VAMOS FAZER A 1º DE NOVEMBRO VIVER HOJE, COMO SE FOSSEM OS SEUS PRIMEIROS DIAS DE EXISTÊNCIA
Senhores Dirigentes. Associados, Músicos, Alunos e Simpatizantes, os dias atuais se afiguram como dos mais difíceis para nossa história, pois os poderes públicos, em especial a Prefeitura Municipal, têm ignorado o valor cultural e o papel social que nossa Banda de Música desempenha na sociedade. Mas vamos reviver os dias passados, onde o sofrimento e os momentos de glórias fizerem da 1º de Novembro o símbolo do denodo, da esperança e da persistência na busca de seus ideais. Prestem bastante atenção para o que nos fala a história desta filarmônica que é o maior patrimônio sociocultural de nossa terra, hoje aos 95 anos de existência.
“A princípio, vivia a bandinha do negro Amaro Jorge numa pobreza franciscana, mas progredia a cada ano que passava e era a única da cidade. As outras haviam desaparecido, até que em 1928 surge a Euterpina Comercial, hoje Associação Musical Euterpina de Timbaúba.
A residência do mestre Amaro, no Alto da Aurora (hoje Rua 21 de fevereiro), servia de sede à 1º de Novembro. Lá à entrada da casa existia uma placa cujo slogan era: “UM POR TODOS E TODOS POR UM!”. Era aí que residia a fortaleza e a força dos que a fundaram e dos músicos que passaram a integrar a neo-filarmônica. Todos se davam as mãos num só objetivo que era fazer com que a banda viesse a crescer a tornar-se respeitada por todos.
Nos ensaios naquele tempo usavam-se candeeiros a querosene e em muitas noites não tinham para quem apelar, pois estava faltando o tão precioso combustível para que as “luminárias” fossem acesas. Os músicos faziam cotas entre si para a compra do gás, a fim de que o conjunto musical não sofresse solução de continuidade e, desta forma, o ensaio se realizava.
Amaro Jorge
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Às vezes era preciso ensaiar durante todos os dias da semana, para poder enfrentar as grandes bandas de Pernambuco e da Paraíba que abrilhantavam as várias festas levadas a efeito em Timbaúba.
Em muitas ocasiões, o mestre Amaro era visto tocando o seu trombone ou bombardino com u’a mão e com a outra regendo a Banda ao mesmo tempo”.
Era um guerreiro, um verdadeiro sinônimo de amor a uma causa que abraçou e a fez crescer com a colaboração, não apenas dos dirigentes e associados abnegados, mas principalmente, pelo apoio incondicional que os músicos lhe davam, vivenciando juntos essa trajetória, dotando Timbaúba com esse patrimônio que nos foi legado e que temos a obrigação de preservá-lo para os pósteros sempre bela e pujante. TUDO DEPENDE DE NÓS. VAMOS NOVAMENTE DAR-NOS AS MÃOS. A 1º de Novembro não é da Diretoria, não é dos associados, não é dos músicos, e muito menos de órgãos públicos... A 1º de Novembro é um patrimônio do povo de Timbaúba e a nós compete-nos mantê-lo vivo para que possamos legar às futuras gerações da forma como nos foi transmitido por nossos antepassados.
Daí, estamos nesse momento conclamando os músicos (todos) para voltarem aos ensaios (5ª feiras e domingos, principalmente os próximos), pois teremos compromisso com certeza no dia 08 de abril, dia em que nossa cidade estará comemorando 139 anos de Emancipação Política. É UM CONCERTO DE RESPONSABILIDADE PARA TODOS NÓS DA BANDA 1º DE NOVEMBRO, visto que é uma forma de dizermos ao povo de nossa terra timbaubense que nossa Banda está viva e se mantém firme em seus objetivos, especialmente a nossos associados que reclamam a ausência da Banda do convívio social de nossa cidade. Esperamos que o SLOGAN do início da fundação desta Entidade ressurja com todo o vigor “UM POR TODOS E TODOS POR UM” SÓ OBJETIVO, OU SEJA:RESGATAR O QUE ESTÁ AMORTECIDO DENTRO DE NÓS QUE FAZEMOS A BANDA MUSICAL 1º DE NOVEMBRO, MAIS PRECISAMENTE ESSE AMOR FERVOROSO QUE PULSA NOS CORAÇÕES DE TODOS. SALVE A PÉ DE CARÁ!!! Este é nosso brado de Esperança em defesa deste Patrimônio que ora parece agonizar ante a insensibilidade dos nossos políticos! Somente Nós, em especial os músicos, podem salvá-lo. BASTA DAR-NOS AS MÃOS...AGORA!!!
Saudações a todos.
Otávio Luiz da Silva Neto
Fernando Andrade Ferreira
Fábio Paz da Silva
Ivanildo Rodrigues de Oliveira
Jean José da Silva
Jorge Luiz da Silva Gomes
Daslan Melo Lima
Manoel Adelino Filho
Manoel Gonçalo de Brito Filho
Sílvio Trajano da Silva
Martinho Virgílio Aguiar
Everaldo José da Silva
Celma Lúcia de Vasconcelos
José da Silva Ramos
Severino Francisco da Silva
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Este texto ressalta plenamente a situação de indiferença com que são tratadas as Bandas de Música de nossa cidade pelo poder público municipal: não apenas da 1.º de Novembro, a tradicional "PÉ DE CARÁ", mas também a Euterpina. Vivemos mendigando o que nos é de direito e esbarramos na burocracia e má vontade dos que dirigem os destinos de nossa terra. O lema "Juntos seremos mais fortes" parece-nos haver excluído a Cultura. Nunca criamos problemas, não deixamos de comparecer aos compromissos para os quais somos convidados, isso sem receber um centavo, buscamos o diálogo, mas somos escanteados. NÃO SABEMOS O PORQUÊ. Esperamos que os dirigentes municipais pensem com mais carinho em nosso caso, visto que Educação e Cultura andam juntas e as Bandas de Músicas desempenham um papel social importantíssimo no município, pois atuam junto às camadas mais pobres da população, e de forma gratuita, oferecem aos jovens a oportunidade de aprenderem uma profissão, resgatando-lhes a dignidade, formando cidadãos úteis sociedade, ao município e ao país. É este o grande trabalho das sociedades musicais de Timbaúba: SEREM ELO NA FORMAÇÃO DA CIDADANIA!
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