sábado, 30 de junho de 2018

Copa do Mundo, mil gols de poesia



O vento faz a festa com as bandeirinhas de São João. 
Por causa da Copa do Mundo, 
predominam o verde e o amarelo. 
Todo santo dia, 
Vento x Bandeirinhas fazem mil gols de poesia.
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 - Daslan Melo Lima, na Rua de São Pedro, Timbaúba, Pernambuco


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DE OLHO NO PASSADO - Manchete, nº 183, 22/10/1955

Capa - Nora Kovach, a bailaria que fez sucesso no Municipal.
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O amor dança com eles - Abrindo a temporada oficial de bailados deste ano, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro apresentou o casal de primeiros bailarinos Nora Kovach e Istvan Rabowsky. Ele e ela são naturais da Hungria e radicados nos Estados Unidos. 
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A beleza é nossa - Sete moças bonitas estiveram em visita à refinaria de Manaus. São elas: Maria José Pacheco, Miss Rio Grande do Norte; Maria Aparecida Benz, Miss Minas Gerais; Simei Bílio, Miss Maranhão; Gilda Medeiros, Miss Pará; Elvira Wilberg, Miss Distrito Federal; Anette Stone, Miss Amazonas; e Ethel Chiaroni, Miss São Paulo. As moças se interessaram em aprender como se faz o refinamento do petróleo. Depois, posaram assim, em grupo, pondo uma doce nota de beleza ao pé do progresso. 
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São Paulo, paraíso dos nordestinos -  O Estado mantem, há 67 anos, o mais perfeito e completo serviço brasileiro de assistências aos imigrantes, gastando, anualmente, 30 milhões de cruzeiros. Na Hospedaria dos Imigrantes, o governo paulista presta, desde 1888, a mais completa assistência aos trabalhadores nordestinos que procuram o Estado de São Paulo. 
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Lambretta -  Cilindrada: 148cc - Potência: 6 HP - Velocidade máxima: 80 Km por hora - Consumo: 55 km com 1 litro de gasolina - Autonomia: 330 Km - Peso: 75 Kg.

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Aos pés de uma escada



          Nos quinze anos de Virgínia (atrás da garota de blusa escura com corrente no pescoço), filha do poeta João Feliciano (1917-1982) e Alga Marina de Oliveira Feliciano, reuniram-se  Gustavo, Marcelo, Laureano, Ana Glória, Zelma, Dalvinha, Nelma, Rômulo, Gilma, Pompéia, Milinha, Flávia e Verônica
            Catorze jovens, catorze destinos posando para a posteridade na  escada do belo casarão da rua Walfredo Ferreira Lima, 73, onde funciona hoje a subseção da OAB-PE. 
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 "A Escada era a plateia de concursos de miss e os jogos da seleção brasileira com direito a pipoca e licor de jenipapo. Eternas recordações. No terraço da frente, som ao violão, Jeca e Itamar. No terraço de trás, lanchinhos de sapoti, goiaba, delicia de abacaxi, beijo gelado, bolo de rolo, doce de jaca, doce de batata doce e algumas frutas da fruteira da copa/cozinha E o piano debaixo  da escada ao som de Música para Elisa,  com o pianista Tales. Grandes momentos."
- Teotônio Monteiro.
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"O movimento de entra e sai nessa casa de adolescentes era grande. Em pouco tempo nasceu um grande bloco, o Morcego, com letra de João Feliciano e música de Damião. As fantasias eram todas costuradas nessa casa com a coordenação de D.Alguinha. Entre tapas e beijos para ganhar as fantasias destaques. E reviver Timbaúba nos anos dourados."
Ana Gloria Araújo.
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          Quantas histórias guardam a memória do casarão? Talvez um velho objeto que inspirou o poeta João Feliciano a compor o soneto abaixo pudesse contar.  
O Relógio

Na parede o relógio pendurado,
Indiferente, sádico, sisudo;
Monstro faminto, frio, calculado,
Esvaziando do tempo o conteúdo.

Contemplo, nesta noite, apavorado,
Sem coração, metálico, desnudo;
E sinto o peito como transpassado
Por pérfido punhal pontiagudo.

Se pudesse quebrar estas amarras
E o tempo libertar das suas garras,
Certo o faria em menos de um segundo.

Alma gelada e pela dor convulsa,
Sinto crescer em mim forte repulsa
Por todos os relógios deste mundo.

         
         Aos pés de uma escada do velho casarão, em vão tento decifrar mistérios da vida e da morte. E fico a fantasiar que nesta escada tenha surgido a inspiração para o poeta João Feliciano compor o poema que se segue.

Árvore Velha

Ontem revi tristinha, desfolhada,
Exposta à rigidez do sol a pino,
A árvore em cuja sombra camarada
Traquinei nos meus tempos de menino!

Como parece longa a caminhada
Que separou do seu o meu destino!
Como era doce o fruto purpurino!
Que lhe roubava à custa de pedrada!

Falei-lhe, então, dos muitos desenganos
Que a vida reservou-me nestes anos...
Minha voz embargou-se, e, nesse instante

Ali fundidos duas vidas:
Ela chorava seiva fecundante,
E eu derramava lágrimas sentidas!

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Imagem antiga: acervo de Ana Glória Ferreira de Araújo
Fotos atuais: DML/PASSARELA CULTURAL
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PASSARELA CULTURAL - 14 ANOS

      PASSARELA CULTURAL chega nesta segunda-feira, 02 de julho, aos 14 anos de fundação.    Tudo começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, coluna sociocultural do extinto site Timbafest, editado por Walfredo Silva. Em 12/10/2007, a coluna migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, com o apoio do cearense Evandro Silva, editor do missesnapassarela.blogspot.com.br, que me ensinou como produzir um blog. 
          PASSARELA CULTURAL tem uma visibilidade impressa através da revista TIMBAÚBA EM FOCO, onde edito matérias que também são postadas no blog. Duas secções deste site  são os maiores destaques: DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO, sobre a cena sociocultural de Timbaúba, minha pernambucana terra adotiva, e SESSÃO NOSTALGIA, focalizando antigos concursos de Misses, uma das minhas paixões. A propósito dessa última, desejo registrar o meu reconhecimento a duas personalidades que me incentivaram a escrever sobre o assunto: Dido Borges Roberto Macêdo, editor do Miss News, missnews.com.br .
       Muito grato pela atenção de todos. Continuem acessando PASSARELA CULTURAL. Um abraço e dias iluminados. 
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– Daslan Melo Lima

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SESSÃO NOSTALGIA – Tatiana Paula Alves, Miss Brasil Beleza Internacional 1993, enxuta na água e na passarela


Daslan Melo Lima

          Naquela tarde de final de setembro de 1993, diante de um “sebo”, no centro do Recife, a chamada de capa de uma Manchete despertou minha atenção: “Ana Paula Arósio, a mulher mais bonita do Brasil”. Comprei o exemplar apenas para saber mais sobre a modelo, sem imaginar que iria encontrar uma reportagem focalizando a mineira Tatiana Paula Alves, eleita Miss Brasil para o concurso Miss Beleza Internacional 1993.



Tatiana Paula Alves, Miss Brasil Beleza Internacional 1993

          A época era de pouco espaço na mídia para as misses, comparando com os anos  das décadas anteriores, quando O Cruzeiro, Manchete, Mundo Ilustrado e Fatos & Fotos dedicavam várias páginas ao assunto.  
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Tatiana, Miss Brasil 93
Enxuta na água e na passarela

Manchete, Ano 42, Nº 2.157, Rio de Janeiro, 07 de agosto de 1993 - Reportagem de José Rodolpho Câmara - Fotos de João Mário Nunes

Ela foi campeã brasileira de natação em 1992 e ainda hoje nada 6 mil metros por dia. Agora, na passarela, a bela Tatiana conquista a faixa de Miss Brasil e resgata, com as colegas, o brilho desta festa típica dos anos 60.


         A época é mesmo de reviver. Depois de dance music, das calças boca-de-sino e do velho Fusca, um outro sucesso do passado volta a ganhar espaço: é o concurso de Miss Brasil – que tanto mobilizou a opinião pública dos anos 50 e 60 – resgatado, no último sábado, em Santa Catarina, quando mais de mil pessoas lotaram o Teatro Centro Integrado de Cultura, para aplaudir a vencedora, Tatiana Paula Alves, de Minas Gerais. Aos 18 anos e com 1,80m de altura, esta mineira de Divinópolis, que é fã de Kevin Costner e estuda arquitetura em Belo Horizonte, representou o Brasil no Campeonato Mundial de Natação de 91, na Suíça, e em 1992 foi campeã brasileira na modalidade, que pratica desde os seis anos de idade.
        Dona de um corpo escultural, Tatiana nada diariamente cerca de 6 mil metros, e jamais havia pensado em ser miss. Entrou no concurso de brincadeira e agora se prepara para a disputa internacional, no Japão, dia 9 de outubro.
      Criado em 1954, quando deu a vitória à inesquecível Martha Rocha, o concurso atravessou fases distintas, que foram do mais alto prestígio à banalização.
        Desta vez, a festa contou com a coordenação geral de Paulo Max – a quem pertence a licença americana para realização do evento no Brasil – e com a apresentação de Marly Bueno, que foi a apresentadora oficial do Maracanãzinho, até 1971.  Vestida de metalúrgica, Tatiana representou o Estado de Minas Gerais entre outras 26 candidatas, diante de um corpo de jurados constituído de 12 personalidades e presidido pela primeira dama de Santa Catarina, Vera Kleinubing. Entre os notáveis do júri, a Miss Mundo de 71, Lúcia Peterlle, e a Miss Universo de 68, Martha Vasconcellos. 

Teatro do Centro Integrado de Cultura de Florianópolis, 31/07/1993 - Top 5 do Miss Brasil Beleza Internacional 1993 - Da esquerda para a direita: Sábata Manoela Souza de Andrade, Miss Sergipe (segundo lugar); Alessandra Santiago Bonotto, Miss Rio Grande do Sul (terceiro); Mônica Guimarães Ferreira, Miss Paraná; Tatiana Paula Alves, Miss Minas Gerais (primeiro lugar); e Roselaine Ribeiro, Miss Bahia. ***** Direção e Realização: Danilo D´Avila & Paulo Max Produções - Coordenação: Moacir Benvenutti. Evento transmitido ao vivo pela CNT.

     A promoção foi de Danilo D’Ávila e as cinco finalistas – que discursaram sobre seus estados de origem – foram aplaudidas com o mesmo entusiasmo dos anos cinquenta. O segundo lugar coube a Miss Sergipe, Sábata Manoela Souza de Andrade, e o terceiro ficou com a representante do Rio Grande do Sul, Alessandra Santiago Bonotto.
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        A reportagem da Manchete dava a entender que Tatiana representaria o País no Miss Universo, e não no Miss Beleza Internacional. O Miss Universo tinha sido realizado no dia 21 de maio, no México, tendo a gaúcha Leila Schuster obtido classificação entre as semifinalistas (Top 10). 
      Tatiana Paula Alves não conseguiu se classificar no Miss Internacional (Miss Beleza Internacional). Ela hoje é uma  profissional muito conceituada. Graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, e fez pós-graduação na área de Energia e Sustentabilidade na mesma instituição. Atua na área de arquitetura no desenvolvimento, coordenação e gestão de projetos corporativos/industriais. Tem experiência em docência pelo Centro Universitário UNA, além de Mestrado em Ciências Técnicas Nucleares e Doutorado em Engenharia Mecânica, ambos pela UFMG. Ainda: Teaching and Learning in High Education (Carga horária de 270h), University of Tampere, UTA, Finlândia. 
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Ana Paula Arósio na capa da Manchete, Ano 42, Nº 2.157, Rio de Janeiro, 07 de agosto de 1993.

      Vinte e cinco anos depois, as misses no Brasil continuam sem aquela visibilidade esperada pelos missólogos nas grandes revistas. Ainda bem que a internet, com seus sites especializados e redes sociais, compensa um pouco a lacuna deixada pelas saudosas O Cruzeiro, Manchete, Mundo Ilustrado  e Fatos & Fotos
         Ana Paula Arósio foi digna daquela capa da Manchete, mas em seu lugar a Bloch Editores S.A. poderia ter colocado Tatiana Paula Alves, Miss Brasil Beleza Internacional 1993, enxuta na água e na passarela. Miss para sempre Miss.     

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sábado, 23 de junho de 2018

"Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem."



PARA UMA QUINTA-FEIRA
"Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem." (Salmo 43, 3)
A casinha traz a serenidade do azul do mar quando passo cedo a caminhar, enquanto um gato branco remete à paz que o planeta precisa. Não sei o que me espera o novo dia que começa, mas a fé em Deus e um gole de poesia são suficientes para renovar o meu dia a dia. 
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- Daslan Melo Lima. Timbaúba, PE, 21/06/2018
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SÃO JOÃO LUZ
Domingo nordestino feito de bandeirinhas de São João. 
Domingo brasileiro feito de expectativas sobre a Copa do Mundo. 
Domingo em mim feito do resultado de mil realizações e ilusões. 
Domingo onde me permito diluir sombras ao vento e abraçar a luz do momento. Domingo feito de anjos invisíveis e de alma leve, tal qual o balé das bandeirinhas de São João. 
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- Daslan Melo Lima, Timbaúba, Pernambuco, 17/06/2018

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DE OLHO NO PASSADO - Manchete, Ano 12, Nº 635, 20/06/1964

Sônia Clara, de repente uma estrela - Ela conseguiu o mais difícil: estreou com êxito em Mary Mary, produção de vulto, ao lado de Fernanda Montenegro. Fazendo o papel da sofisticada e elegante Tiffy Taylor, Sônia Clara dá o seu showzinho particular de encanto, merecendo as palmas que consagram cada representação do elenco do Teatro Copacabana. No entanto, é esta a sua primeira experiência teatral.  Antes, era era uma simples moça de Copacabana, queimada de sol, estudiosa, sem grandes planos artísticos. O acaso fez com que Oscar Ornstein a visse, justamente quando procurava uma atriz cujo tipo físico se ajustasse ao da personagem Tiffy. Veio o convite perturbador: "Quer ser atriz de teatro?" Ela jamais havia pensado nisso, mas prometeu falar sobre o assunto ao papai. Este, depois de rápida hesitação, concordou. Resultado: nasce uma estrela que tem recebido, com rara insistência, propostas para fazer cinema. Mas, por ora, ela prefere permanecer no palco.  
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Castelo, Cidadão do Nordeste - Nas 48 horas que permaneceu na capital de Pernambuco, o Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco assistiu a uma parada, proferiu cinco importante discursos, visitou vários estabelecimentos militares, participou de dois banquetes, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa e prometeu voltar, em agosto, ao Nordeste, dessa vez para visitar o Rio Grande do Norte. O presidente recebeu títulos de Cidadão do Recife, Cidadão de Pernamvbuco e a medalha de Métito Guararaprds. 
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A moda no palco - Aproveitando a atual voga dos tecidos mais leves, Maria Augusta Teixeira criou este modelo especialmente para Tônia Carrrero, de amarelo, à esquerda. Nathália Timberg, que prefere a roupa esporte, escolheu o seu tailleur, na Mayfair, em linhas clássicas. 
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Ah!Estão sorrindo... Estão felizes! - Propaganda do creme dental Kolynos.

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Mané Barbeiro e suas memórias da Copa do Mundo


>>>>> Ele acompanhou com atenção todas as Copas do Mundo, desde a campanha em que o Brasil se sagrou Campeão do Mundo.

         Manoel Joaquim de Araújo, o Mané Barbeiro, aposentado, 85 anos a completar no dia 16 de agosto, nasceu na Fazenda Caldeirão, povoado de Manoel de Matos, em Itabaiana, PB.  Andou descalço até aos 12 anos de idade, quando foi picado por um escorpião e passou a usar chinelos. Aos 16 anos, ganhou seu primeiro par de botas e não sabia como calçar meias, achando que uma seria para o pé direito e outra para o esquerdo. Chegou a fazer um curso de telegrafista e desempenhou tal função como contratado por breve período na estação ferroviária. Aos 18 anos de idade, morou no Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital paulista, exerceu a função de serviços gerais do Conde Francisco Matarazzo, na Av. Paulista.
       Começou a vida profissional de barbeiro em 23/12/1963, no Salão Le Fígaro, do Mestre Emídio, vizinho da Igreja Matriz. Detalhe: o nome Le Fígaro foi ideia do jornalista Jáder de Andrade.  O ponto comercial mudou-se para o atual endereço, na Praça João Pessoa, em 1981. Ao todo, trabalhou 45 anos como barbeiro e só se aposentou por conta da visão. Operou-se de catarata e está bem. Tem orgulho de ter tido como clientes personalidades que marcaram época em Timbaúba, a exemplo de Monsenhor Marques da Fonseca, Prof. José Mendes da Silva, Sebastião Romildo do Vale e Dr. Irajá D’Almeida Lins. “Ninguém oferece a cara e o cabelo para qualquer um”, declara. Viúvo de Maria da Soledade Araújo, que lhe deu quatro filhos (Vanda, Vera, Vilma, Maria José, José Antônio e Luiz Claudio), leva hoje uma vida tranquila no bairro da Vila da Cohab, onde relembrou para a TIMBAÚBA EM FOCO suas memórias da Copa do Mundo.
      As transmissões das primeiras Copas do Mundo paravam a cidade. Não havia televisão. Todo mundo ouvia através do rádio. Depois, quando a televisão chegou à Timbaúba, era uma festa, mas só os ricos possuíam um aparelho. As calçadas ficavam repletas de curiosos, os “televizinhos”, assistindo aos jogos nas calçadas.  
      Lembro de todos os ídolos brasileiros que marcaram época nas Copas do Mundo. Por ordem alfabética, se eu tivesse de escalar os titulares e reservas de todos os tempos, minha lista seria esta: Ademir da Guia, Belini, Carlos Alberto Torres, De Sordi, Djalma Santos, Falcão, Gilmar, Garrincha, Gerson, Julinho Botelho, Jairzinho, Jair da Rosa Pinto, Nilton Santos, Pelé, Rivelino, Rivaldo, Sócrates, Tostão, Vavá, Zé Maria, Zagalo e Zico.        A mais decepcionante Copa do Mundo foi a de 1966, na Inglaterra, pior do que os sete gols sofridos diante da Alemanha em 2014. Quando morei em São Paulo, tive a oportunidade de conferir as atuações de Djalma Santos, Gilmar, Ademir da Guia, Didi e Julinho Botelho
     Espero que o Brasil vença a Copa do Mundo deste ano. Será o presente do destino para os meus 85 anos de idade.

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Daslan Melo Lima
Página de COMPORTAMENTO da revista TIMBAÚBA EM FOCO, junho/2018

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SESSÃO NOSTALGIA - Quando os concursos de misses no Brasil eram tão importantes como a Copa do Mundo


      

                
Daslan Melo Lima

          Em tempo de Copa do Mundo sendo realizada na Rússia, vamos recordar a época onde os concursos de misses despertavam tanta importância no Brasil quanto o Campeonato Mundial de Futebol. 
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Túnel do Tempo
1958 

       A revista O Cruzeiro, que circulava há 30 anos, tinha tiragens semanais que chegavam a  500.000 exemplares. Seus diretores promoveram um encontro dos campeões do mundo com Adalgisa Colombo, Miss Brasil e Ana Maria Carvalho, Miss Bahia. Os fotógrafos deram ênfase aos abraços delas em Bellini, o mais belo dos jogadores. Antes disso, Adalgisa Colombo tinha sido capa ao lado de Teresinha Morango, Miss Amazonas, Miss Brasil e Vice-Miss Universo 1957. 


"Extra! As vitórias do Brasil na VI Copa do Mundo" era a única chamada da capa com Teresinha Morango, Miss Brasil 1957, coroando Adalgisa Colombo, Miss Brasil 1958.
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Brasil, Campeão Mundial de Futebol na SuéciaCruzeiro, 12/07/1958. Na capa, Hilderaldo Luiz Bellini (1930-2014), capitão da Seleção Brasileira de Futebol, e Adalgisa Colombo (1940-2013), Miss Distrito Federal, Miss Brasil e Vice-Miss Universo 1958. 
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Adalgisa Colombo beija o rosto de  Bellini e segura com ele a Taça Jules Rimet.
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Ana Maria Carvalho, Miss Bahia, e Bellini.
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Túnel do Tempo
1962


Brasil, Bicampeão Mundial de Futebol no Chile - "O Final da Copa", eis a chamada principal, mas quem estava na capa da O CruzeiroMaria Olívia Rebouças Cavalcanti, Miss Bahia, sendo coroada Miss Brasil 1962 pela gaúcha Vera Maria Brauner (1942-2012), Vice-Miss Brasil e Vice-Miss Beleza Internacional 1961.
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O Brasil era bicampeão mundial de futebol, mas Maria Olívia Rebouças Cavalcanti dividia a capa da Manchete com Mauro Ramos de Oliveira (1930-2002). 
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Túnel do Tempo
1966


Brasil, décimo primeiro colocado na Copa do Mundo da Inglaterra -  Garrincha (1933-1983) e Pelé, autores dos dois gols do Brasil na vitória contra a Bulgária, em Liverpool, Inglaterra, estavam na capa da Manchete. Misses em Miami, no entanto, era a segunda chamada de destaque e a reportagem trazia sete fotos de Ana Cristina Ridzi (1947-2015), Miss Guanabara e Miss Brasil 1966.


Ana Cristina Ridzi.
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Sônia Maria Ohana
, eleita Miss Futebol (Rainha da Seleção Brasileira de Futebol 1966). Viajou para Londres representando a mulher brasileira na Copa do Mundo. No ano seguinte, na condição de Miss Pará, ficou em terceiro lugar no Miss Brasil 1967.
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Túnel do Tempo 
1970


Brasil, Tricampeão Mundial de Futebol no México - A Seleção Brasileira de Futebol brilhava rumo ao tricampeonato mundial, mas quem estava na capa da O Cruzeiro era o Top 3 do Miss Guanabara 1970. Da esquerda para a direita: Maria Helena Leal Lopes (Miss Telefônica Atlético Clube, segundo lugar), Eliane Fialho Thompson (Miss Floresta Country Club, primeiro) e Sônia Silva (Miss Renascença Clube, terceiro lugar).
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O País festejava a conquista do tricampeonato, porém a Manchete colocou na capa Eliane Fialho Thompson, Miss Guanabara, eleita Miss Brasil 1970. 
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        Timbaúba, Pernambuco, Brasil, 23/06/2018. A amazonense Mayra Benita Alves Dias foi eleita Miss Brasil 2018 no dia 26 de maio. A Seleção Brasileira de Futebol está na Rússia, de olho na conquista do hexacampeonato. 

Mayra Dias, Miss Brasil 2018
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Seleção Brasileira de Futebol 2018
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       Os fogos juninos estouram lá fora. A fumaça de uma fogueira da vizinhança me faz espirrar. 
             Mayra Dias será Miss Universo? A Seleção Brasileira de Futebol voltará ao País vitoriosa?  Não sei. Só sei que sinto uma saudade imensa daqueles anos em que os concursos de misses no Brasil despertavam as mesmas atenções dadas à Copa do Mundo.

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sábado, 16 de junho de 2018

Bandeirinhas de São João, maravilhas ao vento


         Sou fascinado por esta época do ano, quando as singelas bandeirinhas de São João decoram as ruas e praças. 
      Caminho lentamente recitando versos de um poeta piauiense, o Mário Faustino (1930-1962): "Maravilha do vento soprando sobre a maravilha / de estar vivo e capaz de sentir / maravilhas no vento." 
      Enquanto bebo um gole de emoções inacabadas, danço um forró imaginário, no ritmo cadenciado das bandeirinhas que dançam com o vento. 


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Daslan Melo Lima 
Praça Prof. José Mendes da Silva, Timbaúba, Pernambuco, 12/06/2018.


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