Em minhas mãos, um livro do jornalista pernambucano Silvino Lopes (1892-1961), “Rithmo das Horas Calmas”, edição de 1929, comprado na manhã de hoje em um “sebo”.
Abro-o aleatoriamente e me deparo com um poema que diz assim:
“Quando ao sol-posto d. Flôr passeia,
parece que tem musica no andar;
subitamente a rua se clareia,
os corações são sinos a tocar.
Tão bella, assim, nunca se viu na aldeia,
tem um fulgor de deusa singular...
E os seus sapatos vão pisando a areia
e o seu perfil me deslumbrando o olhar. “
Vou desligar o computador e mergulhar na leitura deste livro lá fora, no meu terraço. Talvez antes do sol se por passe uma musa na minha rua, com música no andar.
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Timbaúba-PE, na calorenta tarde de 07/02/2013.
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