O menino que um dia eu fui amanheceu insistindo para sair comigo pela manhã ensolarada timbaubense: "Vista uma camisa listrada, ponha um chapéu na cabeça e vá tirar umas fotos minhas na área dos festejos juninos."
Diante da antiga estação ferroviária, pausa para uma foto emblemática. Trens invisíveis passavam e os passageiros saudavam o menino alagoano de São José da Laje, enquanto o homem que sou mergulhava numa citação do escritor sergipano Joel Silveira: "Podem acreditar: já fui muito mais velho do que sou hoje."
O poeta baiano Castro Alves dizia que a praça era do povo,
como o céu é do Condor. Em junho eu
canto que a praça é da poesia, como a paisagem é das bandeirinhas.
A escultura de um conjunto musical toca silenciosamente a música das bandeirinhas que dançam ao sabor do vento. Algumas desejam entrar na capela para fazer um pedido: que a chuva não atrapalhe os festejos juninos.
O vento forte fez um cordão de bandeirinhas ficar bem próximo ao chão. O menino que um dia eu fui adorou e correu feliz até elas. Fechei os olhos, agradeci a Deus por ser São João e pedi ao Senhor do Universo que plantasse uma bandeirinha de felicidade em cada coração.
2 comentários:
Já estava sentindo falta das suas crônicas sobre as bandeirinhas juninas. Porque elas povoam nossa nostalgia dos tempos de crianças soltando traque de massa e acendendo as fogueiras nos arraiais de nossa infância armados defronte à nossa casa.
Parabéns.
Muciolo Ferreira
Daslan ,eu noto os contrastes do mundo . A festa de S.Joao é grande , justo este santo , que detesta festas ! Há hum dizer antigo , dizendo que Deus faz S.Joao dormir no dia de sua homenagem , para ele não se assustar e acabar com o mundo em fogo , e que por isso mesmo este santo não sabe gual e' o seu dia festivo , daí sua noite ser a mais longa do ano . O senhor já escutou sobre esse antigo dizer ? jose vagner - cubatao - sp - ( 13 - 988595800 )
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