>>>>> Um pouco do timbaubense que apoiou a
“campanha das diretas”, que exigia a volta do pleito direto para a presidência
da República.
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Egídio Ferreira Lima nasceu em Timbaúba,
no dia 26/08/1929, filho de Valfredo Ferreira Lima e de Júlia de Andrade
Ferreira Lima. Em 1955, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFPE. Universidade
Federal de Pernambuco. Durante a sua vida acadêmica, destacou-se como líder
estudantil. Iniciou sua carreira política elegendo-se vereador de Timbaúba em
outubro de 1950. Assumiu seu mandato em fevereiro do ano seguinte e deixou a
Câmara Municipal ao término da legislatura, em janeiro de 1955. Nesse mesmo
ano, tornou-se juiz de direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco,
permanecendo neste cargo até 1963. Dois anos mais tarde, em Recife, desempenhou
atividades docentes como professor da Faculdade de Direito da UFPE.
No pleito de novembro de 1966, elegeu-se
deputado estadual de Pernambuco, na legenda do Movimento Democrático Brasileiro
(MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de
1964. Assumiu o seu mandato em fevereiro de 1967, permanecendo nele até janeiro
de 1969. Nesta data teve os seus direitos políticos cassados em decorrência do
Ato Institucional nº 5, de 13/12/1968.
Como advogado, foi titular do conselho
secional da OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Pernambuco, entre 1972 e 1982.
Beneficiado com a anistia geral decretada pelo presidente da República, João
Batista Figueiredo, em agosto de 1979, recuperou os seus direitos políticos. Em novembro de 1982, elegeu-se deputado
federal por Pernambuco, na legenda do PMDB. Durante o seu mandato, integrou-se
à Comissão de Constituição e Justiça. Definindo-se como “socialista cristão”,
teve uma atuação destacada em defesa dos direitos dos trabalhadores, votando
contra os decretos de arrocho salarial.
Nas discussões sobre a sucessão do
presidente da República, general João Batista Figueiredo, apoiou a “campanha
das diretas”, que exigia a volta do pleito direto para a presidência da
República. No pleito de novembro de 1986, elegeu-se deputado federal
constituinte por Pernambuco, novamente na legenda do PMDB. Assumiu a sua
cadeira na Assembleia Nacional Constituinte em fevereiro de 1987. Neste mesmo
ano, foi relator da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo,
titular da Comissão de Sistematização e suplente da Subcomissão de Defesa do
Estado, da Sociedade e de sua Segurança, da Comissão da Organização Eleitoral
Partidária e Garantia das Instituições.
Nas principais votações
da Constituinte, manifestou-se a favor do rompimento de relações diplomáticas
com países que adotavam política de discriminação racial, da desapropriação da
propriedade produtiva, do mandado de segurança coletivo, da proibição do
comércio de sangue, da limitação dos encargos da dívida externa, da criação de
um fundo de apoio à reforma agrária, da anistia aos micro e pequenos
empresários e do aborto.
Não disputou as eleições para deputado
federal no pleito de outubro de 1990, deixando o Congresso Nacional no término
de seu mandato em janeiro de 1991. Desde então passou a dedicar-se ao exercício
da advocacia, mantendo escritório na capital pernambucana. Aposentou-se como
professor da cadeira de direito comercial da UFPE. Em agosto de 1997, Egídio
Ferreira Lima recebeu o título de cidadão do Recife. Em 2008, foi criado o
Instituto Egídio Ferreira Lima, formado por um conselho de representantes da
sociedade, como um fórum de debates, cursos e pesquisas sobre Direito, Política
e Cidadania.
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Fonte: Fundação Getúlio
Vargas - Gustavo Lopes/Cláudia Montalvão
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Esta matéria foi destaque na página de Comportamento da revista TIMBAÚBA EM FOCO, março/2018, edição 83.
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