Daslan Melo Lima
Estou acompanhando a nova novela das 21 horas da TV Globo, “Amor à Vida”, de Walcyr Carrasco. Aliás, eu sempre acompanho as novelas das nove. Gosto dos temas que elas focalizam e dos debates nacionais que provocam. No caso da última, "Salve Jorge", de Glória Perez, a autora abordou o problema do tráfico humano.
Em "Amor à Vida", até o momento, a trama gira em torno de uma personagem muito ambiciosa e sexualmente mal resolvida vivida pelo ator Mateus Solano. Mas o que me leva a tocar neste assunto é a ótima cena de abertura da nova novela. Ryan Woodward criou um casal dançando em pontos turísticos de São Paulo, enquanto a música tema, na voz de Daniel, é “Maravida”, uma pérola de Gonzaguinha (1945-1991), cuja letra diz:
Era uma vez eu no meio da vida. É essa coisa, tanto mar, tanto mar. / Coisa de doce e de sal, essa vida é assim, tanto mar, tanto mar. / Sempre o mar, cores indo do verde mais verde ao anil mais anil. / Cores do sol e da chuva, do sol e do vento, do sol e o luar.
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Era o tempo na rua e eu nua usando e abusando do verbo provar. / Um beija-flor, flor em flor, bar em bar, bem ou mal margulhar. / Sempre menina franzina, traquina de tudo querendo, tomar e tomar. / Sempre garota, marota, tão louca, a boca de tudo querendo levar.
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Vida, vida, vida, que seja do jeito que for. / Mar, amar, amor, se a dor quer o mar dessa dor, / quero o meu peito repleto de tudo que eu possa abraçar, / quero a sede e a fome eternas de amar e amar e amar.
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Gosto de "margulhar" no ritmo de "Maravida" ao sabor dos meus pensamentos para no final deduzir que o mar da vida é movido pela sede e pela fome de amar.
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Em Timbaúba, Pernambuco, na penúltima semana de maio de 2013, ouvindo Gonzaguinha cantar "Maravida",
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