AQUELE TEMPO SEM ITES E OSES
No último sábado de agosto, dentro das
comemorações do Encontro dos Ex-Alunos da Escola Santa Maria, remanescentes da
turma do magistério de 1962 atraíram as atenções nos atos da celebração do
Jubileu de Ouro de sua formatura. A organização do histórico encontro,
coordenado por Ana Maria Queiroz, Norma do Egito e Zarinha Coutinho, foi
coroada de êxito. Tudo começou com a Missa de Ação de Graças celebrada na
capela do educandário seguida de inesquecíveis horas de lazer. O texto
abaixo, de autoria de Zarinha Coutinho, lido durante a Santa Missa, externa o
sentimento de uma geração que envelheceu sem perder de vista a formação escolar
que marcou suas vidas.
Quanta alegria, satisfação e felicidade,
enchem hoje nossos corações, que batem em ritmo mais forte e diferente. Após
prolongadas férias, 50 anos, voltamos a nos sentir como verdadeiras concluintes,
procurando aproveitar o nosso encontro para reforçar os laços de nossa união e
amizade. Vamos procurar esquecer os
“ites” e as “otes” da vida, como: artrite, bursite, artrose, osteoporose,
problemas de coluna, etc. Somos hoje jovens saudáveis, onde juntas relembraremos
aqueles períodos maravilhosos, como: infância, adolescência e juventude,
partilhados entre uma turma tão querida.
Timbaúba 1962. Zarinha Coutinho |
Não poderão sair de nossas memórias
aquelas noites de maio, começando com o desfile pela manhã até á Matriz de
Nossa Senhora das Dores onde assistiríamos à Missa. Muitas vezes, a chuva
ameaçava a nossa saída, quando então começávamos a cantar o “Lembrai-vos!” e
Nossa Senhora nos atendia. A procissão à noite, onde não podíamos olhar para os
lados onde ficavam os garotos nos acompanhando,
apagando as velas, aos quais Madre Superiora denominava “os moleques de Mané
Mendes.” Aquelas fofas que faziam ginástica, as quais não podiam ser acima dos
joelhos. Quando percebíamos os meninos no muro com as folhas de castanhola no
rosto, furadas, para olhar a aula, as mais sapecas subiam dois dedinhos e
quando descobertas logo eram repreendidas. Eutália, lembra aquele “biquinho”
que tirava Madre Clara do sério? Norma Régis, sentando atrás de Izabel e
Vandete que eram exemplos de comportamento, a contar anedotas para fazê-las
sair do sério, e que as duas só faltavam explodir para se sustentarem!
Timbaúba 2012. Zarinha Coutinho, sua colega de turma Neide Vasconcelos (ex-primeira dama de Pernambuco) e Valmor, esposo de Zarinha. |
Queridas colegas, um mês seria pouco para
recordarmos tudo! Saudosas estamos das nossas colegas tão queridas que Deus as
levou para o Reino Celestial, mas continuam vivas em nossos corações. A elas, a
nossa homenagem. Não poderíamos também esquecer nossas mestras tão amadas que
nos orientaram a levar uma vida de retidão, amor ao próximo, a respeitar e
vestir a camisa do nosso maravilhoso educandário...
Na sequência de baixo, da esquerda para a direita, a homenagem
póstuma a Maria da Penha Nascimento, Maria José Quaresma, Maria do Socorro Martins, Terezinha de Jesus da Silva, Ivone Alves de Souza, Maria Carmelita Gonçalves, Constantina Farias Guerra, Maria do Carmo Araújo (Irmã Pedrina) e Maria Lavínia Cavalcanti.
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
Em uma casa perto da AABB, as flores generosamente espalham beleza na rua. Que ninguém pense em arrancar uma. Basta passar, parar para admirá-las, e deixar que todas elas continuem embelezando a rua.
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MEMÓRIA TIMBAUBENSE
Timbaúba, anos 60. Os irmãos Paulinho, Zezinho e Toinho, filhos do saudoso Dr. João Coutinho, fizeram a Primeira Comunhão no mesmo dia. Toinho (Dr. Antônio Coutinho) foi o único a seguir a carreira do pai.
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