sábado, 23 de junho de 2018

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Mané Barbeiro e suas memórias da Copa do Mundo


>>>>> Ele acompanhou com atenção todas as Copas do Mundo, desde a campanha em que o Brasil se sagrou Campeão do Mundo.

         Manoel Joaquim de Araújo, o Mané Barbeiro, aposentado, 85 anos a completar no dia 16 de agosto, nasceu na Fazenda Caldeirão, povoado de Manoel de Matos, em Itabaiana, PB.  Andou descalço até aos 12 anos de idade, quando foi picado por um escorpião e passou a usar chinelos. Aos 16 anos, ganhou seu primeiro par de botas e não sabia como calçar meias, achando que uma seria para o pé direito e outra para o esquerdo. Chegou a fazer um curso de telegrafista e desempenhou tal função como contratado por breve período na estação ferroviária. Aos 18 anos de idade, morou no Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital paulista, exerceu a função de serviços gerais do Conde Francisco Matarazzo, na Av. Paulista.
       Começou a vida profissional de barbeiro em 23/12/1963, no Salão Le Fígaro, do Mestre Emídio, vizinho da Igreja Matriz. Detalhe: o nome Le Fígaro foi ideia do jornalista Jáder de Andrade.  O ponto comercial mudou-se para o atual endereço, na Praça João Pessoa, em 1981. Ao todo, trabalhou 45 anos como barbeiro e só se aposentou por conta da visão. Operou-se de catarata e está bem. Tem orgulho de ter tido como clientes personalidades que marcaram época em Timbaúba, a exemplo de Monsenhor Marques da Fonseca, Prof. José Mendes da Silva, Sebastião Romildo do Vale e Dr. Irajá D’Almeida Lins. “Ninguém oferece a cara e o cabelo para qualquer um”, declara. Viúvo de Maria da Soledade Araújo, que lhe deu quatro filhos (Vanda, Vera, Vilma, Maria José, José Antônio e Luiz Claudio), leva hoje uma vida tranquila no bairro da Vila da Cohab, onde relembrou para a TIMBAÚBA EM FOCO suas memórias da Copa do Mundo.
      As transmissões das primeiras Copas do Mundo paravam a cidade. Não havia televisão. Todo mundo ouvia através do rádio. Depois, quando a televisão chegou à Timbaúba, era uma festa, mas só os ricos possuíam um aparelho. As calçadas ficavam repletas de curiosos, os “televizinhos”, assistindo aos jogos nas calçadas.  
      Lembro de todos os ídolos brasileiros que marcaram época nas Copas do Mundo. Por ordem alfabética, se eu tivesse de escalar os titulares e reservas de todos os tempos, minha lista seria esta: Ademir da Guia, Belini, Carlos Alberto Torres, De Sordi, Djalma Santos, Falcão, Gilmar, Garrincha, Gerson, Julinho Botelho, Jairzinho, Jair da Rosa Pinto, Nilton Santos, Pelé, Rivelino, Rivaldo, Sócrates, Tostão, Vavá, Zé Maria, Zagalo e Zico.        A mais decepcionante Copa do Mundo foi a de 1966, na Inglaterra, pior do que os sete gols sofridos diante da Alemanha em 2014. Quando morei em São Paulo, tive a oportunidade de conferir as atuações de Djalma Santos, Gilmar, Ademir da Guia, Didi e Julinho Botelho
     Espero que o Brasil vença a Copa do Mundo deste ano. Será o presente do destino para os meus 85 anos de idade.

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Daslan Melo Lima
Página de COMPORTAMENTO da revista TIMBAÚBA EM FOCO, junho/2018

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