>>>>> Dona Rosa, Rosa, Rosinha, um pouco da
trajetória de uma das personalidades mais antigas do bairro de
Timbaubinha.
A senhora idosa, de fisionomia
determinada, já não tem mais a mesma vivacidade do passado. “A rosa murchou
depois da morte da filha Rosinete, em 2015”, afirma Maria Zuleide de
Vasconcelos Albuquerque, sua primogênita. Durante duas horas, TIMBAÚBA EM FOCO
conversou com Zuleide, e também com Deyse Vasconcelos de Albuquerque Brito e
Adriana Araújo de Moura Albuquerque, respectivamente filha e nora de Zuleide.
Colhemos interessantes dados sobre a biografia e a personalidade de uma das
pessoas mais antigas do tradicional bairro de Timbaubinha, Rosa Marinheiro de
Vasconcelos, noventa anos de idade completados no dia 15 de março.
Rosa Marinheiro nasceu na cidade
paraibana de Umbuzeiro, terra natal de um ícone do jornalismo brasileiro, Assis
Chateaubriand (1892-1968). Ao casar em
1952, com João Tavares de Vasconcelos, o Joca (1920-2006), veio residir em
Timbaúba, exatamente em Timbaubinha, onde nasceram seus filhos Zuleide,
Josabete, Rosinete (1960-2015) e Elias, que já lhe deram onze netos, dez
bisnetos e um trineto. Na foto que ilustra esta matéria, a matriarca aparece ao
lado do filho Elias e das filhas Zuleide e Josabete, na celebração dos seus 90
anos de idade.
O que mais proporcionava satisfação a
dona Rosa era o trabalho, colaborando com o esposo na gestão da Mercearia São
João. No quintal da casa, criava porcos que lhe rendiam um ganho extra. Espírito
de guerreira, sonhava alto, sempre teve bom gosto e se vestia nas melhores
boutiques. Sua preocupação com o futuro dos filhos era uma constante, pois
queira que todos se formassem, no tempo em que concluir o segundo grau não era
algo comum. Vaidosa, cuidava da aparência e recorria a cremes rejuvenescedores.
Comida? O trivial, galeto. Bebida? Um vinho seco de boa procedência. Durante nossa conversa, seu bisneto João
Pedro, filho de Deyse, envolve-se na conversa para revelar emocionado: Eu já ouvi várias vezes minha bisavó dizer
“Eu quero viver, mas ninguém vive 200 anos”.
A senhora idosa, de fisionomia
determinada, convivendo hoje com as limitações impostas pela longa caminhada, adorava
cantar “Choram as Rosas”, um dos maiores sucessos musicais da dupla Bruno &
Marrone. Talvez não seja interessante interromper Dona Rosa quando ele estiver
com o olhar distante. Provavelmente estará “viajando” ao passado. Cantarolando
sua música predileta.
Choram as rosas
Seu perfume agora se transforma em lágrimas
E eu me sinto tão perdido.
Choram as rosas.
Chora minha alma.
Como um pássaro de asas machucadas,
Nos meus sonhos te procuro.
Chora minh'alma.
Lágrimas, que invadem meu coração.
Lágrimas, palavras da alma.
Lágrimas, a pura linguagem do amor.
Choram as rosas
Porque não quero estar aqui
Sem seu perfume.
Porque já sei que te perdi
E entre outras coisas
Eu choro por ti.
Falta seu cheiro
Que eu sentia quando você me abraçava.
Sem teu corpo, sem teu beijo,
Tudo é sem graça.
Lágrimas que invadem meu coração.
Lágrimas, palavras da alma.
Lágrimas, a pura linguagem do amor.
Choram as rosas
Porque não quero estar aqui
Sem seu perfume.
Porque já sei que te perdi.
E entre outras coisas,
Eu choro por ti.
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Temos o dever de preservar e compartilhar as histórias relevantes de um povo, para que as novas gerações sintam orgulho de suas raízes.
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2 comentários:
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Comentário de Edine Carvalho, de Tabira, PE, neta de D.Rosa, via Facebook.
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Obrigada ❤❤❤❤
Sem palavras pra agradecer
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Rosinete foi uma pessoa "fora de série". Foi minha aluna, amiga e colega de trabalho no Banco do Brasil. Uma pessoa realmente especial... Mas, infelizmente a vida tem seu caminho e nem sempre as coisas acontecem como desejamos ou como lutamos para que o seja. Nosso destino está nas mãos de Deus e quando ele nos chama para a outra dimensão é porque nosso tempo na terra se completou... E assim você se foi, deixando no seio de sua família uma saudade imensa e em nossas lembranças um rastro de luz. Você passou como um cometa iluminando o céu de muitas vidas. Que Deus a tenha em sua mansão celeste!
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