O poeta mineiro Carlos Drummond de
Andrade (1902-1987) jamais imaginaria que o seu poema “Lira Itabirana” seria profético.
O rompimento das barragens da empresa Vale-Samacro, em Minas Gerais, é uma tragédia sem precedentes na história do meio ambiente brasileiro. O quadro é sombrio e pode resultar no fim
do Rio Doce.
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
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"Só há felicidade se não exigirmos nada do amanhã e aceitarmos do hoje, com gratidão, o que nos trouxer. A hora mágica chega sempre."
- Herman Hesse (1877-1962), escritor alemão naturalizado suiço.
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Um comentário:
O descaso do Governo...Samarco envolvida com propina,lama como sustentáculo...é Brasil.Ninguém vai trazer de volta,as vidas que a ganância tirou.O rio é doce,o brasileiro egoísta o tornou amargo.Abraços,Jap
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