Daslan Melo Lima
Novembro se
despedia do calendário daquele tempo, mas a revista O Cruzeiro, Ano XXXVIII, nº
7, de 20/11/1965, ainda poderia ser encontrada nas bancas das principais cidades
do Brasil. A publicação trazia uma matéria em quatro páginas focalizando Berenice Lunardi, Miss Minas Gerais, terceira colocada no concurso Miss Brasil
1965, com texto de José Franco e fotos de
Luiz Alfredo.
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MISS BRASIL Nº 3 VAI A LONDRES
Levando na bagagem uma bola autografada por Pelé, colares e brincos de pedras semipreciosas de Teófilo Otoni, vinte vestidos e o seu
traje típico “Garimpeiro estilizado”, Berenice Lunardi, a mineira que
conquistou três títulos num salto só – Miss Belo Horizonte, Miss Minas Gerais e
Miss Brasil nº 3 – viaja para Londres, com os olhos voltados para a coroa de
Miss Mundo 1965. Os vestidos são para inglês ver, e a bola e colares para oferecer
de presente ao prefeito londrino, após o desfile principal na Câmara dos Comuns.
Se haverá ou não excesso de peso na bagagem, disso não cuida Miss
Berenice, pois sabe que tudo o mais está bem medido e pesado: 1,75 de altura,
91 de quadris, 90 de busto, 18 anos em flor. E ainda lindos olhos castanhos,
para variar.
Até as esperanças estão equilibradas: acredita que possa vencer,
sim, por que não? Para tanto, leva consigo uma torcida particular, escolhida a dedo: o moço Mário Figueiredo, de quem ficará noiva em dezembro, a mamãe
Edelvina Lunardi e o primo Ricardo Natali. O pai, o industrial Antônio
Lunardi, que não quer saber de enfrentar o inverno, ficará, torcendo de Minas.
Seu vestido de gala, confeccionado em zimbelini lilás, bordado com 40 mil
pedras e oferecido pelo jornalista Paulo Cabral, diretor dos Associados de BH,
ficará em 1 milhão e 500. E isto é que é importante: será tão bonito como a
própria.
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Naquele 1965, um único concurso selecionava três jovens que tinham a responsabilidade de representar o Brasil nos maiores concursos de beleza do mundo. Na foto acima, o Top 3 do Miss Brasil 1965. Da esquerda para a direita, Sandra Penno Rosa (Miss São Paulo, segundo lugar, representante do Brasil no Miss Beleza Internacional, realizado em Long Beach, Estados Unidos, onde conquistou o quinto lugar); Maria Raquel Helena de Andrade (Miss Guanabara, primeiro lugar, representante brasileira no Miss Universo, realizado em Miami Beach, Estados Undos, classificada entre as quinze semifinalistas); e Berenice Lunardi, Miss Minas Gerais, terceiro lugar, representante do Brasil no Miss Mundo, realizado em Londres, não classificada entre as semifinalistas. Detalhe: Miss Brasil nº 1, assim era chamada a primeira colocada no Miss Brasil, cabendo às segundas e terceiras classificadas as denominações de Miss Brasil nº 2 e Miss Brasil nº 3, respectivamente.
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O Top 5 do Miss Mundo 1965. Da esquerda para a direita: Marie Tapare, Miss Taiti, quinto lugar; Gladys Anne Waller, Miss Irlanda, terceiro; Lesley Langley, Miss Reino Unido,
primeira colocada; Dianna Lynn Batts, Miss Estados Unidos, segunda colocada; Ingrid
Kopetzky, Miss Áustria, quarto lugar.
Naquele 1965, os meios de comunicação fluíam em velocidade muito lenta. A revista O Cruzeiro com a reportagem sobre a viagem de Berenice Lunardi circulava com a data de 20/11/1965, mas o concurso Miss Mundo já tinha sido realizado no dia 19, em Londres, com a participação de 49 candidatas.
Naquele 1965, os meios de comunicação fluíam em velocidade muito lenta. A revista O Cruzeiro com a reportagem sobre a viagem de Berenice Lunardi circulava com a data de 20/11/1965, mas o concurso Miss Mundo já tinha sido realizado no dia 19, em Londres, com a participação de 49 candidatas.
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Berenice Lunardi, Miss para sempre Miss
Quem encontra aquela senhora bonita, tranquila e elegante, em algum lugar de Minas Gerais, não hesita em exclamar: Essa mulher só pode ter sido Miss !
Os deuses da beleza, que invisíveis acompanham os passos de Berenice Lunardi, não hesitam em responder: Sim! Ela é a Miss Minas Gerais 1965, terceira colocada no concurso Miss Brasil, a brasileira do concurso Miss Mundo 1965. Miss para sempre Miss!
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Saiba mais sobre o Miss Brasil 1965 neste link
3 comentários:
Uma senhora distinta, digna de uma representante brasileira que nos encheu de orgulho nos bons tempos das lindas misses.
Agora tudo é diferente. Nem dá mais prazer de acompanhar os atuais concursos, embora minha paixão pelas misses seja eterna.
Uma ótima semana.
Muciolo Ferreira
Lunardi era a minha MB,depois de Rachel.Que tipo!Alta para aquela época e uma beleza comum,mas harmônica ,com o brilho de seu "elã"(palavra que recuperei,kkk).Zimbelina?Há quanto tempo não ouço falar!Naquele ano de 65 gostei mto de Miss ERio(pena que era baixa,senão ,poderia ser MB),ES,MG e GB.SP com sorriso gengival = MB59.Queria ver esse vestido da MBM,talvez um pouco no estilo da MB64:em pedrarias.concordo com Mucíolo:antes as misses eram de carne e pouco osso;naturais e as 8 SF disputavam uma verdadeira guerra.obrigado por esse artigo!Abraços, Jap
Minha querida prima Berenice, orgulho de todos nós familiares e mineiros. Eternas saudades!
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