Daslan Melo Lima
Nem sempre a juventude d’alma combina com a idade cronológica. Há 20 anos, em Timbaúba,
as circunstâncias foram cúmplices do adolescente que não fui em São José da Laje. O destino me apresentou a Israel (no meio) Clóvis Eduardo
(sorrindo) e José Antônio (Toinho Bicudo, de calça branca, in memoriam). Pelos calendários criados pelos homens, eu era mais
velho do que eles, mas foi em sua companhia que aprendi algumas coisas interessantes, inclusive
que as tardes cinzas de domingo podem ser azuis, se uma moto ao lado convida
para pegar a estrada na companhia do vento.
Encontrei esta foto ontem, perdida no
meio de centenas de imagens. Lembrei-me de um poema que criei na época, “Pássaros Livres”, onde digo: “Eram três
pássaros livres / e deles me aproximei para ouvir melhor os seus trinados / que
também eram os meus cantos tantas vezes não cantados. “ Lembrei-me dos rumos que
nossas vidas tomaram depois daquele verão de 1991 e agradeci a DEUS pelas lições
da caminhada.
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