*****

SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

domingo, 16 de setembro de 2018

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Esdras Farias e “A Parábola da Ilusão”



>>>>>>>> Encontramos na revista Informador de Timbaúba, de 1937, uma foto e um soneto do grande e pouco conhecido poeta.

           Esdras Leonam Alves de Farias nasceu na cidade do Recife, na rua das Flores, em 20 de novembro de 1889. Foi funcionário público, poeta, jornalista e tradutor. Escreveu poemas, sonetos, crônicas e artigos em diversos jornais e revistas pernambucanos (de 1910 a 1954), além de exercer, em alguns desses periódicos, a função de diretor, proprietário e redator. Este Esdras muitos conhecem por sua trajetória intelectual. Entretanto, pouco se sabe sobre o homem Esdras. Isso, talvez, se deva a sua timidez: “Por índole ou pelo meio em que vivia, tornei-me um homem de natureza tímida, isolado, um pessimista sem ser um desiludido”.
       Ainda menino trabalhou arduamente em um engenho de banguê. Morou no bairro de Beberibe, na cidade do Recife. Construiu sua intelectualidade com a força de vontade e o desejo de ser alguém. Foi um autodidata: “sedento de leituras instrutivas, lia folhinhas de porta, almanaques, livros emprestados, filados, o que me aparecia de literatura tão complexa e desordenada.”  Seu perfil pessoal nos foi revelado por meio de seus trabalhos literários, além de outros a ele dedicados ou em depoimentos de quem o conheceu.

A Parábola da Ilusão

Eu tive, quando moço, a pretensão
de ser feliz. E, pretensioso, assim
de outro não sei com tanta obstinação
e em entusiasmo fosse igual a mim.

Talvez principalmente pelo fim,
nesse fascínio do meu coração
- Adiante, moço! – E até 20 anos vim
conduzindo a esperança pela mão.

Depois, nada mais sei. Segui sozinho.
Desdenha, o coração, se ainda hoje o chamo
diante de outras miragens do caminho.

É que o meu coração,  segundo creio,
não sabe mais como se diz – eu amo
E nem, também, como se diz -  odeio.

----------------

Fontes: Fundação Joaquim Nabuco e Informador de Timbaúba 1937

*****

Nenhum comentário: