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segunda-feira, 28 de março de 2016

ESTES RECIFENSES NÃO ENTENDERAM NADA

      
      O meu amigo Roberto Macêdo, jornalista baiano, enviou-me pelo Facebook  um recorte do jornal A Tarde, de sexta-feira, 26, muito bem escrito. 
      A primeira impressão leva a crer que se trata de um olhar negativo sobre a capital pernambucana, todavia a crônica, autoria de Dimitri Ganzelevitch, instigou-me a  renovar minha atenção sobre os encantos do Recife, o que não me impedirá de continuar fiel às boas recordações que guardo de Salvador. 
      Á direita, o recorte. Abaixo, na íntegra, o conteúdo do mesmo, ilustrado por imagens extraídas do blog do Dimitri.


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ESTES RECIFENSES... NÃO ENTENDERAM NADA ! 

          Bastaram-me três dias no Recife para voltar abismado a Salvador. Quanto atraso! Imaginem que a prefeitura de lá ainda não eliminou as árvores que tanto poluem ruas e praças da capital pernambucana. Até na frente da estação ferroviária e das igrejas tem jardim! E a volta das repartições públicas, dos centros comerciais, idem! Você não acredita?  Pois é... Um horror! E mais: em muitos bairros sempre você poderá se aborrecer com mais um jardim!

        No muy burguês bairro da Casa Forte, a primeira realização do Burl Marx, cuja mãe, coitada, era pernambucana, o jardim da praça ainda é piedosamente mantido e – vejam o arcaísmo! – nem tiraram as pedras portuguesas cujo desenho também foi do genial paisagista! Quanto às alamedas, continuam de chão batido!   Seria bom o prefeito vir até a capital baiana para ver como são bonitos todos nossos jardins com muita camada de asfalto para impedir a permeabilidade em tempo de chuva!
         
E a praia da Boa Viagem? Gente... A calçada continua cheia de árvores! Não só coqueiros, mas um monte de outras espécies, incluindo mangueiras e amendoeiras! Não dá para acreditar! Me deu uma pena...  Se por acaso vier até à capital da Axé Music algum morador daquelas bandas onde continuam imperando frevos e maracatus, vai morrer de inveja ao pisar nossos lindos passeios de concreto avermelhado com elegantes tiras de granito.
          Tem mais: dúzias de casas antigas do tempo dos senhores do engenho, rodeadas de imensos jardins ainda ocupadas,  muitas vezes, por secretarias, clínicas ou museus. Venha cá.... Ninguém falou para eles derrubarem toda essa velharia e construir poderosos edifícios de 20 ou mais andares, tipo Mansão Wildberger ou La Vue? Logo no fim de minha estadia soube pela Isa do Amparo que um movimento subversivo teria conseguido barrar o projeto imobiliário da Estelita. Outro absurdo! Resta a esperança de que façam no mesmo lugar um belo sambódromo, como fizeram aqui, com a orla na Barra...
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Dimitri Ganzelevitch, produtor cultural, francês nascido no  Marrocos e radicado em Salvador, BA, tem uma página na internet. Vale a pena conferir,  http://dimitriganzelevitch.blogspot.com.br/

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2 comentários:

Anônimo disse...

Grande Amigo Melo Lima, será que EU entendi direito a "orelha" de um Jornal Baiano entitulada "Estes Recifenses Não Entenderem Nada " ! ? ! ? se EU entendi direito a pessoa que assina o comentário deve ter sérios problemas de auto estima ou . . . tem inveja do nosso Recife ! !

DASLAN MELO LIMA disse...

Olá, Anônimo.
Você não entendeu direito.
O autor compara Recife com Salvador, e nesta comparação a capital pernambucana é enaltecida e sai ganhando.
Um abraço.
Daslan