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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

AS PESSOAS QUE SOMOS AGORA

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Hoje é o aniversário de uma personalidade iluminada, Sophia Loren,
a menina pobre italiana que se tornou um ícone do cinema internacional.
Ela chega aos 87 anos de idade dando sábias lições de vida.
“Nunca tentei bloquear as memórias do passado, embora algumas sejam dolorosas. Não entendo as pessoas que se escondem de seu passado. Tudo o que você viveu fez você a pessoa que você é agora”.
Um abraço
para você, leitor, leitora, e dias abençoados.
Tudo que vivemos fez sermos as pessoas que somos agora.
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Daslan Melo Lima
Timbaúba, PE
20.09.2021

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domingo, 12 de setembro de 2021

SESSÃO NOSTALGIA - Marthina Brandt, quando uma Miss casa de branco




Daslan Melo Lima



Marthina Brandt
, a gaúcha que foi eleita Miss Brasil 2015, Top 15 no concurso Miss Universo daquele ano, casou com o empresário Gabriel Rocha Kanner na tarde da última sexta-feira, 10, na Capelinha do Morumbi, em São Paulo, SP, durante cerimônia realizada pelo padre Davi da Cruz

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“Nunca sonhei em casar em uma grande igreja. Sempre quis casar em uma cerimônia mais intimista. Por isso, nossa cerimônia foi somente para a família, com apenas 50 pessoas", afirmou a noiva.

A cerimônia religiosa era um desejo do casal. "Eu e Gabriel somos católicos e, nesse momento com Deus, faz sentido estarmos muito próximos dos familiares. Sempre passei por essa igreja e a achava acolhedora, combinou perfeitamente com a nossa proposta intimista”, declarou a empresária.



MÃO NA MASSA - Marthina revela que decidiu ela mesma preparar o bolo do casamento. “Eu que fiz o bolo. Acredito que é muito mais significativo poder fazer algumas coisas de forma mais caseira, participar de verdade do processo. Venho do interior do Rio Grande do Sul e cresci em uma família de origem alemã, que adora receber as pessoas com muita fartura, é claro. Fazer o bolo do meu casamento vai ser uma maneira de retribuir o carinho que toda a família tem conosco. Sempre me garanti na cozinha, espero não ser diferente agora."

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VESTIDO DE NOIVA - Marthina usou um vestido assinado por Samuel Cirnanscki. "Ela sempre falava de sofisticação, leveza, romantismo, delicadeza e moda. Quando apresentei a peça, foi amor à primeira vista. Foi lindo presenciar esse momento mágico e único, fiquei feliz e agradecido por participar. O vestido da cerimônia religiosa é formado por corselet, gola alta e mangas longas de renda ‘chantilly’, com aplicação de rendas com sutache rebordadas com cristais e basque com a mesma aplicação. A saia removível foi feita de crinol e também renda ‘chantilly’, com rendas com sutache e flores 3D, rebordadas com cristais."
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Texto:
Imagens: Acervo de Marthina Brandt
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O casamento de uma Miss Brasil nas décadas de 1950 e 1960 era um acontecimento que despertava a atenção do todo país. Se por um lado os tempos são outros, o nupcial de Marthina Brandt fez festa nos corações das pessoas saudosistas. 

Guardando as devidas proporções, tal como no passado, Marthina Brandt é a "Miss Princesa". Seu casamento foi um capítulo de romance e sonho  como aqueles dos melhores contos de fadas.  

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terça-feira, 7 de setembro de 2021

É SETEMBRO OUTRA VEZ



Sob o céu azul,
intensamente azul,
meu pé de manga-rosa anuncia
que será generosa a próxima safra
dos seus deliciosos frutos.

Minh'alma se banha de azul
e leve fica,
enquanto saboreio a musicalidade
do nono mês do ano.
Setembro, se-tem-bro, september...

Deixa-me que te louve,
setembro amado,
na ilusão de que um dia
todos os desencantos
se diluam em doce poesia.



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Daslan Melo Lima
Timbaúba, PE
02.09.2021

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

SESSÃO NOSTALGIA - De 1990 a 1994, os anos atípicos do concurso Miss Pernambuco

Daslan Melo Lima 

O ano era 1990.  Todos estavam acostumados com a visibilidade de um concurso que enviava a vencedora para disputar o título de Miss Universo Brasil, mas eis que tem início uma fase confusa no cenário da beleza pernambucana.    

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MISS PERNAMBUCO 1990

 Ana Cláudia Pessoa Romão



Ana Cláudia Pessoa Romão representou a Caixa Econômica Federal.  Não houve o concurso Miss Universo Brasil e o país não enviou representante ao Miss Universo. Ana Cláudia participou do Miss Brasil Mundo 1990 e ficou em terceiro lugar. 

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MISS PERNAMBUCO 1991

Maria Bethânia Gonçalves



Maria Bethânia Gonçalves representou a cidade de Camocim de São Félix.  Foi semifinalista no Miss Brasil Mundo 1991. Não participou do Miss Universo Brasil 1991, responsabilidade que ficou com Ana Cristina de Medeiros, Miss Universo Pernambuco 1989.

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MISS PERNAMBUCO 1992

Karine Tavares



Karine Tavares representou o Clube Náutico Capibaribe. Participou do  Miss Mundo Brasil 1992, realizado em Maceió, AL, onde foi a grande favorita, mas ficou como finalista (Top 5). Quem disputou o Miss Universo Brasil 1992 foi Ana Cláudia Pessoa Romão, semifinalista (Top 12), que já tinha sido eleita Miss Pernambuco Mundo 1990.

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MISS PERNAMBUCO 1993

Núbia Rejane Santana 



Núbia Rejane Santana foi a segunda colocada no Miss Universo Pernambuco 1993, como representante da cidade de São Lourenço da Mata. Ficou como titular porque Ilma Aquino, Miss Camaragibe, primeira classificada, perdeu o título um dia depois de tê-lo conquistado, pelo fato de ser menor de idade. Núbia Rejane participou do certame Miss Brasil Mundo 1993. 

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MISS PERNAMBUCO 1994

Andresa Paiva



Andresa Paiva representou a cidade de Paulista. Foi a Miss Simpatia no Miss Brasil Mundo 1994. Núbia Rejane Santana, Miss Universo Pernambuco 1993, acabou sendo enviada para o Miss Universo Brasil 1994.

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Hoje, praticamente estamos acostumados com as nomenclaturas de Miss Universo Brasil, Miss Mundo Brasil, Miss Universo Pernambuco e Miss Pernambuco Mundo. Mas ainda há quem estranhe. Espero que esta SESSÃO NOSTALGIA tenha contribuído para esclarecer os anos atípicos do concurso Miss Pernambuco. 


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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

É AGOSTO OUTRA VEZ



Cedo acordo com o frio
e a doce música do
Mensageiro dos Ventos.
É agosto outra vez,
o mês que rima com gosto e desgosto,
embora todos os meses
possam trazer desgosto e gosto.
Sob um céu de brigadeiro,
em meio ao frio,
ao vento e às crendices de agosto,
meu pé de manga-rosa promete uma nova safra,
muito doce e a gosto.
É agosto outra vez.
Assim seja, Senhor do Universo.

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Daslan Melo Lima
Timbaúba, PE
02.08.2021

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Revista Timbaúba em Foco, julho/2021



Já está circulando a nova edição da revista TIMBAÚBA EM FOCO, número 111, julho/2021.
A seleção de páginas anexas é uma amostra do conteúdo da publicação.
Em clima do Dia dos Pais, pausa para uma reflexão de Sigmund Freud contida na coluna "Conexão":
"Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de se sentir protegida por um pai".
O ponto de apoio de vendas da revista fica na Banca Alternativa, Mercado Público, box 153.






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SESSÃO NOSTALGIA - A Zona Norte carioca na "guerra" da beleza de 1959

Daslan Melo Lima


Manchete Esportiva, Ano IV, número 185, segunda quinzena, junho de 1959.   
Na capa, Orlando Peçanha de Carvalho (1935-2010), craque do Club de Regatas Vasco da Gama, campeão mundial pelo Brasil, e sua noiva Marlene.
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Embora focada em assuntos esportivos, nada impedia que belas garotas cariocas aparecessem nas páginas da "Manchete Esportiva", quinzenalmente nas bancas de revistas, nas décadas de 1950 e 1960. Editada pela Bloch Editores, a empresa também era responsável pela publicação semanal da Manchete, repleta de assuntos diversos. 


E foi na Manchete Esportiva da segunda quinzena de junho de 1959, na coluna "Alô, Zona Norte", do jornalista Carlos Renato, que quatro jovens, oriundas de bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, e que tinham disputado o título de Miss Distrito Federal 1959, apareceram mais belas do que nunca.
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Nilda Vasconcelos, Miss Riachuelo Tênis Clube.
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Stela Maris, Miss América Futebol Clube.
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Lila, Miss Grajaú Tênis Clube.
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Vera Ribeiro, Miss Vila Isabel
eleita depois Miss Brasil e finalista (Top 5, quinto lugar) no Miss Universo 1959.
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E para concluir esta seção, vamos ouvir Elizete Cardoso (1920-1990) cantando "Feitiço da Vila", de Noel Rosa (1910-1937) e Oswaldo Gogliano, o  Vadico (1910 - 1962). Clique, https://www.youtube.com/watch?v=Oe5YX_novB0

Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila / Ao abraçar o samba / Que faz dançar os galhos do arvoredo / e faz a lua nascer mais cedo.
Lá, em Vila Isabel / Quem é bacharel / Não tem medo de bamba / São Paulo dá café / Minas dá leite / E a Vila Isabel dá samba.
A vila tem um feitiço sem farofa / Sem vela e sem vintém / Que nos faz bem / Tendo nome de princesa / Transformou o samba / Num feitiço decente / Que prende a gente. O sol da Vila é triste / Samba não assiste / Porque a gente implora / Sol, pelo amor de Deus / não vem agora / que as morenas / vão logo embora. Eu sei por onde passo / Sei tudo o que faço / Paixão não me aniquila / Mas, tenho que dizer / Modéstia à parte / Meus senhores / Eu sou da Vila!

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    domingo, 1 de agosto de 2021

    SESSÃO NOSTALGIA - Laura Angélica e a Tríplice Coroa de Miss Brasil 1978

    Daslan Melo Lima

    Laura Angélica, Miss Bahia, Miss Brasil Mundo 1978. 

    Imagem: revista Fatos & Fotos/Gente, 24/07/1978, Ano XVI, nº 883.

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    Um dos momentos mais emocionantes da live do Josenildo Batista, produzida no dia 20 de junho, focalizando Laura Angélica Viana Pereira, Miss Bahia, segunda colocada no Miss Brasil 1978, Miss Brasil Mundo, ocorreu quando apareceram no visor as outras duas componentes do Top 3: Suzana Araújo dos Santos, Miss Minas Gerais, primeiro lugar, Miss Brasil Universo, e Ângela Soares Chichierchio, Miss Rio de Janeiro, terceira colocada, Miss Brasil Beleza Internacional.

    Na manhã daquele dia 20, telefonei para Carmelo de Castro, Mister Pernambuco e Mister Brasil 1978, eleito em Fortaleza na mesma data em que Suzana Araújo foi eleita Miss Brasil, em Brasília. O motivo do meu contato foi fazer a “ponte virtual” entre ele e Josenildo Batista, visando sua participação na live. O convite não poderia ser mais oportuno, pois há quarenta e três anos o fisicultor tinha posado com Laura Angélica para uma reportagem na revista Fatos & Fotos/Gente.

    Elaborei esta introdução e editei o texto abaixo construído pelo jornalista Muciolo Ferreira, resultando no que poderíamos afirmar que esta SESSÃO NOSTALGIA foi elaborada a quatro mãos. No rodapé da página, os links para as matérias afins. Um presente para VOCÊ, leitor, leitora, neste primeiro dia de agosto de 2021. 

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    LAURA ANGÉLICA E A TRÍPLICE COROA DE MISS BRASIL 1978 

    Texto de Muciolo Ferreira, jornalista.

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    Se e reencontrar uma miss dos Anos 70 já é motivo para comemorar, o que dizer de reunir numa mesma live a tríplice coroa de 1978? Pois foi isso que ocorreu quando Josenildo Batista, o mago das lives da série Miss Brasil Forever, promoveu, o reencontro das três primeiras colocadas do Miss Brasil daquele ano. A live foi ancorada por Laura Angélica, Miss Brasil Mundo, e prestigiada por Suzana Araújo, Miss Brasil Universo, e Ângela Soares, Miss Brasil Beleza Internacional. Foi um verdadeiro "gol de placa" marcado por Josenildo, diria o narrador esportivo, Galvão Bueno, sobre essa "reunião de misses". Até a saudosa Hebe Camargo, se viva fosse, concordaria com o global e acrescentaria: "uma gracinha conversar com essas meninas no meu sofá”.

    Essa crônica não poderia começar de outra forma senão chamar a atenção, desafiar e instigar o novo franqueado e a diretoria do Miss Universo Brasil a encontrarem uma fórmula capaz de despertar o interesse das jovens pelo certame nacional da beleza, como foi em 1978, com o público lotando o Ginásio Presidente Médici, em Brasília.

    O local recebeu o melhor da sociedade brasiliense, além de torcidas ruidosas e barulhentas aplaudindo as candidatas. Suzana Araújo, Laura Angélica e Ângela Soares viveram essas emoções.  É esse calor humano que falta aos atuais concursos.

    Todavia, apesar de todo o glamour do Miss Brasil dos anos 70, nem tudo era um mar de rosas. Até porque depois de eleitas para representar o país no Miss Universo, Miss Mundo e Miss Beleza Internacional, a jovem que se virasse nos preparativos. E rezasse para que não acontecesse nada de anormal até sua chegada ao destino do concurso. Foi assim com Suzana Araújo, Ângela Soares e Laura Angélica que passaram por muitas dificuldades, mesmo antes de sair do país. É só assistir essa live da Miss Brasil Mundo.

    Que as jovens sonhadoras com um título de miss se preparem o suficiente para saber driblar as adversidades que poderão encontrar. Laura Angélica mostrou ser uma "baiana porreta”, porque cumpriu com sua missão de bem representar a Boa Terra no exterior.

    Como médica e humanista deixou uma mensagem ao final da live para os governantes: "Educação, saúde e moradia é tudo que o país precisa para diminuir as desigualdades sociais”. Essa live, realizada na terça-feira, 20 de julho, Dia do Amigo, é histórica, pois reuniu o séquito do Miss Brasil 1978, e comprova que, mesmo passados 43 anos daquela noite de 16 de junho, no Ginásio Presidente Médici, em Brasília, a beleza de Laura Angélica, Suzana Araújo e Ângela Soares  permanece na alegria de viver. E agora ostentando o mais novo título, o de "Misses Avós".

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    Vide SESSÃO NOSTALGIALaura Angélica e Carmelo de Castro, a Miss Brasil Mundo e o Mister Brasil 1978,

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    sábado, 31 de julho de 2021

    JUNIOR WANGEL, GANHANDO OU PERDENDO


    Um amigo fez a "Grande Viagem" ontem, sexta-feira, 30 de julho. 

    Natural de Goiana, PE, timbaubense de coração, casado, um filho e duas filhas, quarenta e um anos de idade a completar em 6 de setembro, Wandemberg Farias de Albuquerque Junior, o  Junior Wangel, seguiu na Luz ao encontro de outra missão, em um dos fantásticos mundos do Pai Eterno.

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    O problema de saúde que enfrentou teve a ver com diabetes e uma infecção surgida após cirurgia para retirada de um tumor na cabeça.

    Doravante, quando eu estiver assistindo aos jogos do Sport Club do Recife, um vento sutil e anjos invisíveis confirmarão que Junior Wangel, meu amigo rubro-negro, estará em outra dimensão, torcendo por nosso Leão, ganhando ou perdendo.


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    Daslan Melo Lima
    Timbaúba, PE, 31. 07. 2021 

    segunda-feira, 12 de julho de 2021

    SEGUE NA LUZ, VALDELUSA D'ARCE

     


    A jornalista Valdelusa D’Arce, 81 anos, faleceu ontem, domingo, 11, às 07h15min, no Hospital da HapVida, no Recife, em decorrência de um AVC, Acidente Vascular Cerebral, sofrido no dia 06 de junho. O velório e o sepultamento ocorreram à tarde no Cemitério Parque das Flores, no bairro de Tejipió.


    Valdelusa D’Arce nasceu em Correntes, PE, foi criada em Garanhuns, PE, onde estudou no tradicional Colégio Santa Sofia, e em seguida radicou-se no Recife com a família. Continuou seus estudos no Colégio Padre Félix e formou-se em Jornalismo na Unicap, Universidade Católica de Pernambuco. Por mais de trinta anos  lecionou na referida instituição e durante quase uma década coordenou o curso de Jornalismo. Também atuou na área empresarial, em assessorias governamentais, e exerceu o cargo de Secretária de Turismo da Ilha de Itamaracá, sua terra do coração, onde possuía uma casa. No Diario de Pernambuco, passou cerca de trinta anos trabalhando em várias editorias. “Garçom”, a mais famosa música do cantor Reginaldo Rossi (1943-2013), de quem era amiga, foi composta ao seu lado, numa mesa de bar. Era solteira e não deixou filhos. 

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    Abaixo, trechos de depoimentos de personalidades que conheceram bem Valdelusa D‘Arce.

    Magno Martins, jornalista

    Professora Val, como era tratada carinhosamente, fez parte do mesmo grupo de professores no curso de Jornalismo da era de ouro da Católica, integrado por Lúcia Noya, Vera Ferraz, Eduardo Ferreira, Salett Tauk, Teresa Cunha, Neide Mendonça, Isaltino Bezerra e Carlos Benevides.

    Além de professora, Val foi minha colega de redação no Diário de Pernambuco entre os anos 80 e 90. Atuava na área de cultura para o caderno Viver, editado por Lêda Rivas e vez por outra substituía Gildson Oliveira, meu chefe, na editoria Regional.

    Texto impecável, chefe durona, professora exigente, mas justa, Val fez história no jornalismo pernambucano. Nunca quis tentar a sorte no plano nacional. Era muito apegada à cultura regional, gostava de festas, principalmente Carnaval.

    Fará muita falta!

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    Lêda Rivas, jornalista e Mestra em História

    Tinha que ser num domingo, não é, Val? Dia de sol, de praia e de umas geladas, em Itamaracá, sua terra do coração, onde o inverno se disfarça em cores e cirandas, e onde você plantou, como sonhava, seu refúgio, seu porto seguro. Determinada e detalhista, tinha mesmo que escolher o momento de partir. Cansou-se do sofrimento, da expectativa, da incerteza, e, bem ao seu estilo, bateu o martelo e virou a mesa. E seguiu, como quem parte em um cruzeiro, numa nave, vocação de viajante, aberta ao encontro de outros mundos.

    Vá na luz de Deus, minha amiga, mas, por favor, não me desaponte: não se acomode. Faça barulho, quando chegar, ponha ordem na casa, se for preciso (Deus vai aprovar a sua assessoria) convoque os amados, a nossa gente do Diario de Pernambuco, os que se foram antes de nós rumo às estrelas. Adeth Leite, seu amigo esquisitão, estará à sua espera, e a ele se juntarão outros tantos.

    Vou omitir alguns, por falha de lembrança, mas resgato os que me ocorrem. Nosso chefe Antonio Camelo vai estar na porta principal, arrancando de você as novidades do dia; Mauro Mota, o poeta maior, já compôs uns versos em sua homenagem; Lúcio Costa vai recebê-la com um abraço apertado; Orismar Rodrigues será seu mestre-de-cerimônias: Fernando Spencer passará a eternidade falando de cinema; Zé Maria Garcia vai levá-la ao Savoy do céu; Fernando da Cruz Gouveia lhe mostrará o grande arquivo que construiu para a memória do Criador; com Mary Lúcia Sena você dará boas gargalhadas; Loyde Reis, a nossa Tia Lóla, tem uma edição fresquinha do Júnior para lhe entregar.

    Por favor, dê um beijo em Selênio Homem, o maior repórter que conhecemos, tire por menos as brincadeiras de Gilberto Prado, o Betoca, e não discuta com Manoel Barbosa, que ele é da turma do bem. Finalmente, não se esqueça de dizer a Potiguar Matos que guarde bem direitinho a metade de mim que ele levou.

    Vá arrumando os espaços enquanto espera os que restamos. Separe o meu lugar, de preferência, um jardim que cheire a lavanda, com vista para o mar, de onde eu enxergue a Ibéria e reencontre os caminhos por onde andou o coração do meu pai.

    Qualquer dia, amiga, a gente vai se encontrar.

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    Fátima Bahia, jornalista

    Minha querida amiga Valdé, que  enquanto alguns colegas  torciam o  nariz para meu revolucionário estilo, me levava para que eu falasse aos seus alunos da Unicap. 

    Excelente pessoa, visionária/revolucionária, ótimo papo, generosas gargalhadas. Valdé,  te amo e deveria ter te dito isto, várias vezes, antes disso.

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    Muciolo Ferreira, jornalista

    Segundo a fábula da onça e o gato, "Nem tudo os mestres ensinam aos seus aprendizes ". Vou abrir uma exceção para contestar essa regra afirmando que isso nunca foi aplicado nas aulas da professora Valdelusa ,  no Curso de Jornalismo da Unicap. Ética e honesta com seus alunos, minha mestra sempre se pautou pela verdade e, por essa retidão, fez parte por muitos anos da elite dos bons profissionais da Imprensa pernambucana e do corpo docente da Unicap.

    Era bastante exigente e durona quando preciso, mas paciente, didática e amiga dos alunos na arte de ensinar Jornalismo Comparado, sem omitir nenhuma informação sobre o tema. Na sala de aula orientava os futuros jornalistas como dividir os espaços das páginas de um jornal conforme a importância da notícia e o quantitativo dos anúncios publicitários.  Na prática era a diagramação do jornal.

    Fora da sala de aula Valdelusa era uma figuraça.  Nem lembrava a mestra exigente que procurava tirar o melhor, o máximo do aluno, de modo a qualificá-lo para não ser reprovado no vestibular da vida quando chegasse nas redações dos jornais, das revistas, das rádios ou televisão. Concluída a graduação no final da década de 70, reencontrei a colega de profissão em inúmeros eventos, fossem culturais, sociais, corporativos, congressos ou nas feiras de Turismo,  ela como Editora-chefe do Caderno de Turismo do Diario de Pernambuco. Há uns quatro ou cinco anos encontrei minha eterna mestra no evento pré-carnavalesco “Aurora dos Carnavais”, na Rua da Aurora, acompanhando as apresentações dos Blocos Líricos. Foi um momento de alegria, descontração e pura nostalgia. Val esbanjando um sorrisão e a mesma descontração de sempre, indagando-me se o Bloco da Saudade já tinha se apresentado.

    É com a recordação desse último reencontro que quero ficar com sua imagem. Lembrança de uma pessoa animada e de alto astral. E qualquer dia, qualquer hora a gente se encontra novamente. Mas desta vez em outra dimensão.  E quem sabe não seja no “Banquete da Vida Eterna" como prometeu Jesus Cristo a todos que creem na sua ressurreição?

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    Alexandre Figueiroa, jornalista, professor universitário do curso de Jornalismo da Unicap e cineasta

    Muitos dos atuais professores do curso de Jornalismo da Unicap têm algo em comum em sua história. Foram alunos da jornalista e professora Valdelusa D’Arce. Com ela aprendemos passos importantes para o exercício dessa profissão que tanto amamos. Antigos alunos, e depois colegas e amigos, nunca a esquecerão. Os novos não a conheceram pessoalmente, mas certamente a adorariam. Vai em paz, Darling.    

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    As palavras fogem em momentos assim, Paulo D'Arce, mas a essência de Valdelusa está envolvida em LUZ, indo ao encontro de outra missão, em um dos fantásticos mundos do Pai Eterno.

    Mensagem de Daslan Melo Lima, editor do blog, para o amigo Paulo D'Arce, irmão de Valdelusa.  

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    Crédito das imagens: Fernando Machado (colorida) e Acervo Pessoal/reprodução (preto e branco).