FATOS EM FOCO
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MEMÓRIA TIMBAUBENSE
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FAZ 30 ANOS – No dia
09/06/1982, faleceu o professor, jornalista, poeta e farmacêutico João
Feliciano da Silva, nascido em Timbaúba no dia 02/10/1917. Entre os seus mais
belos poemas, destaque para Amanhã,
composto em fevereiro de 1948, quando tinha 31 anos, e O Relógio.
AMANHÃ
Minha
voz se calará
E os homens reverentes
Se descobrirão respeitosos
À passagem do meu corpo adormecido.
Minha voz se calará
E no silêncio do meu silêncio
Outras vozes se farão ouvir
Irrigando com lágrimas
O chão da nova morada.
Minha voz se calará,
neste amanhã que há de vir
E mãos semelhantes às minhas mãos
Num preito de saudade,
Plantarão cravos brancos,
À porta do meu jazigo.
Quando a luz espargir sua luz sobre a terra,
Caminharei sem ver minha sombra,
Porque serei a própria sombra que caminha.
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E os homens reverentes
Se descobrirão respeitosos
À passagem do meu corpo adormecido.
Minha voz se calará
E no silêncio do meu silêncio
Outras vozes se farão ouvir
Irrigando com lágrimas
O chão da nova morada.
Minha voz se calará,
neste amanhã que há de vir
E mãos semelhantes às minhas mãos
Num preito de saudade,
Plantarão cravos brancos,
À porta do meu jazigo.
Quando a luz espargir sua luz sobre a terra,
Caminharei sem ver minha sombra,
Porque serei a própria sombra que caminha.
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O RELÓGIO
Na parede o relógio pendurado,
Indiferente, sádico, sisudo;
Monstro faminto, frio, calculado,
Esvaziando do tempo o conteúdo.
Contemplo, nesta noite, apavorado,
Sem coração, metálico, desnudo;
E sinto o peito como transpassado
Por pérfido punhal pontiagudo.
Se pudesse quebrar estas amarras
E o tempo libertar das suas garras,
Certo o faria em menos de um segundo.
Alma gelada e pela dor convulsa,
Sinto crescer em mim forte repulsa
Por todos os relógios deste mundo.
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
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ENTRE O BARRO E ARARUNA - O bairro chamado Barro termina numa tranquila praça onde começa outro bairro, Araruna. E por ser um domingo ensolarado, o vento insistente convida para uma pausa na sombra de uma árvore.
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ENTRE O BARRO E ARARUNA - O bairro chamado Barro termina numa tranquila praça onde começa outro bairro, Araruna. E por ser um domingo ensolarado, o vento insistente convida para uma pausa na sombra de uma árvore.
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