O meu amigo Roberto
Macêdo, jornalista baiano, enviou-me pelo Facebook um recorte do jornal A Tarde, de sexta-feira,
26, muito bem escrito.
A primeira impressão leva a crer que se trata de um olhar negativo sobre a capital pernambucana, todavia a crônica, autoria de Dimitri Ganzelevitch, instigou-me a renovar minha atenção sobre os encantos do Recife, o que não me impedirá de continuar fiel às boas recordações que guardo de Salvador.
Á direita, o recorte. Abaixo, na íntegra, o conteúdo do mesmo, ilustrado por imagens extraídas do blog do Dimitri.
A primeira impressão leva a crer que se trata de um olhar negativo sobre a capital pernambucana, todavia a crônica, autoria de Dimitri Ganzelevitch, instigou-me a renovar minha atenção sobre os encantos do Recife, o que não me impedirá de continuar fiel às boas recordações que guardo de Salvador.
Á direita, o recorte. Abaixo, na íntegra, o conteúdo do mesmo, ilustrado por imagens extraídas do blog do Dimitri.
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ESTES RECIFENSES... NÃO ENTENDERAM NADA !
Bastaram-me três dias
no Recife para voltar abismado a Salvador. Quanto atraso! Imaginem que a
prefeitura de lá ainda não eliminou as árvores que tanto poluem ruas e praças
da capital pernambucana. Até na frente da estação ferroviária e das igrejas tem
jardim! E a volta das repartições públicas, dos centros comerciais, idem! Você
não acredita? Pois é... Um horror! E
mais: em muitos bairros sempre você poderá se aborrecer com mais um jardim!
No muy burguês bairro da
Casa Forte, a primeira realização do Burl Marx, cuja mãe, coitada, era
pernambucana, o jardim da praça ainda é piedosamente mantido e – vejam o
arcaísmo! – nem tiraram as pedras portuguesas cujo desenho também foi do genial
paisagista! Quanto às alamedas, continuam de chão batido! Seria bom o prefeito vir até a capital
baiana para ver como são bonitos todos nossos jardins com muita camada de
asfalto para impedir a permeabilidade em tempo de chuva!
E a praia da Boa Viagem? Gente... A calçada continua cheia de árvores! Não só coqueiros, mas um monte de outras espécies, incluindo mangueiras e amendoeiras! Não dá para acreditar! Me deu uma pena... Se por acaso vier até à capital da Axé Music algum morador daquelas bandas onde continuam imperando frevos e maracatus, vai morrer de inveja ao pisar nossos lindos passeios de concreto avermelhado com elegantes tiras de granito.
Tem mais: dúzias de
casas antigas do tempo dos senhores do engenho, rodeadas de imensos jardins
ainda ocupadas, muitas vezes, por
secretarias, clínicas ou museus. Venha cá.... Ninguém falou para eles
derrubarem toda essa velharia e construir poderosos edifícios de 20 ou mais
andares, tipo Mansão Wildberger ou La Vue? Logo no fim de minha estadia soube
pela Isa do Amparo que um movimento subversivo teria conseguido barrar o
projeto imobiliário da Estelita. Outro absurdo! Resta a esperança de que façam
no mesmo lugar um belo sambódromo, como fizeram aqui, com a orla na Barra...
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Dimitri Ganzelevitch, produtor cultural, francês nascido no Marrocos e radicado em
Salvador, BA, tem uma página na internet. Vale a pena conferir, http://dimitriganzelevitch.blogspot.com.br/
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