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sábado, 26 de setembro de 2020
DE OLHO NO PASSADO - Tiago Alberione, o padre que amava a comunicação
O Padre Tiago Alberione nasceu em São Lourenço di Fossano, na província de Cuneo, Itália, no dia 4 de abril de 1884. Morreu em Roma no dia 26 de novembro de 1971.
DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - José Inácio Queiroz de Andrade, Zé Inácio, "Major de Macambira"
SESSÃO NOSTALGIA - Lígia Alencar de Azevedo, Rainha dos Jogos da Primavera 1959
Daslan Melo Lima
O ano era 1959. O concurso que elegia a Rainha dos Jogos da Primavera, a grande festa da juventude carioca, promovido pelo Jornal dos Sports, era destaque nas mais importantes publicações brasileiras e atraía a atenção de milhares de pessoas. Dezenas de estudantes lindas, representando clubes ou educandários do Rio de Janeiro, sonhavam com o título.
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Morena de Olhos Verdes
Nova Rainha da Primavera
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Fonte: revista O Cruzeiro, Ano XXXII, número 7, 28.11.1959.
Acervo: DML/Passarela Cultural
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Na exuberância dos seus 17 anos, Lígia Alencar de Azevedo, 1,70 de altura, representante do Copacabana Atlântico Clube, foi eleita Rainha dos Jogos da Primavera de 1959. ----- Fotos: Indalécio Wanderley
Rosele Torres, Rainha dos Jogos da Primavera 1958, e sua sucessora Lígia de Alencar Azevedo, a rainha de 1959. ------ Foto: Indalécio Wanderley.
Ângela Zimbardi, candidata do Colégio Anglo-Americano, segunda colocada. Se tivesse ganho, seria o quinto ano consecutivo de conquista do cetro pelo Anglo. --------- Foto: Hélio Passos.----------
LÍGIA,
ETERNAMENTE RAINHA DA PRIMAVERA
Lígia de Alencar Azevedo, ou simplesmente Lígia Azevedo, é hoje uma bem sucedida empresária do setor de SPAs. Está solteira, mas foi casada três vezes, tem uma filha e um casal de netos e mora em Búzios, Rio de Janeiro. Faz nove anos que ela lançou o seu primeiro livro, onde fala sobre suas aventuras e receitas.
http://ligiaazevedorecomenda.blogspot.com/
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Certas coisas têm sabor de eternidade e não deveria nunca acabar. Coisas como o concurso Rainha dos Jogos da Primavera.
sábado, 19 de setembro de 2020
PRA NUNCA MAIS CHORAR
As notícias sobre os graves problemas de saúde de Vanusa parecem ironia do destino. É setembro e uma das mais lindas canções populares brasileiras, "Manhãs de Setembro", autoria da cantora em parceria com Mário Campanha, diz:
"Eu quero sair / Eu quero falar / Eu quero ensinar o vizinho a cantar nas manhãs de setembro."
Também gosto muito do seu primeiro sucesso musical, "Pra nunca mais chorar", de Carlos Imperial e Eduardo Araújo. "Vem, traz teus abraços pros meus braços / As tuas mãos quero beijar / Viver pra sempre junto a ti / Oh! Pra nunca mais chorar. "
Eis uma das mais gratas recordações da minha
adolescência: Vanusa chegando ao Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro,
Recife, e eu no meio de dezenas de pessoas, ansioso para conhecer a estrela
pessoalmente.
Peço a Deus que as vibrações positivas do meu
carinho de fã cheguem até ela e revertam seus problemas de saúde, "pra
nunca mais chorar".
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https://www.youtube.com/watch?v=kU3ebqfv7KA
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Daslan Melo Lima, enquanto chove lá fora. /
Timbaúba, PE / 14.09.2020 / Foto: detalhe da capa do primeiro vinil de Vanusa,
RCA Victor, 1968.
DE OLHO NO PASSADO - Isaura Bruno ("Mamãe Dolores"), a Estrela Negra
DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Para uma terça-feira de setembro
SESSÃO NOSTALGIA/ESPECIAL - Vedetes do Brasil, “Tem Bububú no Bobobó"
Por Muciolo Ferreira
mucioloferreira2013@gmail.com
Corpo exuberante e um pouco de talento, necessariamente não era preciso ser bonita. Bastava ser "gostosa" para atrair os homens. Eram esses os atributos de uma girl para se tornar na vedete de "teatro rebolado", a estrela principal dos teatros de revistas brasileiros, cujo apogeu ocorreu nas décadas de 1940, 1950 e até o início dos anos 1960. Icônicas, Angelita Martinez, Anilza Leoni, Carmem Verônica, Dercy Gonçalves, Dorinha Duval, Elvira Pagã, Esther Tarcitano, Íris Bruzzi, Luz Del Fuego, Mara Rúbia, Marly Marley, Renata Fronzi, Sônia Mamede, Virgínia Lane, Wilza Carla e Zaquia Jorge, entre outras, souberam como ninguém incendiar o imaginário sexual dos homens e, algumas delas, influenciar a política e os costumes da época. As vedetes também ficaram famosas pelo poder e força que tiveram em mostrar nos palcos “quando o menos é mais", no caso o figurino.
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ANGELITA MARTINEZ (1931-1980)
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ANILZA LEONI (1933-2009)
Em minúsculos biquínis ou maiôs rebordados em paetês, miçangas e cristais, elas surgiam no palco ao som de uma orquestra, cenário luxuoso e um corpo de baile com outras girls, bailarinos e coristas. Como o próprio nome vedete sugere, tinham que cantar, dançar, interpretar e ter muito jogo de cintura para driblar com muito fair-play as cantadas e piadinhas que surgissem da plateia por algum engraçadinho mais afoito. Era aí que estava a diferença entre a vedete e uma atriz de teatro. A última já recebe o texto pronto, enquanto a outra tem que saber improvisar e sem constranger o público. A participação delas em cada espetáculo repercutia no dia seguinte na imprensa e na política, ditando modismo e influenciando a cultura popular com uma linguagem nacional, livre da indústria estrangeira dos musicais da Broadway.
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DERCY GONÇALVES (1907-2008)
Imagem: teatrobr.blogspot.com
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ELVIRA PAGÃ (1920-2003)
Enquanto
Virgínia Lane recebeu ao vivo do presidente Getúlio Vargas o título
de “A Vedete do Brasil”, Mara Rúbia era ovacionada "Rainha das
Escadarias", alusão às suas chegadas
triunfais nos palcos e em locais públicos onde houvesse alguma escada. Também
foi apontada como o símbolo sexual da época em que atuou em oito espetáculos na
Companhia de Teatro de Revista do produtor Walter
Pinto. Todavia é Carmem Verônica
quem as colegas de profissão são unânimes ao afirmar ter sido a vedete do corpo
mais perfeito.
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LUZ DEL FUEGO (1917-1967)
MARA RÚBIA (1919-1991)
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Pessoas extremamente desejadas por 10 entre 10 homens, as vedetes brasileiras souberam aproveitar o auge da fama. Ganharam muito dinheiro nos shows que fizeram no Brasil e no exterior ou de quem tivesse disposição e muita grana para iniciar um romance. Até hoje não se tem notícia de casos em que alguma delas tivessem morrido na miséria os nos corredores dos hospitais públicos. Zaquia Jorge, por exemplo, ganhou tanto dinheiro que aos 30 anos de idade já tinha o seu próprio Teatro de Revista no subúrbio de Madureira. Morreu tragicamente aos 33 anos, no auge da beleza e do sucesso, por afogamento, na praia da Barra da Tijuca.
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VIRGÍNIA LANE (1920-2014)
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Notas do Editor
1 - A
inspiração do Muciolo Ferreira para escrever esta matéria surgiu após ele ter
assistido na TV Cultura ao documentário "Mamãe, Quero ser Vedete”,
produzido por Neyde Veneziano, escritora
e pesquisadora do tema.
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2 - “Tem Bububú no Bobobó” é o título de uma revista musical de Walter Pinto, Luís Iglezias, J. Maia e Max Nunes, protagonizada por Virgínia Lane, Walter D’Ávila e José Vasconcelos, encenada no Theatro Recreio, Rio de Janeiro, em outubro de 1959, e depois no Theatro Paramount, São Paulo.
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4 - Das dezesseis vedetes pioneiras citadas, apenas três estão vivas: Carmem Verônica, Dorinha Duval e Íris Bruzzi. Em 2011, muitos anos depois do fim dos teatros de revista, o jornalista Muciolo Ferreira teve a sorte e o privilégio de conhecer pessoalmente Virgínia Lane, “A Vedete do Brasil”, num show do Polo de Carnaval da Cinelândia, Rio de Janeiro. No alto dos seus 91 anos de idade, envolta em plumas, boá vermelho, paetês, maiô comportado e chapeuzinho preto no estilo dos sapateadores da Broadway, Virgínia Lane ainda empolgava o público cantando “Sassaricando”, com orquestra e coral.***** “Sa-sassaricando! / Todo mundo leva a vida no arame! / Sa-sassaricando! / A viúva, o brotinho e a madame! / O velho na porta da Colombo / é um assombro! Sassaricando /// Quem não tem seu sassarico, / sassarica mesmo só! / Porque sem sassaricar / esta vida é um nó!
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