversas paralelas da garotada durante a exibição do Miss Brasil no mês anterior.

Praça Maciel Pinheiro. No prédio de esquina, à esquerda, funcionava o Hotel São Domingos.

          Voltando ao que eu falava sobre a praça Maciel Pinheiro, a  multidão tomava conta do lugar. De repente, por conta das sirenes dos veículos da polícia militar, todo mundo ficou sabendo que a mulher mais bela do mundo havia chegado. Dezenas e dezenas de policiais ficaram na frente do São Domingos, então um dos hotéis mais chiques de Pernambuco. Martha Vasconcellos estava com imensos óculos escuros e a multidão gritava: Tira ! Tira ! Tira !  Com muito esforço, consegui chegar próximo da porta principal do prédio, ao tempo de ver de perto Martha abrir um sorriso encantador e tirar os óculos. Depois, da sacada do seu apartamento, no segundo andar, ela jogou beijos e acenou para a multidão. Fiquei muito tempo ainda por perto, imaginando como seria fantástico ficar ao lado da Martha e ouvir sua voz falando de sua trajetória de Miss.

          Parece um sonho! Quinta-feira irei abraçar Martha Vasconcellos!”, repete a todo instante o menino alagoano de São José da Laje que um dia eu fui.
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Roberto Macêdo, o biógrafo, e Martha Vasconcelos, o ícone biografado. 
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Para ler (ou reler)  o que já escrevi sobre os meus encontros com Martha Vasconcellos, clique nos links abaixo
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SESSÃO NOSTALGIA, 29/05/2009
SESSÃO NOSTALGIA, 19/10/2013, 

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