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sábado, 31 de janeiro de 2015

SEJA O AMOR COMO O TEMPO, NÃO SE GASTE


          Na tarde quente e ensolarada, enquanto espero a hora de ser entrevistado na Rádio Laje FM, contemplo a vida que pulsa e que passa lá embaixo. Um casal circula de moto e uma criança, entre o condutor e a carona, está protegida por uma sombrinha de cor azul , azul como o céu e o mar. 
                 Lembro-me de uns versos do poeta alagoano Lêdo Ivo (1924-2012), onde ele diz: 


Seja o amor como o tempo – não se gaste 
e, se gasto, renasça, noite clara
que acolhe a treva, e é clara novamente.

          Dou as costas para a claridade e entro na sala para ser entrevistado pensando no amor que deve haver na família que passou lá embaixo e tentando recordar o texto completo do soneto. 

SONETO PURO

Lêdo Ivo

Fique o amor onde está; seu movimento
nas equações marítimas se inspire
para que, feito o mar, não se retire
de verdes áreas de seu vão lamento.

Seja o amor como a vaga ao vago intento
de ser colhida em mãos; nela se mire
e, fiel ao seu fulcro, não admire
as enganosas rotações do vento.

Como o centro de tudo, não se afaste
da razão de si mesmo, e se contente
em luzir para o lume que o ensolara.

Seja o amor como o tempo – não se gaste
e, se gasto, renasça, noite clara
que acolhe a treva, e é clara novamente.


          Peço a Deus que aquele amor não se gaste e que clara e azul seja a caminhada de todas as crianças da minha terra. 
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Daslan Melo Lima, em São José da Laje, AL, janeiro de 2015.

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REFLEXÕES

“Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.” 
Alfred de Mussett (1810-1857), escritor e poeta francês. 
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"Não é trágico não atingirmos o nosso objetivo, o que é trágico mesmo é não termos objetivo.” 
Benjamin Mays (1894-1984), político, educador e escritor americano. 
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"Uma pequena impaciência arruína um grande projeto.” 
Confúcio (551-479 a.C.), filósofo e político chinês. 

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Um comentário:

Jeová Barboza de Lira Cavalcanti disse...

"Porque quem ama nunca sabe o que ama nem sabe porque ama, nem o que é amar. Amar é a eterna inocência, e a única inocência, não pensar...”

Fernando Pessoa