CANÇÃO DA VIDA - Vesti um
agasalho e fui para a calçada de uma rua transversal à minha, onde as fogueiras
de São Pedro espantam o frio. ***** "A vida é um incêndio". Penso na
transitoriedade da nossa passagem pelo planeta, mas o vento me acalma recitando
em silêncio versos do poeta Mário Quintana. "Que importa restarem cinzas /
se a chama foi bela e alta?" ***** A fumaça irrita meus olhos e o calor
energiza meu corpo, enquanto minh'alma se embriaga de poesia. "Cantemos a
canção da vida, / na própria luz consumida. " - Daslan Melo Lima, véspera
do Dia de São Pedro, 2016, Timbaúba, PE.
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SE EU FOSSE UM SANFONEIRO, o meu repertório seria recheado de canções em ritmo de forró, mas as letras remeteriam a amores ausentes, impossíveis, não permitidos, perdidos e proibidos, tais como: "Lá no meu pé de serra deixei ficar meu coração." / "Pra que tanta fogueira, se pra mim a noite inteira vai ser grande a solidão." **** Se eu fosse um sanfoneiro, o ritmo contagiante do forró nortearia minhas apresentações com letras perfumadas de desilusões e ilusões. - Daslan Melo Lima, no Arraiá do Treinamento Funcional, AABB, Timbaúba, PE, 25/06/2016, posando com a sanfona do conjunto pé-de-serra "Chamego Quente".
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REFLEXÃO
"Sim, existem limites ao buscar a nossa felicidade: a dor alheia."
- Jacinto Benavente (1866-1954), jornalista, crítico e dramaturgo espanhol.
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