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quinta-feira, 3 de junho de 2021

SESSÃO NOSTALGIA - Márcia Menezes, uma Miss no único caminho

 Daslan Melo Lima

Terminei de ler o livro O único caminho, escrito por Márcia Menezes Marques, Miss Sergipe 1980,  com a sensação de ter lido o roteiro de um excelente filme motivacional. Li e reli os últimos parágrafos em clima de oração.

Menezes, Márcia - "O único caminho", Márcia Menezes, Aracaju, Infographics, 2020 - Autobiografia. História de vida. - 180 páginas. Ilustrado. 21cm. ISBN 978-65-5730-026-8

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A autora nasceu no Rio de Janeiro, no dia 03 de maio de 1965, no Hospital São Judas Tadeu, no bairro de Fátima. O pai era militar da Marinha e foi transferido para o Recife quando Márcia ainda era muito pequena. Morou no Recife durante cinco anos, até quando seu pai se aposentou e a família se mudou para a cidade de Propriá, Sergipe, na divisa com Alagoas.  Seus pais eram sergipanos e quiseram voltar às origens. No dia 02 de maio, na véspera de completar quinze anos de idade, disputou o título de Miss Propriá com mais cinco candidatas, sob a coordenação de Gladston Santos

Com 1,72m de altura, 57 quilos, 89cm de busto, 60cm de cintura, 90 cm de quadril e 22 cm de tornozelo, foi eleita Miss Sergipe 1980. No dia 07 de junho, no Ginásio Presidente Médici, em Brasília, disputou o Miss Brasil e foi classificada entre as dez finalistas. A última vez que uma representante do Sergipe tinha se classificado no Miss Brasil tinha sido em 1964, com Maria Isabel Avelar Elias, terceira colocada e quarta no Miss Mundo.

Em 1981, no dia 04 de junho, um mês depois de terminar o seu reinado de Miss Sergipe, Márcia Menezes casou com aquele com quem namorava desde os doze anos de idade, o pai de Brena Karollyne, sua única filha. O casamento durou pouco tempo. Em janeiro de 1983, Márcia deixou a filha sob os cuidados dos pais e foi morar no Rio de Janeiro com uma tia. Em 1989, de volta ao Nordeste, morando em Aracaju, conheceu Mozart Santos, Superintendente da TV Sergipe, afiliada da Rede Globo. Mozart tornou-se seu companheiro por sete anos e, como conta no livro, foi o grande responsável por lhe abrir “as portas do mundo”. Márcia trabalhou na área de turismo em hotéis de Aracaju, João Pessoa, Maceió e Petrolina. Casada com o português João José Marques Sousa, ela vive há dezesseis anos na Suíça e hoje enfrenta um câncer de mama metastático. 

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Márcia Menezes em noite de autógrafos

 TV Atalaia, Aracaju, SE 

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Vide reportagens nos links abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=jwgtH7zkxZk

https://www.youtube.com/watch?v=yL-xXucZDEE

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Márcia Menezes, Miss Brasil Forever

Link para a live produzida por Josenildo Batista em 15.05.2021:

 https://www.youtube.com/watch?v=FNGLc8eZw34

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Márcia Menezes, a Miss guerreira, mulher forte e otimista

Crônica de Muciolo Ferreira - 19.05.2021

Escrever sobre as misses dos Anos 60, 70 e 80 foi sempre prazeroso, estimulante e energizante para quem teve uma paixão pelos concursos de miss dos tempos da adolescência e das passarelas.  Reencontrar então uma deusa daqueles tempos é compensador. Até porque é entrar num túnel do tempo e trazer o passado para a atual linha do tempo. Foi isso que aconteceu sábado passado, quando no canto da minha sala, onde fica o meu computador, surgiu Márcia Menezes, a última Miss Sergipe eleita nos bons tempos do certame nacional de beleza, promovido pelos Diários & Emissoras Associados - TV Tupi.

Para isso, muitas das suas ex-companheiras de passarela e de convivência no confinamento do Miss Brasil 1980, a exemplo de Fernanda Bôscolo de Camargo (São Paulo);  Adriana Zselinsky (Rio Grande do Sul);  Ana Lúcia Caldas (Pernambuco );  Tânia Regina (Santa Catarina); Ana Lúcia Bahia Costa (Bahia); Alda Torres Tenório (Alagoas) e até Flávia Cavalcante, eleita Miss Ceará e Brasil  1989, bateram ponto durante a entrevista  adiando os compromissos habituais, como idas aos  shoppings, ao supermercado ou ao salão de beleza, nos sábados à tarde,  só para prestigiar Márcia Menezes  na Série Miss Brasil Forever. Esse projeto é uma ode às misses dos tempos das passarelas, criado e conduzido pelo mago das lives, Josenildo Batista. Digo tempos, porque atualmente a passarela foi substituída por palcos sombrios, gigantes e sem alma, em que o calor humano do público e a energia vinda das torcidas, em forma de confetes e serpentinas, deixaram de existir.

Foram momentos de pura emoção, cumplicidade, força, esperança, fraternidade, sabedoria e otimismo trocados entre a entrevistada e ex-companheiras de concurso. Nunca antes tantas beldades do passado tinham surgidas ao mesmo tempo na minha tela numa live que está marcada na vida de quem acompanhou ou interagiu com perguntas enviadas a oito mil quilômetros de distância que separam o Brasil da Suíça e com fuso de cinco horas.

Lembro bem do Miss Brasil 1980 e de toda a emoção da bela representante de  Sergipe ao ouvir seu nome anunciado pelo mestre de cerimónias, Paulo Max, como a última das 10 finalistas, pois só restava uma vaga. Emoção revelada por Márcia na live pelo fato do seu estado há quase duas décadas que não conseguia essa proeza.  Verdade. A última vez que seu estado  tinha sido finalista no Miss Brasil foi em 1964, com Maria Isabel Avelar Elias, terceira  colocada.

Quem participou diretamente ou assistiu ao vídeo da entrevista virou "fã de carteirinha”, como eu, diante de um furacão, uma fortaleza chamada Márcia Menezes. Falando diretamente "olho no olho", e sem nunca deixar de esboçar um sorriso sincero e convincente, em muitos momentos parecia que eu estava diante da apresentadora de televisão Ana Maria Braga, nos programas matinais do Mais Você. Isso a partir da forma de comportamento, de se comunicar e de enxergar o seu momento atual diante de um câncer que enfrenta há seis anos, com coragem e sem nenhuma revolta.

A escritora e autora do livro " O único caminho" disse tudo sobre o tratamento, os problemas com a mudança no corpo, mas na maior tranquilidade, sabedoria, bom humor e compreensão.  Deu um belo exemplo e testemunho, especialmente às pessoas que reclamam de tudo, de qualquer coisa, esquecendo que na vida o principal é ter saúde. O resto vem com o tempo.

Em conversa com o advogado, poeta e editor do blog PASSARELA CULTURAL, Daslan Melo Lima, e com o próprio Josenildo Batista, cheguei a dizer que não iria escrever uma crônica em homenagem a Márcia Menezes depois de ter visto a live, porque não saberia encontrar exatamente as palavras, o mote para escrever  diante de tudo que tinha ouvido:  sabedoria, inteligência e disposição para lidar com os problemas enfrentados. Pensei em falar apenas sobre o seu reinado da mais bela sergipana de 1980. Depois surgiu a ideia de iniciar destacando sua verve de escritora. Fiquei perdido sem encontrar o mote. Até porque foram muitos os exemplos de fé e coragem, especialmente ao se referir a Nossa Senhora de Fátima com tamanha devoção. Acredito como ela que, realmente, a fé remove montanhas. Foi isso que Márcia Menezes, uma Miss Brasileira Forever, demonstrou desde o início até o fim da live. 

Felizes os que tiveram o privilégio de conviver com ela ou ainda convivem, porque a sensação que tive foi como se todos nós - missólogos, misses e amigos - estivéssemos gravitando como satélites em torno de uma estrela solar ou de um planeta habitável, recebendo todas as energias para que possamos sobreviver a qualquer mal. Até porque, como ela nos ensina, "pensar positivo e ter fé é a receita ideal para quem enfrenta uma doença como o câncer".

Sua live foi inspiradora, cheia de verdades; uma declaração de amor e coragem à vida; determinação em toda sua plenitude. Que muitos caranguejos e goles de cerveja a esperem para serem degustados à beira mar, no embalo das águas mornas e marrons da sua amada Atalaia.

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Márcia Menezes, Miss Sergipe 1980.
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Márcia Menezes e o esposo João José Marques Sousa.
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Márcia Menezes, Miss para sempre Miss, entendo que o seu livro O único caminho é um legado de força, fé, esperança e resiliência de uma pessoa iluminada.

  
Na dedicatória do seu livro, enviado para mim por Roberto Macêdo, Márcia escreveu: "Daslan, desejo que a minha história cative o seu coração." 

Grato, Márcia Menezes, eterna Miss Sergipe 1980, sua história cativou meu coração. 

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PASSARELA CULTURAL  - Edição de 03.06.2021 - Link para visualizar todas as edições selecionadas do blog: www.passarelacultural.blogspot.comloja