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sábado, 31 de outubro de 2015

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Usina Cruangi, Fogo Vivo

   
      Em “Fogo Morto”, romance regionalista do escritor paraibano José Lins do Rêgo (1901-1957), publicado em 1943, o declínio dos engenhos de cana-de-açúcar e suas personagens  dão uma ideia  do  drama que a  extinção de uma atividade econômica  pode provocar na história de um povo.   Ontem como hoje, homens choram pela falta de oportunidades no mercado de trabalho. Como na canção de Gonzaguinha (1945-1991), “um homem se humilha / se castram seu sonho. / Seu sonho é sua vida / e vida é trabalho. / E sem o seu trabalho / o homem não tem honra. / E sem a sua honra / se morre, se mata.”
        “Fogo Morto” foi adaptado para o cinema e virou filme em 1976, dirigido pelo catarinense  Marcos Farias (1932-1985), disponível no  Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=Y-gAypkpXYc . Enquanto isso,  “Fogo Vivo”, título desta crônica, uma realidade a poucos minutos dos nossos olhos, poderá ser celebrada a qualquer hora do dia, basta dar as mãos ao vento e passar rapidamente pela Usina Cruangi, que estava fechada desde 2011 e foi reativada no dia 15 de setembro.
         Vale a pena se emocionar diante do bueiro em atividade, conforme mostra a foto do Leoncio Francisco. Vale a pena fazer uma oração de agradecimento a DEUS e pedir que Ele abençoe todas as pessoas que, direta ou indiretamente, independente das divergências político-partidárias, contribuíram para que a fé e a esperança fossem novamente  semeadas na  história de um povo.
           A Usina Cruangi está funcionando em regime de cooperativismo, graças ao investimento de R$ 3 milhões da COAF -  Cooperativa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco.  A previsão é de que sejam moídas, na primeira safra, cerca de 500 mil toneladas de cana-de-açúcar proveniente das cidades de Vicência, Buenos Aires, Nazaré da Mata, Aliança, Condado, Goiana, Macaparana, Itambé, Ferreiros e Carpina.  A Usina Cruangi está  produzindo Etanol, mas poderá  também  fabricar açúcar e outros derivados da cana.
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 A poesia dos trabalhadores da Usina Cruangi




O verde da esperança
renasce nas suas roupas
como num sonho de criança.
É tempo de transformação.
E cada jornada de trabalho
É uma forma de oração.
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Versos de Daslan Melo Lima / Foto: Leoncio Francisco

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Um comentário:

Anônimo disse...

Precisamos de emprego e trabalho!Jap.