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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

sábado, 29 de maio de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - EDILENE CAETANO, A HISTÓRIA DO RESGATE DAS LEMBRANÇAS DE UMA MISS

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Daslan Melo Lima

PROLÓGO

          As secções Sessão Nostalgia do PASSARELA CULTURAL já me proporcionaram muitas alegrias. Várias Misses do passado, nacionais e internacionais, assim como seus familiares e amigos, já fizeram contato comigo por causa dos textos aqui publicados. Missólogos de várias partes do Brasil e do exterior encontram nas matérias que produzo semanalmente fatos e fotos para suas pesquisas e arquivos. Esta semana, vou contar para vocês uma história muito interessante, desenvolvida em quatro pequenos capítulos.

CAPÍTULO 1
EM BUSCA DAS RECORDAÇÕES DE 1978

          No dia 24/04/2010, rendi homenagem a Edilene Caetano, Miss Sesi Industriária, candidata ao Miss Pernambuco 1978. Na ocasião, ilustrei a matéria com duas fotos suas em maiô, feitas no dia em que foi eleita Miss Sesi, pertencentes ao seu Arquivo Pessoal, as duas únicas imagens que ela possuía do seu tempo de rainha da beleza.Os contatos virtuais entre mim e Edilene Caetano tiveram início no dia 28/03/2010, quando recebi o seguinte e-mail:
“Oi, Daslan. No ano de 1978, eu tinha 16 anos de idade e morava na cidade de Escada, trabalhava na Indústria de Tecelagem e fui convidada pelo Sesi do Recife (Casa da Indústria, Av. Cruz Cabugá), cuja Assistente Social na época era Eli Braz, para concorrer ao Miss Sesi Industriária, realizado no Sesc. Ganhei e fui convidada a participar do Miss Pernambuco. Foi no ano que Ângela Agra Galvão, linda, belíssima, foi eleita. Eu tenho muita curiosidade de ver vídeos e fotos do concurso Miss PE-78, pois não tenho nada para mostrar aos meus filhos. As únicas lembranças são as fotos e a faixa de Miss Sesi Industriária, que guardo até hoje com muito carinho. Gostaria de conseguir material daquele tempo. Ajude-me, por favor. EDILENE CAETANO"

          Fiquei contente e emocionado com o contato. Respondi para Edilene que gostaria muito de contribuir com ela para o resgate das imagens do Miss Pernambuco 1978, mas que tinha pouca coisa sobre aquele certame, apenas algumas fotos recortadas do jornal Diario de Pernambuco, focalizando Ângela Agra Galvão, a vencedora, e as semifinalistas do Miss Pernambuco 1978.Para compensar sua frustração, e para relembrar um dos maiores eventos da história do Miss Pernambuco, dediquei a Edilene Caetano Sessão Nostalgia da semana 25 de abril/1º de maio 2010, disponível nos arquivos deste blog. Na reportagem, postei fotos atuais de Edilene ao lado de sua família e o material que dispunha no meu acervo, as fotos de Ângela Agra e semifinalistas do Miss PE-78.No texto da Sessão Nostalgia daquela data, fiz um apelo:
“Por favor, alguém que tenha qualquer material sobre aquele certame, faça contato conosco, informando seu e-mail para troca de informações. Será um prazer repassar para Edilene Caetano os registros materiais de um tempo que lhe é tão caro, um tempo que se foi, para sempre se foi.”

CAPÍTULO 2
O RESGATE DE UM MATERIAL PRECIOSO

          Os milagres acontecem todos os dias, durante o fantástico show da vida. No dia 21/05/2010, não tive como conter minha emoção. Eis o e-mail que recebi do Roberto Macêdo, leitor assíduo do PASSARELA CULTURAL, jornalista e arquiteto baiano, editor do Miss News (www.missnews.com.br) e Assessor de Imprensa do Dr. Edvaldo Brito (Advogado, Jurista e Vice-prefeito de Salvador-BA):
"Olá Daslan. Tudo bem contigo? Fui em busca dos meus arquivos e consegui algumas coisas que podem interessar à Miss Sesi 78. Material em anexo. Um abraço, Roberto"

          Abaixo, o material enviado por Roberto Macêdo, relíquias publicadas há 32 anos no Diario de Pernambuco.


Na imagem do recorte acima, Maria das Dores Bezerra Lima, Miss Fabrica Othon Bezerra de Melo, segunda colocada no Miss Sesi Industriária 1977, ao lado de Edilene Caetano. Detalhe: Márcia Cavalcanti Neves, Miss Sesi Industriária 1977, não chegou ao fim do seu reinado porque casou, tendo sido substituída em vários eventos por sua vice, Maria das Dores, que entregou a faixa a Edilene Caetano, Miss Sesi Industriária 1978.






CAPÍTULO 3
UMA ALEGRIA COMO SE TIVESSE GANHO NA LOTERIA

         Não preciso dizer que Edilene Caetano ficou felicíssima com o presente. Eis o e-mail que enviou-me no dia 23 de maio:
"Oi, Daslan! Meu Deus! Você não sabe a felicidade que me fez. Você não tem ideia do que estou sentindo! Estou vibrando de alegria com toda a minha família! Depois de 32 anos, eu não estou acreditando! A alegria para mim foi a mesma que tirar na Loteria. Beijos, meu anjo."

          Respondi a Edilene, com cópia para o Roberto:
"Edilene, você está feliz e eu mais ainda, por saber que, com a valiosa contribuição do Roberto Macêdo, contribui para o resgate de uma fase inesquecível de sua vida."



CAPÍTULO 4
A CERTEZA DE QUE VIVER VALE A PENA


          Abaixo, e-mail do Roberto Macêdo, de 24/05/2010, que diz muito do seu caráter e personalidade:
"Daslan, acredito que eu tenha ficado muito mais feliz do que Edilene e você. São com esses gestos simples, que não nos custam nada, que temos a certeza de que viver vale a pena. Um abraço, Roberto."

EPÍLOGO

          Minha paixão por Misses começou em criança. Paixões são paixões, misteriosas paixões. As minhas são por Misses, Poesia e Antiguidades. Há quem colecione caixas de fósforos, selos, pratos de porcelana, imagens de Papai Noel... Paixões são paixões, simplesmente paixões. Não se explicam.
          Com a graça de DEUS, enquanto durar minha caminhada no Planeta Terra, quero continuar produzindo outras e outras secções Sessão Nostalgia. Quero dar minha parcela de contribuição para o resgate e preservação da memória dos concursos de beleza, partes inesquecíveis de um tempo que se foi, para sempre se foi.

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sábado, 22 de maio de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - Cátia Pedrosa, Miss Mundo Brasil 1983

Por Daslan Melo Lima



               O Brasil começou a enviar candidatas ao Miss Mundo em 1958. As jovens eram eleitas durante o mesmo concurso que indicava a brasileira ao Miss Universo. A partir de 1981, quando o Miss Brasil deixou de ser promovido pelos Diarios e Emissoras Associados, a eleição da Miss Brasil ao Miss Mundo passou por várias coordenações. Em 1983, o Miss Mundo Brasil foi promovido pelo SBT-Sistema Brasileiro de Televisão, realizado no dia 23/10/1983, no Teatro Sílvio Santos, com apresentação do Sílvio Santos, durante o seu programa dominical transmitido pelo SBT. O concurso foi disputado por 10 candidatas, duas de cada região: Pará e Rondônia (Norte), Ceará e Pernambuco (Nordeste), Brasília e Goiás (Centro-Oeste), Rio de Janeiro e São Paulo (Sudeste), Paraná e Rio Grande do Sul (Sul).


Cátia Pedrosa, Miss Mundo Brasil 1983 (Foto: Revista Carinho, n° 83, dezembro-1983)

               O Top 3 foi formado por Cátia da Silveira Pedrosa, do Rio de Janeiro, primeira colocada, e por Simone de Fátima Candreiro do Nascimento, do Pará, e Elaine Escobar Lopes, do Rio Grande do Sul, empatadas. As demais candidatas representavam Brasília (Cesira Bertoni), Ceará (Pautila Dantas de Andrade), Góias (Laurene Paranhos Carvalho), Paraná (Darlene Alexandrino da Silva), Pernambuco (Mônica Queiroz Fernandes de Oliveira), Rondônia (Kélia Regina Vieira) e São Paulo (Karen Rovena Ribeiro).
               Antes de participar do Miss Mundo Brasil, a carioca Cátia Pedrosa, nascida em 09 de março de 1963,  tinha em seu currículo os seguintes títulos: Rainha dos Estudantes da Zona Norte 1979, Garota Carinho do América Futebol Clube 1981, Rainha do Carnaval 1982 e vice-Miss Rio de Janeiro 1982.


Rainha do Carnaval 1982
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Com a faixa de Madureira, Cátia foi a Vice-Miss Rio de Janeiro 1982, enquanto Márcia Cristine, do Vasco da Gama, foi a primeira colocada. 


CÁTIA PEDROSA NO MISS MUNDO



               Cátia Pedrosa recebeu no Albert Hall, em Londres, no dia 17/11/1983, o título de Miss Personalidade e foi a terceira colocada no Miss Mundo 1983. Eram 72 candidatas. Cátia perdeu apenas para Sarah-Jane Hutt, Miss Reino Unido, eleita Miss Mundo, e Rocio Isabel Luna Florez, Miss Colômbia, segunda colocada.


CÁTIA PEDROSA, A FAVORITA DE DONALD WEST


               Para o missólogo canadense Donald West, criador e editor do Pageantopolis, www.pageantopolis.com, onde se encontram listas de participantes e fotos dos principais concursos de beleza do planeta, as cinco candidatas brasileiras ao Miss Mundo que mais o impressionaram foram : Maria Isabel de Avellar Elias (1964, quarta colocada); Lucia Tavares Petterle (1971, eleita Miss Mundo ); Madalena Sbaraini (1977, quarto lugar); Cátia Silveira Pedrosa (1983, terceira colocada ); e Lara Andressa de Brito (2003). “São mulheres que além de lindas possuem aquele algo mais, um brilho próprio, que é tão importante em concursos de beleza.” Sua favorita entre elas é Cátia Pedrosa. “Sua beleza única e personalidade contagiante, fazem dela uma candidata absolutamente inesquecível. Poderia ter vencido em 1983.” (Fonte: Miss Mundo Brasil, www.missmundobrasil.com.br)


CÁTIA PEDROSA
 QUATRO FOTOS DO SEU ACERVO


Quando era ainda um bebê, já fazendo aquele clássico aceno com a mão direita, o famoso tchauzinho de Miss. 
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Crachá do SBT. 
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Antes de embarcar para Londres para disputar o Miss Mundo.
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Pausa para um flash em Londres.
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CATIA EM SETE ÂNGULOS

Cátia Pedrosa em sete ângulos: com a faixa de Miss Mundo Brasil; compondo o Top-3 do Miss Mundo; em traje típico; posando com outras candidatas; em foto mais recente; ao lado de Sílvio Santos e na capa da revista Playboy. (Foto-montagem de Evandro Silva, editor do Misses na Passarela Blogger, www.evandrosilvabr.blogspot.com )

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SEMPRE BELA

               Afastada dos holofotes da mídia e dedicada a outros valores e atividades (formou-se em Direito pela Unip Ead, Alphaville, Barueri) Cátia Pedrosa não renega o tempo onde sua imagem era conhecidíssima de norte a sul do Brasil. Ela foi apresentadora dos programas do SBT "O Povo na TV" e "Clube dos Artistas". Fez humor em "A Praça é Nossa" e sucesso no teatro, quando interpretou dois papéis na peça "Amores de Casanova". Posou para a revista Playboy em junho de 1988, e teve um filho, fruto de sua união com o apresentador de TV Wagner Montes.


Cátia Pedrosa, Garota Carinho 1981, sempre bela.   
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Cátia Pedrosa, ex-miss e ex-atriz do elenco da A Praça É Nossa, é um exemplo do que se espera de uma mulher madura: mais do que ter tudo em cima e almejar uma carinha de 20 aos 50, é preservar a vaidade natural de uma mulher que se cuida, que vive bem e que sabe envelhecer. Aos 46 anos, Cátia exibe-se elegante, com uma feição que, proporcionalmente aos anos, pouco mudou. Fonte: www.revistaqueamamos.blogspot.com)

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               Naquele distante 1983, o Brasil chorou a morte de um dos seus maiores ícones do futebol, Mané Garrincha. Mas como a vida não é feita apenas de dias amargos, o Brasil vibrou quando Nelson Piquet ganhou seu segundo campeonato de Fórmula 1 e a carioca Cátia Pedrosa foi Top 3 no Miss Mundo.

               O Miss Mundo Brasil atualmente está sob a responsabilidade da empresa MMB Promoções e Eventos de Beleza Ltda, criada em abril de 2008 , cujo Diretor Executivo é Henrique Fontes, licenciado exclusivo da Miss World Organization no Brasil, desde 2006.


               Depois daquele 1983, sete brasileiras se destacaram no Miss Mundo. Quatro foram semifinalistas: Leila Rosana Leal Bittencourt (1985), Adriana Luci de Souza Reis (Miss Fotogenia 1998), Tamara Almeida Silva (2008) e Luciana Sílvia de Souza Reis (Luciana Bertolini, em 2009, irmã da Miss Mundo Brasil 1998). Duas foram finalistas: Adriana Alves de Oliveira (1984) e Jane de Souza Oliveira Borges (Miss Mundo Américas 2006). E uma quase foi eleita Miss Mundo, Anuska Prado, terceiro lugar em 1996;


               Depois daquele 1983, milhares de jovens ainda sonham com um título de beleza. Muitas possuem realmente vocação para Misses e disposição para se envolverem com o lema do Miss Mundo, “beleza com propósito”, levantando as bandeiras das causas humanitárias. Outras desejam fazer das passarelas apenas um trampolim para uma carreira artística. 

        Cátia Silveira Pedrosa, eterna Miss Mundo Brasil 1983, pelas informações que tenho, conseguiu administrar bem seu passado de glória, como Miss e artista. E por isso ela recebe esta semana as homenagens de PASSARELA CULTURAL.

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Miss Mundo 1983, vídeo completo
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Rainhas dos Continentes, Top 3 e coroação

sábado, 15 de maio de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - Sandra Mara Ferreira, Miss Brasil 1973

Por Daslan Melo Lima


PRÓLOGO

          O nome de Sandra Mara Ferreira é uma das mais gratas recordações que  ficaram na memória de quem viveu os anos da década de 1970. Em 1973, a jovem paulista foi eleita Miss Brasil e ficou entre as 12 semifinalistas do concurso Miss Universo.


SANDRA MARA FERREIRA, DE SOROCABA A BRASÍLIA


Sandra Mara Ferreira, Miss São Paulo, eleita Miss Brasil 1973. (Foto: Capa da revista Manchete)

De Sorocaba a Brasília, a vitoriosa caminhada de Miss São Paulo foi marcada de muito entusiasmo e aplauso. Sandra Mara Ferreira, Miss São Paulo 1973, eleita em Brasília numa festa que reviveu os grandes momentos do concurso no Rio, estará em Atenas, Grécia, dia 21 de julho, representando a beleza da mulher brasileira no Miss Universo. Seu moreno bem nacional, a sensualidade de sua boca, os olhos que sabem buscar o público com um misto de tranqüilidade e tepidez e mais o andar elegantemente brejeiro num corpo de 1,77 de altura – estas são as marcas que garantem o sucesso de Sandra Mara Ferreira em qualquer passarela.
Sandra, uma estudante de medicina que quer se especializar em cirurgia plástica, conquistou o público do Ginásio de Esportes de Brasília, logo à sua primeira passagem na passarela. Uma platéia de mais de 25 mil pessoas, a alegria das baterias, das charangas e das bandas, as serpentinas e os aplausos, foram acionados em uníssono para a paulista Sandra Mara à proclamação do seu nome como a nova Miss de todos os brasileiros.
(“Uma paulista faz Brasília parar” – Revista O Cruzeiro, 18 de julho de 1973)

          Entre as personalidades que fizeram parte da comissão julgadora do Miss Brasil 1973 estavam o estilista Clodovil Hernandes (1937-2009); Zacarias do Rego Monteiro (1913-1986), o eterno Pierrot dos bailes carnavalescos; Adalgisa Colombo, Miss Distrito Federal, Miss Brasil e vice-Miss Universo 1958; e Nelbe Sousa, Miss Pernambuco 1956. Na época, Nelbe Sousa morava em Brasília e foi anunciada como Nelbe Medeiros, pois era esposa de Cláudio Medeiros, Diretor da Caixa Econômica Federal.

SANDRA MARA FERREIRA, BELEZA PAULISTA EM ATENAS


O Top 3 do Miss Brasil 1973. Da esquerda para a direita: Denise Penteado Costa, Miss Guanabara, segundo lugar; Sandra Mara Ferreira, Miss São Paulo, eleia Miss Brasil; e Florence Gambogi Alvarenga, Miss Minas Gerais, terceiro lugar. (Foto: Revista O Cruzeiro, 18 de julho de 1973)

O entusiasmo de Brasília devolveu ao concurso o calor que ele havia perdido em seus últimos anos no Maracanãzinho. Muitos torceraam pela carioca, a maioria preferia a mineira, mas o título ficou mesmo com a paulista. Sandra Mara Ferreira, estudante de Medicina em Sorocaba, 21 anos, medidas perfeitas e um tipo de beleza capaz de dobrar o mais exigente júri internacional - a Miss Brasil 1973.

“Minha favorita era Florence, Miss Minas Gerais. Acho que nenhuma de nós reunia tantos atributos para representar a mulher brasileira, no concurso Miss Universo. Mas, já que o júri se decidiu por mim, o melhor é seguir em frente e tentar uma boa colocação.”

Nascida e criada em São Paulo, Sandra Mara Ferreira reside ainda na capital, embora estude em Sorocaba. Dos prêmios que ganhou como Miss Brasil, o que mais gostou foi o Chevette, pois agora não precisará mais viajar de ônibus, de São Paulo a Sorocaba, para continuar o curso de Medicina que faz lá, junto com o namorado, Evandro. Os dois planejam se casar depois de formados, ambos pretendendo se dedicar à cirurgia plástica, estando, presentemente, no segundo ano.
(Revista Fatos & Fotos, 23 de julho de 1973)

         Sandra Mara Ferreira teve o apoio dos seus pais, o Dr. Ronaldo Ferreira, médico, e D. Cândida Castilho Ferreira. Suas medidas eram 1,77 de altura, 90 cm de busto e quadris, 64 cm de cintura, 57 de coxa e 24 de tornozelo. Viajou três dias depois do desfile para Atenas, acompanhada de sua mãe. Seu nome chegou a ser divulgado como uma das pessoas que tinha morrido em Orly, no desastre do avião da Varig, que havia decolado na noite de 11/07/1973, do Rio para Paris. Outra figura muito conhecida também foi dada como vítima: o cantor Martinho da Vila. Depois foi tudo esclarecido. Sandra Mara e Martinho da Vila não estavam no avião, mas entre as 122 pessoas mortas foram confirmadas o cantor Agostinho dos Santos e Regina Lecléry, personalidade da alta sociedade carioca.

          Sandra Mara ficou entre as doze semifinalistas do Miss Universo, no ano em que o concurso contou com 61 jovens de várias partes do mundo e a vencedora foi Maria Margarita Moran, Miss Filipinas. Detalhe: após o anúncio das semifinalistas, Sandra Mara abaixou-se para dar um jeito na sandália desamarrada de Ana Lucia Agudelo Correa, Miss Colômbia, também classificada no Top 12.

SANDRA MARA FERREIRA, A MEDICINA ACIMA DE TUDO

Depoimento de Sandra Mara Ferreira a Raquel Salgado, Revista NOVA-Cosmopolitan, Editora Abril, junho de 1977.


          Foi tudo uma grande surpresa. Já no Miss São Paulo eu não esperava nada. Estava era muito preocupada por ter de fugir dos ensaios para assistir às aulas e fazer provas. Depois de eleita Miss Brasil eu fui para Atenas e acabei ficando em sétimo lugar no Miss Universo. E fiquei muito feliz, é claro. Foi maravilhosa essa chance de conhecer a Grécia e as Ilhas Gregas. Embora a gente mal tivesse tempo para passeios, já que passávamos parte do dia dormindo para enfrentar os ensaios que iam de meia-noite às 5 da manhã, quando a temperatura caía um pouco, tal era o calor que fazia por lá. 
          De volta ao Brasil, não assinei qualquer contrato com os organizadores do concurso, pois a faculdade me absorvia totalmente. Quando eu estava livre e havia alguma viagem para fazer eles me pagavam um cachê. Até aí o título não havia provocado qualquer transtorno em minha vida. Aí apareceu um convite que eu não podia recusar. Fui convidada por uma empresa japonesa com filial no Brasil passar um mês no Japão. Como era oportunidade rara, aceitei. E isto quase me custou um ano de faculdade, pois acabei pegando segunda época por faltas em todas as matérias. 

          Eu nunca esperei que o concurso mudasse minha vida ou fosse além da boa experiência que foi. E realmente ele não alterou nada. Claro que ampliou meus conhecimentos, me deu maior abertura, me enriqueceu como ser humano. Mas nem de longe me modificou. Além disso, eu não tinha objetivos profissionais para conseguir através do título de Miss Brasil, como fazem muitas moças. Fui convidada várias vezes para fazer cinema e televisão, mas não tenho qualquer interesse nisso. Talvez o concurso represente um perigo para uma garota imatura que ainda não definiu o que quer ou que não tenha uma posição firme diante da vida. Mas isso depende da própria pessoa, de sua formação e de seus interesses.

          Em linhas gerais, acho que o concurso contribuiu para o meu amadurecimento. Não pelo título de beleza, mas pela chance das viagens, a oportunidade de conhecer outros países, ver como vivem seus povos. O Japão, especialmente, me impressionou muito, sobretudo no que se refere à mulher, que ainda vive num regime de total dependência e submissa. Mas, enfim, para mim o concurso foi só isto: uma boa experiência que não interferiu de modo alguma na minha vida atual.

POR ONDE ANDA SANDRA MARA FERREIRA

          Sandra Mara Ferreira, a Dra Sandra Mara Ferreira Villares, é Médica Assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Professora Colaboradora da Universidade de São Paulo. Sua experiênia na Medicina abrange as áreas de endocrinologia e metabologia, com atenção ao estudo da obesidade (genes candidatos) e obesidade infantil.


Beleza em dose dupla: Sandra Mara Ferreira, a Miss de ontem e a Médica de hoje.

          No seu rico currículo consta: Graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1977) ***** Rresidência-médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1980) ***** Especialização em Endocrinologia pela Hôpital Cochin Université Paris V (1981) ***** Especialização em Endocrinologia no The Medical College St Bartholomeus (1982) ***** Doutorado em Endocrinologia pela Universidade de São Paulo (1990) ***** Pós-doutorado pela Faculté de Médicine Pitié Salpêtrière (1991) ***** Pós-doutorado pela Faculté de Médicine Necker Enfants Malades, no Laboratorie de Endocrinologie Moleculaire INSERM U344 (1991-1993) ***** Aperfeiçoamento em Estágio pela Faculté de Médecine Xavier Bichat (2007).
(Fonte e Foto-montagem: Misses na Passarela Blogger, www.evandrosilvabr.blogspot.com

PRISCILA VILLARES, A HERDEIRA DE SANDRA MARA FERREIRA


Priscila Villares, finalista do concurso "Menina Fantástica 2009", filha de Sandra Mara Ferreira, Miss Brasil 1973. (Foto: globo.com)

          No ano passado, o nome de Sandra Mara Ferreira voltou à mídia por causa de sua linda filha Priscila Villares, 19 anos, 1,76 de altura, estudante de Direito, finalista do Concurso “Menina Fantástica 2009″, promovido pela TV Globo. Foi a primeira experiência da moça no mundo fashion. Sandra Mara incentivou e torceu pela filha. Priscila, no entanto, surpreendeu a todos ao desistir de continuar na competição. "Não é para mim a vida de modelo. Estou triste e com saudades do namorado e da família”, afirmou.

EPÍLOGO


          Muitas coisas boas dos anos 70 ficaram na memória de quem viveu aquele tempo.

1970: O Brasil ganhou o tricampeonato mundial de futebol.
1971: Eliane Parreira Guimarães, Miss Minas Gerais, Miss Brasil, ficou em 5º lugar no Miss Universo.
1972: Rejane Vieira da Costa, Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, ficou em 2º lugar no Miss Universo.
1973: Surgiu o grupo musical Secos & Molhados.
1974: Émerson Fittipaldi venceu o Campeonato Mundial de Fórmula 1.
1975: Foi publicado o Dicionário da Língua Portuguesa, organizado por Aurélio Buarque de Holanda.
1976: Ellis Regina fez sucesso com o show Falso Brilhante.
1977: Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras.
1978: O sucesso da peça teatral Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda.
1979: Marta Jussara da Costa, Miss Rio Grande do Norte, Miss Brasil, ficou em 4º lugar no Miss Universo.

          E integrando orgulhosamente essa memória está a Miss Brasil 1973, ao lado, em foto da revista Manchete, de coroa, faixa e manto, Sandra Mara Ferreira.


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sábado, 8 de maio de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - Propaganda do Miss Brasil 1985

Daslan Melo Lima


          Houve uma época que se convencionou chamar de era Sílvio Santos, uma fase atípica do Miss Brasil, iniciada em 1981, quando o concurso deixou de ser promovido pelos Diários e Emissoras Associados, e que perdurou até o ano de 1989, quando o famoso apresentador Sílvio Santos desistiu de realizar o Miss Brasil.

          As vozes que criticavam o formato de show de auditório que SS tinha dado ao Miss Brasil se levantaram no primeiro ano, quando surgiu entre as candidatas estaduais a bonita Roseli Gouveia, Miss Sílvio Santos. Entre risos, muita gente se perguntava onde ficava o "Estado de Sílvio Santos". Outro gesto deselegante do apresentador: ele mandava as Misses colocarem uma das mãos dentro do bolso do seu paletó. a fim de que retirassem uma das perguntas que eram feitas às finalistas.


        Mas também tenho boas lembranças da “era SS”. Entre elas, a propaganda do concurso de 1985, publicada na revista Isto é, de 05/06/1985. O anúncio mostrava uma jovem cobrindo o rosto com as mãos. O texto dizia:

A MULHER MAIS BONITA DO BRASIL

Poucas vezes a vida real se parece com uma novela. Deixando pieguices, feminismos e elitismo de lado, ninguém vive sem sonhar.
Sem dúvida, o concurso Miss Brasl é emocionante. Compara obras de Deus e eleger uma delas como a mais perfeita de todas, sem dúvida nenhuma, é uma emocionante responsabilidade tanto para a eleita como para os eleitores.
Não?
Imagine-se uma mulher bonita porém comum, anônima. E veja-se de repente com um superlativo na frente do seu nome: a mais.
Se você não vibra com esta simples e fantástica história que vai acontecer no seu vídeo, não ligue na TVS dia 8 às 21:30h.
Nessa hora haverá a transmissão ao vivo, direto do Anhembi, do Concurso Miss Brasil.
Não é novela. É a vida real, espontânea, ao vivo.
Ligue lá. Mesmo que você não se emocione com esse tipo de história, você vai ficar muito bem informado sobre quem é a mulher mais bonita do Brasil.
Miss Brasil 85 – TVS
Dia 8 de junho.
21:30h, na TVS.


              Vinte e cinco anos depois, a vida real continua se parecendo com uma novela. E muita gente ainda se emociona com este tipo de história, inclusive eu.

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sábado, 1 de maio de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - SIMONE VALENÇA DUQUE, MISS PERNAMBUCO 1982

Daslan Melo Lima


A FRIA E CHUVOSA NOITE DO MISS PERNAMBUCO 1982


      Eu estava lá, no Clube Internacional do Recife, naquela noite fria e chuvosa de sexta-feira, 14 de maio de 1982, para assistir a eleição da Miss Pernambuco 1982. A Tv Jornal-Band, Canal 2, e a Tv Universitária, Canal 11, iam transmitir o evento, mas eu preferi sair de casa para testemunhar 26 jovens lindas disputarem o título que um ano antes tinha sido conquistado por Rita de Cássia Spencer Pedrosa, Miss São Benedito do Sul, quinta colocada no Miss Brasil. Uma média de três mil pessoas estavam no Clube Internacional. Um telão colocado próximo ao palco permitia que todos visualizassem bem os rostos das concorrentes.
      Os apresentadores foram Carmen Peixoto e Paulo Marques (1948-2006). Os números musicais ficaram por conta dos artistas locais, incluindo a orquestra do Maestro Duda. Os atrasos foram causados por problemas técnicos na transmissão do evento pela TV, causados pelas fortes chuvas.
      Na comissão julgadora estavam: Cláudio Barbosa, Daniel Sanson, Dirce Bezerra, Edmar Lyra Cavalcanti, Eduardo Carvalho, Eurípides Salazar, Fernando Pinto Nogueira, Ivan Lima (presidente do júri), João Alberto, José de Souza Alencar (Alex), Kátia (manequim), Marcílio Campos, Maria Eunice Mergulhão (Miss Pernambuco 1968), Paulo Roberto Monteiro, Renée Nebl Jardim, Ricardo Costa Pinto, Tancredo Albuquerque e Zélia Brito.

AS SEMIFINALISTAS, O TOP 5 E A MISS SIMPATIA

      Os aplausos maiores foram para as Misses Broadway, Clube Internacional do Recife e Centro Social Urbano de Ribeirão. Parte do público não se conformou com a ausência de Ana Cristina, Miss Clube Alemão, entre as semifinalistas e se surpreendeu com a inclusão das Misses Champagne Clube e Colégio Coração de Maria.
      As semifinalistas: Leila Queiroz, Miss Arcoverde; Miss Champagne Clube Privê; Rosana Galvão, Miss Clube Náutico Capibaribe; Kátia Fraga, Miss Colégio Coração de Maria e Miss Termas Birraritz. Os recortes de jornais que guardei daquele ano não fazem referência aos nomes de todas as concorrentes, inclusive ao da Miss Curso Maia, eleita Miss Simpatia, que recebeu a faixa de Anne Elizabeth Brasileiro da Silva, Miss Pernambuco 1979.

AS FINALISTAS


      Da esquerda para a direita: Joseane Farias, Miss CSU de Ribeirão, vice-MIss PE 1982; Simone Valença Duque, Niss Clube Internacional do Recife, Miss PE 1982; e Rose Anne Marie, Miss Santa Cruz Futebol Clube, terceiro lugar. (Imagem: foto-reprodução do Diario de Pernambuco, 18/05/1982, Acervo DML)

Primeiro Lugar, Simone Valença Duque, Miss Clube Internacional do Recife, 197 pontos
Segundo lugar, Joseane Farias, Miss CSU de Ribeirão, 176 pontos
Terceiro lugar, Rose Anne Marie, Miss Santa Cruz Futebol Clube, 149 pontos
Quarto lugar, Tatiana Maroja Bandeira de Melo, Miss Broadway
Quinto lugar, Maria do Carmo Maçães, Miss Clube Português do Recife

AS PREFERIDAS E TATIANA MAROJA BANDEIRA DE MELO

      Minhas preferidas eram Tatiana Maroja Bandeira de Melo, Miss Broadway; Joseane Ribeiro, Miss CSU de Ribeirão; e Simone Valença Duque, Miss Clube Internacional do Recife. Broadway era o nome de uma famosa casa noturna freqüentada pela alta sociedade do Recife.
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Foi um grande sucesso a festa para escolha da Miss Pernambuco-82, resultado principalamente do excelente trabalho de Jorge Gomes de Sá, esta figura tão estimada em nossa cidade. 

Tivemos apresentações em longos e maiô. E uma novidade: pequena entrevista com as candidatas. Um detalhe que voltou ao concurso (por imposição do concurso Miss Brasil) sem razão: com o natural nervosismo das jovens é difícil medir desembaraço. Resultado é que algumas acabam ganhando vaias. 
Quase chorando, Simone Valença Duque recebeu a faixa e a coroa de Miss Pernambuco. Um verdadeiro carnaval aconteceu na diretoria do Internacional, com o presidente Otacílio Venâncio sendo carregado nos braços. Ele que já apresentou várias misses do nosso Estado estava, com toda razão, vibrando.

("Miss Pernambuco foi um sucesso" - João Alberto, Diario de Pertnambuco,Recife-PE, 18/05/1982)
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Como todos já esperavam, o título de Miss Pernambuco ficou com o clube anfitrião – o Internacional, que elegeu a universitária Simone Duque, numa festa que contou com a presença de pessoas de real prestígio no Recife, embora muitos não tenham gostado do resultado final (eu e outras pessoas presenciamos protestos e manifestação favorável ao nome de Miss Broadway, Tatiana Maroja Bandeira de Melo).
Teve até dois jornalistas comentando entre si que Pernambuco estava muito bem representado no Miss Brasil pela candidata eleita. No entanto, havia perdido uma grande chance de, talvez, ter tido sua primeira Miss Brasil, caso a Miss Broadway, quarta colocada para espanto geral, tivesse vencido o concurso.

Alguns chegaram até a compará-la com Marta Jussara, Miss Brasil 1979, durante o desfile de vestido. Perdedoras de um lado e vencedora à parte, vamos à luta...

Uma coisa de positivo no concurso, inegavelmente, foi o nível das misses, com raríssimas exceções. Em tempo algum a sociedade havia participado do certame com suas filhas, sobrinhas, irmãs ou afilhadas. Este ano, clubes que nunca haviam participado do concurso, como o Clube Alemão, enviou candidata – por sinal muito charmosa, exótica.

O vestido mais fino, bonito, de um visual de dá gosto vê-lo, foi usado por Miss Clube Português – todo em beje dourado e salmon, numa inspiradíssima criação de Gilene Costa. Aliás, Carlos Costa assegurou que, enquanto presidente do Luso, jamais voltaria a participar do concurso, inconformado com a quinta colocação de sua Miss – realmente bonitíssima.
("Miss Pernambuco: Bits" - Fátima Bahia, Diario da Noite, Recife-PE, 17/05/1982)


A PERSEVERANÇA DE JOSEANE FARIAS E CARLOS COSTA

      Joseane Farias, Miss CSU de Ribeirão, vice-Miss Pernambuco 1982, voltou a disputar o título quatro anos depois, em 1986, representando a cidade de Ribeirão, e foi classificada em terceiro lugar, perdendo para Flávia Maria Ramos Guimarães, Miss Clube Internacional do Recife, primeira colocada, e para Maria Cristina Pinheiro, Miss Petrolina, segunda colocada.
      Referindo-se a Joseane Farias, quando de sua participação no Miss PE 1982, o jornalista Alex publicou em sua coluna do Jornal do Commercio-Recife, que seu rosto lembrava o do “Anjo Azul“ Marlene Dietrich(1901-1992).
      Carlos Costa, presidente do Clube Português do Recife, felizmente voltou atrás no seu propósito de nunca mais apresentar candidata ao Miss Pernambuco. Em 1985, Simone Augusto, representante do Português, foi a grande vitoriosa do Miss Pernambuco. Dois anos depois foi eleita Miss Mundo Brasil e representou nosso país em Londres, no Miss Mundo 1987.


SIMONE VALENÇA DUQUE NO MISS BRASIL



      Simone Valença Duque classificou-se em terceiro lugar no Miss Brasil, ao empatar com Márcia Cristine Macedo, Miss Rio de Janeiro, com 97 pontos. Em segundo lugar ficou Solange Frazão, Miss São Paulo, com 106 pontos, e em primeiro Celice Pinto Marques da Silva, Miss Pará, com 112 pontos. (Imagem: foto-reprodução da revista Manchete, de 10/07/1982, Acervo DML)
      Simone Valença Duque, natural da cidade de Barreiros-PE, estudante universitária do curso de Serviço Social, tinha 1m78cm (segundo o Diario da Noite-Recife, de 17/05/1982. Um metro e oitenta, segundo a revista Manchete, de 12/06/1982), 19 anos (segundo o Diário da Noite, de 17/05/1982. Dezessete anos, segundo a revista Manchete de 12/06/1982).
      Simone viajou a Quito, Equador, para participar do concurso “Pérola do Pacífico”. Na época, li duas versões sobre sua brilhante participação no exterior: a de que tinha obtido o primeiro lugar e outra que teria ficado em terceiro.

EPÍLOGO


       Simone Valença Duque, em maio de 2009, na Arcádia do Paço Alfândega, Recife, na noite do Jantar das Flores, uma festa beneficente em homenagem às mães. (Foto: Fernando Machado, www.fernandomachado.blog.br , 17/05/2009.
      Simone Valença Duque, Miss Clube Internacional do Recife, com classe, inteligência e personalidade, marcou seu nome como uma das grandes misses de Pernambuco. Casou, tornou-se mãe e é funcionária do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

      E quanto a Tatiana Maroja Bandeira de Melo, Miss Broadway, quarta colocada no Miss Pernambuco 1982, de quem não tenho nenhuma foto, guardo na memória sua maravilhosa imagem desfilando na passarela.
      Tatiana teria ido mais longe do que Simone Valença Duque? Não sei.Nem o tempo que separa aquela noite fria de maio de 1982 desta tarde ensolarada de 2010 saberá responder.

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