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sábado, 20 de janeiro de 2018

SESSÃO NOSTALGIA - Maria Edith Azevedo, Miss Rio Grande do Norte, depois daquele 1966

Daslan Melo Lima



Maria Edith Azevedo, Miss Jardim do Seridó, Miss Rio Grande do Norte 1966
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         Em novembro de 1985, quando comecei a trabalhar na agência do BNB, Banco do Nordeste do Brasil, em Timbaúba, PE, um dos colegas de trabalho com quem logo fiz amizade chamava-se Janduy Azevedo, natural de Jardim do Seridó, Rio Grande do Norte. Sem saber que eu era fã dos concursos de misses, ele enaltecia a beleza da sua prima Maria Edith Azevedo, Miss Rio Grande do Norte 1966, assim como das demais jovens do seu estado, que até então tinham se destacado no Miss Brasil: Carmen Rodrigues (oitavo lugar no Miss Brasil 1961),  Geórgia Quental (sétima colocada no Miss Brasil 1962) e Nely Cavalcante Padilha (quinto lugar no Miss Brasil 1964). 
         Para não tirar o seu entusiasmo, eu não confessava que as duas primeiras tinham sido indicadas para representar o Rio Grande do Norte no Miss Brasil:  Carmen Rodrigues, do Recife, Vice-Miss Pernambuco 1961, e a gaúcha Geórgia Quental, modelo profissional no Rio de Janeiro. Anos depois, disseram-me que Nely Cavalcante Padilha tinha nascido no Rio de Janeiro, mas residia em Caicó, RN, onde seu pai era Oficial do Exército. 

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Maria Edith Azevedo, Miss Rio Grande do Norte 1966, e Monsenhor Walfredo Gurgel (1908-1971), governador do RN.
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Maria Edith Azevedo
em seu desfile triunfal pelas ruas de Jardim do Seridó, cidadezinha com quase 13 mil habitantes, distante 234 Km da capital,  Natal, RN. 
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       Em depoimento ao blog, Quintino Medeiros, educador, historiador, natural de São João do Sabugi, RN, declarou o seguinte: Aprendi com José Renato Azevedo, geógrafo, um contemporâneo da UFRN, e que reside em Jardim do Seridó, a cantar um jingle criado para a recepção de Maria Edith em Jardim do Seridó, no ano de 1966. Dizia mais ou menos assim:

O meu Jardim tem muita sorte
o povo vibra e é bem forte
soube enviar para Natal
Maria Edith, de beleza sem igual. 

Viva, viva Edith
que é nossa miss
ela é charmosa
e tem meiguice!
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As medidas de Maria Edith Azevedo


O jornal carioca CORREIO DA MANHÃ, de 25/06/1966, data da realização do concurso Miss Brasil no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, divulgou as medidas de todas as candidatas. As de Maria Edith Azevedo eram 1,68 de altura, 57 Kg, 92cm de busto e quadris, 59cm de cintura e 21cm de tornozelo. Cabelos pretos e olhos castanhos. Seu nome estava grafado Edite, sem o "th". ( http://memoria.bn.br )
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A lendária visita de Edith Azevedo à cidade de São João do Sabugi, RN


        Em setembro de 1966, Edith Azevedo desfilou e foi alvo de grandes homenagens na cidadezinha de São João do Sabugi. O evento, coordenado pela professora Maria Queiroz, foi realizado no Mercado Público, que recebeu pintura nova para melhor servir de cenário. Entre os presentes que recebeu, destaque para um conjunto de pulseira, brincos e gargantilha oferecido pelo então prefeito Jonas Alencar

Vestindo maiô Catalina, Maria Edith de Azevedo, Miss Jardim do Seridó e Miss Rio Grande do Norte 1966, desfila no Mercado Público de São João do Sabugi-RN.
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Maria Queiroz (de vestido claro) fez discurso em homenagem à primeira Miss RN que desfilou em “Sanja”, São João do Sabugi (6.218 habitantes, distante 293 Km de Natal). 
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Maria Edith também se apresentou vestindo o seu traje típico de "Salineira Estilizada".
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      Foi nessa festa que a Miss RN 1966 começou a namorar com o médico Antônio Bento de Morais. Anos depois, Edith casou com ele, pessoa de grande senso humanitário, já falecido, uma personalidade que marcou época nas cidades paraibanas de São José do Sabugi, São Mamede e Santa Luzia, tendo sido prefeito dessa última, homenageado com o seu nome dado a ruas e bairros.


        Reza uma lenda que o suspense em torno da presença da Miss RN era tão grande que, para ela sair do automóvel que a trouxe e entrar na casa do casal José da Penha Moura da Fonseca e Eunice de Assis Fonseca (Nicinha Fonseca), onde ficou hospedada, foi preciso escondê-la numa caixa de geladeira. Outros comentam que foi enrolada em um lençol que ela saiu do carro para entrar na casa de Nicinha, pois tinha muita gente esperando na calçada. Nicinha Fonseca era proprietária de uma pequena farmácia e depois se tornou vice-prefeita da cidade. Seu esposo era músico e fiscal de rendas, primo legítimo do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa, o famoso Capiba (1904-1997).

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Depois daquele 1966


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          O tempo foi generoso para com a Miss Rio Grande do Norte 1966. Maria Edith Azevedo, viúva, mãe e avó, reside atualmente em João Pessoa, Paraíba. Janduy Azevedo, meu ex-colega de trabalho, aposentou-se e fixou residência em Natal, RN.

           Depois daquele 1966, o Rio Grande do Norte enviou lindas misses que se destacaram no Miss Brasil: 
1979 - Martha Jussara da Costa, Miss Brasil, quarto lugar no Miss Universo
1987 - Jimena Edelwëiss Nunes, semifinalista, Top 12
1992 - Rose Christiane Paiva, semifinalista, Top 12
1995 - Olga Cristina de Barros Portela, quinto lugar
1997 - Valéria Cristina Bohm, segundo lugar
1998 - Paula Carvalho Arruda, quarto lugar
2000 - Jussara Medeiros, semifinalista, Top 11
2003 - Maria Cecília de Souza Valarini, quarto lugar
2007 - Kalline Freire de Melo, semifinalista, Top 10
2008 - Andressa Simone Melo, semifinalista, Top 10
2009 - Larissa Costa Silva, Miss Brasil 
2011 - Daliane Menezes, semifinalista, Top 10
2012 - Kelly Alinne Fonsêca, segundo lugar
2013 - Cristina Alves da Silvasemifinalista, Top 10
2014 - Deise Moura Benício, terceiro lugar
2015 - Manoella Alves dos Santos, quarto lugar
2016 - Danielle Fernandes Marion, segundo lugar
2017 - Milena Balza , semifinalista, Top 10.
Detalhe: Valéria Cristina Bohm foi Top 15 no Miss Beleza Internacional 1997. Cristina Alves, Deise Benício e Manoella Alves foram aclamadas Miss Brasil Internacional 2013, 2014 e 2016, respectivamente, e também representaram o Brasil no Miss Beleza Internacional, com sede no Japão. Cristina Alves conseguiu classificação no Top 15 e Deise Benício no Top 10.  

        Depois daquele 1966, muitas coisas mudaram:  padrões de beleza, passarelas, valores... A partir de 2008, o concurso Miss Rio Grande do Norte passou a ser coordenado por George Azevedo, que vem fazendo um trabalho elogiadíssimo. 

        Depois daquele 1966, jovens lindas do mundo inteiro continuam almejando um título de Miss. E eu continuo apaixonado por elas, pois sempre digo que paixões são paixões, simplesmente paixões, não se explicam. 

                           
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Maria Edith em São João do Sabugi:  Fotos do Acervo de Quintino Medeiros - Texto baseado em comentários postados no Facebook de Quintino Medeiros.
Demais imagens:  capturadas da Internet por Genaro Oliveira Pires



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3 comentários:

Anônimo disse...

A matéria ficou muito boa, Daslan, e entra para a memória dos certames de beleza do Rio Grande do Norte. Parabéns! "Viva, viva Edite!"

(Quintino Medeiros)

rnvip disse...

Olá, Daslan parabéns pela matéria, maravilhosa, tempos que a Miss era uma celebridade, ameiii...
Mas no finalzinho você se enganou passaram a informação errada, o coordenador em 2008 era eu.
Na realidade acompanhe a Miss RN 2005 Kellyane Freire ao Miss Brasil daquele ano e de 2006 a 2010 fui coordenador do concurso a franquia era minha no meu nome.
Francisco Oliveira

Anônimo disse...

Bela reportagem! Parabéns pela riqueza de detalhes! Lembrar que depois de Edite Jardim ainda elegeu mais duas misses RN, entre elas uma prima legitima minha: Lucimar! A outra se não me engano tinha o nome de Eliane e era filha de um cidadão conhecido como Lalá Peba!